terça-feira, 11 de junho de 2019

O PRIMEIRO GRANDE EMPRESÁRIO GENUINAMENTE BRASILEIRO

Quem foi, o que fez


Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido como Barão de Mauá (1813 - 1889), foi um armador, banqueiro, comerciante e industrial brasileiro, cuja contribuição foi de vital importância para a industrialização do nosso país no período do Império (1822 - 1889). 

Mauá foi o pioneiro em diversas áreas da economia do Brasil: construiu o primeiro estaleiro e a primeira fundição de ferro; instalou a primeira ferrovia (estrada de ferro Mauá) e a iluminação pública a gás na cidade do Rio de Janeiro (na época, capital do Império); iniciou a exploração do Rio Amazonas (e afluentes) com barcos a vapor; instalou um cabo submarino telegráfico ligando a América do Sul à Europa. Além de ter fundado a "terceira" versão do Banco do Brasil (essa é uma história à parte)

O cara era simplesmente foda!!! Mas teve seus sonhos de desenvolver o Brasil estragados, por uma elite política retrógrada, conservadora e corrupta - é, minha gente, a corrupção no nosso país já vem de longe. 

A história do Barão de Mauá é fantástica, merecendo ser estudada. Recomendo. Eu, particularmente, o considero um exemplo de brasileiro, tanto como ser humano, como profissional. Alguém que superou as adversidades e venceu na vida, duas vezes.

Como assim? Mauá nasceu em Arroio Grande (RS), chamava-se, como dito, Irineu Evangelista de Souza. De origem pobre, ficou órfão de pai com apenas cinco anos de idade. Depois de um tempo, a mãe casou e o 'novo' marido não quis conviver com o menino.

Irineu foi, então, levado por um tio, para o Rio de Janeiro. Aí, ele começou trabalhando como ajudante de um comércio cujo dono era português e, inteligente como era, com menos de 16 anos já era sócio-gerente. Depois foi trabalhar com um empreendedor inglês, onde expandiu seus horizontes e fez fortuna. 

Mas, infelizmente, como estamos no Brasil (e naquela época já era assim), o sucesso do jovem Irineu chamou atenção e atraiu a inveja dos integrantes da elite da época. O próprio imperador D. Pedro II foi um dos responsáveis pela derrocada do barão. Para resumir bastante a história... Mauá foi perseguido, boicotado, sabotado... 

Perdeu toda a fortuna, mas, honesto e ingênuo como era, honrou todas as dívidas e ficou na pobreza. Mas o Mauá era empreendedor e perspicaz. Com o tempo, conseguiu se reerguer financeiramente e construiu nova fortuna. 

Faleceu em Petrópolis (RJ) ao 75 anos de idade e, na época, era o homem mais rico do Brasil.  



(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)