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segunda-feira, 11 de maio de 2020

QUERIDA


Longa é a tarde
Longa é a vida
De tristes flores
Longa ferida
Longa é a dor do pecador, querida

Breve é o dia
Breve é a vida
De breves flores
Na despedida
Longa é a dor do pecador, querida
Breve é a dor do trovador, querida

Longa é a praia
Longa restinga
Da Marambaia a Joatinga
Breve é a fé do pescador, querida
E a longa espera do caçador, perdida

O dia passa e eu nessa lida
Longa é a arte
Tão breve a vida
Louco é o desejo do amador, querida
Querida

Longo é o beijo do amador, bandida
Belo é um jovem mergulhador na ida
Vasto é o mar, espelho do céu, querida...
Querida

Tom Jobim
Esta música foi tema de abertura da novela O Dono do Mundo (1991), exibida pela Rede Globo. 
Curta a música no link YouTube.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

sábado, 17 de novembro de 2018

PORNOGRAFIA EM HORÁRIO NOBRE

Não querendo ser falso moralista, mas...



Não sou nenhum santo, e quem me conhece bem, sabe disso. Mas tudo tem um limite, minha gente...

A esculhambação na televisão chegou a tal ponto que em pleno 'horário nobre' (horário que vai das 19 h até meia-noite, e de onde as emissoras tiram a maior parte dos seus lucros com propaganda) a gente não pode deixar as crianças perto da TV.

Há poucos dias eu estava com uma crise alérgica e aproveitei que a aula da faculdade terminou mais cedo e fui me consultar num dos poucos hospitais ainda conveniados ao meu plano de saúde. 

Era por volta das 21 h e 35 min. Chequei, peguei uma senha para ser atendido pela recepcionista (nesses hospitais particulares até as atendentes são gatas!!!) e fui atendido em menos de 10 min.

Enquanto a moça preenchia meus dados, ouvi os gemidos - inconfundíveis, por sinal - de um casal fazendo sexo. Virei em direção aos ruídos e, para minha surpresa, era mesmo uma cena de sexo. Bem ali no aparelho de TV da recepção. Explícito, para todo mundo ver.

Na hora, fiquei meio que sem saber como agir. Tomou conta de mim um misto de vergonha, nojo, indignação, incredulidade, revolta. Voltei minha atenção novamente para a atendente e comentei num tom irônico:

- Vocês assinaram o canal pornô?

Ao que ela respondeu prontamente:

- Não, isso é a novela das oito!!! 


(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)

domingo, 18 de fevereiro de 2018

O DIA DO CORNO

Reginaldo Rossi: rei do brega em homenagem aos cornos...

Hoje é o dia do corno
Foi bom te encontrar
Vamos tomar um bom porre
Pra comemorar
A mulher que você ama
Eu amo também
Pelo que eu sei
Ela já enganou mais de cem

Até um galã de novela
Que dela gostou
Tornou-se um pobre coitado
Que ela arrasou
Contigo fez gato e sapato
Do teu coração
Comigo deixou-me de quatro
Me arrastando no chão

Refrão:
Hoje é um dia pra gente
Jamais esquecer
Vamos unir nossas dores
Chorar e beber
Vamos tomar um bom porre
Pra comemorar
Hoje é o dia do corno
Foi bom te encontrar

Mas homem adora mentir
E enganar a mulher
Homem adora trair
Mas a quer bem fiel
Então tem que levar o troco
Ele tem que pagar
Sofrendo, chorando e bebendo
Na mesa de um bar

Reginaldo Rossi


Obs.: dedicado aos esposos das minhas ex's... não vou entrar no mérito mas, tenham mais "pegada". Uma esposa insatisfeita é o primeiro passo para a infidelidade. Só para constar, fui procurado apenas para 'desabafar'. E não pega bem mulher casada falar mal do marido com o ex-namorado...


(A imagem acima foi copiada do link Diário de Pernambuco.)

sexta-feira, 17 de abril de 2015

"O amor não existe sem admiração. Quando você perde a admiração, o amor acaba".


Patrícia Pillar (1964 - ): atriz, diretora, produtora e apresentadora, nasceu em Brasília (DF). Atuou/atua no teatro, cinema e na televisão. No cinema, atuou em sucessos como Menino Maluquinho - O Filme (1994), O Quatrilho (1995, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro), O Noviço Rebelde (1996), Zuzu Angel (2006) e Se Eu Fosse Você (2006). Na TV participou, dentre outras, das novelas Roque Santeiro (1985), Rainha da Sucata (1990), Renascer (1993), O Rei do Gado (1996) e A Favorita (2008). 



(A imagem acima foi copiada do link Vírgula.UOL.)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

DÉJÀ VU


Novela nova, histórias antigas

Déjà vu é uma expressão da língua francesa que significa, literalmente, já visto. Aquela sensação estranha de já ter vivenciado algo, ou de haver estado antes em algum lugar, isso é um déjà vu.
Eu tive um dèjá vu hoje ao assistir trechos do primeiro capítulo da nova novela das 8 - que nunca começa às oito - daquela emissora do Jardim Botânico. Não sou fã de novelas, mas como dizem que os melhores capítulos sempre são o primeiro e o último, resolvi dar uma conferida. Sabem o que eu vi? As mesmas histórias, as mesmas caras, o de sempre…

Brigas entre amigos, desavenças na família, traições, adultérios, incentivo ao consumismo, banalização do sexo. Nem preciso acompanhar o folhetim para saber que os casais que se formam no início da novela, irão brigar no decorrer da trama e terminarão juntos. Não preciso perder meu tempo vendo os episódios, pois o roteiro é o mesmo, só mudam os personagens.

Uma vez escutei uma conhecida roteirista dizer que escrevia novelas que imitavam a vida. Disse isso porque, segundo ela, as pessoas adoravam ver cenas da “vida real” na TV e até se identificavam com essas coisas.

Engraçado, nunca vi uma novela retratando a vida daqueles que acordam cedo e pegam transporte lotado. Ou de quem padece nos hospitais públicos, sempre lotados. Ou, ainda, de gente que recebe salário-mínimo mas sobrevive dignamente.

O que as novelas retratam então?

Um mundo de sonhos e fantasias muito aquém da nossa realidade. Elas nos ditam modas, estilos de vida e influenciam nossos hábitos de consumo. Nos interessamos mais em saber quem está pegando quem na novela do que com assuntos mais sérios, tais como: política, educação, emprego e até nossa vida pessoal.

As novelas estão de tal forma arraigadas na nossa cultura terceiro-mundista, que já traspassaram os limites da sala de estar e agora se fazem presentes até nas rodas de amigos. Isso mesmo, se você não souber quem é o novo amante da mocinha da novela das oito, você não é ninguém.

Acompanhar novelas é um fenômeno cultural típico de países pobres e carentes em educação. Não estou querendo dizer que uma coisa tem a ver com outra, mas em nações mais adiantadas economicamente e educacionalmente que a nossa, as pessoas não perdem tempo vendo essas futilidades. Se preocupam mais em ingressar na faculdade, ter uma carreira brilhante e ser um profissional de sucesso. Aqui, aprendemos com as novelas que, a mulher deve tomar o marido da amiga, ou, se casar com um “bofe” rico; e o homem, que deve viver na malandragem, sem se preocupar em trabalhar.

Contudo, não adianta falar mal de novelas, ninguém vai deixar de assistir. Isso se justifica por um motivo bem simples: é melhor esquecer os problemas da vida real e acompanhar as futilidades da TV - mesmo que a novela sempre repita as mesmas histórias.


(A foto que ilustra esse texto foi copiada do link Clicrbs.com.)