Platão (428 - 347 a.C.): autor, filósofo e matemático grego.
(Imagem copiada do link A Panaceia Essencial.)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
A DEMOCRACIA LIBERAL-PLURALISTA
Para os desejosos em aprender novas ideias
O economista austríaco Joseph Schumpeter: lançou as bases do conceito liberal de democracia que temos hoje. |
Resumo do texto "A Democracia Liberal-Pluralista", mais um excelente texto de Luis Felipe Miguel ( MIGUEL, Luis Felipe. Teoria Democrática Atual: Esboço de Mapeamento. BIB, São Paulo, n. 59, p. 9 - 12, 2005.), apresentado na disciplina Ciência Política, do curso Direito Bacharelado, turma 2016.2, da UFRN:
Segundo
o autor, a publicação de Capitalismo,
socialismo e democracia, do economista austríaco Joseph Schumpeter deu o ponta-pé inicial para a concepção liberal
de democracia que temos hoje.
Nesta
obra, Schumpeter se esforça para derrubar alguns mitos que rodeiam a política
democrática. Um desses mitos vem dos teóricos clássicos da democracia, para os
quais existiam cidadãos conscientes, interessados e bem-informados no mundo da
política, desejosos em alcançar o bem-comum.
O
austríaco redefine a democracia como sendo uma maneira de gerar uma minoria
governante legítima. Tal minoria – o governo – seria composta mediante a disputa
pelos votos do povo – a maioria. Esse sistema acaba promovendo uma redução do
alcance da democracia, uma vez que o resultado do pleito (processo eleitoral)
não indica a formação de nenhum tipo de vontade coletiva.
Nessa
teoria concorrencial, continua Schumpeter, para que o “sistema” funcione
corretamente, os cidadãos – eleitores – devem se contentar com a função que
lhes cabe nesse processo: votar em cada eleição e, no intervalo entre uma e
outra, obedecer, sem questionar, às ordens que imaginam serem emanadas de sua
vontade.
Corroboram
com este posicionamento de Joseph Schumpeter alguns autores elitistas do começo
do século XX (Michels e Parero) para quem a massa não seria capaz de atuar no
processo histórico; quando parece que atua, na verdade é porque está sendo
controlada por outro grupo. Esse grupo controlador seria uma minoria dominante,
a elite que, por trás das aparências das mudanças políticas, é substituída por
outra elite no revezamento de poder.
A
visão schumpeteriana com relação à democracia é profundamente desencanta. Para
o austríaco a democracia não conseguiria cumprir suas promessas precípuas, a
saber: igualdade política, governo do povo, participação popular nas decisões.
Contudo, outros autores inspirados na teoria schumpeteriana tentaram
aproximá-la dos valores democráticos básicos.
Anthony Downs
(1957, p 29) baseou-se nas ideias de Schumpeter, mas procurou demonstrar que, o
desinteresse dos eleitores e a competição dos políticos pelos votos não implicaria
dizer que os cidadãos não teriam seus anseios levados em consideração pelos
governantes.
Já Marcur Olson (1965) fala em apatia e
desinformação num cenário em que o peso do eleitor é relativamente pequeno,
pois ele – o eleitor – em meio a milhões de outros, controla apenas um voto.
Seymour Lipser
(1963 [1960]) parece concordar com Marcur Olson e vai mais longe, vendo
abstenseísmo e apatia sob dois pontos de vista. Por um lado é indício da
racionalidade do eleitor; por outro, demonstra uma satisfação por parte do
eleitor com o funcionamento do sistema.
Finalmente,
Giovanni Sartori (1994 [1987]) vê na
baixa participação política um tipo de processo seletivo baseado na
“meritocracia”, onde apenas os mais aptos são capazes de governar.
Outro
teórico, Robert A. Dahl, cuja
influência foi determinante para a concepção liberal atual de democracia,
recebeu o legado de Schumpeter na formulação de sua teoria poliárquica. Para Dahl, em vez de uma minoria governante
existem diversas outras minorias, disputando entre si o poder. A esse modelo
ele chama “poliarquia”, ou seja, a
existência de múltiplos centros de poder dentro da sociedade.
Para
Dahl, as poliarquias resultariam dos processos de democratização, os quais
foram divididos pelo estudioso em duas dimensões (1971): inclusividade e liberalização.
A primeira tem a ver com a inclusão de um maior número de pessoas ao processo
político; a segunda, diz respeito ao reconhecimento do direito de contestação.
A teoria
de Dahl sofreu críticas recorrentes, por ignorar a “determinação da agenda”, e, principalmente por deixar de lado a
dimensão social, a qual permitiria que direitos de participação e oposição
fossem efetivamente usados.
Com
o passar do tempo, Robert A. Dahl tornou-se um crítico contumaz em relação ao
sistema político norte-americano e passou a demonstrar simpatia pela abordagem deliberacionista.
Discussões
à parte, a história tem mostrado uma vitória
do pluralismo liberal, pois este modelo, com eleições competitivas e
múltiplos grupos de pressão, pode até não ser o melhor, mas tornou-se a
ideologia oficial adotada pelas nações democráticas ocidentais.
(A imagem acima foi copiada do link Colégio Web.)
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
"Você cria seu próprio universo enquanto caminha".
(A imagem acima foi copiada do link Conservapedia.)
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
"A coragem é contagiosa".
Do filme Wikileaks – O Quinto Poder. Para aqueles que querem mudar o mundo, recomendo este filme. Vale a pena conferir.
(A imagem acima foi copiada do link Adoro Cinema.)
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
A TEORIA DAS FORMAS DE GOVERNO (III)
Saber nunca é demais
Montesquieu: a tripartição dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário como conhecemos hoje é ideia dele. |
Trechos do texto "Montesquieu", capítulo X, do livro A Teoria das Formas de Governo, do jusfilósofo italiano Norberto Bobbio, apresentado na disciplina Ciência Política, do curso de Direito Bacharelado, turma 2016.2, da UFRN:
O autor começa fazendo uma diferenciação entre Vico – criador de La Scienza Nuova – e Montesquieu – autor de O
Espírito das Leis: Vico possui uma dimensão primordialmente temporal, se
interessando pela decifração das leis que orientaram/orientam o desenvolvimento
histórico da humanidade.
Montesquieu, por outro lado,
possui uma dimensão espacial ou geográfica. Sua preocupação é, sobretudo, pela
explicação da diversidade de sociedades humanas e seus respectivos governos,
tanto no tempo, quanto no espaço. Norberto Bobbio define isto como uma teoria geral da sociedade.
Para Montesquieu: “(...) as
leis constituem as relações necessárias que derivam da natureza das coisas;
neste sentido, todos os seres têm suas próprias leis: a divindade, o mundo
material, as inteligências superiores ao homem, os animais, os seres humanos”.
(p. 128)
Deste conceito, Bobbio tira
duas implicações:
a) Todos os seres do mundo (inclusive Deus) são
governados por leis;
b)
Temos uma lei sempre que existe uma relação
necessária entre dois seres.
Todavia, como o homem tem uma inclinação, inerente à
sua própria natureza, em não obedecer às
leis naturais, temos uma nítida distinção entre o mundo físico do humano.
Enquanto o mundo físico é mais fácil de analisar – pois é regido unicamente por
leis naturais –, o estudo do universo humano é mais complicado, pois divergem
de povo para povo.
Visando contornar essa
divergência, Montesquieu tem como objetivo construir uma teoria geral da
sociedade a partir da consideração do maior número possível de sociedades
históricas. E seu livro, O Espírito das
Leis, tem como intenção fundamental explicar essa multiplicidade de
costumes, ritos e leis nas mais diversas sociedades.
Para ele, existem três
espécies de governo: o ‘republicano’,
o monárquico (seu preferido) e o ‘despótico’. As duas primeiras
correspondem às duas formas de Maquiavel.
Montesquieu inova no conteúdo da tipologia, a qual foge da classificação
tradicional (a tripartição, com base no “quem” e no “como”) e da maquiaveliana.
Todavia, a tipologia acima,
trazida no Livro II de O Espírito das
Leis pode dar uma visão incompleta sobre as três espécies de governo: a de
que o despotismo é a única forma degenerada, e que não existem formas
corrompidas de república.
Montesquieu defende, ainda,
que, para que todo governo possa desenvolver de maneira adequada suas tarefas é
necessário que se guie por princípios. Os três
princípios defendidos por Montesquieu são:
- a virtude cívica: para a república, caracterizada como “amor à
pátria”;
- a honra: para a monarquia, entendida como aquele sentimento que nos
impulsiona a fazer uma boa ação, com o intuito de se manter uma voa reputação;
- o medo: para o despotismo, nascido entre castigos e ameaças.
A famosa separação dos poderes é formulada por
Montesquieu no Livro XI. O filósofo afirma neste título que a liberdade política só se encontra em
governos moderados, mas ela só está presente quando não há abuso de poder.
Para que não haja esse abuso é necessário que o
poder constitua um freio para o poder. Isso é possível quando temos a atribuição do
Estado a órgãos diferentes: quem elabora
as leis não é o mesmo que as executa; quem executa as leis não é o mesmo que
julga.
(A imagem acima foi copiada do link Estudando Sociologia Jurídica.)
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domingo, 25 de dezembro de 2016
SANTO AGOSTINHO - O DECLÍNIO DO IMPÉRIO ROMANO (FRASES)
Indico o filme Santo Agostinho - O Declínio do Império Romano para aqueles que gostam de história, filosofia e religião. O enredo é uma lição de vida que conta, dentre outras coisas, a conversão de Agostinho e as contradições enfrentadas por aqueles que aceitam DEUS em suas vidas. Vale a pena assistir. Recomendo.
Um aspecto que o filme não aborda detalhadamente, mas seria interessante o leitor pesquisar depois é sobre a vida de (Santa) Mônica, mãe de Agostinho. Uma mulher de fé - e paciente - que passou cerca de trinta anos tentando converter o filho. Até que um dia ela conseguiu e nos presenteou com um dos maiores filósofos da cultura ocidental e um dos maiores teólogos do cristianismo.
Conversão de Santo Agostinho: 'tarde te amei...' |
A seguir, algumas frases de Santo Agostinho - O Declínio do Império Romano, mas para entender, tem que ver o filme:
"Há maior glória em lutar pela paz que fomentar
a guerra".
"A letra mata, mas o espírito dá vida".
"A Bíblia não deve ser entendida no sentido
literal".
"Nossa capacidade de amar, nossa liberdade, isso
é que faz o homem ser semelhante a DEUS".
"DEUS nos deu o seu Espírito. O Espírito nos faz
amar o bom. Ele nos torna livres".
"Como o Evangelho diz: 'Quem não está contra
nós, está conosco'".
"Quem está contra a verdade está contra si
mesmo".
"Há um pai melhor do que DEUS? E mesmo assim,
quanto dos seus filhos na terra não o repudiam".
"Nós podemos fingir o que quisermos. Mas nem
tudo pode ser fingido".
"A verdade não é uma ideia, um conceito ou um
estado da mente. Mas está manifesta em uma pessoa divina".
"Para que serve a verdade de fato? Só a verdade
os tornará homens. Homens livres".
"O homem não encontra a verdade, mas a verdade é
que encontra o homem".
"Porque a verdade é a pessoa. É Jesus Cristo. O
filho de DEUS".
"Todo mundo ama a paz. Ninguém ama a guerra. Mas
não há paz sem guerra".
"Violência não é bonita, nem é bonita exercê-la.
Mas alguém tem de ter essa incumbência".
"Não é nossa culpa sermos feitos da matéria da
maldade".
"A coragem de viver sem a verdade, você tem essa
coragem?"
"Palavras não são o bastante para mudar um
homem".
"Tarde te amei. Beleza tão antiga e tão nova.
Tarde te amei. Clamaste, chamaste e rompeste a minha surdez. Brilhaste,
cintilaste, e afastaste a minha cegueira. Exalaste teu perfume e eu respirei e
suspiro por ti. Amém. Saboreei-te e agora tenho fome e sede. Tocaste-me e
inflamei-me no desejo da tua paz".
"O homem é o que ele ama. Se ama a terra, será
da terra. Se ama a DEUS, você será de DEUS".
"Todos nós queremos paz. Mas não há paz sem
verdade".
"Nunca nenhum de nós está sozinho. Mesmo quando
está no desespero, amargor e solidão. DEUS está conosco. Ele é mais irmão que
qualquer irmão. Mais amigo que qualquer amigo. Mais amoroso que qualquer
amante".
"A cidade são seus cidadãos, não seus muros".
"Se ficarem em silêncio, fiquem com amor. Se
confessarem, confessem com amor. Se ensinarem, ensinem com amor. Se perdoarem,
perdoem com amor. Deixem o amor entrar em vocês".
"Amem, amem com vontade".
"Amor existe na adversidade, mostra prudência na
prosperidade, é forte no sofrimento. Alegra-se com boas novas. Está acima da
tentação. Ele é generoso na hospitalidade. Agradável entre verdadeiros irmãos.
Paciente com a falta de fé. Este é o espírito dos Livros Sagrados. A virtude da
profecia, a salvação dos mistérios. É a força do conhecimento. A generosidade
da fé. A riqueza para os pobres. Vida aos moribundos. O amor é tudo".
Veja o filme completo no link YouTube.
(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)
sábado, 24 de dezembro de 2016
"Nossa alma não encontrará repouso enquanto não descansar em DEUS o único capaz de preencher o vazio existencial da vida humana".
Santo Agostinho (354 - 430): filósofo e teólogo dos primórdios do cristianismo. Também conhecido como Agostinho de Hipona, suas ideias tiveram grande influência no desenvolvimento da Filosofia Ocidental e do cristianismo.
(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)
MARX, ENGELS, LENIN E O ESTADO
Enriqueça seus conhecimentos...
Texto apresentado como trabalho complementar da disciplina Ciência Política, do curso de Direito Bacharelado, turma 2016.2, da UFRN (Fonte: “Marx, Engels, Lenin e o Estado”, PP 63 – 87, de Martin Carnoy):
Para Marx, o Estado representa o braço repressivo da burguesia. |
O
Estado apareceu como tema central da pesquisa marxista a partir do final dos
anos de 1950. Isso deveu-se, em grande parte, ao crescente envolvimento no
campo social e econômico do governo nas economias modernas e industriais.
Ainda
na década de 1950, houve um florescimento
da teoria marxista ocidental, propiciado pela diminuição na repressão
antimarxista nos Estados Unidos e pelo desabrochamento intelectual dos partidos
comunistas ocidentais, os quais puderam ficar independentes frente à União
Soviética.
O
sucesso da Revolução Russa garantiu um lugar de destaque para Lenin e Stalin no pensamento marxista, tanto é que, até o início da década
de 1960, as interpretações de ambos sobre a teoria de Karl Marx permaneceram
inquestionadas. A única exceção à interpretação leninista e stalinista do
marxismo veio com o pensador italiano Antonio Gramsci.
O
estudo da teoria da política ou do Estado na concepção de Marx é complexa
porque ele não desenvolveu uma única corrente teórica. Contudo, mesmo com tais
diferenças, todos os teóricos marxistas regem suas respectivas teorias do
Estado em alguns “fundamentos” marxistas.
Um
destes fundamentos baseia-se nas relações
de produção. Para Marx, a forma de Estado surge não do desenvolvimento e
evolução da mente humana, mas emerge das relações de produção – a maneira como
as coisas são produzidas, distribuídas e consumidas.
Outro
ponto defendido por Marx (que o contrapõe a Hegel) é que o Estado, baseado nas
relações de produção, é uma expressão política da classe detentora dos meios de
produção, não representando, portanto, o bem-comum. Essa classe é a burguesia
(a classe capitalista), que acaba estendendo seu poder não só ao Estado, mas
para outras instituições.
A
partir desse ponto de vista Marx, sob a influência de Engels, fundamenta a luta de classes e a utiliza para
explicar sua teoria de um Estado como instituição com vínculo de classe. O
Estado não estaria acima dos conflitos de classes, mas envolvido neles.
Para
Marx, o moderno Estado capitalista é dominado pela burguesia e todas as lutas
travadas nele são “meramente as formas ilusórias sob as quais as lutas reais
das diferentes classes se travam entre si”. Assim, concluímos que o Estado, nada mais é do que a expressão
política da classe dominante, representando um instrumento essencial de
dominação de classes na sociedade capitalista.
Como
expressão política da classe dominante, Marx nos apresenta um outro ponto
fundamental em sua teoria do Estado: a de que o Estado representa o braço repressivo da burguesia.
Para
manter o controle dos antagonismos de classe o Estado precisa usar força
repressiva. Essa força repressiva, no capitalismo, serve à classe dominante, à
burguesia, e se dá de duas formas: imposição
das leis e repressão propriamente dita, através de uma força pública
(homens armados e outras instituições coercitivas).
Contudo,
Marx não deixa claro até que ponto o Estado é um agente da burguesia
dominante... Para responder a este questionamento, os marxistas têm apresentado
algumas propostas. A mais aceita é aquela segundo a qual a classe capitalista
domina o Estado através de seu poder econômico pois, detentora dos meios de
produção, é capaz de influenciar as decisões estatais como nenhum outro grupo.
E
como fazer para mudar essa situação? Lenin aponta para uma transformação
revolucionária através da destruição do Estado burguês. Essa destruição deveria
acontecer através do confronto armado, uma vez que o Estado é a força armada da
burguesia. Esse confronto colocaria em lados antagônicos a força armada burguesa
e a força armada do proletariado.
Essa
revolução socialista apontada por Lenin seria dividida em duas estratégias: a
derrubada do Estado burguês e a transição para o socialismo. Nesse embate de
forças, a ditadura da burguesia seria substituída pela ditadura do
proletariado.
Mas,
substituir uma ditadura por outra é a solução? Rosa Luxemburgo, uma marxista polonesa acha que não, uma vez que
fez duras críticas a Trotski e a Lenin, por seu centralismo e por terem
abandonado a democracia operária.
Talvez
uma terceira via, nem muito revolucionária, nem muito conservadora, seja a
solução.
(A imagem acima foi copiada do link TAB na Rede.)
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
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