... ou, o coronel que sabia roubar.
Certa dia um soldado que trabalhava no almoxarifado de uma escola de formação de praças do RN recebeu uma encomenda vinda de um fornecedor da polícia. Um caminhão-baú veio fazer a entrega de 50 galões de tinta acrílica (daquelas bem caras) para a reforma do quartel.
Meu colega soldado ajudou a descarregar a encomenda, acomodou-as no almoxarifado e foi conferir as mesmas. Contou 12 latas de tinta. Olhou no recibo mas lá constavam 50. Meu colega coçou a cabeça, contou, recontou, chamou o motorista para ajudar na contagem, mas o número 'não batia'.
- Estão faltando 38 latas, retrucou ele com o motorista e devolvendo para esse a nota de recebimento da mercadoria informou que não ia assinar o comprovante de entrega.
Naquele exato momento, o coronel comandante daquela unidade escola ia passando no local e foi averiguar a situação.
- Coronel, estão faltando 38 latas de tinta e eu não vou assinar o recibo - reclamou o praça.
O coronel, cuja fama de corrupto ultrapassava as barreiras da caserna, arrancou o recibo da mão do motorista, entregou-o para meu colega e disse:
- Assina essa p... rapaz. Não está vendo que aqui tem exatamente 50 galões de tinta?!
Essa história não é uma obra de ficção e qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)