sábado, 5 de junho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XVIII)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


22 A grande prova - 1 Depois desses acontecimentos, DEUS pôs Abraão à prova, e lhe disse: "Abraão, Abraão!" Ele respondeu: "Estou aqui".

2 DEUS disse: "Tome seu filho, o seu único filho Isaac, a quem você ama, vá à terra de Moriá e ofereça-o aí em holocausto, sobre uma montanha que eu vou lhe mostrar".

3 Abraão se levantou cedo, preparou o jumento, e levou consigo dois servos e seu filho Isaac. Rachou a lenha do holocausto, e foi para o lugar que DEUS lhe havia indicado.

4 No terceiro dia, Abraão levantou os olhos e viu de longe o lugar.

5 Então disse aos servos: "Fiquem aqui com o jumento; eu e o menino vamos até lá, adoraremos a DEUS e depois voltaremos até vocês".

6 Abraão pegou a lenha do holocausto e a colocou nas costas do seu filho Isaac, tendo ele próprio tomado nas mãos o fogo e a faca. E foram os dois juntos.

7 Isaac falou a seu pai: "Pai". Abraão respondeu: "Sim, meu filho!" Isaac continuou: "Aqui estão o fogo e a lenha. Mas onde está o cordeiro para o holocausto?"

8 Abraão respondeu: "DEUS providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho!"

9 Quando chegaram ao lugar que DEUS lhe indicara, Abraão construiu o altar, colocou a lenha, depois amarrou seu filho e o colocou sobre o altar, em cima da lenha.

10 Abraão estendeu a mão e pegou a faca para imolar seu filho.

11 Nesse momento, o anjo de Javé ó chamou lá do céu e disse: "Abraão, Abraão!" Ele respondeu: "Aqui estou!"

12 O anjo continuou: "Não estenda a mão contra o menino! Não lhe faça nenhum mal! Agora sei que você teme a DEUS, pois não me recusou seu filho único".

13 Abraão ergueu os olhos e viu um cordeiro preso pelos chifres num arbusto; pegou o cordeiro e o ofereceu em holocausto no lugar do seu filho.

14 E Abraão deu a esse lugar o nome de "Javé providenciará". Assim, até hoje se costuma dizer: "Sobre a montanha, Javé providenciará".

15 O anjo de Javé chamou lá do céu uma segunda vez a Abraão, 16 dizendo: 

"Juro por mim mesmo, palavra de Javé: porque você me fez isso, porque não me recusou seu filho único, 17 eu o abençoarei, eu multiplicarei seus descendentes como as estrelas do céu e a areia da praia. Seus descendentes conquistarão as cidades dos seus inimigos.

18 Por meio da descendência de você, todas as nações da terra serão abençoadas, porque você me obedeceu".

19 Abraão voltou até seus servos, e juntos foram para Bersabéia. E Abraão ficou morando em Bersabéia. 


Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 22, versículos 01 a 19 (Gn 22, 01 - 19).

(A imagem acima foi copiada do link Wikipédia.) 

sexta-feira, 4 de junho de 2021

"Nós fomos até a escuridão para que vocês possam encontrar a luz".


Do seriado Marte (Mars), temporada 1, episódio 1: Um novo lar. Excelente para quem gosta de ciência, tecnologia e ficção científica. Conta a odisseia da raça humana rumo à exploração do planeta vermelho. Baseada em fatos reais. 

Como seria a preparação dos astronautas? Como seria a viagem? E o pouso na superfície de Marte? E depois, como produzir oxigênio, água e alimentos? 

Estes e outros desafios nos são apresentados ao longo dos episódios, fazendo o telespectador imaginar como seria a vida em outro planeta. Um sonho que as pessoas alimentam desde os primórdios da humanidade, quando nos demos conta do Universo infinito que existe "lá fora". 

Vale a pena conferir o seriado. Recomendadíssimo!!!


(A imagem acima foi copiada do link Uai.) 

quinta-feira, 3 de junho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XVII)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


21 Abraão e Abimelec - 22 Nesse tempo, Abimelec veio com Ficol, chefe do seu exército, e disse a Abraão: 

"DEUS está com você em tudo o que você faz. 23 Portanto, jure por DEUS, aqui mesmo, que não enganará nem a mim, nem a meus filhos e descendentes. E que você trará a mim e a esta terra, onde você mora, com a mesma amizade com que eu tratei você".

24 Abraão respondeu: "Eu juro".

25 Abraão reclamou com Abimelec por causa do poço do qual os servos de Abimelec se haviam apoderado.

26 Abimelec respondeu: "Não sei quem foi que fez isso. Você não me informou nada, e só agora estou sabendo disso".

27 Abraão pegou ovelhas e bois e os deu a Abimelec; e os dois fizeram uma aliança.

28 Abraão separou sete ovelhas do rebanho, 29 e Abimelec lhe perguntou: "Para que servem estas sete ovelhas que você separou?"

30 Abraão respondeu: "Estas sete ovelhas, que você recebeu de minha mão, são a prova de que eu cavei este poço". 

31 Por isso o lugar recebeu o nome de Bersabéia, porque aí os dois fizeram um juramento.

32 Depois que fizeram aliança em Bersabéia, Abimelec e Ficol, chefe do seu exército, voltaram para a terra dos filisteus.  

33 Abraão plantou uma árvore em Bersabéia e invocou aí o nome de Javé, o DEUS eterno. 34 Abraão morou muito tempo na terra dos filisteus.

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 21, versículos 22 a 34 (Gn 21, 22 - 34).


Explicando Gn 21, 22 - 34:

O texto quer explicar o significado do nome Bersabéia ("poço do juramento" ou "poço das sete ovelhas"). E, provavelmente, é uma justificativa posterior de posse desse território pelos israelitas. 

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 33.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

DIREITO, ECONOMIA E MERCADOS

Para estudiosos do Direito, da Economia e concurseiros de plantão.


Os mundos do Direito e da Economia, em que pese muito próximos na contemporaneidade do que foram outrora, ainda guardam um precipício quase intransponível entre si. Explica-se.

Em que pese os princípios de ambos os ramos do conhecimento derivarem de discussões morais, éticas e filosóficas, a teoria econômica se concentra no estudo da alocação de recursos e como os mesmos são ou deveriam ser empregados de forma mais eficiente para o indivíduo, para a empresa e para a sociedade.

Os estudiosos do Direito, por seu turno, focam no conceito de justiça. Para eles, os fatores econômicos não passam de um dos elementos de análise sendo, não raras as vezes, até mesmo desconsiderados.

Partindo do pressuposto de que os agentes econômicos respondem de maneira racional a determinados estímulos, buscando sempre aumentar seu bem-estar, os teóricos da Economia concluem que, a não ser em circunstâncias muito especiais, o nível de eficiência resultante destas decisões será tão maior quanto menor for o volume e a amplitude de regras e restrições comportamentais. E mais, na medida em que elas existam, o ideal é que sejam as mais estáveis, menos intrusivas possíveis e orientadas para fazer com que as "regras do jogo", como contratos, sejam seguidas, cumpridas e respeitadas.

Todavia, para os teóricos e praticantes do Direito, regras e leis para instituir direitos e obrigações, bem como sua implementação, interpretação e evolução, são, isso sim, a razão de ser da profissão, e não um "mal necessário", como qualificariam os economistas. E que, para melhor estudá-las, interpretá-las, modificá-las e implantá-las, passam a predominar sobre as alocações de recursos e eficiência econômica considerações de ordem cultural, social, ética, filosófica e até religiosa. 

Ora, se até bem pouco tempo estes dois ramos do conhecimento andaram em paralelo, hoje, existem fatores que criam incentivos para diminuir a distância entre eles.

Do lado da Economia, temos a percepção de que incentivos de ordem tanto ética, quanto moral, somados ao bom funcionamento das instituições, são fatores importantes na alocação de recursos e, por conseguinte, favorecem o aumento da produtividade e no desenvolvimento econômico. É crescente, inclusive, o uso de modelos onde se busca incorporar novos fatores, a saber: usos e costumes, cultura, quantidade de normas, funcionamento do sistema jurídico.

Do lado do Direito existe, já há algum tempo, a percepção de que examinar tão somente aspectos legais, morais e éticos em uma decisão não é o bastante. Apesar dos mesmos serem importantes, decisões judiciais que sistematicamente se abstraem dos aspectos econômicos envolvidos tendem a ser nocivas à sociedade e, como tal, tendem a serem revertidas no futuro, mas à custa de um desgaste - econômico e social - do sistema judiciário. 

Assim, há ganhos mútuos evidentes em se fazer a integração entre Economia e Direito. Daí a importância da troca de ideias entre profissionais de ambas as áreas.

Todavia, a distância entre ambas as carreiras ainda persiste. E o melhor exemplo para ilustrar o fosso entre economistas e juristas é o chamado Teorema de Coase. Mas isso, é assunto para outra conversa.

 

Fonte: Direito, Economia e Mercados, de Armando Castelar Pinheiro e Jairo Saddi. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

(A imagem acima foi copiada do link Google Images.) 

terça-feira, 1 de junho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XVI)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


21 DEUS ouve o grito do necessitado - 8 O menino cresceu e foi desmamado. E no dia em que Isaac foi desmamado, Abraão deu uma grande festa.

9 Ora, Sara viu que o filho que Abraão tinha tido com a egípcia Agar estava brincando com seu filho Isaac.

10 Então ela disse a Abraão: "Expulse essa escrava e o filho dela, para que o filho dessa escrava não seja herdeiro com meu filho Isaac".

11 Abraão ficou muito desgostoso com isso, porque Ismael era seu filho.

12 Mas DEUS lhe disse: "Não fique aflito por causa do menino e da escrava. Atenda ao pedido de Sara, pois será através de Isaac que sua descendência levará o nome que você tem.

13 Entretanto, também do filho da escrava eu farei uma grande nação, pois ele é descendência sua".

14 Abraão levantou-se de manhã, pegou pão e um cantil de água e os deu a Agar; colocou a criança sobre os ombros dela e depois a mandou embora. 

Ela saiu e andava errante pelo deserto de Bersabéia. 

15 Quando acabou a água do cantil, ela pôs a criança debaixo de um arbusto 16 e foi sentar-se na frente, a distância de um tiro de arco. Ela pensava: "Não quero ver a criança morrer!" E sentou-se a distância. O menino começou a chorar.

17 DEUS ouviu os gritos da criança, e o anjo de DEUS, lá do céu, chamou Agar, dizendo: "O que é que você tem, Agar? Não tenha medo, pois DEUS ouviu os gritos do menino que aí está. 18 Levante-se, pegue o menino e segure-o firme, porque eu farei dele uma grande nação".

19 DEUS abriu os olhos de Agar e ela viu um poço. Foi encher o cantil e deu de beber ao menino. 

20 DEUS estava com o menino. Ele cresceu, morou no deserto e tornou-se um arqueiro. 21 Morou no deserto de Farã, e sua mãe escolheu para ele uma mulher egípcia.


Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 21, versículos 08 a 21 (Gn 21, 08 - 21).


Explicando Gn 21, 08 - 21:

Enquanto a mãe Agar se coloca à distância para não ouvir os gritos do filho prestes a morrer, DEUS ouve esse grito e se apresenta para salvar. Trata-se do filho de uma escrava: DEUS está aberto para ouvir os clamores de todos os povos e encaminhá-los para a vida

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 33.

(A imagem acima foi copiada do link Google Images.) 

segunda-feira, 31 de maio de 2021

PRINCÍPIO DO FAVOR REI - QUE DANADO É ISSO?

Dicas para cidadãos e concurseiros de plantão.


O princípio do favor rei, também conhecido como princípio do in dubio pro reo, favor inocentiae ou favor libertatis, é um dos mais importantes princípios do Processo Penal, podendo-se dizer que decorre do princípio da presunção de inocência. 

O favor rei se baseia na predominância do direito de liberdade do acusado, quando colocado em confronto com o jus puniendi (direito de punir) do Estado. Ou seja, na dúvida, sempre prevalece o interesse do réu.

Referido princípio deve, inclusive, orientar as regras de interpretação, de maneira que, diante da existência de duas interpretações antagônicas, deve-se eleger aquela que se apresenta mais favorável ao acusado. Na dúvida, a interpretação deve ser favorável ao réu.  

Segundo o doutrinador Fernando Capez, o princípio "favor rei" consiste em que qualquer dúvida ou interpretação na seara do processo penal, deve sempre ser levada pela direção mais benéfica ao réu (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 10ª Edição revista e atualizada. São Paulo: Editora Saraiva, 2003, p. 39).

Ora, nada mais coerente e lógico a se esperar de um sistema de processo de penal acusatório. No processo penal, para que seja prolatada uma sentença condenatória, é necessário que exista prova da existência de todos os elementos objetivos e subjetivos da norma penal e também da inexistência de qualquer elemento capaz de excluir a culpabilidade e a pena.

Fonte: JusBrasil e Jusbrasil.

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quinta-feira, 27 de maio de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XV)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


21 DEUS realiza o que promete - 1 Javé visitou Sara, como havia anunciado, e cumpriu sua promessa.

2 No tempo que DEUS tinha marcado, Sara concebeu e deu à luz um filho para Abraão, que já era velho.

3 Abraão deu o nome de Isaac ao filho que lhe nasceu, gerado por Sara.

4 Conforme DEUS lhe havia ordenado, Abraão circuncidou seu filho Isaac, quando este completou oito dias.

5 Abraão tinha cem anos quando seu filho Isaac nasceu.

6 E Sara disse: "DEUS me deu motivo de riso, e todos os que souberem disso vão rir de mim".

7 E acrescentou: "Quem diria a Abraão que Sara iria amamentar filhos? Apesar de tudo, na sua velhice eu lhe dei um filho". 

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 21, versículos 01 a 07 (Gn 21, 01 - 07).


Explicando Gn 21 21, 01 - 07: O episódio narra o nascimento de Isaac, "o filho da promessa", cujos pais Abraão e Sara já possuíam idade bastante avançada (Abraão contava com cem anos!).

Tal acontecimento é, sem sombra de dúvidas, um desafio à natureza e à compreensão humana. 

Como um homem, centenário, ainda consegue manter relações sexuais? E como uma mulher, que na época devia ter cerca de 90 anos de idade, ainda consegue menstruar, ovular, conceber e dar à luz um filho saudável? 

A resposta é bem simples aos olhos de quem tem fé: para DEUS, nada é impossível (Gn 18, 14; Lc 1, 37).


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.) 

terça-feira, 25 de maio de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XIV)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


20 DEUS liberta o oprimido - 1 Abraão partiu daí e foi para o Negueb, estabelecendo-se entre Cades e Sur, e vivendo como imigrante em Gerara. 

2 Abraão dizia que Sara era sua irmã. Então Abimelec, rei de Gerara, mandou buscar Sara.

3 Mas DEUS visitou Abimelec em sonho durante a noite, e lhe disse: "Você vai morrer, porque essa mulher que você tomou é casada".

4 Abimelec, que ainda não tinha tido relações com ela, disse: "Meu Senhor, vais matar alguém inocente? 5 Ele próprio me disse que era sua irmã; e ela disse que ele era seu irmão. Fiz isso de boa fé e mãos limpas".

6 DEUS lhe respondeu no sonho: "Sei que você fez isso de boa fé. Fui eu quem impediu você de pecar contra mim, não permitindo que a tocasse. 7 Agora, devolva a mulher a esse homem: ele é profeta e rezará para que você continue vivo. Se não a devolver, fique sabendo que você morrerá com todos os seus".

8 Abimelec levantou-se bem cedo e chamou todos os servos. Contou-lhes tudo , e os homens ficaram muito assustados.

9 Em seguida, Abimelec chamou Abraão e lhe disse: "O que é que você fez conosco? Que mal eu lhe fiz para você atrair tão grande pecado sobre mim e meu reino? Você fez comigo uma coisa que não se deve fazer".

10 E Abimelec acrescentou: "O que você pretendia ao fazer isso?"

11 Abraão respondeu: "Pensei que neste país não respeitavam a DEUS e que me matariam por causa da minha mulher. 12 Além do mais, ela é de fato a minha irmã por parte de pai, mas não por parte de mãe, e se tornou minha mulher.

13 Quando DEUS me fez andar errante, longe de minha família, eu pedi a ela: 'Faça-me este favor: em qualquer lugar em que chegarmos, diga que eu sou seu irmão'".

14 Abimelec pegou ovelhas e bois, servos e servas, e os deu a Abraão, devolvendo também sua mulher Sara. 

15 Disse ainda: "Minha terra está aberta para você; fique onde quiser".

16 Depois disse a Sara: "Aqui estão mil moedas de prata para o seu irmão. Isso servirá de reparação diante de todos os seus, e ninguém pensará mal de você".

17 Abraão intercedeu junto a DEUS, e DEUS curou Abimelec , sua mulher e seus servos, a fim de que pudessem ter filhos.

18 Isso porque Javé tornara estéreis todas as mulheres na casa de Abimelec, por causa de Sara, mulher de Abraão.   

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 20, versículos 01 a 18 (Gn. 20, 01 - 18).


Explicando Gn 20, 01 - 18: O episódio é uma repetição de Gn. 12, 10 - 20 e também procura justificar a atitude de Abraão.

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 32.

(A imagem acima foi copiada do link Mulheres Preciosas.) 

segunda-feira, 24 de maio de 2021

ASSÉDIO MORAL NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (II)

Jurisprudência para servir como pesquisa àqueles com interesse na área. Apresenta práticas abusivas e covardes no ambiente de trabalho, perpetradas rotineiramente pela Caixa Econômica Federal contra seus empregados.


ABUSO DO PODER DIRETIVO E EXCESSO DE METAS

Quando o juízo de origem julga improcedente o pedido de indenização por assédio moral, a parte autora pode - e deve - recorrer da decisão. No caso ora analisado, temos uma situação assim. 

A narrativa da Autora, quanto à prática de assédio moral na Caixa Econômica, é corroborada pelo relato de testemunhas. Assédio este, diga-se de passagem, é uma prática infame, covarde e vil, não se confundindo com o chamado poder diretivo do empregador.

"A Autora insurge-se contra esta decisão, aduzindo que: os depoimentos das testemunhas confirmaram a venda de produtos do Réu, tarefa alheia às suas atribuições; a fixação de metas pode ser admitida para vendedores, não para outros empregados que exercem outras funções; a obrigação de vender produtos e atingir metas a deixava tensa, comprometendo seu desempenho nas tarefas de caixa.

Com razão.

A prova testemunhal confirma a narrativa trazida pela Autora na inicial, quanto ao assédio moral sofrido. Transcreve-se:    

... que todos que trabalham em agência são obrigados a vender produtos, sob pena de perderem a função, de serem transferidos... (testemunha da Autora, fl. 466).

... que existem metas para venda de produtos e, em regra, quem não vende produtos suficientemente sofre eventualmente ameaças de transferência de agência; (...) (testemunha do Réu, fl. 467).

Inicialmente, ressalte-se que a Autora sequer tinha dentre suas atribuições vender produtos, uma vez que era caixa. Desse modo, a cobrança de metas se dava no exercício de função para a qual a Autora não tinha sido contratada.

Ademais, mesmo que se considere, conforme aduzido na defesa, que o oferecimento de produtos faz parte da rotina do trabalho desenvolvido nas agências, ainda assim o comportamento da Ré não encontraria escusa na alegação de uma simples cobrança de metas.  

Embora o empregador detenha o poder diretivo, podendo exigir resultados da força de trabalho contratada, não pode se eximir de agir com equilíbrio e respeito.

As cobranças de resultados devem observar os limites de razoabilidade, não se admitindo que para alcançá-las o empregado deva sofrer violação à sua honra e dignidade.

A transferência de agência é o tipo de ameaça que desequilibra o trabalhador, pois tal modificação pode provocar caos em sua vida, via de regra, organizada em torno do local de trabalho. Desse modo, esta ameaça não encontra escusa no poder diretivo do empregador.

Sem dúvida que situações como as mencionadas, trazem insegurança e constrangimento à trabalhadora, e demonstram desrespeito e descaso com sua integridade psíquica. 

O assédio moral é inequívoco, bem como o nexo de causalidade entre o dano sofrido e o ato praticado pelo Réu. 

Arbitra-se o valor da indenização em R$ 30.000,00, a fim de adequar ao dano sofrido e à longa duração do contrato, além do porte financeiro do Réu. Assim, tal valor lhe servirá como medida pedagógica para impedir este tipo de procedimento em suas dependências. 

Assim, concede-se provimento ao recurso da Autora para julgar procedente o pedido de indenização por assédio moral, no valor de R$ 30.000,00".

No caso em tela, o TRT/1 julgou procedente o pedido da Autora e, por unanimidade, os Desembargadores condenaram a Caixa Econômica Federal ao pagamento de indenização por assédio moral, no importe de R$ 30.000,00:

DISPOSITIVO

"ACORDAM os Desembargadores da 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, por unanimidade, não conhecer o recurso do Réu, por falta de dialeticidade, e conhecer o recurso da Autora. No mérito, por maioria, conceder parcial provimento ao recurso da Autora para ampliar a condenação ao pagamento de horas extras, nos termos da fundamentação e determinar o pagamento de indenização por assédio moral, no valor de R$ 30.000,00".

Fonte: Justiça do Trabalho: TRT/1: RO 0046900-26.2009.5.01.0017 RJ. Órgão Julgador: Sétima Turma. Julgamento: 17 de Setembro de 2014. Relator(a): Giselle Bondim Lopes Ribeiro. Grifo nosso. 

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

EXPLICANDO GÊNESIS 19, 30 - 38

Leia também GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XIII).


O episódio explica a origem dos moabitas (Moab = saído do pai) e dos amonitas (Ben-Ami = filho do meu povo), povos vizinhos e inimigos de Israel, lembrados aqui como fruto das cidades condenadas.

Apenas duas filhas de Ló são explicitamente mencionadas em Gênesis, ambas sem nome. No entanto, o midraxe hebraico O Livro de Jaser descreve outra filha chamada Paltith, que foi queimada até a morte pelos sodomitas por violar sua lei contra a caridade para estrangeiros. 

O gesto das filhas de Ló é motivado pelo desejo profundo de perpetuar a vida. Segundo a tradição judaica, as duas irmãs acreditavam que o mundo inteiro havia sido destruído e que eles eram os únicos sobreviventes. As filhas de Ló, portanto, recorrem ao incesto, mas com a justificativa de preservar a raça humana. 

Essa também era a opinião geral dos chamados Pais da Igreja Primitiva, como Agostinho, Crisóstomo e Irineu. A base dessa ideia é o comentário da filha mais velha (Gênesis 19, 31 - 32).

O episódio é, possivelmente, o mais antigo relato de incesto que se tem notícia.

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 32 e Wikipédia.


(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)