segunda-feira, 14 de outubro de 2024
sábado, 12 de outubro de 2024
CONCORDÂNCIA VERBAL COM "MAIS DE UM"
Dicas para cidadãos e concurseiros de plantão.
REGRA: Na maioria dos casos, quando o sujeito é a expressão "mais de um", seguida de um substantivo, o verbo deve ficar no singular:
a) “Mais de um ministro do STF votou a favor da cassação do mandato daquele político”.
b) “No berçário, é melhor ficar quieto e fazer gestos suaves, senão mais de um bebê acorda e, aí, ninguém aguenta o berreiro”.
EXCEÇÕES: O verbo deve ficar obrigatoriamente no plural somente nestes casos:
1) Sempre que a ação indicar reciprocidade:
a) “Mesmo com todo aquele clima de animosidade no fim do debate, mais de um candidato se cumprimentaram de maneira bastante cordial”. (cumprimentaram um ao outro)
b) “Mais de um torcedor se abraçaram, reconhecendo os méritos do time rival”. (abraçaram um ao outro)
2) Quando a expressão se repetir na frase:
a) “Mais de um automóvel e mais de uma pessoa se envolveram no acidente naquela rodovia”.
b) “Naquela noite, mais de um homem e mais de uma mulher foram vistos na cena do crime”.
ADENDO: Vale registrar que, com a expressão menos de, o verbo concorda com o numeral que vier imediatamente à frente:
a) “Menos de cinco atletas conseguiram completar a maratona”.
b) “Menos de uma dúzia de colégios abriu as portas no feriado”.
Fonte: TRF3, adaptado.
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sexta-feira, 11 de outubro de 2024
CONCORDÂNCIA VERBAL - OUTRA QUESTÃO PARA TREINAR
(IESES - 2009 - CREA-SC - Agente Fiscal - Ensino Médio Técnico) Assinale a alternativa gramaticalmente ERRADA.
A) Deve haver multidões de pais comprometidos com a educação de seus filhos.
B) Faz muitos anos que fomos à Blumenau da Oktoberfest.
C) Mais de um aprovado foi contratado pela empresa.
D) Precisam-se de crianças e jovens mais bem educados.
Gabarito: letra D. (Lembrando que o examinador quer o item errado). No enunciado, o pronome "se" indica a voz passiva sintética e tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece no singular.
Entenda que o sujeito é indeterminado, e não "crianças e jovens".
O correto seria: "Precisa-se de crianças e jovens mais bem educados".
A) Correta. O verbo "haver" no sentido de "existir" é impessoal e deve ser usado no singular, independentemente do complemento: "Deve haver (existir) multidões..."
B) Exata. O verbo "fazer" no sentido de tempo decorrido também é impessoal e permanece no singular.
C) Certa. Quando a expressão "mais de um" é seguida de um verbo, este concorda no singular. Esta regra comporta exceções, que falaremos em momento oportuno aqui no blog Oficina de Ideias 54.
Fonte: anotações pessoais, QConcursos, Portal UFLA.
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quinta-feira, 10 de outubro de 2024
CONCORDÂNCIA VERBAL - ALGUMAS DICAS PARA "QUEBRAR" A BANCA EXAMINADORA
(CETREDE - 2024 - Prefeitura de Ubajara - CE - Secretário Escolar) Considerando a norma padrão, em qual das frases a seguir há um desvio de concordância?
A) Grande parte das pessoas não se vacinaram contra a gripe.
B) Deu onze horas no relógio de ponto. Hora de almoçar!
C) Viagens, carrões, joias, nada satisfazia o vazio que Luiz sentia.
D) Já foi enviado o presente e o cartão de aniversário para Almir.
E) Tanto Sabrina quanto Luciana fizeram o teste de aptidão física.
GABARITO: a opção B está incorreta, devendo ser assinalada. Questãozinha complicada... Muita gente reclamou. A primeira coisa que o candidato deve atentar é que o examinador quer a "letra" que está errada.
Quando referem-se às horas, a concordância dos verbos "dar", "bater", "faltar", "restar" e "soar" pode ser estabelecida com o sujeito da oração ou com o numeral que indica as horas:
a) Concordância verbal feita com o sujeito:
O relógio soou à meia-noite.
O sino deu oito badaladas.
Os campanários das igrejas bateram doze badaladas.
b) Concordância verbal feita com o numeral:
Deu uma hora no relógio.
Bateram seis badaladas no sino da igreja.
Soaram doze badaladas no relógio da sala.
O correto, portanto, seria: "Deram onze horas no relógio de ponto".
A) Correto. Quando usamos as chamadas expressões partitivas (“a maioria de”, “grande parte de”, “metade de”, “a maior parte de”, “bom número de”, “uma porção de”, etc.), seguidas de substantivo ou de pronome no plural, o verbo pode ser conjugado no singular ou no plural, dependendo do que se quer enfatizar.
Se o verbo ficar no singular, concordando com a ideia de conjunto representada pela expressão “a maioria”, por exemplo, temos a chamada concordância gramatical. Caso o verbo esteja no plural, aludindo aos formadores do conjunto (“pessoas”), ocorre a concordância siléptica ou lógica:
“A maioria das pessoas foi”(concordância gramatical) ou “A maioria das pessoas foram” (concordância siléptica ou lógica), embora o mais usual nos meios de comunicação seja a concordância verbal no singular. Outros exemplos:
Grande parte das questões apresentava alto nível de dificuldade.
Grande parte das questões apresentavam alto nível de dificuldade.
Uma porção dos aprovados na primeira fase fará a prova escrita no período da manhã.
Uma porção dos aprovados na primeira fase farão a prova escrita no período da manhã.
C) Exato. A concordância com aposto resumidor ou recapitulativo é feita no singular. O verbo deverá concordar com a palavra que resume os vários termos da oração (tudo, nada, isso, ninguém), ficando, assim, no singular:
Amor, alegria, prosperidade e segurança, isso é o que eu quero para minha família.
Doces, salgados, bebidas e enfeites, nada está preparado para a festa.
Leituras, pesquisas, provas, tudo é trabalho do professor.
D) Correto. Quando o sujeito é composto é possível estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo:
Sobrou refrigerante e salgadinhos.
Não só a vida como a morte é imprevisível.
E) Certo. Nos casos em que o sujeito composto é ligado por série aditiva enfática (não só... mas; tanto... quanto; não só... como), a conjugação do verbo pode ir ao plural ou concordar com o termo mais próximo:
Tanto o sol quanto a lua são astros que embelezam o céu.
Tanto o sol quanto a lua é um astro que embeleza o céu.
Fonte: anotações pessoais, Brasil Escola, QConcursos, Norma Culta, Norma Culta, TRF3.
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quarta-feira, 9 de outubro de 2024
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ABUSO DE PODER - QUESTÃO DE CONCURSO
(Quadrix - 2024 - CRT-01 - Agente de Fiscalização) Acerca do uso e do abuso de poder, julgue o item.
Abuso de poder é a conduta ilegítima do administrador, quando atua fora dos objetivos expressamente traçados na lei, não sendo admitidas restrições implícitas ao exercício do poder.
Certo ( )
Errado ( )
Gabarito: Errado. Na verdade, o enunciado traz a definição de Desvio de Poder. Como já estudamos aqui no blog Oficina de Ideias 54, O ABUSO DE PODER é gênero, que por sua vez, se divide em duas espécies: EXCESSO DE PODER e DESVIO DE PODER OU DE FINALIDADE. (Devida a complexidade do assunto, falaremos dele em outra oportunidade).
Temos o Excesso de Poder quando o agente público ultrapassa sua competência, ou seja, utiliza sua autoridade de maneira indevida ou injusta, muitas vezes ultrapassando os limites estabelecidos na lei ou agindo em desacordo com os objetivos legais.
Já o Desvio de Poder ou Desvio de Finalidade, se dá quando o agente atua visando finalidade diversa, que não o interesse público, e não prevista em lei.
Outra coisa: "não sendo admitidas restrições implícitas ao exercício do poder", também está incorreta. Na realidade, existem sim restrições implícitas ao exercício do poder, as quais são impostas por princípios éticos, morais e legais. Mesmo que não estejam expressamente estabelecidas na lei, essas restrições são consideradas na avaliação do abuso de poder. Portanto, as restrições implícitas são, sim, admitidas e devem ser levadas em consideração na análise do comportamento do agente público/administrador.
A respeito deste assunto, a Lei que regula a Ação Popular (Lei nº 4.717/1965), assim dispõe:
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. [...]
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: [...]
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: [...]
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)