Apontamentos realizados a partir das aulas da disciplina Direito Processual Penal II, da UFRN, semestre 2019.2
Já de acordo com o art. 415, do Código de Processo Penal, o juiz, fundamentadamente, absolverá o acusado, desde logo, quando:
I - provada a inexistência do fato;
II - provado não ser ele (o acusado) autor ou partícipe do fato;
III - o fato não constituir infração penal;
IV - demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
Contra a sentença de absolvição sumária, bem como de impronúncia, caberá apelação (art. 416).
Ora, a hipótese IV da absolvição constante do art. 397 do CPP, não foi prevista no art. 415 do mesmo diploma legal; por outro lado, as duas primeiras hipóteses de absolvição sumária do art. 415 não foram elencadas no art. 397.
Desta feita, numa interpretação sistêmica dos citados artigos do CPP, podemos concluir que são hipóteses de absolvição sumária, em relação a todo e qualquer procedimento:
1. a existência manifesta de (ou quando demonstrada a) causa excludente da ilicitude do fato;
2. a existência manifesta de (ou quando demonstrada a) causa excludente de culpabilidade do agente, salvo a inimputabilidade;
3. o fato narrado evidentemente não constituir crime;
4. extinta a punibilidade do agente;
5. a existência manifesta da (ou quando provada a) inexistência do fato; e,
6. a existência manifesta de (ou quando provado) não ser o acusado autor ou partícipe do fato.
Leia mais em: BRASIL. Código de Processo Penal. Decreto-Lei n° 3.689, de 03 de Outubro de 1941.