domingo, 27 de janeiro de 2019

“Se você nasceu na pobreza, o erro não foi seu. Mas, se você morrer na pobreza, o erro terá sido seu”.


Bill Gates (1955 -): autor, empresário, filantropo, investidor e magnata do setor de tecnologia (sistemas operacionais para computadores). Principal fundador da Microsoft CorporationGates já figurou por quatro vezes consecutivas como homem mais rico do mundo, na lista da revista Forbes. Atualmente ele é o segundo homem mais rico do mundo, atrás de Jeff Bezos (presidente e CEO da Amazon). Bill Gates, juntamente com Warren Buffett (terceiro homem mais rico do mundo), assinaram um compromisso que eles chamam de "Giving Pledge", no qual pretendem doar metade de suas respectivas fortunas para a caridade.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

sábado, 26 de janeiro de 2019

"Nos amores deste mundo, desde Eva, há sempre um que ama e outro que se deixa amar".



Eça de Queiroz (1845 - 1900): contista, diplomata e romancista nascido em Portugal. Grande ícone do Realismo, é considerado um dos maiores escritores portugueses da história.

(A imagem acima foi copiada do link Comunidade, Cultura e Arte.)

"Não tem pátria um povo que não canta em sua própria língua".




Alberto Nepomuceno (1864 - 1920): compositor, organista, pianista e regente brasileiro nascido em Fortaleza (Ceará). Considerado o "pai" do nacionalismo na música erudita brasileira, também desempenhou importante papel no chamado movimento abolicionista.



(A imagem acima foi copiada do link Ludovica.)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

O POETA DA ROÇA

Patativa do Assaré: cearense que nunca frequentou a escola, mas é um dos maiores poetas brasileiros do século XX.

Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio

Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô

Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá

Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito.



(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

ESTA VIDA...

Guilherme de Almeida: os poemas deste cara são simplesmente belos.

Um sábio me dizia: esta existência,
não vale a angústia de viver. A ciência,
se fôssemos eternos, num transporte
de desespero inventaria a morte.
Uma célula orgânica aparece
no infinito do tempo. E vibra e cresce
e se desdobra e estala num segundo.
Homem, eis o que somos neste mundo.

Assim falou-me o sábio e eu comecei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.

Um monge me dizia: ó mocidade,
és relâmpago ao pé da eternidade!
Pensa: o tempo anda sempre e não repousa;
esta vida não vale grande coisa.
Uma mulher que chora, um berço a um canto;
o riso, às vezes, quase sempre, um pranto.
Depois o mundo, a luta que intimida,
quatro círios acesos: eis a vida

Isto me disse o monge e eu continuei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.

Um pobre me dizia: para o pobre
a vida, é o pão e o andrajo vil que o cobre.
Deus, eu não creio nesta fantasia.
Deus me deu fome e sede a cada dia
mas nunca me deu pão, nem me deu água.
Deu-me a vergonha, a infâmia, a mágoa
de andar de porta em porta, esfarrapado.
Deu-me esta vida: um pão envenenado.

Assim falou-me o pobre e eu continuei a ver,
dentro da própria morte, o encanto de morrer.

Uma mulher me disse: vem comigo!
Fecha os olhos e sonha, meu amigo.
Sonha um lar, uma doce companheira
que queiras muito e que também te queira.
No telhado, um penacho de fumaça.
Cortinas muito brancas na vidraça
Um canário que canta na gaiola.
Que linda a vida lá por dentro rola!

Pela primeira vez eu comecei a ver,
dentro da própria vida, o encanto de viver.

Guilherme de Almeida


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”Vivemos em uma sociedade extremamente dependente da ciência e da tecnologia, na qual pouquíssimos sabem alguma coisa sobre ciência e tecnologia”.


Carl Edward Sagan (1934 - 1996): astrofísico, astrônomo, cientista, cosmólogo e escritor estadunidense. Publicou centenas de trabalhos científicos e escreveu cerca de 20 livros de ciência e ficção científica.

(A imagem acima foi copiada do link Universo Racionalista.)

"É impossível que ocorram grandes transformações positivas no destino da humanidade se não houver uma mudança de peso na estrutura básica de seu modo de pensar".



John Stuart Mill (1806 - 1873): economista, filósofo e político britânico. Realizou trabalhos nas áreas da Economia Política, Ética, Filosofia Política e Lógica. Defensor do Utilitarismo e das liberdades individuais, é considerado por muitos como um dos pensadores liberais mais influentes do século XIX.  

(A imagem acima foi copiada do link Instituto Liberal.)

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

TECENDO A MANHÃ

João Cabral de Melo Neto: ícone da literatura brasileira.

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
João Cabral de Melo Neto
(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)