sexta-feira, 18 de junho de 2010

DE VIRADA

Nigerianos começam vencendo mas deixam vitória escapar

Encerrando a rodada de jogos do grupo B, Grécia e Nigéria se enfrentaram no estádio Free State, na cidade de Bloemfontein. Os gregos, que iniciaram esse mundial perdendo para a Coreia do Sul, venceram os nigerianos ontem por 2 X 1.

Os gols saíram já no primeiro tempo. Aos 14 minutos, K. UCHE (12), abre o marcador e faz o primeiro gol da Nigéria nessa copa.

A partida segue equilibrada, até que aos 43 minutos Demétrios SALPINGIDIS (14), faz para a Grécia e empata o jogo.

No segundo tempo os gregos dominam a partida. Armam os melhores lances, têm mais posse de bola, levam mais perigo ao gol adversério. O gol não tardaria em vir: Vasileidos TOROSIDIS (15) aos 26 minutos faz o seu e garante a vitória para a Grécia.

Com o resultado, Grecia e Coreia do Sul estão empatadas no número de ponto, 3. Dia 22 a Grecia enfrenta a Argentina, e a Coreia do Sul pega a Nigéria. Desses confrontos vão sair os dois times que seguirão no mundial.

NÃO ERA O DIA DA FRANÇA

Mexicanos jogam bem e derrotam franceses

Fechando o grupo A, França e México se enfrentaram ontem à tarde no estádio Peter Mokaba, na cidade de Polokwane. Os mexicanos levaram a melhor e venceram por 2 X 0.

Os gols só saíram no segundo tempo. HERNANDEZ (14) aos dezoito minutos abriu o placar para o México. E aos 34 minutos o jogador francês ABIDAL (03) derruba BARRERA (07) na área. Penalty, que o mexicano C. BLANCO (10) cobra e não disperdiça.

Essa é a primeira vitória do México em cima da França numa copa do mundo, que agora precisa vencer - e de um milagre - para continuar na competição.

Não sei vocês, mas toda vez que a Seleção da França joga mal, mais eu me convenço que eles compraram aquele jogo contra o Brasil, na copa de 1998.

O NOVO ARTILHEIRO DA COPA

‘Los hermanos’ dão show e goleiam Coreia do Sul

Abrindo a segunda rodada de jogos do grupo B, a Argentina goleou ontem a Coreia do Sul por 4 X 1. A partida foi no estádio Soccer City (Johannesburgo) às 8h e 30min (hora de Brasília).

Los hermanos foram com tudo para cima dos sul coreanos, que se seguraram até os dezesseis minutos do primeiro tempo. Por que a partir daí, só deu Argentina.

O primeiro gol dos argentinos quem fez, foi um coreano… PARK C Y, camisa 10, aos 16 minutos erra o alvo e, de canela, marca contra.

O time de Maradona continua pressionando e aos 32 minutos Gonzalo HIGUAIN (09) aumenta para os sul-americanos.

A Coreia esboça uma reação e no finzinho do primeiro tempo. Lee Chung YONG (17) faz o seu e diminui para os asiáticos.

No segundo tempo o jogo inicia equilibrado. Até que aos 31 minutos HIGUAIN faz o segundo dele na partida: 3 X 1 para los hermanos.

Três minutos depois HIGUAIN, de cabeça, fecha a goleada argentina e se torna o novo artilheiro desse mundial.

Aos convocar o atacante HIGUAIN para o Mundial da África do Sul o técnico Maradona foi criticado por alguns jornalistas argentinos. Motivo: o atacante é casado com uma das filhas de Maradona e teria sido beneficiado por causa disso. Mas agora com essa belíssima atuação, o jogador demonstrou que merece estar na posição que ocupa. Alguém duvida?

CRIMES-NOVELA! O QUE É ISSO?

Quase somos levados às lágrimas pela imprensa televisiva quando ela aborda certas ocorrências criminais. A mídia dos grandes centros urbanos brasileiros, particularmente São Paulo e Rio de Janeiro, domina e define a forma como serão veiculadas as matérias que irão contribuir para a opinião de todos os grupos sociais. No caso dos crimes que são tipificados como homicídios, há uma seleção daqueles que serão transformados detalhadamente em verdadeiros shows de projeções, especulações e, o mais terrível, de sensacionalismo forjado.

Nos últimos anos, assistimos comovidos ao desenrolar da investigação e julgamento até antecipados de crimes que ganharam status de novela, nos quais os atores são criados, moldados, ridicularizados, execrados e julgados. Por outro lado, na mesma trama, outros atores emergem vitimados, injustiçados e encarnados como seres do bem e da paz, são figuras quase divinizadas pela dor grandiloquente na imprensa. Mas o que é isso? Por que os casos das brasileiras Isabella Nardoni e Mércia Nakashima, este que ainda está em processo de investigação, ganharam tal dimensão?

Seríamos insensíveis do ponto de vista dos direitos humanos, da ética, da moralidade e da defesa da justiça em solidariedade à dor das famílias se minimizássemos a importância desses crimes tão brutais e de características cruéis. No entanto, será que estamos sendo insensíveis com outros crimes de menor ou maior abrangência no seio da nossa sociedade? Por que o caso de crianças que foram brutalmente assassinadas em outras regiões do Brasil, fora da região Sudeste, não ganhou o mesmo status, como o caso da criança Maisla, que foi assassinada e esquartejada em 2009 na cidade de Natal no Rio Grande do Norte?

Nós estamos nos comovendo mais com esse ou aquele caso por que a mídia televisiva das grandes metrópoles decidiu? Por que a vítima dos crimes-novela fazia parte de uma classe média e tinha parentes influentes nos meios do judiciário e até mesmo da própria polícia brasileira?

Essas vítimas selecionadas são mais humanas do que as vítimas de outros centros urbanos que acabam sendo esquecidas, e o trabalho de investigação não passa da precariedade e, por conseguinte, não acontece um julgamento digno? Por que as famílias dos casos de crimes-novela devem ter mais atenção e solidariedade humana do que as famílias que nunca tiveram a chance de ver a elucidação da morte dos seus entes queridos?

Que polícia criminal é esta que menospreza o trabalho de inteligência e avilta os procedimentos de investigação sob a técnica e observação rigorosa da ética, como vimos no caso de Mércia Nakashima em 2010? Que polícia é essa que comunga com os ditames e orientações da imprensa criminal e torna o trabalho de investigação de um crime atabalhoado? Que polícia é essa que já estabelece um discurso afinado com a imprensa no pré-julgamento dos indivíduos que ainda não passaram pelo processo transitado em julgado? Que polícia é essa que participa da montagem dos crimes-novela para o deleite da imprensa preconceituosa, segregadora e sedenta pela audiência de todos os grupos sociais, fazendo uma exibição cinematográfica, sensacionalista e irresponsável?

Precisamos nos sensibilizar mais com os crimes cometidos com Isabella Nardoni, Mércia Nakashima, entre outros. Isso significa o repúdio ao sensacionalismo barato e irresponsável. Contudo, devemos nos sensibilizar também com os crimes de outras vítimas que não fazem parte da classe média, não moram nos grandes centros urbanos e não têm sobrenomes importantes.

Quando deixamos a imprensa criminal nos sensibilizar com seus crimes-novela estamos inversamente nos tornando mais insensíveis porque esquecemos os arrabaldes, as comunidades periféricas, isto é, os outros espaços onde o crime também acontece com o mesmo sinistro, a mesma dor, as mesmas lágrimas e a mesma sede de justiça. Será que precisamos democratizar também a exibição dos crimes na imprensa televisiva?

O texto acima é de autoria de Arlan Eloi Leite Silva, Bacharel e Licenciado em História – UFRN, Pós-Graduando em Metodologia do Ensino de História e Geografia – UNINTER, Instrutor da disciplina História da PM no Centro de Formação e Aperfeiçoamento da Polícia Militar – CFAPM/RN, e Soldado da PM/RN.


(A imagem que ilustra o texto foi copiada do link Imagens Google.)