sábado, 3 de outubro de 2009

A PRIMEIRA DO BRASIL


Paraense é a primeira brasileira a comandar um navio

A paraense Hildelene Lobato Bahia, 35 anos, tornou-se no dia 28/09/09 a primeira mulher do Brasil a assumir o cargo de comandante da Marinha Mercante brasileira. Nascida em Icoaraci, cidade a uma hora de Belém, Pará, ela será a comandante do navio-tanque Carangola e uma das pouquíssimas mulheres no mundo a ocupar esse posto.

O navio é um gigante de 160 metros de comprimento e pesa 18 mil toneladas. Possui uma tripulação de 26 pessoas - a maioria homens - e faz parte da frota da Transpetro, empresa de logística do sistema Petrobras e operadora da maior frota de navios petroleiros da América do Sul.

Hildelene Bahia sempre estudou em colégios públicos e, como era boa aluna, conseguiu bolsa integral para uma escola particular, se preparando bem para o exame vestibular. Assim, ingressou na Universidade Federal do Pará (UFPA) e se formou em ciências contábeis.

Em 1997 fez a prova de admissão para a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM), apenas para acompanhar o irmão. Ele não passou. Ela sim, e ingressou na primeira turma feminina do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (CIABA), em Belém. 

Em 2000, já formada, entrou na Transpetro, local onde aprendeu na prática o ofício que a fez uma das pioneiras no mundo. Em 2005 foi convidada para exercer a função de Imediato - segundo posto na hierarquia de um navio - tornando-se, assim, a primeira brasileira a ocupar esse posto. Em agosto do ano passado, Hildelene mais uma vez foi a primeira do Brasil: recebeu uma Carta de Capitão de Cabotagem. Essa carta, um certificado de eficiência, significa que seu detentor está apto a comandar navios.

Casada há cinco anos, ela passa 120 dias embarcada, alternando com meros 56 dias em terra firme. Além de conciliar trabalho com vida pessoal, Hildelene ainda vai ter que enfrentar a resistência e o preconceito de muitos que não confiam numa figura feminina em funções de comando.

Os desafios para essa paraense, exemplo de mulher brasileira, estão apenas começando. Alguém duvida que ela vai superar?


(A imagem que ilustra esse texto foi copiada do link Pelicano.)

VITÓRIA EM COPENHAGUE, FESTA EM COPACABANA



Agora é oficial: Rio de Janeiro vai sediar olimpíada de 2016

Ontem, por volta das 13h30 (horário de Brasília), a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A votação ocorreu em Copenhague, Dinamarca, e a capital carioca bateu Madri com 66 votos a 32, na última votação.
O Rio de Janeiro será a primeira cidade da América do Sul a organizar o maior evento esportivo do mundo. Tomando emprestada a famosa frase de Lula: nunca na história desse país uma cidade brasileira foi escolhida para sediar uma olimíada. Nosso presidente, por sinal, estava presente na cerimônia e até ofuscou a imagem do presidente norte-americano, Barack Obama. Esse, nem esperou o evento acabar. Saiu de mansinho e até triste, já que Chicago foi eliminada na primeira rodada de votações.
Mesmo antes da vitória brasileira ser confirmada, a imprensa estadunidense já adiantava: "Lula pips Obama in battle of presidents at vote for 2016 Olympic Games" (Lula bate Obama na Batalha dos presidentes por votos para as Olimpíadas de 2016) anunciou o site Times Online, referindo-se ao desempenho dos dois estadistas nas apresentações de seus respectivos países.
A vitória foi em Copenhague, mas a festa, em Copacabana. Uma multidão foi comemorar na praia o resultado da votação. Uma estrutura para shows foi montada. Havia até um telão, que transmitiu ao vivo a cerimônia do COI. Para estimular um maior comparecimento, os funcionários públicos foram liberados do expediente às 10h. A adesão foi total: cerca de cem mil pessoas participaram do espetáculo nas areias de Copacabana.
O custo total dos jogos olímpicos de 2016 está estimado em cerca de 25 bilhões de reais. Entretanto, parte da população está desconfiada de como esse dinheiro será usado. É que nos jogos Pan Americanos, de 2007, aconteceram vários problemas de organização. Houve superfaturamento do orçamento, e a estrutura física (alojamentos, pscinas) não foi mais utilizada após os jogos.
O momento é de euforia, sem dúvidas, mas devemos ficar de olhos bem abertos: no Brasil, dinheiro atrai corrupção; e muito dinheiro deve atrair mais ainda.

(A foto que ilustra esse texto foi copiada do link Blogs.abril)