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domingo, 27 de junho de 2021

28 DE JUNHO: DIA INTERNACIONAL DO ORGULHO LGBTQIA+

Uma data de luta, comemoração, protagonismo, conscientização e resistência.


28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Também conhecido como Dia Internacional do Orgulho Gay, a data é comemorada, anualmente, em todo o mundo. 

É um dia que marca a luta contra a opressão desencadeada em virtude da orientação sexual e da identidade de gênero. 

A data serve para relembrar a Rebelião de Stonewall, acontecida na cidade de Nova Iorque em 1969, no bar Stonewall Inn. O evento é considerado o marco do movimento de liberação sexual, bem como o momento no qual o tema ganha relevância e ganha o debate público e as ruas. 

Localizado no East Village, o endereço era ponto de encontro dos excluídos e marginalizados da sociedade — em sua grande maioria, gays. Os frequentadores do local eram alvo frequente de ações policiais, e acabavam sendo presos e sofrendo outras represálias por parte das autoridades. 

Porém, isso acabou na noite do dia 28 de junho. O público que se divertia na casa não aceitou a abordagem das forças de segurança. Houve resistência.

Fartos de tanta repressão, baseada quase que exclusivamente na discriminação, clientes e curiosos, de forma espontânea, começaram a gritar e a atirar objetos nos policiais. 

O bar foi incinerado e os conflitos perduraram por alguns dias.

Os relatos do que aconteceu nesta fatídica noite se espalharam rapidamente, fazendo crescer o desejo de luta. O que, de fato, aconteceu.

Já no ano seguinte (1970), um grupo liderado pelo ativista americano Craig Rodwell comemorou o evento. Chamaram de Dia da Libertação da Christopher Street, rua em que ficava o bar Stonewall Inn. O evento ficaria conhecido como a primeira marcha do orgulho gay.

Desde então, manifestações, paradas e outros eventos culturais, ocorrem ao redor do mundo, reunindo milhões de pessoas. Os participantes demonstram publicamente seu orgulho e não mais o sentimento de vergonha em assumir publicamente a orientação sexual e identidade de gênero LGBTQIA+.     

Mas o que significa a sigla LGBTQIA+? Isso é assunto para outra conversa.

Fonte: Universa Uol.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PODEROSAS

GLS’s param São Paulo na 14a edição da Parada do Orgulho Gay

Monumental. Essa seria a palavra mais apropriada para descrever a marcha pela Avenida Paulista durante a Parada do Orgulho Gay, que aconteceu ontem (06/06/10) em São Paulo.

Com um público de aproximadamente três milhões e meio de pessoas - segundo a organização - o evento teve seis horas de duração, contou com cerca de 20 trios elétricos e movimentou cerca de duzentos milhões de reais no comércio local.

Apesar desse mundo todo de gente, a polícia militar registrou apenas 10 ocorrências. Nada de muito grave. Apenas pequenos furtos de bolsas e celulares.

Com o tema “Apoie a democracia. Vote contra a homofobia”, os GLS’s (gays, lésbicas e simpatizantes) iniciaram os festejos com uma sonora vaia aos políticos que são declaradamente homofóbicos - pessoas com preconceito contra homossexuais.

O que começou como um simples protesto reivindicando direitos, a Parada do Orgulho Gay de São Paulo é uma das maiores do mundo e já faz parte do calendário de festividades da capital paulista. Ela é o maior evento da cidade em número de pessoas, e em faturamento, só perde para a Fórmula 1.

"Eles" são poderosas, hein?
Errata: Segundo um amigo meu entendido no assunto, o termo GLS caiu em desuso na comunidade homossexual. Agora a expressão utilizada é GLBT, que significa gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. Portanto, onde você ler GLS no blog Oficina de Ideias 54, substitua por GLBT.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

“O mundo é gay, mas o Brasil é enrustido.”

Estudante da UFRN ganha prêmio ao produzir documentário mostrando um outro lado do mundo das drag queen’s

Formado em Comunicação Social com habilitação em Radialismo, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o jovem Jô Fagner, 24 anos, nasceu em Acari - cidade do interior do estado. Faz o curso de Jornalismo na mesma instituição e recentemente apresentou um trabalho intitulado Drag Stars no Expocom de Curitiba, Paraná, ganhando um prêmio por isso. Durante um intervalo de 15 minutos entre uma aula e outra na universidade, ele concedeu a seguinte entrevista:

Qual foi o evento que você participou e que prêmio foi esse?
Jô Fagner:
Eu participei do XVI Expocom, uma amostra de produtos experimentais em comunicação. Esse evento é realizado pela Intercom (Sociedade de Estudos Interdisciplinares da Comunicação), e aconteceu em Curitiba, Paraná, no início de setembro. Ganhei o prêmio na categoria Cinema e Audio-Visual, modalidade filme de não-ficção, com o documentário Drag Stars.

Do que trata o video?
Jô Fagner:
Fala das drag queens de Natal, mas com uma outra narrativa onde busquei fugir da questão do preconceito - algo bem clichê. Quando alguém fala sobre o público homossexual na mídia, só aborda sobre preconceito. Procurei buscar mais identidade. A drag é um artista, como qualquer outro, que realiza performances, shows, arte. Só que ele faz isso vestido de mulher, de maneira caricata e exagerada, como se fosse um humorista.

O que o inspirou a fazer esse projeto?
Jô Fagner:
Vi um livro reportagem chamado Rainhas e Dragões, feito por estudantes paulistas. Gostei da forma como foi trabalhado o tema e resolvi fazer um parecido, mas a partir da realidade das drag queen’s natalenses. Reuni uma equipe, as estudantes Daniele e Milena, e caímos em campo. O Drag Stars foi nosso trabalho final no curso de Radialismo, e fez bastante sucesso. Até hoje recebo recados via e-mail de pessoas pedindo link para assistir o video Drag Stars.

Como foram feitas a coleta de dados e a pesquisa? E por que o nome Drag Stars?
Jô Fagner:
Foram feitos através de sites de relacionamentos. Criei um perfil chamado Drag Stars e convidei drags queen’s aqui de Natal, que passaram por uma seleção. Dessa seleção, escolhi cinco pessoas para participarem do video documentário. O nome Drag Stars veio como apologia ao programa Pop Stars, de uma emissora de TV brasileira.

Você e sua equipe encontraram dificuldades na realização do trabalho?
Jô Fagner:
Inúmeras… Tanto de ordem técnica quanto financeira. A universidade só nos cedeu uma câmera, operada por um funcionário da instituição. Isso, depois de uma burocracia enorme. Tivemos dificuldades em filmar nos lugares onde as queen’s se apresentavam, pois a drag é um personagem que só trabalha à noite e a câmera da UFRN só filmaria durante o dia. Outro problema: a câmera não podia sair do campus. Quando conseguimos uma autorização para filmar externamente, a superintendente de comunicação não liberou a bateria. Arranjamos uma extensão e, para onde íamos, levávamos um emaranhado enorme de fios. Para filmar nos locais de trabalho das queen’s (boates e casas de show noturnas) tivemos que providenciar câmeras de mão particulares.

Qual a diferença entre drag queen e travesti?
Jô Fagner:
Drag queen é um sujeito, um homem que se veste de mulher para fazer shows. Não é necessariamente gay. É alguém que durante o dia tem o corpo de menino e quando chega a noite - ou em eventos esporádicos - coloca peruca, prótese removível em formato de seios, maquiagem e se transforma não em mulher, mas num personagem que se assemelha à figura feminina. Já o travesti é aquele personagem que tem identidade feminina e sente necessidade de mudar o corpo mas não tem coragem para fazer a cirurgia. Por isso, ele coloca silicone (nos seios e no bumbum), deixa os cabelos crescerem e fica 24 horas daquele jeito. Mas não tira o órgão sexual masculino porque aquilo também dá prazer. Ele quer e gosta de ter os dois sexos, e de ser homem e mulher ao mesmo tempo. O travesti é gay, com certeza. Tem também o transexual. Esse tem transtornos de identidade de gênero, não se sentindo confortável com o próprio corpo. O transexual faz cirurgia para retirar a genitália. Transforma o sexo, transforma a cabeça. Transforma tudo para ser uma mulher.

Qual a origem do nome drag queen?
Jô Fagner:
Drag queen é um nome de origem inglesa. No teatro antigo não havia mulheres atuando, assim, William Shakespeare (dramaturgo inglês do século XVI) quando fazia suas peças tinha que improvisar: os homens faziam o papel de mulher. Para não confundir os personagens, Shakespeare colocava ao lado das falas, a sigla DRAG (Dressed As a Girl) “Vestido como uma garota”, nos papéis em que os homens interpretariam mulheres. Séculos depois, na década de 80, a moda drag ressurgiu como fenômeno de comportamento. A partir de então, à sigla drag de Shakespeare somou-se o nome queen (rainha), passando um sinônimo de nobreza.

As festas do orgulho gay estão cada vez mais comuns pelo mundo. E aqui no Brasil?
Jô Fagner:
O mundo é gay, mas o Brasil é enrustido. O Brasil está saindo do armário aos poucos. Mesmo assim, a parada do orgulho gay em São Paulo reune, todos os anos, milhões de pessoas dos quatro cantos do planeta. Já se tornou um evento cultural e está no calendário de festas da cidade. A parada gay deixou de ser um ato político. Agora ela é um espetáculo transmitido para todo o mundo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

GAYS VAIAM GOVERNADORA DO RN


Ontem à tarde aconteceu a 5a parada do orgulho gay em Natal. Eu não fui (estava trabalhando), mas um amigo meu que foi disse que a governadora Wilma de Faria recebeu uma vaia dos presentes.

A assessoria de imprensa da governadora negou o caso. Lógico. Mas meu amigo que estava lá jurou de pé junto que o público GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) deu uma vaia inesquecível em Wilma.

Nas palavras do meu amigo: tem muita gente querendo se promover às custas da parada gay, mas os gays não são alienados politicamente como muita gente pensa.

Wilma que o diga.

Para quem se interessar, as próximas Paradas Gays:
14/11 - Floriano - PI
15/11 - Catanduva - SP
15/11 - Duque de Caxias - RJ
15/11 - João Pessoa - PB
15/11 - Juiz de Fora - MG
15/11 - Nilópolis - RJ
15/11 - Planaltina de Goiás - DF
15/11 - São Vicente - SP


(A foto que ilustra esse texto foi copiada do link Central de Notícias Gays.)