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segunda-feira, 10 de julho de 2017

TEORIAS NEOCLÁSSICAS DA FIRMA E DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA (I)


Alguns apontamentos sobre as Teorias Neoclássicas da Firma e da Distribuição de Renda - fragmento retirado do trabalho apresentado como conclusão da terceira unidade da disciplina Economia Política, curso de Direito Bacharelado noturno, da UFRN.

O britânico Alfred Marshall: seu livro "Princípios de Economia", tornou-se presença obrigatória nas universidades mais renomadas de língua inglesa.  

Pela perspectiva da utilidade, o processo econômico é visto a partir de dois pontos focais importantes, a saber: a família e a firma. Ora, as famílias são vistas como proprietárias dos chamados “fatores de produção” e como consumidoras dos bens de consumo finais. São as famílias que vendem seus fatores de produção às firmas e comprarão de volta os bens de consumo.

Existem dois fluxos circulares e contínuos entre a firma e a família: um fluxo real e um fluxo monetário. O primeiro, nada mais é do que um fluxo do uso de fatores de produção das famílias para as firmas e um fluxo de retorno dos bens de consumo das firmas para as famílias. O segundo, representa a renda monetária auferida pelas famílias com a venda do uso de seus fatores de produção, a qual retorna às firmas, como pagamento dos bens de consumo comprados pelas famílias.

A família é o centro do fluxo real, sendo a utilidade o que está sendo racionalmente maximizado. A firma, por seu turno, é o centro do fluxo monetário, e o lucro é o que se encontra racionalmente maximizado.

O matemático londrino, que mais tarde se tornou economista, Alfred Marshall (1842 - 1924) formulou a ideia de utilidade marginal decrescente, tendo discorrido sobre as condições necessárias para a maximização da utilidade do consumidor por meio da troca. Sua principal obra, Princípios de Economia, tornou-se o livro de Economia com presença obrigatória nas universidades mais renomadas de língua inglesa e muitas de suas formulações da teoria neoclássica até hoje continuam soberanas no ensino introdutório de teoria microeconômica neoclássica.

Segundo Marshall, quando o trabalho era vendido, sempre haveria um ponto além do qual a desutilidade marginal do trabalho aumentava com qualquer aumento de sua quantidade. Essa desutilidade crescente do trabalho poderia surgir da fadiga, de instalações laborais precárias, do convívio com maus colegas.

Outra contribuição dele foi a substituição, em Economia, do termo “abstinência” por “espera”, com a seguinte justificativa: “O sacrifício do prazer presente pelo prazer futuro tem sido chamado de abstinência pelos economistas… Como, porém, o termo se presta a mal-entendidos, podemos evitar-lhe o uso com vantagem e dizer que a acumulação de riqueza é, em geral, o resultado de um adiamento do prazer ou de uma espera”.

(A imagem acima foi copiada do link Best All In.)


sexta-feira, 23 de junho de 2017

SMITH X RICARDO

Fragmento do trabalho apresentado como conclusão da segunda unidade da disciplina Economia Política, curso de Direito Bacharelado noturno, da UFRN.

Semelhanças e diferenças entre a Teoria do Valor de Adam Smith e David Ricardo:

Se Smith é considerado o “pai” da economia moderna, Ricardo, pode-se assim dizer, seria o “tio”. Isto pode soar estranho e hilário, mas Ricardo é considerado o mais legítimo sucessor de Smith e, por conseguinte, os pensamentos de ambos convergem em muitos pontos:

·    Ambos apresentam o trabalho como principal – se não o único – gerador de valor de um produto;

·   Comungam da ideia de preço natural e preço de mercado, entretanto, não se aprofundam em como a lei da oferta e da procura afeta tais preços;

·   Divisão tripartite: Ricardo dividia as classes sociais em três: proprietários de terras, trabalhadores e capitalistas; Smith dividia o preço em salário, lucro e aluguel.

Já no que concerne às diferenças, enquanto Smith se preocupou mais em estudar a produção de renda, Ricardo destacou a distribuição de renda entre os fatores de produção (trabalhadores, proprietários de terras e capitalistas).


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)