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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

"Quem controla o passado controla o futuro. Quem controla o presente controla o passado".

George Orwell: gênio do jornalismo.  

Do filme 1984, produzido no ano de 1956 e baseado no livro Nineteen Eighty-Fourdo britânico Eric Artur Blair (1903 - 1950), mais conhecido pelo pseudônimo George Orwell.


(A imagem acima foi copiada do link Notes On The Road.)

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

STRESS E PROFISSIONAIS DA COMUNICAÇÃO

Entenda porque os profissionais da comunicação vivem tão estressados


O stress pode ser definido genericamente como uma situação de tensão aguda e crônica que produz no portador uma mudança comportamental física ou no estado cognitivo – emocional. 

Na rotina da vida moderna todos nós estamos expostos a este mal que é considerado por muitos especialistas na área de saúde - física e mental – como a doença da modernidade. Diversos profissionais sofrem em seus respectivos empregos a tensão para que sejam cumpridos os prazos, atingidas as metas ou superadas as expectativas. Entretanto, nenhum trabalhador está mais propenso a desenvolver o stress do que os profissionais que atuam na área da comunicação. 

É própria dessas ocupações a cobrança por resultados. O profissional dessa área é acometido de uma verdadeira avalanche de assuntos, matérias, pautas e coisas mil para serem investigadas. O repórter, por exemplo, sempre trabalha no limite da sua capacidade, tendo que se adiantar em relação aos outros (concorrentes) para não perder um furo de reportagem, ficar para trás e, consequentemente, correr o risco de sair do emprego. 

Mas essa cobrança tem um preço. Muitos comunicadores sofrem de problemas de saúde relacionados diretamente ao stress: insônia, dificuldade para se concentrar em determinada tarefa, indigestão, manchas na pele, dores de cabeça, perda do apetite (alimentar e sexual), dentre outros. 

Para o repórter, escritor e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Bira Nascimento, há uma relação desproporcional entre número de matérias, estrutura física oferecida ao profissional pelos meios de comunicação, e tempo para entregar reportagens. E quem sai em desvantagem e sofre com isso é o repórter. Segundo ele, se as redações fossem melhor estruturadas os jornais fariam uma cobertura mais detalhada dos fatos, as matérias ganhariam em conteúdo e os leitores seriam mais bem informados. 

Infelizmente, não é isso que acontece. A cobrança por parte dos editores acaba prejudicando o bom desempenho do jornalista, muitas matérias ficam incompletas e sem sentido, e o assédio moral nas redações é constante. 

Jornalismo pode ser feito sem pressão ou gritaria. Estas são duas características que já estão arraigadas ao profissional da comunicação, mas se tivéssemos os meio necessários para desempenhar um bom trabalho essa imagem de estressado que o jornalista tem, cairia por terra. Uma reportagem boa é aquela que você pode sentar para planejar a apuração e escutar todos os envolvidos para evitar a parcialidade. Sempre cito como exemplo o caso do repórter Zuenir Ventura que teve tempo para fazer uma reportagem numa favela e, com o material recolhido acabou publicando um livro (Cidade Partida) de grande sucesso”, argumenta Bira. 

Mas até que os chefões midiáticos se importem com a saúde dos nossos intrépidos comunicadores, ainda teremos muitos casos de jornalistas perdendo noites de sono para entregar a matéria a tempo...


(A imagem acima foi copiada do link Vila Boa de Goiás.)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O PRIMEIRO DIPLOMA UNIVERSITÁRIO DA FAMÍLIA

Uma grande conquista, muitas recordações...

Agora é oficial: sou jornalista!!!

Às 19h da noite de hoje aconteceu no auditório da reitoria da UFRN a cerimônia de colação de grau da turma 2012.1 dos cursos de Comunicação Social, habilitações jornalismo e radialismo. Para mim, a cerimônia representou a realização de um sonho há muito esperado: o diploma de ensino superior.

Para minha família, apesar de não estarem presentes, também foi uma data importante. É a primeira vez que um dos doze irmãos conquista um diploma universitário. Mas isso não é motivo de orgulho para mim. As pessoas que eu mais gostaria que participassem dessa festa não estavam lá, meus queridos PAIS, seu André e dona Maria, já falecidos. Foram eles meus primeiros professores, principais incentivadores e é a eles que eu dedico, primeiramente esse diploma. Sem eles, minha alegria não foi total.

Agradeço também a todos os irmãos, demais familiares, amigos e professores que de alguma forma me ajudaram a conquistar mais essa vitória. O caminho foi longo e cheio de vicissitudes. Mas com fé em DEUS e muita força de vontade, venci todos os obstáculos. Perdi as contas das noites que fiquei acordado estudando para provas, preparando seminários, organizando apresentações de trabalhos.

Na hora da cerimônia, a única pessoa que estava lá me acompanhando era Patrícia, minha namorada. Eu queria que todos os que fizeram parte da minha vida escolar e acadêmica estivessem lá... Mas não deu. No momento do Hino Nacional Brasileiro, que marcou o início do cerimonial, um filme passou pela minha cabeça. Não contive a emoção e as lágrimas rolaram pelo meu rosto.

Lembrei de quando era criança e ia para aula de bicicleta. Minha mãe ficava na estrada, me protegendo com seu olhar, até eu desaparecer no horizonte. Toda vez que eu saía ela dizia baixinho: "Vá com DEUS e a Virgem Maria".

Recordei quando eu era fuzileiro naval. Muitas vezes ia para a guarita com o fuzil 'a tiracolo' e com livros escondidos no uniforme. Quando era liberado para as aulas do cursinho, para não chegar atrasado, era comum eu sair sem jantar ou sem tomar banho. Chegava no quartel cerca de onze da noite, 'assumia o posto' à meia noite e só ia dormir às três da manhã.

Lembrei também quando estava na PM. Perdi a conta das vezes que, de plantão, eu ia para a universidade mas antes, parava num supermercado, ia no banheiro, trocava de roupa e frequentava as aulas com a farda e o armamento escondidos na mochila.

Mais recentemente, como bancário, lembrei do enorme esforço que fiz para não trancar o curso. Cheguei a trabalhar numa cidade que ficava a duzentos quilômetros da universidade... Em certa ocasião viajei essa distância toda e só peguei dez minutos de aula. Até no dia de defender a monografia (dessa vez já trabalhando em Natal/RN), cheguei 'em cima da hora' devido a uma reunião na agência bancária.

Mas tudo acabou dando certo... Como minha mãe sempre dizia: Tenha fé em DEUS que tudo vai dar certo.

Pai, mãe, eu consegui!!! Esse diploma é para vocês.


Mais fotos.
 Juramento dos concluintes.

 Recebendo o 'canudo'.

 Com Patrícia, a namorada.

 Foto com a turma.

Outra foto com a turma.

sábado, 4 de julho de 2009

PERGUNTAR OFENDE?

Um exemplo patético, covarde e absurdo de como a imprensa é tratada no nosso país...


Repórter do CQC, Danilo Gentili, é agredido por segurança do Sarney.

“Com licença senhor presidente. Com a sua saída vai mudar alguma coisa? Ou os escândalos vão continuar?” Foram essas as perguntas que o repórter Danilo Gentili fez ao presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB - AP), e que despertaram a fúria de um dos seguranças (capangas) do parlamentar.

Era uma manhã de quarta-feira (01-07-09) e dezenas de jornalistas disputavam cada centímetro de espaço na entrada principal do Congresso, também conhecida como Chapelaria. Os jornalistas estavam ali para escutarem de José Sarney esclarecimentos a respeito da denúncia de que um neto do senador estaria intermediando empréstimos consignados entre instituições bancárias e servidores da Casa. Quando o senador chegou, os repórteres foram ao seu encontro. Danilo Gentili fez as perguntas descritas acima e subitamente foi agarrado e empurrado por um segurança de Sarney. O repórter, insistente, tentou se aproximar mais uma vez do presidente do senado. Foi novamente contido pelo segurança, que o derrubou.

G1 > Política - NOTÍCIAS - Repórter de humorístico diz que foi ...

A cena de covardia foi presenciada por dezenas de outros profissionais da imprensa que estavam ali exercendo o direito - resguardado pela Constituição Federal de 1988 - da liberdade de expressão. O episódio serviu, dentre outras coisas, para ilustrar o quanto nossos parlamentares se importam conosco.

Danilo Gentili é um dos repórteres do programa CQC (Custe o Que Custar) que é exibido às segundas-feiras por volta das 22h na emissora Band. José Sarney é presidente do Senado Federal pela terceira vez e já foi presidente do Brasil. É dono de uma carreira política vez por outra abalada por denúncias de corrupção - sempre arquivadas.

A direção da Polícia Legislativa, apesar das imagens de diversos órgãos de imprensa, disse que não houve agressão. O repórter teria se atirado ao solo e o segurança apenas passava por perto no momento. Não precisa ser da NASA para compreender que tal explicação além de patética e mentirosa, é absurda...

Como cidadão e como futuro jornalista confesso que simplesmente me faltam palavras para descrever meu profundo sentimento de repúdio, nojo e indignação com nossos representantes. Meu Deus! A que ponto chegamos. Agredir um profissional símbolo da liberdade de expressão, que é um dos pilares da democracia… A ação do jagunço, quer dizer, segurança, foi o equivalente a rasgar a própria Constituição. Aonde vamos parar? Fico pensando: se agridem um jornalista em frente às câmeras de TV, o que farão com os demais cidadãos que vão até o Senado para protestar?

O caso, como as denúncias de corrupção feitas contra os parlamentares, logo-logo cairá no esquecimento. Fica no ar aquela sensação de impunidade, que acaba com nossas esperanças de construirmos uma nação mais digna e igualitária para todos.

Para o colega Gentili desejo muita força, coragem e determinação para continuar firme e forte na nobre missão de denunciar os desmandos das nossas autoridades (in)competentes. Afinal, ser jornalista num país que ainda sofre com resquícios do coronelismo não é nada fácil. 

Estes, aliás, não foram dias de sorte para os profissionais da comunicação. Primeiro desaprovam a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, agora nos agridem como a um cachorro sem dono. Acho que escolhi a profissão errada. Ou alguém está escolhendo os políticos errados.


Veja na íntegra o vídeo com a agressão de Gentili e tire suas conclusões.

A música que melhor retrata esse caso é Vossa Excelência, dos Titãs. A banda de rock conseguiu, de forma brilhante, retratar a indignação da sociedade.

(A imagem acima foi copiada do link G1.)