terça-feira, 17 de novembro de 2009

“O mundo é gay, mas o Brasil é enrustido.”

Estudante da UFRN ganha prêmio ao produzir documentário mostrando um outro lado do mundo das drag queen’s

Formado em Comunicação Social com habilitação em Radialismo, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o jovem Jô Fagner, 24 anos, nasceu em Acari - cidade do interior do estado. Faz o curso de Jornalismo na mesma instituição e recentemente apresentou um trabalho intitulado Drag Stars no Expocom de Curitiba, Paraná, ganhando um prêmio por isso. Durante um intervalo de 15 minutos entre uma aula e outra na universidade, ele concedeu a seguinte entrevista:

Qual foi o evento que você participou e que prêmio foi esse?
Jô Fagner:
Eu participei do XVI Expocom, uma amostra de produtos experimentais em comunicação. Esse evento é realizado pela Intercom (Sociedade de Estudos Interdisciplinares da Comunicação), e aconteceu em Curitiba, Paraná, no início de setembro. Ganhei o prêmio na categoria Cinema e Audio-Visual, modalidade filme de não-ficção, com o documentário Drag Stars.

Do que trata o video?
Jô Fagner:
Fala das drag queens de Natal, mas com uma outra narrativa onde busquei fugir da questão do preconceito - algo bem clichê. Quando alguém fala sobre o público homossexual na mídia, só aborda sobre preconceito. Procurei buscar mais identidade. A drag é um artista, como qualquer outro, que realiza performances, shows, arte. Só que ele faz isso vestido de mulher, de maneira caricata e exagerada, como se fosse um humorista.

O que o inspirou a fazer esse projeto?
Jô Fagner:
Vi um livro reportagem chamado Rainhas e Dragões, feito por estudantes paulistas. Gostei da forma como foi trabalhado o tema e resolvi fazer um parecido, mas a partir da realidade das drag queen’s natalenses. Reuni uma equipe, as estudantes Daniele e Milena, e caímos em campo. O Drag Stars foi nosso trabalho final no curso de Radialismo, e fez bastante sucesso. Até hoje recebo recados via e-mail de pessoas pedindo link para assistir o video Drag Stars.

Como foram feitas a coleta de dados e a pesquisa? E por que o nome Drag Stars?
Jô Fagner:
Foram feitos através de sites de relacionamentos. Criei um perfil chamado Drag Stars e convidei drags queen’s aqui de Natal, que passaram por uma seleção. Dessa seleção, escolhi cinco pessoas para participarem do video documentário. O nome Drag Stars veio como apologia ao programa Pop Stars, de uma emissora de TV brasileira.

Você e sua equipe encontraram dificuldades na realização do trabalho?
Jô Fagner:
Inúmeras… Tanto de ordem técnica quanto financeira. A universidade só nos cedeu uma câmera, operada por um funcionário da instituição. Isso, depois de uma burocracia enorme. Tivemos dificuldades em filmar nos lugares onde as queen’s se apresentavam, pois a drag é um personagem que só trabalha à noite e a câmera da UFRN só filmaria durante o dia. Outro problema: a câmera não podia sair do campus. Quando conseguimos uma autorização para filmar externamente, a superintendente de comunicação não liberou a bateria. Arranjamos uma extensão e, para onde íamos, levávamos um emaranhado enorme de fios. Para filmar nos locais de trabalho das queen’s (boates e casas de show noturnas) tivemos que providenciar câmeras de mão particulares.

Qual a diferença entre drag queen e travesti?
Jô Fagner:
Drag queen é um sujeito, um homem que se veste de mulher para fazer shows. Não é necessariamente gay. É alguém que durante o dia tem o corpo de menino e quando chega a noite - ou em eventos esporádicos - coloca peruca, prótese removível em formato de seios, maquiagem e se transforma não em mulher, mas num personagem que se assemelha à figura feminina. Já o travesti é aquele personagem que tem identidade feminina e sente necessidade de mudar o corpo mas não tem coragem para fazer a cirurgia. Por isso, ele coloca silicone (nos seios e no bumbum), deixa os cabelos crescerem e fica 24 horas daquele jeito. Mas não tira o órgão sexual masculino porque aquilo também dá prazer. Ele quer e gosta de ter os dois sexos, e de ser homem e mulher ao mesmo tempo. O travesti é gay, com certeza. Tem também o transexual. Esse tem transtornos de identidade de gênero, não se sentindo confortável com o próprio corpo. O transexual faz cirurgia para retirar a genitália. Transforma o sexo, transforma a cabeça. Transforma tudo para ser uma mulher.

Qual a origem do nome drag queen?
Jô Fagner:
Drag queen é um nome de origem inglesa. No teatro antigo não havia mulheres atuando, assim, William Shakespeare (dramaturgo inglês do século XVI) quando fazia suas peças tinha que improvisar: os homens faziam o papel de mulher. Para não confundir os personagens, Shakespeare colocava ao lado das falas, a sigla DRAG (Dressed As a Girl) “Vestido como uma garota”, nos papéis em que os homens interpretariam mulheres. Séculos depois, na década de 80, a moda drag ressurgiu como fenômeno de comportamento. A partir de então, à sigla drag de Shakespeare somou-se o nome queen (rainha), passando um sinônimo de nobreza.

As festas do orgulho gay estão cada vez mais comuns pelo mundo. E aqui no Brasil?
Jô Fagner:
O mundo é gay, mas o Brasil é enrustido. O Brasil está saindo do armário aos poucos. Mesmo assim, a parada do orgulho gay em São Paulo reune, todos os anos, milhões de pessoas dos quatro cantos do planeta. Já se tornou um evento cultural e está no calendário de festas da cidade. A parada gay deixou de ser um ato político. Agora ela é um espetáculo transmitido para todo o mundo.

“Quando se discute com um imbecil, você se torna pior do que ele.”


Conclusão a que cheguei hoje ao tentar argumentar com um oficial da PM.

(A foto que ilustra esse texto foi copiada do link Images Google.)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A LÓGICA DA FREIRA

Duas freiras, irmã Maria e irmã Léia, saíram do convento para vender biscoitos. Passaram o dia inteiro batendo de porta em porta com várias sacolas contendo biscoitos. Lá pelas cinco e meia da tarde, irmã Maria, preocupada, adverte a colega do convento:

- Está ficando escuro e nós ainda estamos longe do convento!!!

Irmã Léia concorda e com um ar de preocupação comenta:

- Você reparou que um homem está nos seguindo há uma meia hora?

Irmã Maria olha disfarçadamente para um sujeito que as seguia e sussurra:

- Sim, o que será que ele quer?

Irmã Léia, já meio apavorada:
- É lógico! Ele quer nos estuprar.

Irmã Maria começa a ficar nervosa também:

- O que faremos? O que faremos?
Irmã Léia, sabidamente, responde:
- A única coisa Lógica a fazer é andarmos mais rápido!!!
As duas freiras apressam o passo.
- Não está funcionando, adverte irmã Maria.
- Claro que não! completa irmã Léia, ele fez a única coisa lógica a fazer: também começou andar mais rápido.
- E agora, irmã Léia, o que devemos fazer? Ele nos alcançará em 1 minuto!
- A única coisa lógica que nos resta fazer é nos separar, irmã Maria! Você vai para aquele lado e eu vou pelo outro. Ele não poderá seguir-nos as duas, ao mesmo tempo.
Assim fizeram as duas irmãs e o homem decidiu seguir Irmã Léia. A irmã Maria chega ao convento, sã e salva, mas preocupada com o que poderia ter acontecido à Irmã Léia. Passado um bom tempo, eis que chega irmã Léia, tranquila e despreocupada, como se nada tivesse acontecido.

- Irmã Léia !!! Graças a Deus você chegou! comemora irmã Maria, me conte o que aconteceu!!!
E irmã Léia conta sua aventura:
- Aconteceu o lógico. O homem não podia seguir nós duas então ele optou por me seguir.
- Então, o que aconteceu? indaga irmã Maria.
- O lógico, prossegue irmã Léia, eu comecei a correr o mais rápido que podia e ele correu o mais rápido que ele podia, também...
- E então?.... indaga irmã Maria aflita.
- Novamente aconteceu o lógico: ele me alcançou.
- Oh, meu Deus! O que você fez, irmã Léia?
- Eu fiz o lógico: levantei meu hábito.
- Oh, irmã Léia!!!! lamenta irmã Maria pensando no pior, e o que o homem fez?
- Ele, também, fez o lógico: abaixou as calças.
- Oh, não!!!!! O que aconteceu depois, irmã Léia?
- Não é óbvio, Irmã Maria? Uma freira com o hábito levantado consegue correr muito mais rápido do que um homem com as calças abaixadas !!!!
SE VOCÊ PENSOU EM OUTRO FIM PARA A HISTÓRIA, REZE:
188 AVE - MARIAS E 309 PAI-NOSSOS, E PEÇA A DEUS PARA LIMPAR SUA MENTE POLUÍDA, SEU PERVERTIDO.

(A imagem que ilustra esse texto foi copiada do link Images Google.)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

GAYS VAIAM GOVERNADORA DO RN


Ontem à tarde aconteceu a 5a parada do orgulho gay em Natal. Eu não fui (estava trabalhando), mas um amigo meu que foi disse que a governadora Wilma de Faria recebeu uma vaia dos presentes.

A assessoria de imprensa da governadora negou o caso. Lógico. Mas meu amigo que estava lá jurou de pé junto que o público GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) deu uma vaia inesquecível em Wilma.

Nas palavras do meu amigo: tem muita gente querendo se promover às custas da parada gay, mas os gays não são alienados politicamente como muita gente pensa.

Wilma que o diga.

Para quem se interessar, as próximas Paradas Gays:
14/11 - Floriano - PI
15/11 - Catanduva - SP
15/11 - Duque de Caxias - RJ
15/11 - João Pessoa - PB
15/11 - Juiz de Fora - MG
15/11 - Nilópolis - RJ
15/11 - Planaltina de Goiás - DF
15/11 - São Vicente - SP


(A foto que ilustra esse texto foi copiada do link Central de Notícias Gays.)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

“Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.”

Do livro O Pequeno Príncipe, escrito em 1943 por Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), autor, ilustrador, jornalista e piloto francês na Segunda Guerra Mundial.

A imagem acima foi copiada do link Google Images.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

“As mais belas frases de amor são ditas no silêncio de um simples olhar”.


Leonardo da Vinci (1452 - 1519): anatomista, arquiteto, botânico, cientista, escultor, engenheiro, inventor, matemático, músico, pintor e poeta. Nascido na República de Florença, atual Itália, é considerado por muitos como o maior gênio da história. De curiosidade insaciável e talentos fora do comum, desenvolveu projetos avançados para sua época, sendo o percursor da balística e da aviação. Em suma, o cara era "foda", no bom sentido.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

“Deus se manifesta de duas maneiras: primeiro, pela natureza e, segundo, pelo engenho humano.

O Livro das Mesas' transcreve sessões espíritas conduzidas por ...

Victor-Marie Hugomais conhecido como Victor Hugo (1802 - 1885): artista, dramaturgo, estadista e poeta francês. Ativista pelos direitos humanos e figura de grande atuação política em seu país, é o autor de diversas obras, sendo, as mais famosas, Les Misérables (Os Miseráveis) e Notre-Dame de Paris


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)

sábado, 17 de outubro de 2009

VIGILANTIS SEMPER!

Aos críticos da Polícia Militar

ANTES DE SER POLICIAL CIVIL, EU FUI POLICIAL MILITAR;
ANTES DE SER POLICIAL MILITAR, EU FUI CARTEIRO;
ANTES DE SER CARTEIRO, FUI BOMBEIRO;
ANTES DE SER BOMBEIRO, FUI COBRADOR DE ÔNIBUS;
ANTES DE SER COBRADOR DE ÔNIBUS, FUI FUZILEIRO NAVAL;
E ANTES DE SER FUZILEIRO, FUI PALHAÇO DE CIRCO.

Paralelamente a estas profissões, sou desenhista de quadrinhos e programador de jogos para WEB - além de lecionar História quando estava na UFRN.
Como desenhista de quadrinhos, ouço de alguns, SEMPRE, que sou um desocupado.
Como programador de jogos, ouço de outros, SEMPRE, que sou um nerd idiota.
Como palhaço de circo, ouço de terceiros, ATÉ HOJE, que isso é vida de vagabundo.
Como fuzileiro naval, me diziam que eu era um BONECO DO ESTADO.
Como cobrador de ônibus, costumavam me dizer que eu era um ladrão, por não ter, às vezes, moedas de R$ 0,01 e R$ 0,05, para dar de troco.
Como carteiro, guardo cicatrizes, para o resto de meus dias, de mordidas de cães e de acidentes de trabalho, como atropelamentos, causados pelos “ZECAS” da vida, além de ouvir DE TODAS AS MÃES COM AS QUAIS ME DEPARAVA, que eu era “O HOMEM DO SACO” que iria raptar as criancinhas.
Como bombeiro, NUNCA recebi um “obrigado”, ao retirar um gatinho de uma árvore, nem por mergulhar num esgoto, para salvar uma pessoa que foi levada por uma enxurrada. Tive que aprender a me ACOSTUMAR com isso, além de começar a compreender como a linha da vida é tênue e a matéria se desfaz por besteira.
Como POLICIAL MILITAR, enfrentei O MAIOR CHOQUE CULTURAL DE MINHA VIDA, ao ter de argumentar com todo tipo de pessoas - do mendigo ao magistrado, e entrar em todo tipo de ambiente - do meretrício ao monastério.
Como POLICIAL MILITAR, fui PARTEIRO, quando não dava tempo de levar as grávidas ao hospital, na madrugada;
Fui psicólogo, quando um colega discutia com a esposa, diante da incompreensão dela com a profissão do marido;
Como POLICIAL MILITAR, fui assistente social, quando tinha de confortar A MÃE DE ALGUMA VÍTIMA assassinada por não possuir algo de valor que o assaltante pudesse levar;
Fui borracheiro e mecânico, ao socorrer idosos e deficientes com pneus furados;
Fui pedreiro, ao participar de mutirões para reconstruir casas destruídas por enchentes;
Fui paramédico fracassado, AO VER UM COLEGA IR A ÓBITO A BORDO DA VIATURA;
Fui paramédico realizado, ao retirar uma espinha de peixe da garganta de uma criança;
Como POLICIAL MILITAR, fui apedrejado tanto por estudantes da mesma escola na qual estudei E FUI PROFESSOR, como por pessoas do mesmo grêmio do qual participei;
Fui obrigado a me tornar gladiador em arenas repletas de terroristas, que são os membros de torcidas organizadas, em jogos de times pelos quais nem torço;
Como POLICIAL MILITAR, sobrevivi a cinco graves acidentes com viaturas, nunca a menos de 120km/h, na ânsia de chegar rápido àquela residência onde a moça estava sendo estuprada ou na qual um idoso estava sendo espancado;
Como POLICIAL MILITAR, fui juiz da vara cível, apaziguando ânimos de maridos e mulheres exaltados, que após a raiva uniam-se novamente e voltavam-se contra a POLÍCIA;
Fui atropelado numa BLITZ, por um desses cidadãos QUE POR MEDO DA POLÍCIA, AFUNDOU O PÉ NO ACELERADOR E PASSOU POR CIMA DE VÁRIOS COLEGAS MEUS;
Como POLICIAL MILITAR, arrisquei-me a contrair vários tipos de doenças, ao banhar-me com o sangue de vítimas às quais não conhecia, mas que tinha OBRIGAÇÃO de TENTAR salvar;
Arrisquei, inclusive, contaminar toda a minha família com diversos tipos de doenças pois, ao chegar em casa, minha esposa era a primeira a me abraçar, nunca se importando com o cheiro acre de sangue alheio, nem com as manchas que tinha de lavar do uniforme;
Como POLICIAL MILITAR, fui juiz de pequenas causas, quando EM MINHA FOLGA, alguns vizinhos me procuravam para resolver SEUS problemas;
Como POLICIAL MILITAR, fui advogado, separando, na hora da prisão, os verdadeiros delinquentes dos “LARANJAS”, quando poderia tê-los posto no mesmo barco;
Fui o homem que quase perdeu a razão, ao flagrar um pai estuprando uma filha, ENQUANTO A MÃE O DEFENDIA;
Fui guardião de mortos por horas a fio, sob o sol, a chuva e a neblina, à espera do RABECÃO, que, já lotado, encontrava dificuldade para galgar uma duna mais alta, ou para penetrar numa mata mais densa;
Como POLICIAL MILITAR, fiquei revoltado, ao necessitar de um leito para minha esposa PARIR, e ao chegar NO HOSPITAL DA POLÍCIA, deparar-me com um traficante sendo operado por um médico particular;
Fui o cara que mudou TODOS os hábitos para sempre, andando em estado de alerta 25 horas/dia, sempre com um olho no peixe e outro no gato, confiando desconfiado.
Como POLICIAL MILITAR, fui xingado, agredido, discriminado, vaiado, humilhado, espancado, rejeitado, incompreendido.
Na hora do bônus, ESQUECIDO;
Na hora do ônus, CONVOCADO.
Tive de tomar, em frações de segundo, decisões que os julgadores, no conforto de seus gabinetes, tiveram meses para analisar e julgar.
E mesmo hoje, calejado, ainda me deparo com coisas que me surpreendem, pois afinal AINDA sou humano.
Não queria passar pelo que passei, mas fui VOLUNTÁRIO, ninguém me laçou e me enfiou dentro de uma farda, né? Observando-se por essa ótica, é fácil ser dito por quem está “DE FORA”, que minha opinião NÃO IMPORTA, ou que simplesmente, não existe.
AMO O QUE FAÇO E O FAÇO PORQUE AMO. Tanto que insisto em levar essa vida, e mesmo estando atualmente em outra esfera do serviço policial, sei que terei de passar por tudo de novo, a qualquer hora, em qualquer dia e em qualquer lugar.

E O FAREI, SEM RECLAMAR, NEM RECUAR.

Porque se Deus não guarda a cidade, em vão vigia a sentinela.
Por isso é que fazemos nossa parte:
VIGILANTIS SEMPER!
Que Deus abençoe a todos.


(O texto acima me foi enviado por um amigo. O autor é Tião Ferreira, que também é desenhista de quadrinhos, animador, estudante de História, ex-palhaço de circo e ex-carteiro. Como se fosse pouco, ainda mexe com web design e programação de jogos, produz mapas e personagens para jogos conhecidos como Counter-Strike, Outlive, Starcraft, entre outros. Um de seus sonhos é abrir uma produtora de jogos com temáticas nacionais e fazer longas-metragens em animação utilizando a plataforma Flash.)

sábado, 3 de outubro de 2009

A PRIMEIRA DO BRASIL


Paraense é a primeira brasileira a comandar um navio

A paraense Hildelene Lobato Bahia, 35 anos, tornou-se no dia 28/09/09 a primeira mulher do Brasil a assumir o cargo de comandante da Marinha Mercante brasileira. Nascida em Icoaraci, cidade a uma hora de Belém, Pará, ela será a comandante do navio-tanque Carangola e uma das pouquíssimas mulheres no mundo a ocupar esse posto.

O navio é um gigante de 160 metros de comprimento e pesa 18 mil toneladas. Possui uma tripulação de 26 pessoas - a maioria homens - e faz parte da frota da Transpetro, empresa de logística do sistema Petrobras e operadora da maior frota de navios petroleiros da América do Sul.

Hildelene Bahia sempre estudou em colégios públicos e, como era boa aluna, conseguiu bolsa integral para uma escola particular, se preparando bem para o exame vestibular. Assim, ingressou na Universidade Federal do Pará (UFPA) e se formou em ciências contábeis.

Em 1997 fez a prova de admissão para a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM), apenas para acompanhar o irmão. Ele não passou. Ela sim, e ingressou na primeira turma feminina do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (CIABA), em Belém. 

Em 2000, já formada, entrou na Transpetro, local onde aprendeu na prática o ofício que a fez uma das pioneiras no mundo. Em 2005 foi convidada para exercer a função de Imediato - segundo posto na hierarquia de um navio - tornando-se, assim, a primeira brasileira a ocupar esse posto. Em agosto do ano passado, Hildelene mais uma vez foi a primeira do Brasil: recebeu uma Carta de Capitão de Cabotagem. Essa carta, um certificado de eficiência, significa que seu detentor está apto a comandar navios.

Casada há cinco anos, ela passa 120 dias embarcada, alternando com meros 56 dias em terra firme. Além de conciliar trabalho com vida pessoal, Hildelene ainda vai ter que enfrentar a resistência e o preconceito de muitos que não confiam numa figura feminina em funções de comando.

Os desafios para essa paraense, exemplo de mulher brasileira, estão apenas começando. Alguém duvida que ela vai superar?


(A imagem que ilustra esse texto foi copiada do link Pelicano.)