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segunda-feira, 19 de junho de 2017

RELAÇÃO TERAPÊUTICA COMO INGREDIENTE ATIVO DE MUDANÇA

Resumo a partir de um texto de Bernard Range & Cols.

O autor inicia seus argumentos apontando a influência da relação terapêutica no sucesso do tratamento psicoterapêutico, fato que já constitui um consenso na literatura especializada. Percebe-se, ainda, que o autor se refere àquele recebedor da terapia como ‘paciente’, mas com o desenvolvimento das ideias, chama-o de ‘cliente’.

Vemos que, independentemente da abordagem teórica do profissional, o estilo defensivo, bem como a falta de empatia do terapeuta na relação com o paciente, compromete a autoestima deste, bem como impedem o progresso a contento do tratamento. Tais conclusões são tiradas de Auerbach e Burns (1996) e Safran (2002).

Outro teórico (Newman, 2007) aponta em seus estudos os efeitos positivos da terapia cognitiva em indivíduos depressivos. Constatou-se que a melhora na aliança terapêutica é responsável pela redução dos sintomas depressivos, e vice-versa.

Para corroborar tais resultados, Brotman, DeRubeis e Gibbons (2005) defendem que as psicoterapias, em especial a TCC (terapia cognitivo-comportamental), cujas técnicas específicas quando bem-sucedidas, promovem uma boa relação terapêutica. Essa posição é diametralmente contrária ao que postulam os defensores dos fatores comuns ou não específicos.

Dessa feita, o autor considera plausível que técnicas específicas (apesar de não citá-las no texto lido) e a relação terapêutica são variáveis mutuamente influentes no processo psicoterápico.

Caso sejam bem empregadas, as técnicas específicas geram no paciente alívio de sintomas, o qual passará a experimentar sentimentos de gratidão e segurança dirigidos ao clínico, o que favorece mais ainda o vínculo. No que concerne à relação terapêutica, uma interação empática, acolhedora e calorosa da parte do terapeuta facilitará a adesão do paciente às técnicas, ajudando na mudança.

Resumidamente, o autor aponta, baseando-se em Bennett-Levy e Thwaites (2007) e Falcone (2004; 2006) que o terapeuta deve possuir durante o processo psicoterápico – além do conhecimento analítico e técnico, obviamente – um rol de habilidades interpessoais, quais sejam: “respeito, consideração, empatia, capacidade para identificar sinais sutis de ruptura terapêutica e, principalmente, disposição para reconhecer e explorar as próprias emoções envolvidas na relação com o paciente” (p. 145).


E encerra sua introdução argumentando que a prática da psicoterapia é uma via de mão dupla, pois trata-se de um processo de influência social em que o profissional influencia o cliente, e vice-versa. Nessa díade, terapeuta e paciente são ambos pacientes.


(A imagem acima foi copiada do link Ansiedade e Pânico.)

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

sexta-feira, 27 de maio de 2016

"Nossa vida sempre expressa o resultado de nossos pensamentos dominantes".

Soren Kierkegaard (1813 - 1855): filósofo e teólogo nascido na Dinamarca. Figura de grande influência para o pensamento contemporâneo, suas ideias transcenderam os limites da teologia e da filosofia e chegaram até a literatura e a psicologia. É interpretado até hoje por muitos acadêmicos como individualista, existencialista ou, ainda, humanista. Grande parte das obras de Soren Kierkegaard foca na prioridade da realidade humana, de como cada indivíduo deve viver, e da importância das escolhas de cada um.



(Imagem copiada do link Oficina de Ideias 54.)

domingo, 12 de julho de 2015

ESTADO PUERPERAL E INFANTICÍDIO

Dicas para cidadãos e concurseiros de plantão


Estado puerperal é uma alteração biológica pela qual apenas as mulheres passam e tem uma duração média de seis semanas. É o período que vai do deslocamento e expulsão da placenta à volta do organismo materno às condições anteriores à gravidez.

Neste período a parturiente pode passar por uma pertubação psíquica que afeta sua capacidade de entendimento - parte da comunidade científica chama tal fenômeno de psicose puerperal. Essa pertubação tem a ver com a súbita queda nos níveis hormonais e alterações bioquímicas no sistema nervoso central (SNC).

Quando a mãe mata o próprio filho - durante ou logo após o parto - sob a influência do estado puerperal não comete homicídio. Comete outro crime denominado infanticídio, o qual está previsto no Código Penal, art. 123:

"Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após".

A pena para este crime é de detenção de dois a seis anos. O infanticídio é uma espécie de homicídio privilegiado

Cuidado: infanticídio não se confunde com aborto! Este é outro crime.

É considerado também um crime bipróprio, uma vez que o sujeito ativo deve ser, necessariamente, a mãe em estado puerperal, e o sujeito passivo tem que ser sempre o próprio filho nascente ou neonato.  Contudo, a corrente doutrinária majoritária considera que um terceiro, conhecedor da condição de psicose puerperal da mãe, pode, sim, cometer crime de infanticídio (seria possível o concurso de pessoas). Esses doutrinadores se apoiam no art. 30 do CP:

"Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime".  

São defensores deste posicionamento majoritário doutrinadores como Fernando Capez, Rogério Greco, Damásio Evangelista de Jesus, Guilherme de Souza Nucci e César Roberto Bittencourt.

Caso seja comprovado que a mãe não estava sob influência do estado puerperal, a mãe responde por homicídio. Se os co-autores/partícipes desconhecerem a condição de psicose puerperal da mãe, também respondem por homicídio.

Mas o que é um crime biprórpio? E um homicídio privilegiado? E um aborto? Isso, caros leitores, é assunto para outra conversa.



(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

   

domingo, 21 de junho de 2015

TIPOS DE AMOR

Para todos aqueles que amam...



AMOR FÍSICO/ERÓTICO/ROMÂNTICO: também chamado de Eros. Se fundamenta nas características e experiências físicas. Amantes desse tipo procuram parceiros fisicamente atraentes.

AMOR LÚDICO: palavra derivada do latim, que quer dizer brinquedo, jogo ou divertimento. Daí a expressão jogo amoroso. O amante lúdico não deve ser levado a sério - apesar de ser divertido - pois é repleto de artimanhas e flertes.

AMOR AMISTOSO: chamado de STORGE (que significa amor pelos pais) é um tipo de amor fundado na amizade e na identificação de atividades, preferências e interesses em comum com o outro amante. 

AMOR DEPENDENTE: conhecido como mania. Este tipo de amor se baseia na incerteza e na ansiedade. É possessivo, obsessivo e inseguro de si mesmo. Os amantes maníacos farão qualquer coisa - mesmo as mais estranhas - para obter a atenção do seu amado, ficando totalmente obsecados por este sentimento.

AMOR PRAGMA: derivado da palavra pragmático. É também conhecido como amor lista de compras. O amor deste tipo fundamenta-se na crença de que qualquer relacionamento tem de funcionar e, portanto, é uma questão de prática. Antes de se comprometerem os amantes pragmáticos analisam detalhadamente o passado e as características do outro.

AMOR ÁGAPE: designa o amor cristão. Um amor fraternal e altruísta; que se doa. Este tipo de amante sacrificaria seus mais profundos interesses em benefício do parceiro.

AMOR PLATÔNICO: é um amor difícil, impossível ou não correspondido. O termo platonicus foi utilizado a primeira vez no século XV pelo filósofo neoplatônico Marsilio Ficino, como um sinônimo de amor socrático.

E então, qual tipo de amor você procura?

Fonte: O Guia dos Amantes, p. 23, com adaptações.


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

terça-feira, 28 de abril de 2015

"A esperança é o melhor antidepressivo".


Maria Tereza Maldonado (1949 - ): psicóloga e escritora brasileira. Com dezenas de livros publicados e outros tantos artigos em revistas especializadas no Brasil, Argentina e EUA, ela é uma das autoras brasileiras mais solicitadas para dar palestras em nosso país. Em suas apresentações, Maria Tereza Maldonado discorre sobre comportamento, relacionamento e desenvolvimento pessoal, tanto no âmbito familiar quanto no mercado de trabalho. 


(Imagem copiada do link Images Google.)

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

PSICOTESTE PARA ARRANJAR EMPREGO


Um sujeito está para ser admitido no emprego de uma grande multinacional, com salário excelente. Após vários testes, dinâmicas de grupo e tudo o mais, finalmente chega a última etapa: um psicoteste. Se o candidato se der bem, fica com a tão sonhada vaga.

O psicólogo dirige-se ao candidato e diz:

- Vou lhe aplicar o teste final para sua admissão.

- Perfeito, diz o candidato.

Aí o psicólogo pergunta:

- Você está de noite numa estrada escura e vê ao longe dois faróis emparelhados vindo em sua direção. O que você acha que é?

- Um carro, diz o candidato.

- Um carro é muito vago. Que tipo de carro? Uma BMW, um Audi, um Volkswagen?

- Não dá pra saber, né?

- Hum..., diz o psicólogo, anotando algo nos formulários, e continua: "Vou te fazer uma outra pergunta:"

- Você está na mesma estrada escura e vê, só um farol vindo em sua direção, o que é?

- Uma moto, diz o candidato.

- Sim mas que tipo de moto? Uma Yamaha, uma Honda, uma Suzuki ?

- Sei lá, numa estrada escura, não dá pra saber (já meio nervoso).

- Hum..., diz o psicólogo. Aqui vai a última pergunta:

- Na mesma estrada escura você vê de novo só um farol, menor que o anterior. Você percebe que vem bem mais lento. O que é?

- Uma bicicleta.

- Sim mas que tipo de bicicleta, uma Caloi, uma Monark?

- Não sei.

- Você foi reprovado! - Diz o psicólogo.

Aí o candidato muito triste em perder aquela bela oportunidade, dirige-se ao psicólogo e fala:

- Mesmo eu não sendo aprovado achei interessante esse teste. Posso fazer uma pergunta ao senhor, nessa mesma linha de raciocínio?

E o psicólogo satisfeito responde, claro que pode!

- O senhor está tarde da noite numa rua mal iluminada. Aí vê uma moça com maquiagem carregada, vestidinho vermelho bem curto, girando uma bolsinha, o que é?

- Ah! - diz o psicólogo - é uma puta.

- Sim, mas que puta? Sua irmã? Sua mulher? Ou a puta que te pariu?

Autor desconhecido, com adaptações.


(A imagem acima foi copiada do link Neuro Psico Tech.)

sábado, 11 de outubro de 2014

PAI E PSICÓLOGO


O menino chega ao consultório de um renomado psicólogo e sem pedir licença, entra.

- Paiêêêê...

- Agora não Joãozinho, responde o pai que atendia um paciente, papai está ocupado.

- Mas pai, é importante. Eu preciso de ajuda para um trabalho da escola.

O pai retira os óculos do rosto e reflete: “se eu não o ajudar agora ele vai continuar implicando; por outro lado, se o fizer, o paciente pode se sentir menosprezado. Mas se eu não ajudar meu filho, este não vai me deixar continuar com a consulta, mas..”

- Tudo bem, responde o paciente, eu não me incomodo em esperar. Também tenho filhos e sei o sufoco que é quando eles colocam uma ideia na cabeça.

O menino dá um sorriso e continua explicando:

- Pai, é para uma pesquisa da escola. A professora pediu para perguntarmos aos nossos pais sobre o que eles fazem nos empregos deles e qual a importância disso para a sociedade em geral.

- Tá bem Joãozinho, mas comece logo. Não tenho o dia todo.

O menino retira uma caneta e um caderno de anotações do bolso e inicia uma entrevista:

- O que o senhor faz?

- Sou psicólogo, que é o profissional formado em psicologia.

O menino vai anotando o mais rápido que suas mãozinhas conseguem.

- E o que é a psicologia, pai? Quer dizer, doutor!

- Ora, é a ciência que estuda o comportamento humano e...

- Mas como isso é possível, interrompe o menino, existem tantos comportamentos. Existe o comportamento de homem, de mulher, de criança, comportamento de idoso, de adolescente...

- Você está certo. Por isso a psicologia foi subdividida em outros grupos que se especializaram, cada um, na sua respectiva área: temos a psicanálise que estuda o subconsciente, tem a gestalt, tem a “sócio-histórica”, tem o behaviorismo que é aplicado na educação e no trabalho. Entendeu? Mas nunca se sabe o bastante sobre o comportamento e a mente do ser humano.

- Quer dizer que se eu me formar em psicologia não vou saber psicologia?

- Não... Você vai ter de escolher uma área na qual se especializar...

- Ah, bom... Mas se existem tantos ramos da psicologia, os “médicos” de cada área não brigam com os médicos das outras áreas?

- Não meu filho, veja bem: você lembra da União Soviética? Ela era composta por quinze repúblicas socialistas e autônomas entre si, e que obedeciam a um poder central. Essas repúblicas não brigavam entre si, pelo contrário, se ajudavam mutuamente. Do mesmo jeito é a psicologia e seus vários segmentos.

- Mas papai, quando a União Soviética se fragmentou as repúblicas que a compunham começaram uma disputa interna, cada uma querendo mandar nas outras...

- Foi, mas, na psicologia é diferente. Ela deriva da filosofia, ciência esta que deu origem a outras ciências como a política, o direito, a economia...

- Vem cá, a filosofia não foi fundada por aquele cara...

- Sócrates.

- Isso, que dizia que “só sei que nada sei...”

- É, mas ele tentava explicar com isso...

- E também diziam que ele era homossexual...

- Talvez.

- Você é gay, papai?

- Claro que não, menino! Você está entendendo tudo errado!

- É porque essa ciência é muito complicada.

- Não é. Olha, a psicologia está impregnada com as ideias dos seus estudiosos, por exemplo: se um psicólogo francês vai fazer uma pesquisa na área da psicologia social o resultado que ele encontrará será diferente do resultado encontrado por um estudioso norte-americano, entendeu?

- Mais ou menos. Quer dizer que se alguém é considerado louco aqui no Brasil pode não o ser lá na China?

- Não Joãozinho. Preste atenção. Você já estudou biologia. Lembra do sistema circulatório? Pois a psicologia segue o mesmo esquema. Não existe uma psicologia mais importante que a outra. Todas são importantes, trabalham unidas, uma complementa a outra e formam um vasto sistema de pesquisas do comportamento humano, entendeu?

- Sim, mas, e se esse sistema tiver uma parada cardíaca?

O psicólogo fica sem resposta. Percebendo a aflição do pai e achando que aquela entrevista não levaria a lugar nenhum, o menino pára de escrever e comenta:

- Tá bom pai, vou entrevistar a mamãe. Acho que o emprego dela é mais interessante.

Constrangido com aquela situação, o “doutor” psicólogo olha para o paciente e o convida:

- E então, vamos continuar a terapia?

André


(A imagem acima foi copiada do link Sintcvapa.)