terça-feira, 11 de agosto de 2009

BOM EXEMPLO


Hoje, 11-08-09, é dia do estudante. Se dermos uma rápida olhada na realidade dos estudantes brasileiros, desde os que frequentam as séries mais elementares até os que estão nas universidades, veremos que torna-se vergonhosa a falta de atenção e compromisso que nossas autoridades (in)competentes têm por aqueles que serão o futuro da nação: os alunos. Mas não estou aqui para falar das precárias condições estruturais e curriculares da educação brasileira.

Falta de material didático, péssimos salários para professores, sucateamento das universidade federais, são assuntos que já estamos de saco cheio de escutar… Por isso hoje gostaria de relembrar as conquistas dos alunos brasileiros na Imagine Cup 2009, realizada no último mês de junho, na cidade do Cairo, capital do Egito.

A Imagine Cup é um evento organizado pela Microsoft e premia aquelas propostas mais criativas de aplicação da tecnologia na resolução de problemas quotidianos.

Os projetos apresentados pelos estudantes brasileiros ganharam prêmios em seis categorias: a equipe LEVV IT obteve o primeiro lugar em desenvolvimento de jogos; a equipe Willburn, o primeiro lugar em desenho; a Virtual Dreams, o terceiro lugar em desenho de software e o terceiro posto no prêmio Windows Mobile; a Proativa Team, o primeiro lugar no prêmio de interoperabilidade; e a IC-UNICAMP ocupou o segundo lugar do prêmio de acessibilidade de Tablet PC.

Das equipes vencedoras, duas são de Pernambuco e compostas por alunos de instituições públicas de ensino: a equipe Proativa, composta pelos alunos Lucas Mello, João Paulo Oliveira, Amirton Chagas e Flávio Almeida, todos do CIn (Centro de Informática) da UFPE, ficou em 1º lugar na categoria Reconhecimento em Interoperalidade; a equipe LEVV IT, que destacou-se levando o 1º lugar na categoria Games Development, tem como um de seus componentes o aluno Vinícius Ottoni, do Cefet-PE.

Precisamos de mais bons exemplos como esse. Mas é uma pena que a conquista dos alunos brasileiros tenha tido tão pouca repercussão nos órgãos de imprensa nacionais. O fato até já caiu no esquecimento…

Nesse Dia do Estudante quero lembrar e parabenizar aqueles jovens discentes que disputando com aproximadamente 300 mil alunos de mais de cem países, mostraram para o mundo que além de bons jogadores de futebol e péssimos políticos, o Brasil também tem excelentes pesquisadores na área da informatica.

sábado, 8 de agosto de 2009

VOLTEI!

Prezados amigos e leitores que acompanham meu blog. Peço desculpas pelos vários dias que fiquei sem postar textos. Eu estava preparando inúmeras notícias e comentários sobre acontecimentos relevantes ou que foram polêmicos e por isso mereciam destaque. Assuntos como os 40 anos da chegada do homem à Lua (tem gente que ainda não acredita), o aniversário de Nelson Mandela, a prisão de Romário por não pagar pensão alimentícia, as acusações contra o Sarney… Enfim, tava tudo guardado no meu computador. Mas viajei para o Ceará - ia passar só cinco dias - mas me cortei de foice e tive que dar um tempo em algumas atividades.

Por causa de um descuido meu enquanto podava uma árvore, acertei a lâmina da foice na minha mão esquerda. Consegui a proeza de cortar a mim mesmo. Rompi três tendões: polegar, dedo indicador e dedo médio. Ao contrário do que estavam dizendo no meu trabalho e em Aracoiaba, não caí da moto tampouco perdi a mão. Estou bem, na medida do possível.

Também escrevo para tranquilizar meus familiares. Como sabem - se não sabem, ficam sabendo agora - moro sozinho em Natal. Quando me cortei estava no Ceará e minha família cuidou de mim. Agora, no RN, estou me virando sozinho. Só com uma mão.

Compras, alimentação, higiene pessoal, assuntos profissionais e acadêmicos, textos para o blog… Estou fazendo só com uma mão. Estou tendo a ajuda, graças a Deus, de muito amigos. Nessas horas a gente sabe realmente quem merece nossa amizade.

Enfim, estou bem. Semana que vem vou tirar os pontos. Estou morrendo de medo. Odeio ir ao hospital quando o paciente sou eu. As aulas da faculdade começam segunda (10-08-09). Estou de atestado no trabalho. Odeio andar de ônibus. Mas depois dessa fiquei com medo de andar de moto.

Peço desculpas àqueles que deixei preocupados ou dei trabalho com minha imprudência. Também peço desculpas aos amigos do trabalho. Como estou de dispensa médica a escala de serviço deve ter ficado apertada.

Tenho meus defeitos mas quem me conhece sabe que eu não sou de faltar ao trabalho ou colocar atestado. Reprovo a atitude de quem inventa doença para não trabalhar. Como um cara temente a Deus, agradeço a Ele todos os dias pela minha família, meus amigos, meu emprego, minha saúde. Estou encarando esse acidente como um aviso, uma forma para eu reavaliar minhas atitudes como um todo. Sei que ainda terei de fazer fisioterapia por um bom tempo, mas agradeço a Deus por não ter me acontecido algo mais grave.

Um forte abraço a todos os familiares, amigos, colegas de trabalho e leitores. Estou de volta.

Foto: Arquivo pessoal.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

COMO CALAR UMA ESTRANGEIRA ARROGANTE

Situação real, digna de registro, que vivenciei na época que fui policial militar.


Fomos colonizados por europeus e até hoje a população daquele continente vê a nós, brasileiros, como um povo ignorante, subdesenvolvido e sem cultura. O caso a seguir é uma história real e mostra que não somos tão alienados como muitos gringos pensam:

Era noite de carnaval num município do litoral norte potiguar, distante 125km de Natal. Na maior praia da cidade tinha sido montado o palco diante do qual o baile carnavalesco acontecia. Equipes com cinco policiais cada, foram dispostas em pontos estratégicos para garantirem aos foliões uma diversão segura.

Já passava da meia-noite. A areia da praia estava repleta de pessoas que brincavam, bebiam, se drogavam, se prostituíam, enfim, faziam coisas típicas de uma festa como o carnaval. As equipes de policiais, também chamadas de patrulhas, perceberam atitudes suspeitas de alguns turistas. Sem mais delongas, os PMs começaram a fazer vistorias em bolsas, sacolas e demais objetos que pudessem esconder drogas ou armas. Muios foliões, a contra-gosto, foram revistados.

Observando a ação dos policiais, e reclamando da atitude dos mesmos, estava um homem de origem portuguesa. Agarrado com uma adolescente nativa e em visível estado de embriaguez, o cidadão de terras lusitanas começou a provocar os policiais. Estes, pacientemente, iniciaram uma conversa com o estrangeiro. Pediram que ele mostrasse a documentação e levantasse a camisa para ser revistado. O português não contou conversa, retirou a camisa e baixou o calção até a altura dos calcanhares, ficando completamente nu.

Os membros da patrulha se entreolharam e deram as boas vindas da PM-RN ao visitante lusitano enxerido: muita porrada!!! Em seguida, colocaram-no na viatura - tendo antes o cuidado de vestir-lhe a roupa - e se dirigiram para a delegacia local.

Chegando lá, um grupo de pessoas já aguardava na entrada da DP. Uns diziam que conheciam o prefeito e iriam expulsar os policiais da cidade, outros gritavam que aquilo era um absurdo e procurariam os Direitos Humanos. Tinha até uma senhora - a mãe do rapaz - dizendo com voz exaltada que o Brasil era um país de bárbaros, ignorantes, prostitutas e corruptos; que o filho dela era inocente, tinha sido agredido covardemente e que se estivessem em Portugal, um país civilizado, nada disso teria acontecido. Os PMs não deram ouvidos para aquela algazarra. Colocaram o português numa cela e chamaram o delegado.

Um policial que estava de plantão na delegacia - puto de raiva porque ainda não havia terminado um trabalho da faculdade - observava todo aquele movimento em silêncio. Procurava se concentrar na apostila que estava lendo. Não conseguiu. A mãe do lusitano entrou e foi esbravejar com ele.

A portuguesa continuou dizendo impropérios sobre os brasileiros, que éramos um povo sem cultura, alienados e subdesenvolvidos. O policial levantou da cadeira, bateu a própria mão com toda a força que pode na escrivaninha, e disse em tom de voz alto, porém sem gritar:

- Escuta aqui dona, quem a senhora pensa que é para falar mau assim do meu país? Saiba que se somos uma nação subdesenvolvida e um povo ignorante é porque fomos colonizados pela porra de vocês, portugueses malditos. Aliás, se aqui a lei fosse cumprida como no seu civilizado Portugal, o viado do seu filho já teria sido extraditado por atentado ao pudor. E cala a boca que eu quero estudar!

Dito isso o policial sentou-se, pegou a apostila e continuou a ler. A mulher portuguesa se calou e saiu da delegacia.

O português enxerido foi solto em seguida, depois de assinar um termo de compromisso. O policial que tentava fazer o trabalho da faculdade não conseguiu e quase foi reprovado na disciplina. Já a portuguesa arrogante, continua no Brasil, mas a partir de agora talvez meça as palavras antes de falar mal do nosso país.

(A caricatura que ilustra o texto acima foi retirada do 3.bp.blogspot.com.)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CARTA A UM CIDADÃO


Muito bem, senhor cidadão, eu creio que o senhor já me rotulou.

Acredito que me enquadro perfeitamente na categoria na qual o senhor me colocou. Eu sou estereotipado, padronizado, marcado, corporativista e, sempre, bitolado. Infelizmente, a recíproca é verdadeira. Eu não vou, porém, rotulá-lo.

Mas, desde que nascem, seus filhos ouvem que eu sou o bicho-papão, e depois o senhor fica chocado quando eles se identificam com meu inimigo tradicional, o criminoso. O senhor me acusa de contemporizar com os criminosos, até que eu apanhe um de seus filhos em alguma falta.

O senhor é capaz de gastar uma hora para almoçar e interrompe seu serviço para tomar café diversas vezes no dia, mas me considera um vagabundo se paro para tomar uma só xícara. O senhor se orgulha de seu refinamento, mas nem pisca quando interrompe minhas refeições com seus problemas.

O senhor fica bravo quando alguém o fecha no trânsito, mas quando o flagro fazendo a mesma coisa, eu o estou perseguindo. O senhor, que conhece todo o código de trânsito, quase nunca porta os documentos obrigatórios.

O senhor acha que é um abuso se me vê dirigindo em alta velocidade para atender uma ocorrência, mas sobe pelas paredes se eu demoro dez segundos para atender um chamado seu.

O senhor acha que é parte do meu trabalho se alguém me fere, mas diz que é truculência policial se devolvo uma agressão.

O senhor nem cogita em dizer a seu dentista como arrancar um dente ou a seu médico como extirpar seu apêndice, mas está sempre me ensinando como aplicar a lei.

O senhor quer que eu o livre dos que metem o nariz na sua vida, mas não quer que ninguém saiba disso.

O senhor brada que é preciso fazer alguma coisa para combater o crime, mas fica furioso se é envolvido no processo.

O senhor não vê utilidade na minha profissão, mas certamente ela se tornará valiosa se eu trocar um pneu furado do carro de sua esposa, ou conduzir seu menino no banco de trás do carro patrulha, ou talvez salve a vida de seu filho, ou trabalhe muitas horas além de meu turno procurando sua filha que desapareceu.

Assim, senhor cidadão, o senhor pode se indignar, proferir impropérios e se enfurecer pela maneira pela qual executo meu trabalho, dizendo toda a sorte de palavrões possível, mas nunca se esqueça de que a sua propriedade, a sua família e até a sua vida dependem de mim e de meus colegas.

Sim, senhor cidadão, eu sou um POLICIAL.


A autoria desse texto é atribuída a Mitchell Brown, patrulheiro da Polícia Estadual de Virgínia, EUA. Morreu em serviço dois meses depois de escrevê-lo.


(A imagem acima foi copiada do link Blitz Digital.)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

CONQUISTA SOBRE DUAS RODAS

Senado aprova projeto de lei regulamentando as profissões de motoboy, mototaxista e motofrete.



Em votação simbólica na noite da quarta-feira passada (08-07-09) o Senado Federal aprovou o projeto de lei apresentado há oito anos pelo então senador Mauro Miranda (PMDB-GO) regulamentando as profissões de motoboy, mototaxista e motofrete. A nova lei precisa, ainda, ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas já é motivo de comemoração entre os motociclistas, que veem na lei uma oportunidade de saírem da informalidade e exigirem direitos e garantias como todo trabalhador comum.

O relator da proposta foi o senador Expedito Júnior (PR-RO), segundo o qual existem no Brasil atualmente 2,5 milhões de motoboys e mototaxistas trabalhando na informalidade por falta de regulamentação específica para essas profissões.

Segundo o projeto, a definição de regras específicas para o transporte sobre duas rodas em cada município ficará a cargo das câmaras de vereadores. Estas decidirão, ainda, se poderá haver ou não mototáxi para transporte de pessoas. Em Natal-RN, por exemplo, não existem mototaxistas. Já em Macaíba, cidade distante apenas 30km da capital potiguar, a profissão existe há tempos e é a principal fonte de renda para muitas famílias.

De acordo com a nova lei, para exerceram a profissão, o motoboy, o mototaxista ou o motovigia precisarão:
- ter 21 anos completos;
- dois anos como condutor ou condutora de motocicleta;
- habilitação em curso especializado, a ser regulamentado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
Todos os profissionais deverão trabalhar vestindo colete dotado de refletores.

Do motovigia, especificamente, serão exigidos documentos usuais como carteira de identidade, atestado de residência e certidões negativas de varas criminais. Os profissionais em serviço de comunidade de rua, como também são chamados tecnicamente, devem ter alguns cuidados como: observar o movimento de chegada e saída dos moradores em suas respectivas residências; acompanhar o fechamento dos portões do imóvel; comunicar aos moradores, ou à polícia, sobre qualquer anormalidade nos veículos estacionados na rua; informar aos moradores, ou à polícia, sobre a presença de pessoas estranhas e com atitudes suspeitas na rua.

Os veículos conduzidos pelos motoboys devem ter identificação especial e contar com equipamentos de segurança como os mata-cachorros e as antenas corta-pipas. Tais equipamentos devem ser inspecionados semestralmente pelo Contran.

Para o serviço de motofrete será necessária autorização (emitida por órgão de trânsito) para a circulação de motocicletas e motonetas destinadas ao transporte de mercadorias. Pela proposta serão proibidos o transporte de combustíveis, de produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de carga. Excetuam-se da norma o transporte do gás de cozinha e de galões de água mineral, desde que com o auxílio de side-car (aquele carrinho acoplado à moto).

Como condutor de motocicleta espero que a lei seja cumprida, que não caia no esquecimento como tantas outras. Mas para que isso aconteça, todos, motoristas, pedestres, motociclistas e poder público devem fazer sua parte.

RECADOS DE UM AMIGO



Recebi recentemente o e-mail de um amigo que trazia uma mensagem de fé e otimismo. Não é de minha autoria - tampouco conheço o autor, mas como acho que bons conselhos devem ser compartilhados, leia e medite os RECADOS DE UM AMIGO:

1 - 'DEUS não escolhe pessoas capacitadas, Ele capacita os escolhidos'.

2 - 'Um com DEUS é maioria'.

3 - 'Devemos orar sempre, não até DEUS nos ouvir, mas até que possamos ouvir a DEUS'.

4- 'Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de DEUS'.

5- 'Aquilo que DEUS dá, DEUS também tira'.

6 - 'Moisés gastou: 40 anos pensando que era alguém; 40 anos aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que DEUS pode fazer com um NINGUÉM'.

7 - 'A fé ri das impossibilidades'.

8 - 'Não confunda a vontade de DEUS, com a permissão de DEUS'.

9 - 'Não diga a DEUS que você tem um grande problema. Mas diga ao problema que você tem um grande DEUS'.

10 - 'O pouco com DEUS é muito. O muito sem DEUS é nada'.

11 - 'Não ter tempo para Deus, é viver perdendo tempo'.


MEDITAÇÃO
Sim, eu amo DEUS. Ele é a fonte de minha existência, é meu Salvador... Ele me sustenta a cada dia. Sem Ele eu não sou nada, mas com Ele eu posso todas as coisas através de Jesus Cristo, que me fortalece.

"Tudo posso naquele que me fortalece".  (Bíblia Sagrada - Filipenses 4:13)


(A foto que ilustra esse texto foi retirado do site Jornal Pequeno.)

sábado, 11 de julho de 2009

MAIS UM QUE NÃO VOLTOU PARA CASA

Morreu hoje à tarde o cabo da polícia militar do Rio de Janeiro alvejado por dois tiros durante tentativa de assalto.

O cabo do BOPE Ênio Roberto Santiago trabalhava na segurança do tenente-coronel Alberto Pinheiro Neto (comandante do Bope até ontem) e foi alvejado na manhã desse sábado (11-07-09) por dois disparos: um no ombro e outro na nuca.

Foi atingido enquanto tentava ajudar um casal que estava tendo o veículo roubado enquanto esperavam no sinal fechado. Os disparos foram feitos por alguém que dava cobertura à ação. O militar foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar mas não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois.

A polícia enviou várias viaturas para o local e os caveirões, veículos blindados do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), subiram o morro. Essa é mais um cena comum de violência na nossa sociedade, violência essa que não poupa ninguém - nem a polícia.

O que me deixa revoltado é que nenhuma ONG ou qualquer outra droga de instituição que defenda a porra dos direitos humanos se pronunciou em protesto à morte do PM morto em serviço.
Fazendo jus ao juramento feito quando da investidura do cargo, o cabo Santiago defendeu com a própria vida a sociedade hipócrita que ele prometeu proteger.

O engraçado é que a mesma imprensa que não se deu nem ao trabalho de divulgar relatos dos familiares do PM morto, fez questão de mostrar os protestos dos moradores da favela ocupada por policiais. Os moradores, sim, tiveram todo o direito de botar a cara na TV e reclamar contra os policiais que invadiram a comunidade. Até incendiaram um ônibus em protesto contra a morte de um traficante durante a operação envolvendo policiais do 6.º Batalhão (Tijuca) e do BOPE. Esses continuam vasculhando o Morro do Turano e o Morro da Chacrinha, ambos no Rio de Janeiro, tentando localizar os assassinos do cabo PM. Mas sabemos que quando os acusados forem capturados - se forem - terão direito a um julgamento cuja pena não poderá exceder aos 30 anos de reclusão. E se tiverem bom comportamento ou se forem réus primários, em pouco tempo estarão nas ruas, matando outros pais de família.
E a imprensa, ah a imprensa... Continua divulgando que na troca de tiros com bandidos, a polícia alvejou moradores. Engraçado, só as armas da polícia acertam gente inocente. As armas dos traficantes não acertam ninguém, eles atiram flores, talvez.
Já o cabo Santiago está morto. Foi mais um policial que tombou na eterna luta contra o crime nas cidades brasileiras. Ele não voltou para casa. Sua família vai sofrer com sua ausência. Perdeu-se um pai, um marido, um filho, um irmão, um amigo, um agente de segurança pública.
Mas esse caso, como tantos outros, cairá no esquecimento. Não haverá passeatas ou manifestações de ONGs ou outra entidade que se diga defensora dos direitos huamanos. Ah, quase esqueci, POLICIAIS NÃO TÊM DIREITOS...

A foto que ilustra esse texto é de um homem ferido em operação do BOPE no Morro do Turano. Foi tirada do site ÚLTIMO SEGUNDO.

CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA (I)

Trecho da carta escrita por Pero Vaz de Caminha (1450 - 1500), integrante da frota de Pedro Álvares Cabral (1467-68 - 1520), encaminhada ao rei de Portugal D. Manuel I, O Venturoso (1469 - 1521), dando conta do 'achamento' de novas terras.

Carta de Pero Vaz de Caminha - Col. A Obra Prima de Cada Autor ...

Senhor:

Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que - para o bem contar e falar - o saiba pior que todos fazer.

Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu.

Da marinhagem e singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza, porque o não saberei fazer, e os pilotos devem ter esse cuidado. Portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo:

A partida de Belém, como Vosso Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de Março. Sábado, 14 do dito mês, entre as oito e nove horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grã-Canária, e ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro legas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto.

Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte nem contrário para que tal acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais!

E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de Abril, estando da dita Ilha obra de 600 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos.

Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum frande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome - o Monte Pascoal e à terra - a Terra da Vera Cruz.

Mandou lançar o prumo. Acharam vinte e cinco braças; e ao Sol posto, obra de seis léguas da terra, surgimos âncoras, em dezenove braças - ancoragem limpa. Ali permanecemos toda aquela noite. E à quinta-feira, pela manhã, fizemos vela e seguimos em direitos à terra, indo os navios pequenos diante, por dezessete, dezesseis, quinze, catorze, treze, doze, dez e nove braças, até meia légua da terra, onde todos lançamos âncoras em frente à boca de um rio. E chegaríamos a esta ancoragem às dez horas pouco mais ou menos.

Fonte: Acervo Digital.
(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

QUEM PRECISA DA POLÍCIA?

Situação inusitada, que demonstra como a sociedade é hipócrita com a polícia.

Parece que os moradores da comunidade Heliópolis - São Paulo, capital - não precisam da polícia. Na noite do dia 08-07-09 (quarta-feira) dois policiais militares, cada um pilotando uma moto da PM-SP, perseguiam dois suspeitos, também de motocicletas, e entraram na favela de Heliópolis. Houve troca de tiros e uma das vítimas foi uma menina de oito anos de idade, moradora da favela, que brincava na calçada de casa. 

Os PMs conseguiram prender os suspeitos, sendo que um destes estava de posse de uma arma de fogo. Questão resolvida, certo? Errado. Os moradores cercaram os dois policiais e, acusando-os de terem - apenas estes - efetuado os disparos, tomaram as chaves das motos dos dois policiais e liberaram os suspeitos. Não se dando por satisfeitos, os moradores ainda danificaram as motos da polícia e agrediram os dois praças. A situação só não ficou pior para os dois combatentes porque chegou reforço de outras viaturas, que os escoltaram em segurança para fora da comunidade.

O caso serve para ilustrar a total falta de apoio que as polícias no Brasil têm da sociedade civil. Mesmo sem terem provas concretas, afinal, um dos suspeitos também estava armado, os moradores de Heliópolis saíram acusando a polícia militar como se esta fosse o bandido da história. A população também se auto-investiu o direito de querer fazer justiça com as próprias mãos - contra os PMs, porque os bandidos foram soltos pelos moradores.

Estamos chegando a um ponto tal de descrédito dos órgãos de segurança pública que as pessoas acham que todo policial é bandido. Esquecemo-nos que os profissionais da segurança também são pais, mães, têm suas famílias e sofrem com as carências de um sistema que não os oferece as mínimas condições de trabalho.

É muito fácil botar a cara na TV, acusar a polícia de agressora e imputar-lhe a culpa por toda a violência que nos deparamos no dia-a-dia. Agora, eu gostaria de saber se essas pessoas que denigrem a imagem da corporação e defendem bandido teriam coragem de vestir uma farda e arriscar a vida por um salário de fome. 

Sempre vemos grupos de direitos humanos (nada contra eles) defenderem a liberação de presos em cadeias superlotadas. Só não vejo esses mesmos grupos de direitos humanos defenderem os agentes militares sequelados no cumprimento do dever, ou os órfãos e viúvas dos policiais mortos em serviço.

A sociedade precisa deixar de ter aquela visão romântica do crime. Bandido não é herói. Ele é inimigo da democracia, do Estado de Direito e do trabalhador honesto que sofre para ganhar a vida.

A ditadura já acabou. Os militares trabalham hoje para que as pessoas tenham a oportunidade de gozarem seus direitos, liberdades e garantias fundamentais assegurados pela Constituição Federal . 

Apesar de ser consciente da existência de muitos colegas de farda que envergonham a classe, fico triste quando vejo a população se voltar contra a polícia. Ora, em todos os locais de trabalho existe o bom e o mau funcionário. Infelizmente a sociedade não pensa assim. Se policial Joãozinho é pego fazendo extorsão, no jornal sai que A POLÍCIA está extorquindo.

Para encerrar, quero dizer que a polícia tem suas carências e dificuldades, sim. Como todo trabalhador, estamos suscetíveis a erros. Mas se você ainda não se deu conta da importância de nós, policiais, tente se imaginar num mundo sem polícia. Quem arriscaria a própria vida para te defender enquanto estás a dormir?

terça-feira, 7 de julho de 2009

LULA, NOBEL DA PAZ?


Na sede da UNESCO, em Paris - França, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu esta terça-feira (07-07-09) o prêmio Félix Houphouët-Boigny pela Busca da Paz 2008.

O prêmio foi criado em 1989. Tomou esse nome para homenagear o sindicalista e líder da independência da Costa do Marfim, Félix Houphouët-Boigny (1905-1993). É entregue anualmente pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e permite honrar pessoas, instituições ou organizações que contribuam, de forma relevante, para a promoção, busca, salvaguarda ou manutenção da paz, com respeito pela Carta das Nações Unidas e pelo Ato Constitutivo da UNESCO. É tido como o mais importante prêmio da paz - depois do Nobel - e Lula é o primeiro latino-americano a recebê-lo.

O ex- Presidente português, Mário Soares, declarou que o júri decidiu entregar o prêmio a Lula como reconhecimento da atuação do presidente brasileiro a favor da busca da paz, do diálogo, da democracia e da justiça social no mundo. Soares ressaltou também o empenho e a contribuição de Lula para a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos das minorias.

Nosso presidente também foi qualificado pelo secretário executivo do prêmio como um homem excepcional. O secretário também lembrou que Lula é hoje o pilar de estabilidade da América Latina e que antes dele nenhum outro presidente brasileiro esteve tão ligado ao continente africano. Para o primeiro-ministro português, José Sócrates, nosso presidente é o líder politico mais popular da face da terra, além de ser uma das figuras mais admiradas e respeitadas. Já o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, lembrou que foi Lula que estabeleceu no Brasil o dia da Consciência Negra.

O presidente brasileiro em seu pronunciamento puxou a sardinha para o seu governo ao ressaltar que o índice da desigualdade no Brasil é o mais baixo das últimas três décadas. E utilizando-se de um discurso em tom amigável, lembrou a onda de democracia que se registou na África do Sul e está cada vez mais presente na América Latina; saudou o bom desenrolar das eleições na Guiné-Bissau e defendeu também a criação de um Estado palestino com uma economia viável.

Outras personalidades como Nelson Mandela (África do Sul), Shimon Peres (Israel), Jimmy Carter (EUA), Yitzhak Rabin (Israel), Yasser Arafat (Palestina), Martti Ahtisaari (Finlândia) já foram distinguidos com o mesmo prêmio que inclui um cheque de 122 mil euros, uma medalha em ouro e um diploma assinado pelo director-geral da UNESCO.

A importância do prêmio Félix Houphouët-Boigny está no fato de grande parte dos que o recebem ganharem também o Nobel da Paz. Na lista acima, por exemplo, todos ganharam ambos os prêmios.
A importância disso para o Brasil é tremenda pois, tomando emprestadas as palavras do presidente Lula, nunca antes na história deste país alguém ganhou um prêmio Nobel da Paz. Principalmente um nordestino, pobre e semi-analfabeto.

Fiquemos, pois, na torcida. O Brasil é o único país a conquistar cinco copas do mundo de futebol. Tá na hora de ganhar um Nobel da Paz.

SABER DISCERNIR OS MOMENTOS


3 1 Debaixo do céu há momento para tudo,
e tempo certo para cada coisa:


2 Tempo para nascer e tempo para morrer.
Tempo para plantar e tempo para arrancar a planta.


3 Tempo para matar e tempo para curar.
Tempo para destruir e tempo para construir.



4 Tempo para chorar e tempo para rir.
Tempo para gemer e tempo para bailar.


5 Tempo para atirar pedras e tempo para recolher pedras.
Tempo para abraçar e tempo para se separar.


6 Tempo para procurar e tempo para perder.
Tempo para guardar e tempo para jogar fora.


7 Tempo para rasgar e tempo para costurar.
Tempo para calar e tempo para falar.


8 Tempo para amar e tempo para odiar.
Tempo para a guerra e tempo para a paz.


Bíblia Sagrada, Livro do Eclesiastes, capítulo 3, versículos de 1 a 9 (Ecl 3, 1-9).


Parece que nosso tempo está cada vez mais exíguo. O trabalho, os estudos ou o egoísmo tomam todo o nosso tempo. Não aproveitamos mais aqueles instantes de alegria com as pessoas que realmente se importam conosco. Muitas vezes trocamos um fim de semana de descanso com a família por uma jornada extra de trabalho. E a TV e o computador... Diversas vezes deixamos de conversar com nossos filhos, elogiar nossas esposas, fazer carinho no marido ou escutar os amigos só para ficarmos grudados na 'telinha'. Sempre usamos como desculpa o tempo, ou melhor, a falta dele...

Às vezes, por pura preguiça, deixamos de estar com quem amamos só para não sacrificar alguns minutos a mais no sono. Sim, reclamamos do tempo. Então o tempo vem, leva aquilo ou aqueles que amamos, e só aí percebemos que daríamos tudo no mundo para voltarmos àqueles bons e velhos momentos.

Mas o tempo é impiedoso. Ele passa e não volta mais. Não adianta lutar com ele. Todos sofremos seus efeitos.

O que podemos então fazer para tentar amenizar os efeitos do tempo em nossas vidas? Essa pergunta cabe a cada um de nós respondê-la. Só deixo uma dica, por experiência própria, não demore muito para por em prática o que estás pensando fazer. Pode ser tarde demais...


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

sábado, 4 de julho de 2009

PRESENTE DE GREGO


Os Estados Unidos celebram hoje o seu dia da independência. Em 4 de julho de 1776 as Treze Colônias britânicas na América do Norte fizeram a Declaração de Independência e rejeitaram a autoridade britânica. Nascia, assim, o que mais tarde se chamaria de Estados Unidos da América.


Em várias cidades como New York, Washington e Atlanta foram realizados os famosos desfiles do Dia da Independência, com bandas de música, carros alegóricos, enfim, uma festa tipicamente norte-americana.

Entretanto um acontecimento do outro lado do mundo ofuscou um pouco o brilho dessa festa e deixou os habitantes da terra do tio Sam um tanto quanto preocupados: os testes com mísseis balísticos realizados pela Coreia do Norte.


Hoje foram realizados sete disparos com mísseis de alcance entre 300 km e 500 km.
Somados aos testes de ontem (03-07-09), os norte-coreanos já lançaram onze mísseis. Tais lançamentos estão sendo considerados por especialistas como uma afronta à ONU e ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, cujo signatário mais importante é, advinhem... os Estados Unidos.


Odeio admitir isso, mas neste caso, os norte-americanos tem motivos de sobra para se preocuparem.

O governo do ditador Kim Jong Il que governa a Coreia do Norte pode, com esses testes, estar acendendo o estopim para um conflito armado num futuro não muito distante. E se isso acontecer, caros leitores, talvez a humanidade entre numa guerra nuclear.

Sendo deflagrada uma guerra nuclear com certeza os Estados Unidos não comemorarão mais um 4 de julho - nem nós um 7 de setembro.

PERGUNTAR OFENDE?

Um exemplo patético, covarde e absurdo de como a imprensa é tratada no nosso país...


Repórter do CQC, Danilo Gentili, é agredido por segurança do Sarney.

“Com licença senhor presidente. Com a sua saída vai mudar alguma coisa? Ou os escândalos vão continuar?” Foram essas as perguntas que o repórter Danilo Gentili fez ao presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB - AP), e que despertaram a fúria de um dos seguranças (capangas) do parlamentar.

Era uma manhã de quarta-feira (01-07-09) e dezenas de jornalistas disputavam cada centímetro de espaço na entrada principal do Congresso, também conhecida como Chapelaria. Os jornalistas estavam ali para escutarem de José Sarney esclarecimentos a respeito da denúncia de que um neto do senador estaria intermediando empréstimos consignados entre instituições bancárias e servidores da Casa. Quando o senador chegou, os repórteres foram ao seu encontro. Danilo Gentili fez as perguntas descritas acima e subitamente foi agarrado e empurrado por um segurança de Sarney. O repórter, insistente, tentou se aproximar mais uma vez do presidente do senado. Foi novamente contido pelo segurança, que o derrubou.

G1 > Política - NOTÍCIAS - Repórter de humorístico diz que foi ...

A cena de covardia foi presenciada por dezenas de outros profissionais da imprensa que estavam ali exercendo o direito - resguardado pela Constituição Federal de 1988 - da liberdade de expressão. O episódio serviu, dentre outras coisas, para ilustrar o quanto nossos parlamentares se importam conosco.

Danilo Gentili é um dos repórteres do programa CQC (Custe o Que Custar) que é exibido às segundas-feiras por volta das 22h na emissora Band. José Sarney é presidente do Senado Federal pela terceira vez e já foi presidente do Brasil. É dono de uma carreira política vez por outra abalada por denúncias de corrupção - sempre arquivadas.

A direção da Polícia Legislativa, apesar das imagens de diversos órgãos de imprensa, disse que não houve agressão. O repórter teria se atirado ao solo e o segurança apenas passava por perto no momento. Não precisa ser da NASA para compreender que tal explicação além de patética e mentirosa, é absurda...

Como cidadão e como futuro jornalista confesso que simplesmente me faltam palavras para descrever meu profundo sentimento de repúdio, nojo e indignação com nossos representantes. Meu Deus! A que ponto chegamos. Agredir um profissional símbolo da liberdade de expressão, que é um dos pilares da democracia… A ação do jagunço, quer dizer, segurança, foi o equivalente a rasgar a própria Constituição. Aonde vamos parar? Fico pensando: se agridem um jornalista em frente às câmeras de TV, o que farão com os demais cidadãos que vão até o Senado para protestar?

O caso, como as denúncias de corrupção feitas contra os parlamentares, logo-logo cairá no esquecimento. Fica no ar aquela sensação de impunidade, que acaba com nossas esperanças de construirmos uma nação mais digna e igualitária para todos.

Para o colega Gentili desejo muita força, coragem e determinação para continuar firme e forte na nobre missão de denunciar os desmandos das nossas autoridades (in)competentes. Afinal, ser jornalista num país que ainda sofre com resquícios do coronelismo não é nada fácil. 

Estes, aliás, não foram dias de sorte para os profissionais da comunicação. Primeiro desaprovam a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, agora nos agridem como a um cachorro sem dono. Acho que escolhi a profissão errada. Ou alguém está escolhendo os políticos errados.


Veja na íntegra o vídeo com a agressão de Gentili e tire suas conclusões.

A música que melhor retrata esse caso é Vossa Excelência, dos Titãs. A banda de rock conseguiu, de forma brilhante, retratar a indignação da sociedade.

(A imagem acima foi copiada do link G1.)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

"A força se consegue com fracassos e não com sucessos".


Quem foi Coco Chanel? Saiba mais sobre a história da estilista ...

Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida como Coco Chanel (1883 - 1971): estilista francesa e fundadora da marca Chanel S. A. Sempre independente, Coco Chanel era feminista e optou por não casar e não ter filhos. Seu sucesso e influência transcenderam o mundo da moda e se fizeram presentes na cultura e sociedade de diversos países. Em virtude disso, ela foi eleita pela revista Time como uma das cem pessoas mais importantes da história do século XX.


(A imagem acima foi copiada do link Donna.)

terça-feira, 30 de junho de 2009

POR QUE ELE CONTINUA ENCANTANDO...

Morto em 1994, Senna deixou um belo exemplo no esporte e fora dele, e continua fazendo fãs.

Ayrton Senna da Silva. Brasileiro. Tri-campeão mundial de Fórmula 1 e um dos melhores pilotos dessa categoria em todos os tempos. Morto em 1º de Maio de 1994, num trágico acidente automobilístico enquanto disputava o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália. Já deveria ter caído no esquecimento, mas continua fazendo novos fãs.


Outros atletas foram melhores do que ele nas suas respectivas modalidades: quebraram mais recordes, ganharam mais competições, permaneceram mais tempo em primeiro do ranking. Usufruíram fama e glória mas acabaram relegados ao ostracismo. Porém Senna continua lembrado e admirado. Há receita para esse sucesso todo? Como explicá-lo?


A admiração pelo piloto deveu-se não apenas ao que ele fez nas pistas, mas fora delas. Ayrton acreditava que o esportista tinha uma obrigação com o seu público e com a sociedade em geral. Segundo o piloto, independente da categoria, o atleta tinha que fazer alguma coisa para transformar a realidade em que vivia, não podendo esperar apenas pelas autoridades.


Diferentemente daquilo que muitas estrelas do esporte fazem apenas na época do Natal para se auto promoverem, Senna não dava esmolas. Tampouco aparecia frente às câmeras posando de bom moço. Seu sonho era dar um futuro melhor a crianças e adolescentes carentes; dar-lhes uma chance de desenvolverem seu próprio potencial.


Ele foi a prova viva de que o competidor deve dar bom exemplo para seus fãs também na vida particular. Estamos precisando de mais atletas pensando dessa forma. Não se pode exigir, evidentemente, que o desportista seja um santo… Mas nossos astros do esporte devem ter a consciência de que representam um modelo a ser imitado por seus fãs e admiradores. Qual exemplo terá a criança que vê seu ídolo, por exemplo, dirigindo embriagado, usando drogas, envolvendo-se em brigas ou mantendo amizades com criminosos?


Ayrton continua vivo em nossa memória porque não deixou que o sucesso lhe subisse à cabeça - coisa que muitos atletas deveriam imitar. E naquela fatídica manhã de 1° de maio de 1994 em Ímola - Itália, morreu o piloto, mas nasceu a lenda.

Relembre:
Música tocada nas vitórias de Senna: TEMA DA VITÓRIA
Tributo da Banda de Forró Aquarios ao piloto: ASAS DA IMAGINAÇÃO

domingo, 28 de junho de 2009

"Num mundo cheio de ódio, devemos ousar ter esperança; num mundo cheio de desespero, devemos ousar ter sonhos".


Aventuras na História · Dívidas e rancor: quem recebeu a herança ...

Michael Joseph Jackson (1958 - 2009): cantor, compositor e dançarino norte-americano. Considerado o "Rei do Pop", ele é considerado uma das figuras culturais mais importantes e influentes de todos os tempos, e um dos maiores artistas da história da música. Autor de inúmeros sucessos musicais, as contribuições de Michael Jackson, não apenas para a música, mas também para a dança e para a moda, fizeram dele um ícone global na cultura popular. Seu legado, certamente, ainda nos influenciará por muito tempo. 

(A imagem acima foi copiada do link Aventuras na História.)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

DESASTRE AÉREO NO RN (Hipótese)



"Era uma manhã como outra qualquer no Aeroporto Internacional Augusto Severo, Parnamirim - RN. O tempo estava ensolarado, poucas nuvens apareciam no céu e uma brisa agradável soprava pelas instalações.

O carnaval já havia passado, as férias escolares também, e as festas de fim de ano estavam longe. O movimento no aeroporto encontrava-se abaixo do normal. Funcionários de alguns setores estavam, literalmente, de braços cruzados. "Que monotonia", alguém reclama, "nada de  emocionante acontece por aqui..." 

Bastou o insatisfeito fechar a boca e uma forte explosão - que pôde ser ouvida a quilômetros de distância - sacudiu a estrutura física do aeroporto. O deslocamento de ar oriundo da explosão estilhaçou as vidraças da sala de espera e de algumas lojas, além de danificar vários carros que estavam no estacionamento. Funcionários e passageiros que passeavam  pelo saguão foram arremessados a vários metros de distância. 

À explosão seguiram-se gritos de dor e desespero. Ninguém sabia ao certo o que  estava acontecendo. O pânico foi generalizado. Próximo dali, na pista de aterrizagem/decolagem estava a causa daquele pandemônio: um avião Airbus A330, que não conseguiu completar a manobra de decolagem, espatifou-se na pista".

O acontecimento descrito acima é fictício. Ainda estamos assustados com a tragédia que acometeu o voo 447 da Air France... Mas se uma acidente aéreo dessa magnitude acontecesse no Aeroporto de Parnamirim, o aparato potiguar de emergência teria condições de controlar a situação? E a assistência psicológica aos parentes das vítimas, como ficaria?

Segundo Carlos Antônio da Silva, funcionário da INFRAERO, o Aeroporto Internacional Augusto Severo atende às normas de segurança e procedimentos de emergência de acordo com normas internacionais.

"O aeroporto dispõe de um plano de emergência. Se ocorrer algum sinistro, a Torre de Controle é a primeira a saber. Ela passará o alerta para os outros setores,
que entrarão em ação", diz Carlos. "Entretanto, o acompanhamento psicológico às vítimas de um desastre e aos familiares destes, é de responsabilidade da empresa aérea", completa.

O plano de emergência conta com a mobilização de outras instituições como SAMU, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Hospital Walfredo Gurgel (Natal) e hospital de Parnamirim. Todo esse aparato trabalha em sincronia da seguinte forma: bombeiros e profissionais de saúde do aeroporto fazem o atendimento de primeiros socorros às vítimas; a SAMU realiza o transporte dos acidentados para os hospitais. Os mais graves são encaminhados para o hospital Walfredo; os menos graves, para o hospital de Parnamirim. 

Se esses dois hospitais não atenderem à demanda, as vítimas serão encaminhadas para hospitais particulares. Estes, por lei, não podem se negar a oferecer atendimento em casos como esse. A PRF bloqueia os acessos ao aeroporto através da BR, facilitando o deslocamento das viaturas que chegam ou saem do aeroporto. A Polícia de Trânsito (PM) ajuda a balizar o trânsito no perímetro urbano que dá acesso aos hospitais já citados.


O treinamento de emergência no aeroporto é realizado de acordo com o que a legislação pede: um treinamento por ano, no qual é envolvido todo o aparato disponível. Outros treinamentos (parciais) são desenvolvidos ao longo doa ano. Esses treinamentos parciais são de rotina e se verificam a prontidão dos agentes, viaturas e hospitais disponíveis, e também corrigem-se eventuais problemas nas comunicações.

O aeroporto conta com um posto de saúde e uma guarnição do corpo de bombeiros. O posto de saúde é de uma empresa terceirizada que venceu licitação. Já a guarnição dos bombeiros possui um efetivo de 44 homens que trabalham por escala da seguinte forma: são criadas três equipes de 11 bombeiros e
cada equipe trabalha 24 horas e folga 48.

Todo essa estrutura operacional é para se evitar que aconteçam acidentes aéreos. Havendo-os, trabalha-se para que sejam rapidamente controlados. Apesar do aparente preparo desses profissionais, esperamos que nunca precisemos que eles entrem em ação.

(Imagens: arquivo pessoal.)

terça-feira, 23 de junho de 2009

“GOVERNO PRECISA APOSTAR NO MERCADO INTERNO”

O coordenador do curso de Economia da UFRN fala sobre a atual crise econômica mundial e seus efeitos no cenário nacional e potiguar.

O professor Hiran Francisco Oliveira Lopes da Silva é economista, mestre em planejamento e políticas públicas e doutor em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. Já trabalhou no sistema SEBRAE (Serviço de Apoio a Pequenas e Micro Empresas) chegando a trabalhar em Natal, Campo Grande (como gerente técnico do SEBRAE no Mato Grosso do Sul) e Maceió (onde foi diretor técnico do órgão em Alagoas). Atualmente é professor e coordenador do curso de Ciências Econômicas da UFRN. Da sua sala no setor I do campus ele concedeu essa entrevista:

Para incentivar o consumo o Governo Federal reduziu o IPI de diversos produtos, entretanto, tal medida fez diminuir o repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) de vários municípios RN. Na sua opinião, essa redução foi correta?
Hiran Francisco Oliveira Lopes da Silva:
Foi uma medida salutar para o mercado pois incentivou o consumo e possibilitou uma reação. Além de manter postos de trabalho, a redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) está fazendo com que a população carente compre mais, movimentando assim a economia.

Isso seria uma forma de driblar a atual crise econômica?
HFOLS:
Seria uma das formas acertadas nesse momento. Para recuperar o mercado é preciso baixar preços, facilitar o crédito e fomentar o consumo. No caso do RN temos um programa do governo de incentivo à casa própria. Tal programa facilita a compra de moradias para pessoas de baixa-renda. Na capital isso evitará a proliferação das favelas, embelezará ainda mais a cidade e, por conseguinte, vai melhorar o padrão de vida das pessoas beneficiadas.

Devido à crise o setor do agronegócio na região central do estado está demitindo funcionários. Como o poder público deve atuar para fazer a recolocação desses trabalhadores no mercado?
HFOLS: Alguns pontos precisam ser analisados. Primeiro: com a perda do emprego a tendência dessa mão-de-obra é fugir em direção a cidade grande, no caso Natal. Isso dificultará a situação aquí na capital porque teremos uma leva de desempegados - geralmente com nível de escolaridade baixo - para trabalhar na indústria, no comércio ou na prestação de serviços. O que o governo deve fazer é tomar medidas que melhorem a situação do homem-do-campo, dando-lhe suporte técnico e condições para que ele produza e fique na própria terra. Em segundo lugar: a crise atingiu o setor do agronegócio porque este, na realidade, é voltado para o mercado consumidor externo. Faltou há vários anos - e estamos sentindo isso agora - uma política fomentadora de um mercado interno para nossos produtos. A quase totalidade da produção da fruticultura potiguar é exportada. A maioria dos produtores preferem vender “lá fora” produtos de primeira qualidade e para os conterrâneos ficam produtos de terceira categoria. Estes produtos, inclusive, têm um preço superior ao praticado na exportação. O consumidor nacional acaba pagando a conta das exportações…


Os produtos agropecuários brasileiros sempre sofreram com o protecionismo dos países mais ricos. Essa situação pode se agravar com a crise?
HFOLS:
Já está se agravando… A própria OMC (Organização Mundial do
Comércio) há tempos alerta sobre a proteção exagerada que os países tidos como desenvolvidos dão a seus produtos. Tais nações fazem isso - e eu não tiro a razão delas - para manterem o emprego das suas respectivas populações. No entanto, temos de entender que no mercado externo tudo o que puder ser utilizado como forma de barrar a entrada de produtos estrangeiros é considerado válido. A ISO, certificado criado para medir a qualidade de mercadorias, têm reprovado inúmeros produtos brasileiros que não se adequam, por exemplo, às normas e padrões internacionais de peso e tamanho.


Há algum setor que não sofreu os efeitos da crise ou está lucrando com ela?
HFOLS: Aqui em Natal a queda nos postos de trabalho não é tão brusca como em outras capitais do país. Isso deve-se principalmente ao fato de nossa cidade contar com um grande número de profissionais trabalhando no funcionalismo público das esferas municipal, estadual e federal. Com relação a lucrar com a crise, percebeu-se no setor automotivo uma redução na procura por carros usados. Em contrapartida, graças a queda nos preços dos carros “zero quilômetro”, a venda desses veículos está em franca ascensão. Os resultados nas vendas dos carros “zero” - principalmente modelos populares - está acima do esperado.

Há como evitar uma crise econômica?
HFOLS: Acredito que não. As crises fazem parte da estrutura do sistema capitalista. Com elas o capital se recicla e fica mais forte.

Quais consequências, que não econômicas, uma crise acarreta para a sociedade?
HFOLS: Uma consequência que foi econômica vai afetar o lado social. Por exemplo: não tenho dados específicos mas há uma tendência hoje, em razão da crise, no perfil dos desempregados. Atualmente no Brasil mais da metade dos que perdem o emprego são do sexo masculino. A mulher está sendo de certa forma preservada. Essa situação vai levar a uma mudança na estrutura social, ocasionando o aumento no número de mulheres chefiando famílias. Por sua vez, a demissão do homem poderá acarretar uma disparada na criminalidade.

Sabe-se que a crise prejudica o turismo. Como isso afeta o RN? 
HFOLS: O perfil dos turistas a nos visitar deve mudar. A maioria dos turistas aqui chegados antes da crise eram ou europeus ou americanos do norte. O fluxo de pessoas de outros estados brasileiros era originário, principalmente, de São Paulo. Com a crise se alastrando em toda Europa, dificilmente os europeus terão condições financeiras para nos visitar. Boa parte dos estrangeiros que escolhem Natal como destino turístico são pessoas da baixa classe-média européia, que se beneficiam do poder adquisitivo do Euro frente ao Real. Por causa da crise não teremos um fluxo turístico como o do ano passado. A saída para o setor vai ser voltar-se para o turismo interno e criar novos roteiros. Seria interessante que nossas autoridades apostassem num turismo para a terceira idade, ou que tentasse redescobrir o interior, o semi-árido, as festas populares, as comidas típicas, os costumes dos potiguares… Seria uma aposta no turismo antropológico, ambiental, ecológico. Podemos, também, explorar a imagem de Natal como cidade tranquila e pacata, dando segurança ao turista que por aqui passa, para que ele retorne e traga mais gente.

O que a crise está ensinando para o norte-rio-grandense?
HFOLS: A crise está nos ensinando a necessidade de criar. Não podemos esperar que ela chegue e assole nosso estado, nosso país. Temos que ser visionários. Sair na frente. Lançar tendências. Autoridades e empresariado precisam apostar na educação e acreditar no potencial do mercado interno. Faz-se necessário a adoção de medidas que aumentem o poder de compra local, ou seja, produzir aqui para vender aqui. Devemos pensar como um país rico: primeiro produzir para o consumo interno, depois, para exportar. Precisamos, também, injetar recursos em setores da economia que deem retorno imediato e que sejam capazes de gerar o maior número de empregos possível.

Por que nações como os EUA e Inglaterra têm elogiado o desempenho do Brasil na crise e enviado especialistas para aprenderem com o “jeitinho brasileiro”?
HFOLS: A situação do Brasil é um pouco diferente da situação do resto do mundo. Não podemos afirmar que o país está dando certo ou não em razão apenas dessa crise. Temos que analisar a situação em cima do que conseguimos até hoje montar como país. Nossa economia tem a matéria prima que vendemos para o resto do mundo; somos auto-suficientes em diversas áreas e podemos tirar proveito disso. Temos combustíveis fósseis e renováveis, e uma enorme área cultivável que pode ser utilizada para produção de biocombustível, sem prejuízo da produção agrícola. Nossa infra-estrutura permite-nos negociar num patamar de igualdade com outros países. Li de um especialista que disse que o Brasil está dando certo porque deu errado… Como não cumprimos todas as normas do FMI (Fundo Monetário Internacional) no passado, tivemos que enxugar a estrutura bancária, cortar gastos, tomar medidas austeras e destinar o superávit para o pagamento de compromissos internacionais. Graças a tantos cortes e apertos, o país não cresceu como deveria. Entretanto, os recursos que não foram investidos naquela época fazem parte das reservas do governo hoje - algo em torno de novecentos bilhões de dólares - e o país respira aliviado, longe das pressões do FMI.

O PAC está ajudando a minimizar os efeitos da crise?
HFOLS: O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) está servindo para aquecer a economia. Ele é a reparação dos investimentos que deveriam ter sido feitos lá atrás, mas não foi possível por causa das metas do FMI. Agora o país investe na infra-estrutura (portos, aeroportos, rodovias) que poderiam ter nos possibilitado um salto no desenvolvimento. Uma das vantagens do PAC é que ele procura direcionar recursos da iniciativa privada para seus projetos, fazendo as PPPs (Parcerias Público Privadas) que é a menina dos olhos do FMI e do Banco Mundial. Na minha opinião, junto com o PAC o governo precisa apostar no mercado interno melhorando os salários dos trabalhadores para que se criem condições de se manter um mercado só nosso.

Com que imagem o Brasil sai dessa crise?
HFOLS: O Brasil está na crise porque é exportador dos produtos utilizados pelos países que estão na crise. Precisamos fortalecer nosso mercado interno para ficarmos menos vulneráveis às turbulências econômicas externas. Sairemos dessa crise com maior confiança dos investidores internacionais e dos próprios brasileiros. Já as nações mais ricas do mundo acreditam que o Brasil é o país da vez e tem tudo para dar certo - Obama que o diga.

(Imagens: arquivo pessoal.)