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sábado, 25 de maio de 2024

"Você pensa que nunca vai esquecer, e esquece. Você pensa que essa or nunca vai passar, mas passa. Você pensa que tudo é eterno, mas não é".


Clarice Lispector, nascida Chaya Pinkhasivna Lispector (1920 - 1977): contista, colunista, cronista, escritora, romancista e jornalista nascida na Ucrânia e naturalizada no Brasil. De família judia, é autora de romances, contos e ensaios, sendo considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX. Integrante do Movimento Literário/Escola Literária do Modernismo, é também uma das principais influências da nova geração de escritores brasileiros. 

Principais obras: Perto do Coração Selvagem (1943); Laços de Família (1960); A Paixão segundo G.H. (1964); A Hora da Estrela (1977).

(A imagem acima foi copiada do link Folha de Pernambuco.) 

quinta-feira, 25 de abril de 2024

"É fácil se livrar das responsabilidades. Difícil é escapar das consequências por ter se livrado delas".


Graciliano Ramos de Oliveira (1892 - 1953): contista, cronista, jornalista, memorialista, militante comunista, político, romancista e tradutor brasileiro, nascido em Quebrangulo/Alagoas. Integrante do Modernismo (Escola Literária), sua obra mais famosa é Vidas Secas, romance modernista e regionalista considerado um clássico da literatura brasileira. Um gênio. Vale a pena ser lido.

(A imagem acima foi copiada do link Blog da Boi Tempo.) 

segunda-feira, 15 de abril de 2024

"Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício, acho medonho alguém viver sem paixões".


Graciliano Ramos de Oliveira (1892 - 1953): contista, cronista, jornalista, memorialista, militante comunista, político, romancista e tradutor brasileiro. Integrante do Modernismo (Escola Literária), sua obra mais famosa é Vidas Secas, romance modernista e regionalista considerado um clássico da literatura brasileira. Vale a pena ser lido. Um gênio.

(A imagem acima foi copiada do link Outras Palavras.) 

sábado, 18 de julho de 2020

CIDADEZINHA QUALQUER

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.


A vida e a obra de Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores ...

Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987): poeta, cronista e contista brasileiro. Um dos principais expoentes da segunda geração do Modernismo aqui no Brasil, Drummond também é considerado o mais influente poeta brasileiro do séc. XX. 


(A imagem acima foi copiada do link Revista Galileu.)

VÍCIO NA FALA

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados


Oswald de Andrade: biografia, obras e poemas - Toda Matéria

Oswald de Andrade (1890 - 1954): autor, dramaturgo, escritor, ensaísta e poeta brasileiro. Foi um dos grandes nomes da escola/movimento literário do Modernismo. Também foi um dos idealizadores e promotores da chamada Semana de Arte Moderna (1922).

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

quinta-feira, 16 de julho de 2020

PRONOMINAIS

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dê um cigarro



Oswald de Andrade (1890 - 1954): autor, dramaturgo, escritor, ensaísta e poeta brasileiro. Formado em Direito, Oswald de Andrade foi um dos grandes nomes da escola/movimento literário do Modernismo. Também foi um dos idealizadores e promotores da chamada Semana de Arte Moderna (1922).


(Imagem copiada do link Tio Oda.)

segunda-feira, 13 de julho de 2020

BALADA DO AMOR ATRAVÉS DAS IDADES

Helena (mitologia) – Wikipédia, a enciclopédia livre
A bela Helena: pivô da guerra entre gregos e troianos.

Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.

Virei soldado romano, 
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.

Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria de meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal-da-cruz
e rasgou o peito a punhal...
Me suicidei também. 

Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento 
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos.


Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987): poeta, cronista e contista brasileiro. Um dos principais expoentes da segunda geração do Modernismo aqui no Brasil, Drummond também é considerado o mais influente poeta brasileiro do séc. XX. 


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)

sábado, 11 de julho de 2020

RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?


Cecília Meireles (190 - 1964): poeta, jornalista, professora e pintora brasileira, considerada uma das vozes líricas mais importantes da Língua Portuguesa.


(Imagem copiada do link Escritas.)

sábado, 20 de junho de 2020

ERRO DE PORTUGUÊS

Oswald de Andrade: biografia, obras e poemas - Toda Matéria

"Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena! Fosse uma manhã de sol
O índio teria despido
O português".

Oswald de Andrade (1890 - 1954): autor, dramaturgo, escritor, ensaísta e poeta brasileiro. Formado em Direito, Oswald de Andrade foi um dos grandes nomes da escola/movimento literário do Modernismo. Também foi um dos idealizadores e promotores da chamada Semana de Arte Moderna (1922). 


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)

quarta-feira, 17 de junho de 2020

"Mais difícil do que publicar um livro é escrever um bom livro".


Jorge Leal Amado de Faria (1912 - 2001): autor, escritor, romancista e político brasileiro. Integrante da Academia Brasileira de Letras e membro da escola/movimento literário conhecido como Modernismo, Jorge Amado é um dos escritores brasileiros mais famosos, mais lidos e mais traduzidos - ficando atrás apenas de Paulo Coelho. Ganhador de inúmeros prêmios, muitos livros de Jorge Amado também foram adaptados para o cinema, teatro e televisão. Um autor que, com certeza, vale a pena ser lido e estudado. Recomendadíssimo!!!   

(A imagem acima foi copiada do link Casa Vogue.)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

"Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta. Só a presença, não é necessário mais nada".

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Graciliano Ramos de Oliveira (1892 - 1953): contista, cronista, jornalista, memorialista, militante comunista, político, romancista e tradutor brasileiro, nascido em Quebrangulo/Alagoas. Integrante do Modernismo (Escola Literária), sua obra mais famosa é Vidas Secas, romance modernista e regionalista considerado um clássico da literatura brasileira. Vale a pena ser lido.


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

VACINA DE ANO NOVO


Muitos me desejaram paz e amor em 75. 
Mas havendo amor, haverá paz? 
Amor é o contrário radioso dela. 
É inquietação, agitação, 
vontade de absorver o objeto amado, 
temor de perdê-lo, 
sentimento de não merecê-lo, 
ânsia de dominá-lo, 
masoquismo de ser dominado por ele, 
dor de não o haver conhecido antes, 
dor de não ocupar seu pensamento 24 horas por dia, 
e mais dias a pedir ao dia para ocupá-lo, 
brasa de imaginá-lo menos preso a mim do que eu a ele, 
desespero de o não guardar no bolso, 
junto ao coração, 
ou fisicamente dentro deste, 
como sangue a circular eternamente e eternamente o mesmo. 
Amor é isso e mais alguma triste coisa. 
E a tristeza incurável do tempo não passa fora de nós, 
passa é dentro e na pele marcada da gente, 
lembrando que eternidade é ilusão de minutos 
e o ato de amor deste momento 
já ficou mergulhado em ter sido. 
Amor é paz?

Carlos Drummond de Andrade


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

domingo, 22 de dezembro de 2019

VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Manuel Bandeira


(A imagem acima foi copiada do link Todo Estudo.)

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

"O cofre do banco contém apenas dinheiro; frusta-se quem pensar que lá encontrará riqueza".


Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987), poeta, cronista e contista brasileiro. Considerado pela crítica especializada como o poeta brasileiro mais influente do século XX, Drummond foi um dos principais expoentes da chamada segunda geração do Modernismo brasileiro.


(A imagem acima foi copiada do link Revista Prosa Verso e Arte.)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

"Amizade é como flores, não podemos deixar de regá-las, mas também não podemos regá-las muito".


Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, mais conhecido como Manuel Bandeira (1896 - 1968): crítico de arte, crítico literário, poeta, professor de literatura e tradutor brasileiro. Nascido na cidade do Recife (PE), Manuel Bandeira foi integrante da Academia Brasileira de Letras e fez parte da chamada 'Geração de 1922', que deu o ponta-pé inicial no Modernismo no Brasil. Seu poema "Os Sapos" foi o abre-alas da antológica Semana de Arte Moderna


(A imagem acima foi copiada do link Yahoo! Images.)

quarta-feira, 17 de julho de 2019

"Mestre não é quem ensina, mas aquele que, de repente, aprende".

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Guimarães Rosa (1908 - 1967): contista, diplomata, escritor, médico, novelista e romancista brasileiro. Membro da Academia Brasileira de Letras, fez parte dos seguintes movimentos literários (escolas literárias): Modernismo, Pós-Modernismo, Regionalismo Universalista e Romance Regionalista. Principal obra: Grande Sertão: Veredas.


(A imagem acima foi copiada do link Época.)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

ESTA VIDA...

Guilherme de Almeida: os poemas deste cara são simplesmente belos.

Um sábio me dizia: esta existência,
não vale a angústia de viver. A ciência,
se fôssemos eternos, num transporte
de desespero inventaria a morte.
Uma célula orgânica aparece
no infinito do tempo. E vibra e cresce
e se desdobra e estala num segundo.
Homem, eis o que somos neste mundo.

Assim falou-me o sábio e eu comecei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.

Um monge me dizia: ó mocidade,
és relâmpago ao pé da eternidade!
Pensa: o tempo anda sempre e não repousa;
esta vida não vale grande coisa.
Uma mulher que chora, um berço a um canto;
o riso, às vezes, quase sempre, um pranto.
Depois o mundo, a luta que intimida,
quatro círios acesos: eis a vida

Isto me disse o monge e eu continuei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.

Um pobre me dizia: para o pobre
a vida, é o pão e o andrajo vil que o cobre.
Deus, eu não creio nesta fantasia.
Deus me deu fome e sede a cada dia
mas nunca me deu pão, nem me deu água.
Deu-me a vergonha, a infâmia, a mágoa
de andar de porta em porta, esfarrapado.
Deu-me esta vida: um pão envenenado.

Assim falou-me o pobre e eu continuei a ver,
dentro da própria morte, o encanto de morrer.

Uma mulher me disse: vem comigo!
Fecha os olhos e sonha, meu amigo.
Sonha um lar, uma doce companheira
que queiras muito e que também te queira.
No telhado, um penacho de fumaça.
Cortinas muito brancas na vidraça
Um canário que canta na gaiola.
Que linda a vida lá por dentro rola!

Pela primeira vez eu comecei a ver,
dentro da própria vida, o encanto de viver.

Guilherme de Almeida


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

SOBRE A AMBIÇÃO



de pó
Deus o fez.
Mas ele, em vez
de se conformar,
quis ser sol, e ser mar,
e ser céu... Ser tudo, enfim.
Mas nada pôde! E foi assim
que se pôs a chorar de furor...
Mas ah! foi sobre sua própria dor
que as lágrimas tristes rolaram. E o pó,
molhado, ficou sendo lodo - e lodo só!


Guilherme de Almeida (1890 - 1969): advogado, crítico de cinema, ensaísta, jornalista, heraldista, poeta, professor e tradutor brasileiro. Foi representante do Modernismo e integrou a Academia Brasileira de Letras. 


(A imagem acima foi copiada do link Casa Guilherme de Almeida.)

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

CONHEÇA CECÍLIA MEIRELES


Cecília Meireles (1901-1964): poeta, jornalista, professora e pintora brasileira. Considerada uma das vozes líricas mais importantes da língua portuguesa. 

Apesar de viver sob a influência do Modernismo, apresentava também em sua poesia traços de outras escolas literárias como Simbolismo, Classicismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo, Surrealismo e Gongorismo. Por causa disso sua obra é considerada atemporal. 

Alguns de seus trabalhos: 
Ou Isto ou Aquilo, 
Romanceiro da Inconfidência, 
Viagem, Vaga Música, 
Nunca Mais, 
Poesia de Israel, 
Flores e Canções, 
Escolha o Seu Sonho, 
Antologia Poética. 

Obras infantis: 
Sonhos da Menina, 
O Cavalinho Branco, 
Leilão de Jardim. 

Por ser católica fervorosa, escreveu também: Pequeno Oratório de Santa Clara e O Romance de Santa Cecília.

(A imagem acima foi copiada do link Alto Astral.)