quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DE REPENTE, TRINTA ANOS



O tempo passa e a gente nem percebe... 

Outro dia mesmo minha mãe estava me levando para meu primeiro dia de aula. Hoje, já sou formado. Parece que foi ontem meu primeiro beijo. Ainda nos tempos da escola. Eu, tímido e inseguro. Agora, morando sozinho, quase sempre alguma ‘colega’ – às vezes mais de uma –  vem me fazer companhia, mas eu continuo tímido e inseguro. 


Pois é. A vida é assim. Nem bem nos acostumamos com a infância e já estamos na adolescência. Nem bem nos acostumamos com a adolescência, já estamos na juventude. E quando achamos que seremos jovens para sempre, chega a fase adulta. Uma fase cheia de compromissos e responsabilidades, mas, acima de tudo, de muitos desafios e realizações.

Muitas pessoas passaram pela minha vida. Algumas, infelizmente, não voltam mais. Outras marcaram, outras decepcionaram. Outras, ainda, eu marquei. Outras, decepcionei. Foram muitos amigos, muitos colegas, inúmeras amizades, algumas intrigas, alguns namoros, inúmeras paqueras. 

E a vida continua...

Já fui coroinha, já fui catequista, já pensei em ser padre – mas quando descobri que padre não pode namorar, desisti –, já fui fuzileiro naval, já fui policial militar, quase cheguei a ser bombeiro, já fui bancário, já fui jornalista. Já fui tanta coisa, e muita coisa ainda desejo ser. Se DEUS me permitir.

Sempre estudando, sempre me aperfeiçoando, sempre aprendendo, sempre buscando, sempre sonhando, sempre persistindo, nunca desistindo. Errei, algumas vezes. Acertei um montão de outras. Chorei, quebrei a cara, pensei em desistir, em jogar tudo para o alto, mas com fé em DEUS e força de vontade, continuei avante.

São muitas histórias, muitas conquistas, alguns fracassos. Se eu fosse contar... Ah, se eu fosse contar. Daria um livro. 

Hoje é um dia diferente, um dia especial. Quando me olhei no espelho pela manhã, tive um susto. Aquele menino sonhador, muitas vezes ingênuo, que saiu de Aracoiaba, uma cidadezinha do sertão do Ceará, em busca dos seus sonhos, cresceu. Virou homem.  Teve que 'encarar a vida', se virar sozinho.

É, caros leitores, eu cresci. Como me sinto? Não sei dizer direito. Um misto de medo e insegurança. 

Não sei o que o futuro me reserva. Hoje, quando olho para trás, me arrependo de algumas coisas, me orgulho de muitas, contudo, se pudesse, faria tudo de novo. Não sei quanto tempo ainda tenho pela frente. Meu coração já me deu alguns sustos. Se eu pudesse, viveria mil anos! 

Cada novo dia que o Todo-Poderoso me presenteia eu aproveito como se fosse uma dádiva, como se fosse o último. A vida é uma bênção preciosa. Que merece ser aproveitada intensamente. 

Obrigado, Senhor, por mais um ano de vida maravilhoso!!!      


(Foto: arquivo pessoal.)