Sêneca (4 a. C. - 65 d. C.): advogado, escritor, intelectual e político do Império Romano.
(Imagem copiada do link Mensagens Com Amor.)
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
TARDE TE AMEI
Trecho do livro Confissões, de Santo Agostinho. Simplesmente arrebatador. Sublime!!!
1. Tarde Te
amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive
longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu
era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas
Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te.
Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu
auxílio.
2. Tu estavas dentro de mim e eu fora… “Os homens
saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído
incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos
movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se
arriscam na aventura de um passeio interior”. Durante os anos de minha
juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada
vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava… Eis que estavas
dentro e eu fora! Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão
em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo…
3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito
rompeu a minha surdez… “Fizeste-me entrar em mim mesmo… Para não olhar para
dentro de mim, eu tinha me escondido. Mas Tu me arrancaste do meu esconderijo e
me puseste diante de mim mesmo, a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o
quão deformado, manchado e sujo eu estava”. Em meio à luta, recorri a meu
grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com
toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava,
chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer
“Amanhã, amanhã”… Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha… Uma
voz que dizia: “Pega e lê. Pega e lê!”.
4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e
afugentaste a minha cegueira. Então corri à Bíblia, abri-a e li o primeiro
capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos
Romanos e dizia assim: “Não em orgias e
bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas
revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,13s). Aquelas Palavras ressoaram
dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da
minha vida.
5. Exalaste
Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti! Deus… de Quem
separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é
viver. Deus… de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem
apoiar-se é estar seguro. Deus… a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é
renascer, a Quem conhecer é possuir. Foi assim que descobri a Deus e me dei
conta de que, no fundo, era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente
o meu coração.
6. Provei-Te,
e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. “Deus começa a habitar em ti quando tu começas a
amá-Lo”. Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a
Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu
Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então
Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!
7. E agora,
Senhor, só amo a Ti! Só sigo a Ti! Só busco a Ti! Só ardo por Ti!…
8. Tarde te
amei! Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei!
Eis que estavas dentro, e eu, fora – e fora Te buscava, e me lançava, disforme
e nada belo, perante a beleza de tudo e de todos que criaste. Estavas comigo, e eu não estava Contigo…
Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste,
clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua
Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei
por Ti, Te desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de
Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz!
Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29
(Fonte: Aleteia. A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)
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quarta-feira, 14 de setembro de 2016
"Tem que mirar na Lua, porque se errar, você vai estar entre as estrelas".
terça-feira, 13 de setembro de 2016
"O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade".
Joaquim Nabuco (1849 - 1910): diplomata, historiador, jurista, jornalista e político brasileiro. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
(Imagem copiada do link Folha Uol.)
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
MARGARET THATCHER
Quem foi, o que fez
Margaret Thatcher (1925 - 2013) foi uma política britânica que exerceu o cargo de primeira-ministra do Reino Unido no período de 1979 a 1990. Liderou a recuperação econômica britânica iniciada com a Crise do Petróleo na década de 1970 e durante seu mandato os britânicos venceram os argentinos na Guerra das Malvinas.
Margaret Thatcher, a Dama de Ferro: escapou de um atentado, recuperou a economia britânica e venceu uma guerra contra os argentinos. |
Margaret Thatcher (1925 - 2013) foi uma política britânica que exerceu o cargo de primeira-ministra do Reino Unido no período de 1979 a 1990. Liderou a recuperação econômica britânica iniciada com a Crise do Petróleo na década de 1970 e durante seu mandato os britânicos venceram os argentinos na Guerra das Malvinas.
Por suas medidas austeras na economia, suas fortes críticas à União Soviética, por sua dura oposição aos sindicatos e por ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato em 1984, Margaret Thatcher ganhou o apelido de Dama de Ferro.
(A imagem acima foi copiada do link Colegio Web.)
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domingo, 11 de setembro de 2016
A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
O filósofo britânico Stuart Mill: "a participação na política faz dos cidadãos indivíduos mais competentes e preparados". |
Resumo do texto "A Democracia Participativa", outro brilhante texto de Luis Felipe Miguel ( MIGUEL, Luis Felipe. Teoria Democrática Atual: Esboço de Mapeamento. BIB, São Paulo, n. 59, p. 24 - 29, 2005.), excelente para quem está iniciando seus estudos no campo do Direito, da Sociologia, da Ciência Política, da Economia, ou, simplesmente, quer aumentar seu conhecimento enquanto pessoa e enquanto cidadão.
O
baixo interesse e participação da maior parte dos cidadãos nos negócios
políticos é um dos problemas mais evidentes dos regimes eleitorais. Mesmo a
chamada “opinião pública” tendo um peso muito forte nas decisões
governamentais, é apenas no momento das eleições que os cidadãos efetivamente
participam de assuntos políticos.
O
que os participacionistas – defensores da democracia participativa – alegam, como
uma das saídas para contornar essa falta de interesse por parte dos eleitores,
não é um retorno à clássica democracia participativa grega. Eles advogam para
uma gradativa qualificação política dos cidadãos e cidadãs, que passariam a
valorizar e perceber a democracia como um processo educativo.
Os
participacionistas apontam John Stuart
Mill e Jean Jacques Rousseau
como seus precursores intelectuais. No pensamento de Rousseau percebemos a
visão de que a participação na política tem um caráter eminentemente educativo.
Stuart
Mill vai mais além e considera que dela sairiam indivíduos (cidadãos) mais
competentes e capazes. Ele acha que, ao tomar parte do processo decisório, as
pessoas comuns teriam incentivos para ampliarem seus conhecimentos de mundo. O
resultado perpassaria as fronteiras do campo político e alcançaria todas as
esferas sociais. Teríamos melhores chefes de família, melhores profissionais,
melhores cidadãos.
Outro
ponto importante a respeito da influência de Rousseau: a atenção para as
desigualdades concretas que existem na sociedade e como estas desigualdades
interferem na esfera política. Tais desigualdades seriam engendradas pelo
capitalismo, cuja relação com a democracia tem sido prejudicial a esta. Como o
próprio Rousseau deixou bem claro (1964 [1762]): “é impossível manter a igualdade política em condições de extrema
desigualdade material, quando uns são tão pobres que precisam se vender, outros
tão ricos que podem comprá-los”.
A
propriedade privada, um dos pilares do capitalismo, implica, necessariamente, o
controle sobre o processo produtivo e uma extrema desigualdade material, o que
bloqueia a efetiva participação dos trabalhadores. Entretanto, o modelo dos
países do “socialismo real”, embora amplie a igualdade material, oferece uma
participação pouco efetiva dos trabalhadores na tomada de decisões.
Pateman
(1992 [1970]) aponta um modelo que seria uma possível saída para a falta de
participação dos trabalhadores. Ele concebe a introdução de instrumentos de
gestão democráticos no dia-a-dia das pessoas, sobretudo nos ambientes de
trabalho.
A
chamada “democracia industrial”, que funciona com formas de autogestão,
resultaria numa ampliação significativa do controle da própria vida, num
entendimento do funcionamento da sociedade e da política por parte dos
trabalhadores. Como resultado, estes teriam um maior senso crítico e capacidade
de fiscalização e controle sobre seus representantes – os políticos.
Esse
modelo de Pateman, que recupera o caráter educativo da atividade política
apontados por Rousseau e Stuart Mill é imprescindível para que o modelo
participativo ganhe sentido.
Macpherson
(1978 [1977]) também concorda que a ampliação na participação também geraria
uma qualidade da representação. Mas aponta que o modelo participativo só daria
certo se acontecesse não apenas uma mudança na mentalidade, mas também a
redução das desigualdades econômicas.
Embora
não tenha conseguido a redução das desigualdades econômicas, a corrente
participacionista conseguiu romper com a ideia presente na teoria democrática
liberal de que agir politicamente é um dom da “elite”.
E mesmo
concordando com o fato de que a maioria das pessoas é apática, desinteressada e
desinformada na maior parte do tempo, os teóricos participacionistas ressaltam
que, em potencial, todos possuímos condições de termos um papel ativo na
discussão e na gestão dos negócios públicos.
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sábado, 10 de setembro de 2016
O REPUBLICANISMO CÍVICO
O filósofo francês Rousseau: concordava com Maquiavel ao defender a liberdade, na esfera privada, como ausência de dominação do Estado. |
Resumo do texto "O Republicanismo Cívico", de Luis Felipe Miguel ( MIGUEL, Luis Felipe. Teoria Democrática Atual: Esboço de Mapeamento. BIB, São Paulo, n. 59, p. 19-24, 2005.), excelente para quem está iniciando seus estudos no campo do Direito, da Sociologia, da Ciência Política, da Economia, ou, simplesmente, quer aumentar seu conhecimento enquanto pessoa e enquanto cidadão.
O
autor inicia seu discurso fazendo uma definição de política pela ótica dos
democratas deliberativos: um meio para se alcançar o consenso, mas não é um bem
em si mesmo.
Já Maquiavel e Rousseau pensavam diferente. Tanto um quanto o outro entendiam que
o exercício da liberdade, na esfera privada, deveria ficar livre, tanto quanto
o possível, da interferência repressiva do Estado. Ambos compreendiam a liberdade como “ausência de dominação”.
Outro
ponto em que Rousseau e Maquiavel concordavam era quanto a ação política, que
deveria se importar com o benefício da coletividade; e não se resumir a
interesses e preferências individuais.
Rousseau
criticava os autores contratualistas liberais, os quais viam a sociedade como
uma mera agregação para realização de interesses privados. Em resposta a este
pensamento, ele apresenta a ideia de uma associação,
com uma identidade coletiva. Nessa associação é a vontade do todo social, do “eu-comum” que prevalece, não é a
vontade da maioria.
Dentro
do republicanismo cívico essa ideia de comunidade, de Rousseau, está vinculada
com uma subcorrente específica denominada comunitarismo. Esta subcorrente
enaltece a comunidade como fonte do bem comum, de valores e de identidade. Sem
a experiência comunitária e sem esse sentimento de pertencimento à coletividade
nenhuma sociedade humana pode se manter.
O
discurso de direita tradicional, que apregoa a necessidade de se proteger os
valores tradicionais (religiosos e familiares), apesar de parecido não se
confunde com a vertente comunitarista. A direita tradicional costuma eleger
vilões que destroem a comunidade e seus valores, que são: o mercado, o
feminismo, o declínio da autoridade na escola e a dessegregação racial nos
bairros. Tais vilões estariam corrompendo as instituições que fornecem a
“disciplina formadora de caráter” (família, igreja, escola, vizinhança) e, com
isso, destruindo também o sentimento de comunidade.
Mas
outros autores da corrente, como Michael
Sandel, reconhecem que um direito só é reconhecido como tal quando serve a
algum fim moralmente importante e, portanto, as minorias não devem se curvar às
vontades da maioria. Ele cita, ainda, como valores que não podem ser
considerados separadamente a tolerância, a equanimidade e a liberdade.
O
Estado de bem-estar social é um dos assuntos da corrente comunitarista, pois a
comunidade, campo da solidariedade
concreta, faz oposição tanto à intervenção estatal quanto ao
neoliberalismo.
Enquanto
o Estado de bem-estar social promove a passividade – rompendo com o sentido de
responsabilidade social – e substitui a solidariedade horizontal pela
assistência estatal (burocratizada e vertical), o mercado promove a competição,
que engendra o egoísmo e rompe com a solidariedade social. Já o sentimento de
comunidade promoveria a cooperação entre seus integrantes.
Contudo, será que a
“comunidade” seria a melhor solução como forma de organização para a sociedade?
Por mais que esta saída pareça-nos confortável, não devemos nos esquecer que
foi graças à atuação do Estado que nossa sociedade conseguiu se organizar e
evoluir.
(A imagem acima foi copiada do link Universo Racionalista.)
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sexta-feira, 9 de setembro de 2016
"Um pouco de ciência nos afasta de DEUS. Muito, nos aproxima".
Louis Pasteur (1822 - 1895): cientista francês e católico fervoroso.
(Imagem copiada do link Vacinas Louis Pasteur.)
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
O QUE É CIÊNCIA?
Você já parou para se perguntar? Vamos a alguns conceitos...
Ciência é um complexo de enunciados verdadeiros, rigorosamente fundados e demonstrados, com um sentido limitado, dirigido a um determinado objeto.
Na
acepção vulgar, “ciência” indica conhecimento, por razões etimológicas, já que
deriva da palavra latina scientia,
oriunda de scire, ou seja, saber, conhecimento. Em
oposição ao saber vulgar, a ciência é um saber metodicamente fundado,
demonstrado e sistematizado. Mas, no sentido filosófico, só merece tal
denominação aquele complexo de conhecimentos certos, ordenados e conexo entre
si.
A
ciência é, portanto, constituída de um conjunto de enunciados que tem por
escopo a transmissão adequada de informações verídicas sobre o que existe,
existiu ou existirá. Tais enunciados são constatações.
Logo,
o conhecimento científico é aquele que procura dar às suas constatações um
caráter estritamente descritivo, genérico, comprovado e sistematizado.
Constitui um corpo sistemático de enunciados verdadeiros.
Como não se limita
apenas a constatar o que existiu e o que existe, mas também o que existirá, o
conhecimento científico possui um manifesto sentido operacional, constituindo
um sistema de previsões prováveis e seguras, bem como de reprodução e
inferência nos fenômenos que descreve.
(A imagem acima foi copiada do link UFMG.)
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
"O bem que fizemos ao semelhante deve ser espontâneo, nunca obrigado; nem sequer pelas circunstâncias. Isto quer dizer que nossa bondade terá de estar subordinada unicamente ao nosso livre-arbítrio e ao nosso sentir".
Carlos Bernardo González Pecotche (1901 - 1963): escritor, pedagogista, educador e pensador humanista argentino.
(Imagem copiada do link Images Google.)
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