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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
"O segredo do demagogo é parecer tão tolo quanto sua plateia, de maneira que estas pessoas possam se achar tão espertas quanto ele".
Karl Kraus (1874 - 1936): aforista, dramaturgo, ensaísta e poeta, nasceu na Áustria.
(Imagem copiada do link Cultured.)
domingo, 6 de novembro de 2016
TEXTO "A POLÍTICA COMO VOCAÇÃO", DE MAX WEBER (I)
Para aqueles que desejam compreender um pouco mais o pensamento do intelectual alemão Max Weber, recomendo o texto desse autor, "A Política Como Vocação" (WEBER, Max. A Política como vocação. In: ______. Ensaios de sociologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1982. p. 55-64; 79-89.). Esse texto é bibliografia obrigatória para muitos cursos universitários e contém assuntos que podem ser utilizados como argumentos numa prova discursiva de concurso público.
"O
que entendemos por política? O
conceito é extremamente amplo e compreende qualquer tipo de liderança independente em ação". p.
55
"O
que é um “Estado”?
Sociologicamente, o Estado não pode ser definido em termos de seus fins. (...)
Em última análise, só podemos definir o Estado moderno sociologicamente em
termos dos meios específicos
peculiares a ele, como peculiares a toda associação política, ou seja, o uso da
força física". p.
55
“Todo
Estado se fundamenta na força”, disse Trotski em Brest-Litovsk. (...) Se não
existissem instituições sociais que conhecessem o uso da violência, então o
conceito de “Estado” seria eliminado, e surgiria uma situação que poderíamos
designar como “anarquia”. p.
55
"Hoje, as relações entre o Estado e a violência são especialmente íntimas. (...) temos de dizer que o Estado é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado território". PP. 55 - 56
"O Estado é considerado como a única fonte do “direito” de usar a violência". p. 56
"Quem participa ativamente da política luta pelo poder, quer como um meio de servir a outros objetivos, ideais ou egoístas, quer como o “poder pelo poder”, ou seja, a fim de desfrutar a sensação de prestígio atribuída pelo poder". p. 56
"(...) há três justificações interiores, e portanto legitimações, básicas do domínio. Primeira, a autoridade do “ontem eterno” (...). É o domínio “tradicional” exercido pelo patriarca e pelo príncipe patrimonial de outrora. Há a autoridade do dom da graça (carisma) extraordinário e pessoal (...). É o domínio “carismático”, exercido pelo profeta ou, no campo da política, pelo senhor de guerra eleito, pelo governante plebiscitário, o grande demagogo ou o líder do partido político. Finalmente, há o domínio em virtude da “legalidade”, em virtude da fé na validade do estatuto legal (...). É o domínio exercido pelo moderno “servidor do Estado” e por todos os portadores do poder que, sob esse aspecto, a ele se assemelham". p. 56
"A dedicação ao carisma do profeta, ou ao líder na guerra, ou ao grande demagogo na ecclesia ou parlamento, significa que o líder é pessoalmente reconhecido como o líder inerentemente “chamado” dos homens. Os homens não o obedecem em virtude da tradição ou da lei, mas porque acreditam nele". p. 57
"Hoje, as relações entre o Estado e a violência são especialmente íntimas. (...) temos de dizer que o Estado é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado território". PP. 55 - 56
"O Estado é considerado como a única fonte do “direito” de usar a violência". p. 56
"Quem participa ativamente da política luta pelo poder, quer como um meio de servir a outros objetivos, ideais ou egoístas, quer como o “poder pelo poder”, ou seja, a fim de desfrutar a sensação de prestígio atribuída pelo poder". p. 56
"(...) há três justificações interiores, e portanto legitimações, básicas do domínio. Primeira, a autoridade do “ontem eterno” (...). É o domínio “tradicional” exercido pelo patriarca e pelo príncipe patrimonial de outrora. Há a autoridade do dom da graça (carisma) extraordinário e pessoal (...). É o domínio “carismático”, exercido pelo profeta ou, no campo da política, pelo senhor de guerra eleito, pelo governante plebiscitário, o grande demagogo ou o líder do partido político. Finalmente, há o domínio em virtude da “legalidade”, em virtude da fé na validade do estatuto legal (...). É o domínio exercido pelo moderno “servidor do Estado” e por todos os portadores do poder que, sob esse aspecto, a ele se assemelham". p. 56
"A dedicação ao carisma do profeta, ou ao líder na guerra, ou ao grande demagogo na ecclesia ou parlamento, significa que o líder é pessoalmente reconhecido como o líder inerentemente “chamado” dos homens. Os homens não o obedecem em virtude da tradição ou da lei, mas porque acreditam nele". p. 57
"A liderança carismática surgiu em todos
os lugares e em todas as épocas históricas. (...) no passado, surgiu nas duas
figuras do mágico e profeta, de um lado, e do senhor de guerra eleito, o líder
de grupo e condottiere, do outro. A liderança política, na forma do
“demagogo” livre nasceu no solo da cidade-Estado (...). Como a cidade-Estado, o
demagogo é peculiar ao Oriente, especialmente à cultura mediterrânica. Além
disso, a liderança política na forma do “líder partidário” parlamentar cresceu
no solo do Estado constitucional, que também só é indígena do Ocidente". p. 57
"O quadro administrativo, que representa externamente a organização do domínio político, é, certamente, como qualquer outra organização, limitado pela obediência ao detentor do poder e não apenas pelo conceito de legitimidade (...). Há dois outros meios atraentes para os interesses pessoais: a recompensa material e a honraria social. (...) O temor de perdê-los é a base final e decisiva para a solidariedade existente entre o quadro executivo e o detentor do poder". p. 57
"Em toda parte, porém, remontando até as mais antigas formações políticas, encontramos também o próprio senhor dirigindo a administração. Ele busca tomá-la em suas mãos tornando os homens pessoalmente dependentes dele: escravos, agregados domésticos, atendentes, “favoritos” pessoais e prebendários enfeudados em dinheiro ou in natura aos seus armazéns. (...) O senhor que administra pessoalmente é apoiado seja pelos membros de sua Casa ou pelos plebeus". p. 58
(A imagem acima foi copiada do link Crisis Magazine.)
"O quadro administrativo, que representa externamente a organização do domínio político, é, certamente, como qualquer outra organização, limitado pela obediência ao detentor do poder e não apenas pelo conceito de legitimidade (...). Há dois outros meios atraentes para os interesses pessoais: a recompensa material e a honraria social. (...) O temor de perdê-los é a base final e decisiva para a solidariedade existente entre o quadro executivo e o detentor do poder". p. 57
"Em toda parte, porém, remontando até as mais antigas formações políticas, encontramos também o próprio senhor dirigindo a administração. Ele busca tomá-la em suas mãos tornando os homens pessoalmente dependentes dele: escravos, agregados domésticos, atendentes, “favoritos” pessoais e prebendários enfeudados em dinheiro ou in natura aos seus armazéns. (...) O senhor que administra pessoalmente é apoiado seja pelos membros de sua Casa ou pelos plebeus". p. 58
(A imagem acima foi copiada do link Crisis Magazine.)
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