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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

CONTO JUDAICO (II)

Confira o conto a seguir e aprenda um pouco da astúcia judaica

Há algumas décadas, após muito sonhar e batalhar por isso, e graças a uma nova lei criada na ex-União Soviética, tio Boris, judeu russo, conseguiu permissão para emigrar para Israel, como estavam fazendo outros camaradas russos.
Ele se queixara muito da demora... Por fim, concordaram com sua saída.

No dia da partida, na alfândega, um oficial russo revistava as bagagens de tio Boris e, de repente, ao abrir uma delas, pergunta:

- Que é isso?

- Perdão - disse Boris - o senhor deve perguntar 'Quem é este?'. Este é um busto do camarada Stalin, nosso querido timoneiro e grande dirigente do partido. Eu o levo, para nunca esquecê-lo.

- É verdade - disse o oficial - ele pensava diferente dos judeus, porém lhe felicito. Passe.

Tio Boris chega a Tel Aviv e, quando revistado, o oficial israelense abre sua bagagem e pergunta:

- Que é isso?

- Perdão - disse Boris - o senhor deve perguntar 'Quem é este?'. Este é o maldito ditador antissemita Stalin, por quem sofremos tantas desgraças e misérias. Trago este busto para não esquecer e ensinar aos jovens quem nos fez tanto sofrer.

- Bem senhor, acalme-se - disse-lhe o oficial - você já está em Israel. Pode passar. Sua família o espera.

Tio Boris foi recebido com grande alegria por seus irmãos e toda a família. Foram todos ao kibutz, onde tinha sido preparado uma grande festa. Ao lá chegar, um sobrinho o acompanha ao quarto e o ajuda com suas coisas. Quando tio Boris abre a valise e coloca o busto sobre sua cama, o sobrinho, espantado, pergunta.

-Tio Boris, quem é este?

-Perdão - disse Boris - você deve perguntar 'Que é isso?'. Isso, querido sobrinho, são doze quilos de ouro puro.


(Texto enviado por e-mail pelo judeu, amigo e historiador Eloi. A imagem acima foi copiada do link Google Images. )

domingo, 22 de maio de 2011

CONTO JUDAICO

Durante as orações, numa antiga sinagoga de Israel, em determinado momento, metade da congregação se colocou em pé, enquanto a outra metade permaneceu sentada.

A metade que ficou sentada começou a gritar aos que tinham ficado de pé para que se sentassem, e a metade que estava de pé gritava aos outros para que se levantassem.

O rabino ficou sem saber o que fazer. A congregação lhe sugeriu que consultasse um sábio de 98 anos, um dos fundadores da sinagoga, que estava residindo num asilo devido à idade e problemas de saúde.

O rabino esperava, sinceramente, que o ancião estivesse em condições de contar como era a tradição no seu tempo e, pensando nisso, dirigiu-se ao asilo acompanhado de um representante de cada grupo em que estava dividida a congregação.

Já nos aposentos do velho sábio, o representante dos que haviam ficado de pé lhe perguntou se a tradição era colocar-se de pé naquele momento da oração. E o ancião respondeu:

– Não. Essa não é a tradição.

O representante dos que haviam ficado sentados, esgrimindo um sorriso vitorioso nos lábios, afirmou:

– Então, a tradição é permanecer sentado!

Ao que o sábio contestou:

– Não. Essa não é a tradição.

Como a polêmica permanecia sem solução, o rabino dirigiu-se ao homem sábio:

– O problema é que estão ocorrendo brigas constantemente: os que ficam de pé gritam aos que ficam sentados e vice-versa, e isso...

O sábio interrompeu o rabino, antes que este terminasse a frase, abriu um sorriso e exclamou:

– Essa é a tradição!

Silvio Tendler (nascido em 1950) é um documentarista e cineasta brasileiro. Conhecido como "o cineasta dos vencidos" ou "o cineasta dos sonhos interrompidos", é detentor das três maiores bilheterias de documentários na história do cinema brasileiro: "O Mundo Mágico dos Trapalhões" (1 milhão e 800 mil espectadores), "Jango" (1 milhão de espectadores) e "Anos JK" (800 mil espectadores).


(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)