sexta-feira, 20 de março de 2015

"LARGUEM O OSSO E SAIAM DO GOVERNO!"

Ministro da educação Cid Gomes discursa na Câmara dos Deputados e perde o cargo

Ex-ministro da educação Cid Gomes: demitido por falar a verdade.
"Numa época de dissimulação, falar a verdade é um ato revolucionário". A frase é de Eric Artur Blair, mais conhecido como George Orwell (1903 - 1950), jornalista e escritor britânico e foi dita há mais de 60 anos.

Esta frase, contudo, continua atual e serve perfeitamente para descrever a corajosa declaração do ministro da Educação Cid Gomes, na Câmara dos Deputados. No discurso, Cid chamou os deputados de achacadores e mandou que eles "larguem o osso e saiam do governo".

Falou a verdade e foi demitido...

A declaração do agora ex-ministro, feita na última quarta-feira (18/03/15), foi um desabafo que milhões de brasileiros gostariam de ter feito pessoalmente aos "ilustres deputados". Estamos cansados da alta carga tributária, serviços públicos ineficientes, corrupção, roubalheira, impunidade... E eles, os parlamentares, com suas mordomias e salários altíssimos!!! Não pensam na sociedade, mas apenas em abarrotarem os próprios bolsos com 'emendas parlamentares'.

Se um ministro fala a verdade e perde o cargo por isso, subentende-se que o Governo defende os mentirosos... Mas se uma pessoa mente, não deveria ser nosso representante no Congresso Nacional, não acham, caros leitores?

Valeu Cid.


Veja os melhores momentos da declaração do ex-ministro Cid Gomes no link YouTube.

(A imagem acima foi copiada do link Tropical Notícias.)

quarta-feira, 18 de março de 2015

CARTA AO REI SALOMÃO


Majestade, quanta sabedoria!

Não sei por que, mas ontem à noite, resolvi ler, mais uma vez, as suas sábias lições no Eclesiastes. E a cada nova leitura, fico impressionado como ela é precisa, completa e, principalmente, atual...

Ah! Vossa majestade tem razão: vaidade de vaidades, tudo é vaidade!... E por pura vaidade, não conseguimos enxergar que o tempo é algo fantástico. Tão fantástico que há tempo de tudo debaixo do sol: há tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de derrubar, tempo de edificar; tempo de guardar, e tempo de lançar fora...

Há tempo de ser criticado, caluniado, injustiçado; mas há também tempo de perceber, após 720 horas, que as nossas convicções - que foram defendidas de forma séria, correta, sem câmeras e luzes, sem alardes (afinal, “o sujeito que esbraveja está a um milímetro do erro e da obtusidade”) -,  tinham razão:  era inútil correr atrás do vento!

Aprendi isso, Majestade, com um poeta de pequenas frases, mas de um profundo ensinamento chamado Mário Quintana - que certa vez percebeu que era inútil correr atrás das borboletas; cuidar do jardim é que faz com que elas venham até nós...

Pois é Majestade! Há pessoas que fazem um esforço enorme, preferem ir à França para assistirem o pôr-do-sol, quando bastariam recuar um pouco a cadeira, aqui em Natal, para contemplarem o crepúsculo todas as vezes que assim o desejassem... Mas, eu sei: o difícil é ser simples!

Simplicidade, que muitas vezes tem que estar associada à coragem... Coragem de enfrentar os cartéis, os feudos, a desumanidade, a desonestidade, a falta de ética, a impunidade... Coragem de assumir o comando e determinar que fica decretado que agora vale a verdade, agora vale a vida e de mãos dadas marcharemos pela vida verdadeira...

Coragem, de tomar decisões impopulares, que desagradem a gregos e troianos, e que se for necessário: “Cortem o bebê ao meio e dê um pedaço a cada uma”. Pois só assim, seremos capazes de separarmos o joio do trigo; os farsantes dos verdadeiros; os mercenários dos verdadeiros sacerdotes...

Coragem de entender que o sábio é aquele que procura aprender, mas os tolos são aqueles que estão satisfeitos com a sua própria ignorância. Afinal, majestade, “se você deixar o machado perder o corte e não o afia, terá que trabalhar muito mais. É mais inteligente planejar antes de agir”...
       
        Coragem, para perceber que se alguém discorda de mim, não é meu inimigo. Essa pessoa, na verdade, me completa, pois me fez enxergar além do copo meio-cheio ou meio-vazio. Fez-me enxergar uma oportunidade de enchê-lo, de esvaziá-lo ou ainda melhor: de oferecer a quem tem sede...

Coragem, Majestade, para enxergar a nossa própria cegueira e ver que o amigo fiel é uma proteção poderosa: quem o encontra, encontra um tesouro de valor incalculável... Afinal, porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante...

Coragem, Vossa majestade, de fazer e responder a seguinte pergunta: “ainda há possibilidade de reconciliação?” É claro que há. Embora, as cicatrizes da alma - que são piores do que as cicatrizes queloidianas do corpo -, demorem a desaparecerem, existe um grande antídoto - que não é a Betaterapia, nem muito menos a Corticoterapia, mas sim um simples e maduro pedido de desculpas! Desculpas pela imaturidade; desculpas por não ter-nos escutado... Desculpas! Desculpas!

Afinal, há tempo de espalhar pedras e tempo de juntar pedras; há tempo de guerra, e tempo de paz! É preciso saber que o “Ontem já passou, o amanhã ainda não veio, vamos vivenciar o presente”!

Um forte abraço, Majestade, e até a próxima...


*Texto do livro SÍSIFO APAIXONADO, que será lançado pela Editora Sarau das Letras, no dia 26/03/2015, às 18:00 h, na livraria Saraiva do Midway Mall, Natal-RN. Francisco Edilson Leite Pinto Junior– Professor, médico e escritor.


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)



 

segunda-feira, 16 de março de 2015

"Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado".

Abraham Lincoln (1809 - 1865): 16° presidente norte-americano. Foi ele um dos principais responsáveis pela abolição da escravatura nos Estados Unidos - fato que ocorreu quando era presidente. Durante seu governo aconteceu a Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra da Secessão. 

(A imagem acima foi copiada do link Wikimedia.)   

sábado, 14 de março de 2015

“TIPO ASSIM...”

Tô ficando velho! Um dia destes, às 2 (horas) da manhã, peguei o carro e fui buscar minha filha adolescente, na saída de um show de rock.

Ela e as amigas estavam eufóricas e eu ali, meio dormindo, meio de pijama, tentei entrar na conversa:

- E aí, o show foi legal?

A resposta veio de uma mais exaltada no banco de trás:

- Cara! Tipo assim, foda!

E outra emendou:

- Tipo foda mesmo!

Fiquei tipo assim, calado o resto do percurso, cumprindo minha função de motorista.


Tô precisando conversar um pouco mais com minha filha, senão, daqui a pouco, vamos precisar de tradução simultânea. Pra piorar ainda mais, inventaram as redes sociais, essa praga da Internet, onde os adolescentes ficam horas e horas escrevendo abobrinhas uns pros outros, em código secreto que não leva a absolutamente nada.

Tipo assim:

“kct! vc tmb nunk tah trank, kra. Eh d+, sl. T+ Bjoks. Jubys”.

Em português:

“Cacete! Você também nunca está tranquila, cara. É demais, sei lá. Até mais, beijocas. Jubys”. Jubys, que deve ser pronunciado “diúbis”, é isso mesmo que você está imaginando, a assinatura. Só que o nome de batismo é Júlia, um nome bonito, cujo significado é “cheia de juventude”, que eu e minha mulher escolhemos, sentados na varanda, olhando a lua...

Pois, Jubys, é hoje essa personagem de cabelo cor de abóbora, cheia de furos na orelha, um monte de arames na cara, mais parecendo um bicho. Sem falar nas malditas pragas das tatuagens que tanto marginalizam os jovens.

Tô ficando velho!

Há anos tento convencer minha família a ver “Cantando na Chuva”, mas, sempre fica para depois. Um dia, cheguei entusiasmado em casa, com a fita de um filme francês que marcou minha infância: A Guerra dos Botões. Juntei toda a família para a exibição solene e a coisa não durou cinco minutos!

O guri foi jogar bola, Jubys inventou “um trabalho de história sobre a civilização greco-romana que tem que entregar, tipo assim, até amanhã, senão perde ponto”.

E até minha mulher, de quem eu esperava um mínimo de solidariedade, se lembrou que tinha um compromisso com hora marcada e se mandou. Fiquei ali, assistindo sozinho e lembrando do tempo em que eu trocava gibi.

Uma amiga me contou que o filho de 10 anos ficou espantado quando viu um telefone de discar. Sabe, telefone de discar? É, tipo assim, um aparelho sem teclas, geralmente preto, com um disco no meio, todo furado, onde cada furo corresponde a um algarismo. Esse aparelho serve para conversar com outras pessoas, como qualquer telefone comum.        

Há pouco tempo, João, meu filho de oito anos, pegou um LP e ficou fascinado! Botei pra tocar e mostrei a agulha rodando, dentro do sulco de vinil. Expliquei que aquele atrito gerava o som que estávamos escutando...

Mas aí, ele já estava jogando vídeo-game. Não é que ele seja desinteressado... eu é que fiquei patinando nos detalhes. Ele até que é bastante curioso e adora ouvir as “histórias do tempo em que eu era criança”.

Quando contei que a TV, naquela época, era toda em preto e branco, ele “viajou” na ideia de que o mundo todo era em preto e branco e só de uns tempos para cá as coisas começaram a ganhar cores.

Acho que, de certa forma, ele tem razão. “Tipo assim”...

A dúvida que me corrói é: “cara”, será que nosso país tem futuro com jovens “Tipo assim...” Tipo FODA???


Luís Fernando Veríssimo, com adaptações.


(A imagem acima foi copiada do link Helduakzeukesan.) 

sexta-feira, 13 de março de 2015

COMO (NÃO) EMAGRECER

Joãozinho apanhou da vizinha e a mãe dele, furiosa, foi tomar satisfações:
 

- A senhora bateu no meu filho, por que fez isso?

- Ele foi mal-educado comigo.


- Mal-educado, como assim? indagou a mãe do garoto.

- O Joãozinho me chamou de gorda.
 

- E a senhora acha que vai emagrecer batendo nele?




Autor desconhecido, com adaptações.


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

quinta-feira, 12 de março de 2015

CRIMES HEDIONDOS (Lei Nº 8.072/90) - BIZU DE PROVA (II)


"O condenado pela prática de crime hediondo cumprirá a pena em regime integralmente fechado, podendo o juiz, excepcional e motivadamente, sendo o agente primário e as condições judiciais favoráveis, admitir a progressão do regime após cumprimento de dois quintos da pena".

Falso, esta questão caiu no concurso para Promotor do MPE-SE/2010, realizado pela Cespe. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal - STF -, o regime integralmente fechado é inconstitucional por ferir a dignidade da pessoa humana. Tal entendimento se aplica para qualquer tipo de crime. Isto acontece porque no nosso país é aplicado o regime progressivo de pena.

Para mais esclarecimentos, ver o disposto nos § 1o e § 2o, Art. 2o da Lei nº 8.072/90 e o link Oficina de Ideias 54.


(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)


quarta-feira, 11 de março de 2015

PRESENTE DE GREGO (II)

Um assunto que não tá na mídia

Hoje completa-se quatro anos que comecei a trabalhar na Caixa Econômica Federal. Era para eu estar feliz, mas na realidade estou preocupado. O Governo Federal - dono da CEF - está com planos de abrir o capital da empresa, que é pública.

Trocando em miúdos, significa dizer que o Governo quer vender parte da empresa. Quer privatizar... E isso é uma coisa boa ou ruim? Depende...

Se você for milionário e tiver grana para comprar parte das ações, é uma coisa boa. Se você for empregado, cidadão, ou cliente - pessoa física ou jurídica - que depende da CAIXA, isso é uma coisa ruim.

Um banco totalmente público serve para deixar as taxas de juros sempre baixas e impedir que os bancos privados aumentem as 'taxas' a seu bel prazer. Um banco público também pode continuar como principal fomentador das micro e pequenas empresas, bem como oferecer empréstimos a pessoas de baixa renda. Também continuará como principal agente dos programas sociais do Governo.

Se a CAIXA for vendida, adeus concursos públicos e novas contratações de funcionários. As filas e o tempo de espera vão aumentar mais ainda. Abertura de contas, FIES, bolsa-família, seguro desemprego, FGTS, auxílio-safra, empréstimos... Esqueça. Você acha que banco privado se preocupa com lado social?

E mesmo quem é grande investidor que tem aplicações na CEF, você acha que vai ter um gerente sempre à sua disposição? Acha que ainda vai receber cafezinho?

A quem interessa vender a Caixa Econômica Federal? E por que esta informação não está saindo na grande mídia?

Pense nisso, caro leitor. A CAIXA é um patrimônio do Brasil e dos brasileiros. Não deve ser vendida.

A FORTALEZA VOADORA

Conheça o B-52, famoso avião militar norte-americano

B - 52 em pleno voo: a fortaleza voadora.

O B-52 na verdade é uma família de aviões militares dos Estados Unidos que começaram a ser produzidos em 1952. Devido sua autonomia de voo, custo benefício e versatilidade (até a NASA o utiliza!), alguns modelos tiveram sua 'aposentadoria' adiada e especula-se que Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) opere com ele até o ano de 2040.

Fabricado pela empresa estadunidense Boeing, o B-52 é um avião bombardeiro projetado inicialmente para jogar bombas atômicas de queda livre a grandes altitudes. É capaz de despejar toneladas de bombas em território inimigo e viajar milhares de quilômetros sem precisar pousar para reabastecer. Possui mais de trinta tipos de armas diferentes: bombas de alta precisão guiadas por laser ou GPS; mísseis de cruzeiro; bombas de queda livre; mísseis anti-navio, bombas de fragmentação, dentre outras - daí surgiu seu apelido de fortaleza voadora. Também pode levar armamento nuclear, mas este nunca foi usado em combate.


B - 52 com seus armamentos: vai encarar?
O B-52 tem cerca de 12 metros de altura, 48 de comprimento e uma envergadura - distância de uma asa à outra - de 56 metros. Permite ser reabastecido em pleno voo e pode voar a até 15.000 m de altitude. Seu peso bruto total (combustível, armamentos, carga) é de 220.000 kg. Sua velocidade máxima é de cerca de 1.050 km/h - voa um pouco mais rápido que um avião comercial em altitude de cruzeiro. Para operar este gigante é necessária uma tripulação composta por até 6 pessoas. 

B - 52 em treinamento: 'aposentadoria' adiada.

Variantes: XB-52, YB-52, B-52A, NB-52A, B-52B, NB-52B, RB-52B, B-52C, B-52D, B-52E, B-52F, B-52G, B-52H.

Foi utilizado em missões durante a Guerra Fria, Guerra do Vietnã, Guerra do Golfo, Guerra da Iugoslávia, e, mais recentemente, na Guerra do Afeganistão e na do Iraque.


(Imagens e fonte de pesquisa: Google Images e Wikipedia.)