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quinta-feira, 28 de maio de 2020

PIMENTA NO C* DOS OUTROS...

Coronel favorável à intervenção militar é retirado da praia algemado, após desacatar PM's

Coronel 'bolsonarista' é detido ao se recusar a deixar a praia durante o isolamento social: e ainda chamou os PM's que o conduziram de comunistas...

O fato aconteceu no dia 23 de Março deste ano. Apesar de já terem se passado mais de dois meses do episódio, acho que merece registro para demonstrar a imbecilidade, idiotice e falta de bom senso de quem apoia uma possível intervenção militar no nosso País.

Era uma linda manhã ensolarada na Praia de Ipanema, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. Policiais, que patrulhavam a área, tentavam impedir que banhistas frequentassem a área. Tal medida era para assegurar o isolamento social, uma das formas de evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19).

Um tenente coronel reformado da Aeronáutica, cujo nome não vou citar porque pessoas medíocres não merecem 'fama', estava acompanhado da mulher na areia da praia. Ao ser abordado pelos policiais militares, o coronel disse que não sairia.

Mesmo depois de os PM's insistirem, tentando argumentar, de forma educada e dialogada, o 'milico' se recusou a cumprir às ordens das autoridades ali presentes. E mais, ainda ameaçou os policiais, dizendo: "Não vou sair, não põe a mão em mim, sou coronel da FAB e você podem se prejudicar (...)".

Não contente com o desacato e a forma desaforada como tratou os policiais, que ali estavam cumprindo um papel de representantes do Estado, legalmente investidos e com competência para estarem atuando daquela forma, o coronel ainda agrediu um dos policiais na cabeça.

Foi dada voz de prisão, o 'milico' resistiu à prisão. Foi algemado e, ao ser carregado, continuava desacatando e ameaçando os PM's e chamando estes de comunistas (!). O coronel birrento foi encaminhado à 14ª Delegacia de Polícia, onde o fato foi registrado como desacato, desobediência e resistência.

O coronel arruaceiro, que envergonha tanto os militares, quanto os servidores públicos, se diz cidadão de bem, é 'bolsonarista' e apoia veementemente a intervenção militar no Governo.

Interessante, esses idiotas além de alienados são também contraditórios no que dizem. Gritam, a plenos pulmões, defendendo a intervenção do militares, mas para os outros!!! Quando é com eles, não aguentam cinco minutinhos tendo que receber ordens de outro militar. Como diz aquele velho ditado: "pimenta no c* dos outros é refresco".

Vai entender...          

Fonte: Diário do Centro do Mundo, com adaptações.
(A imagem acima foi retirada do link Diário do Centro do Mundo.)

quinta-feira, 30 de abril de 2020

ATENTADO DO RIOCENTRO

Ato covarde praticado por militares durante a ditadura, o qual não devemos esquecer

Atentado do Riocentro – Wikipédia, a enciclopédia livre
Atentado do Riocentro: militares agindo como terroristas, contra pessoas inocentes... Os envolvidos no caso nunca foram punidos.

Na noite do dia 30 de Abril de 1981, portanto há 39 anos, acontecia um ataque a bomba frustrado no Centro de Convenções do Riocentro, no Rio de Janeiro. O Atentado do Riocentro, como ficou conhecido, aconteceu durante o período da ditadura militar e foi perpetrado por setores do Exército Brasileiro, insatisfeitos com a a abertura democrática.

Na hora do atentado, realizava-se no Riocentro um show em comemoração ao Dia do Trabalhador, com pelo menos vinte mil expectadores. No palco, inúmeros artistas conceituados pela crítica e pelo grande público, artistas esses todos a favor da redemocratização e críticos ferrenhos do regime de exceção instaurado no país.

Mas o atentado, como dito, foi frustrado. O dispositivo explosivo foi acionado antes da hora, explodindo num carro, ainda no estacionamento do Riocentro. A bomba explodiu no colo do militar, um sargento, que a transportava, matando instantaneamente o 'milico'. A outra pessoa ferida no atentado, também era militar, um oficial que dirigia o veículo. 

E, ao contrário dos terroristas militares que pretendiam silenciar com bombas as vozes contrárias à ditadura, o atentado do Riocentro acabou por apressar o processo de redemocratização em curso.  

O Exército e outras autoridades da época, tentaram desesperadamente encobrir o caso. E, pasmem, até hoje ninguém foi diretamente responsabilizado. Pelo contrário, o militar que dirigia o carro e sobreviveu à explosão foi promovido por bravura (como assim?!) e hoje está aposentado e recebe uma gorda pensão do Estado brasileiro.

Hoje, os militantes de esquerda que lutaram contra o regime militar, e pavimentaram com seu próprio sangue a estrada que nos conduziu à redemocratização, são vistos como terroristas. Já os militares, atuando sob as asas do Estado brasileiro, que praticaram perseguições, torturas, mortes e atentados a bomba, ninguém diz nada. Teve um que foi até eleito presidente do país... 

Vai entender...

Fonte: Wikipédia, com adaptações; 
documentário no YouTube.
(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)

terça-feira, 22 de abril de 2008

MILITAR GOSTA DE TIRAR ONDA...

Episódio pitoresco que aconteceu... comigo, quando eu era Fuzileiro Naval, e merece registro.


Estávamos eu, um terceiro sargento infante e um cabo também infante, de serviço no Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal. Apareceu uma emergência no Hospital Naval e escalaram nós três para irmos até lá tentar resolver.

Era um fuzileiro que tinha bebido além da conta e estava tumultuando no hospital.

Chegamos lá quinze minutos depois, mas o problema já estava resolvido: o "naval" fora medicado e dormia tranquilamente.

Para não ter que voltar ao o quartel e ficar fazendo faxina, o sargento - mais antigo dos três -, disse que ficaríamos dentro da viatura, em frente ao hospital, "dando cobertura".

Beleza. Íamos passar a tarde toda sem fazer nada.

Meia hora depois, cansado do silêncio, o sargento começa a puxar assunto. Fala que é casado há oito anos mas sempre traiu a "dona Maria" (esposa)... Esta nunca percebeu, porque ele dava "assistência" em casa e "se garantia" com as outras. Sempre foi "pegador", atuador", "comia geral" no Rio de Janeiro e aqui em Natal as "mulé" davam muito mole para ele.

O cabo, para não ficar por baixo, completou dizendo que era um verdadeiro garanhão. Transava com mais de cinco mulheres por semana. Saia pra farra e a mulher dele nem percebia.

E eu, de saco cheio daquela conversa machista, apenas observava sem dar opiniões. Até que o sargento olhou para mim e perguntou se eu não tinha alguma história parecida para contar.

Eu, na minha humildade de cearense, respondi:

- Não sargento, não tenho nada interessante. A única coisa que faço é "dar assistência" para mulheres casadas quando os maridos delas saem para farrear....

O sargento ficou pálido de vergonha, o cabo, idem. Eles se entreolharam e depois disfarçaram, fingindo que observavam os respectivos relógios...

O sargento, encabulado, disse então:

- Ei, está ficando tarde. Vamos!

O cabo concordou e fomos para o quartel.

Naquele dia, os dois militares machistas aprenderam o seguinte:

1. não se deve contar vantagem na frente de um cearense;

2. não se deve sair comentando as puladas de cerca; e,

3. enquanto se está com uma amante, sua mulher pode estar sozinha, ou não....

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)