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Documentário mostrará o dia a dia dos policiais que combatem esse crime
Estreou nessa sexta (25-09-09), no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, o documentário 'Sequestro'. Produzido pelo diretor Wolney Atalla e sua equipe, o longa-metragem tem 96 minutos de duração e promete ser um grande sucesso de público - além de causar muita polêmica como o filme Tropa de Elite. O documentário mostra a angustiante realidade dos familiares de vítimas de sequestro, e o trabalho dos policiais nas operações de resgate. Foi resultado de quatro anos de filmagens acompanhando a Divisão Anti-Sequestro, da polícia civil de São Paulo.
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As cenas são reais. Os relatos e todos os personagens envolvidos, também. A história é chocante. No diálogo, entre bandidos e a família da vítima, nota-se a chantagem emocional que os primeiros fazem. Há momentos em que os criminosos prometem mutilar as vítimas e mandar as partes para os familiares, como prova de que os reféns estão vivos. Em outra parte do longa-metragem, os policiais orientam as familias dos desaparecidos nas negociações com os sequestradores, trabalhando como verdadeiros psicólogos e ajudando a manter a calma.
O momento mais emocionante do documentário é, sem dúvida, quando os investigadores invadem um cativeiro e conseguem resgatar uma menina de apenas seis anos. É quase impossível não se sensibilizar com a cena. A garota, retirada debaixo de uma cama, estava em estado de choque. O agente fala que é da polícia, que está tudo bem e a levará para casa. A menininha, abraça o policial e começa a chorar.
Numa entrevista na TV, Wolney disse que o período em que esteve filmando junto com os policiais paulistas foi muito angustiante. Tanto é que, concluído o trabalho, alguns membros da equipe do diretor se mudaram de São Paulo. Eles ficaram muito impressionados com a atmosfera de violência e sentiram-se abalados psicologicamente com tudo aquilo. A equipe de filmagens conviveu com esse clima de medo, tensão, violência e pavor, apenas durante quatro anos (de 2006 até 2009), e já ficou traumatizada. Imagine como deve ser a vida dos policiais que convivem 24 horas por dia com essa rotina de pânico.
O que motiva, então, um policial largar o conforto de casa e colocar em risco a sua segurança e da família para ajudar pessoas que nem conhece? Mesmo sabendo que vai ganhar pouco; que nem sempre terá seu trabalho reconhecido; e ainda sofrerá críticas de pseudo defensores dos direitos humanos?
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A função do policial é servir e proteger a sociedade, mesmo com o sacrifício da própria vida. Essa, parece ser uma atitude meio ultrapassada na sociedade hipócrita em que vivemos. Mas ainda desempenhada com determinação e coragem por heróis que se abnegam da vida pessoal para ajudar ao próximo.
Parece loucura, mas a maior recompensa para quem liberta uma vítima de sequestro, é voltar para junto de sua família com a satisfação do dever cumprido, e saber que fez a diferença na vida daquela pessoa. Não há palavras capazes de descrever isso. Só quem é policial sabe…
(As imagens que ilustram esse texto foram copiadas do link Visual Net.)