O que foi, características, quem faz parte
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Criação do Movimento dos Não-Alinhados: uma terceira opção à ideologia da Guerra Fria. |
O Movimento dos Não-Alinhados, também conhecido como neutralismo, foi a denominação dada à
posição política internacional dos países que, durante a Guerra Fria,
resolveram não se filiar a nenhum dos dois blocos (soviético e norte-americano). Esse movimento foi criado na cidade de Bandung, na Indonésia, em 18 de abril de 1955.
Aqui no Brasil, a chamada Política Externa Independente,
adotadas nos governos de Jânio Quadros e de João Goulart, aproximou-se muito do
neutralismo, mas não chegou a se configurar esta posição política.
Adotaram o neutralismo países como a extinta Iugoslávia, Egito,
Zâmbia, Argélia, Sri Lanka, Cuba, Índia, Indonésia e Zimbábue.
Esta posição teve sua origem em fatores como:
a) aversão às grandes potências ocidentais, uma vez que
vários destes países tinham sido ex-colônias europeias;
b) as elites governantes destes países, por serem novas, não
estavam atreladas aos antigos grupos sociais dominantes;
c) o neutralismo punha óbice a lutas internas entre grupos
políticos com ideologias antagônicas.
Para pertencer ao grupo dos não alinhados, a nação deve preencher
as seguintes características, fixadas na reunião do Cairo, Egito, em 1961:
* política independente fundada na coexistência pacífica;
* sustentação dos movimentos de libertação nacional;
* não fazer parte de pactos militares coletivos (essa é a
essência do não-alinhamento);
* não participar em alianças bilaterais com grandes potências;
e
* não arrendar bases militares a potências estrangeiras.
Referências:
Movimento Não-Alinhado, disponível na Wikipédia;
Curso de Direito Internacional Público, de Celso D. de Albuquerque Mello, editora Renovar, 15a ed., Rio de Janeiro, pp. 60-61;
Movimento dos Não-Alinhados Faz Hoje 60 Anos, disponível em A Viagem dos Argonautas.
(A imagem acima foi copiada do link A Viagem dos Argonautas.)