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quinta-feira, 13 de julho de 2017

TEORIAS NEOCLÁSSICAS DA FIRMA E DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA (III)

Alguns apontamentos sobre as Teorias Neoclássicas da Firma e da Distribuição de Renda - fragmento retirado do trabalho apresentado como conclusão da terceira unidade da disciplina Economia Política, curso de Direito Bacharelado noturno, da UFRN.

O economista austríaco Eugen von Böhm-Bawerk: defendia que só existiam dois fatores de produção, digamos, “originais”: a terra e o trabalho.   

O norte-americano John Bates Clark (1847 - 1938), outro economista neoclássico de renome, preconizava que a distribuição de renda na sociedade era controlada por uma lei natural, a qual se aplicada de maneira perfeita, daria a cada agente de produção a riqueza por ele criada.

As ideias de Clark foram provadas por economistas da contemporaneidade, uma destas ideias defendia que, em condições de equilíbrio em um mercado em concorrência perfeita, se cada fator de produção recebesse o valor de seu produto marginal, esses pagamentos equivaleriam a todo o valor do produto total. Por conseguinte, não haveria qualquer probabilidade de exploração. Cada um receberia o valor do que foi produzido por seu fator, inexistindo qualquer excedente para alguém expropriar.

O austríaco Eugen von Böhm-Bawerk (1851 - 1914), por seu turno, defendia que só existiam dois fatores de produção, digamos, “originais”: a terra e o trabalho. Para ele, o capital passava a existir quando se constatava que a produção levava tempo.

Isso implicava dizer, segundo Böhm-Bawerk, que quanto mais longo fosse o tempo gasto na produção, tanto maior seria o produto do trabalho. Contudo, na prática isso não acontece necessariamente. Quanto mais cedo as pessoas conseguem seus bens (oriundos dos frutos do próprio trabalho) mais utilidade esperam desses bens. Um período maior de produção redundaria num maior adiamento do consumo, e naquela época, como acontece hoje, ninguém é doido de ficar adiando os prazeres proporcionados pelo consumo.


(A imagem acima foi copiada do link Foda-se o Estado.)

terça-feira, 11 de julho de 2017

TEORIAS NEOCLÁSSICAS DA FIRMA E DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA (II)

Alguns apontamentos sobre as Teorias Neoclássicas da Firma e da Distribuição de Renda - fragmento retirado do trabalho apresentado como conclusão da terceira unidade da disciplina Economia Política, curso de Direito Bacharelado noturno, da UFRN.


O economista Alfred Marshall: recebeu duras críticas ao defender que se os operários tivessem as virtudes morais apropriadas também virariam capitalistas.
Para a teoria neoclássica – e, por conseguinte, seus teóricos – a maximização da utilidade, por intermédio de ajustes marginais de mercadorias comercializadas (compradas ou vendidas) era possível por causa da possibilidade de substituição de qualquer mercadoria por outras mercadorias. Isso quer dizer que, quando o custo de uma mercadoria aumentava, o consumidor substituía parte do consumo da mercadoria mais onerosa por porções de outras mercadorias “mais em conta”.

Da mesma forma que as famílias agem como citado no parágrafo anterior, também as firmas, segundo Marshall, o fazem de maneira diametralmente idêntica, só que para maximizarem o lucro. Isso acontece através da substituição dos fatores de produção. Procurava maximizar a diferença entre os custos de seus insumos e a receita de seus produtos.

Ao nos debruçarmos sobre a Teoria da Firma, de Marshall, podemos nos deter sobre alguns pontos que resumem o pensamento deste economista e são primordiais para entendermos esta teoria tão utilizada nos dias de hoje. A primeira percepção é a respeito dos preços, determinados pela oferta e pela demanda. A oferta, para Marshall, era determinada pelas curvas de custos das firmas; a demanda, pelas curvas de utilidades dos consumidores.

Outra coisa sobre os preços era que eles sempre eram aceitos pela firma, que procurava ajustar sua produção e seus custos de forma a maximizar os lucros. No que concerne à concorrência, Marshall chegou à conclusão de que o preço de uma mercadoria confeccionada em um setor era reflexo da demanda e da oferta total deste setor.  

Defensor ideológico ferrenho do capitalismo, uma das frases mais marcantes de Marshall (entre simpatizantes e críticos) era a que dizia que os benefícios do capitalismo compensavam seus defeitos. O economista também recebeu críticas ao defender o argumento de que, se os operários tivessem as virtudes morais apropriadas, também poderiam facilmente se transformar em capitalistas.

(A imagem acima foi copiada do link Princípios Econômicos.)

segunda-feira, 10 de julho de 2017

TEORIAS NEOCLÁSSICAS DA FIRMA E DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA (I)


Alguns apontamentos sobre as Teorias Neoclássicas da Firma e da Distribuição de Renda - fragmento retirado do trabalho apresentado como conclusão da terceira unidade da disciplina Economia Política, curso de Direito Bacharelado noturno, da UFRN.

O britânico Alfred Marshall: seu livro "Princípios de Economia", tornou-se presença obrigatória nas universidades mais renomadas de língua inglesa.  

Pela perspectiva da utilidade, o processo econômico é visto a partir de dois pontos focais importantes, a saber: a família e a firma. Ora, as famílias são vistas como proprietárias dos chamados “fatores de produção” e como consumidoras dos bens de consumo finais. São as famílias que vendem seus fatores de produção às firmas e comprarão de volta os bens de consumo.

Existem dois fluxos circulares e contínuos entre a firma e a família: um fluxo real e um fluxo monetário. O primeiro, nada mais é do que um fluxo do uso de fatores de produção das famílias para as firmas e um fluxo de retorno dos bens de consumo das firmas para as famílias. O segundo, representa a renda monetária auferida pelas famílias com a venda do uso de seus fatores de produção, a qual retorna às firmas, como pagamento dos bens de consumo comprados pelas famílias.

A família é o centro do fluxo real, sendo a utilidade o que está sendo racionalmente maximizado. A firma, por seu turno, é o centro do fluxo monetário, e o lucro é o que se encontra racionalmente maximizado.

O matemático londrino, que mais tarde se tornou economista, Alfred Marshall (1842 - 1924) formulou a ideia de utilidade marginal decrescente, tendo discorrido sobre as condições necessárias para a maximização da utilidade do consumidor por meio da troca. Sua principal obra, Princípios de Economia, tornou-se o livro de Economia com presença obrigatória nas universidades mais renomadas de língua inglesa e muitas de suas formulações da teoria neoclássica até hoje continuam soberanas no ensino introdutório de teoria microeconômica neoclássica.

Segundo Marshall, quando o trabalho era vendido, sempre haveria um ponto além do qual a desutilidade marginal do trabalho aumentava com qualquer aumento de sua quantidade. Essa desutilidade crescente do trabalho poderia surgir da fadiga, de instalações laborais precárias, do convívio com maus colegas.

Outra contribuição dele foi a substituição, em Economia, do termo “abstinência” por “espera”, com a seguinte justificativa: “O sacrifício do prazer presente pelo prazer futuro tem sido chamado de abstinência pelos economistas… Como, porém, o termo se presta a mal-entendidos, podemos evitar-lhe o uso com vantagem e dizer que a acumulação de riqueza é, em geral, o resultado de um adiamento do prazer ou de uma espera”.

(A imagem acima foi copiada do link Best All In.)