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segunda-feira, 11 de maio de 2020

QUERIDA


Longa é a tarde
Longa é a vida
De tristes flores
Longa ferida
Longa é a dor do pecador, querida

Breve é o dia
Breve é a vida
De breves flores
Na despedida
Longa é a dor do pecador, querida
Breve é a dor do trovador, querida

Longa é a praia
Longa restinga
Da Marambaia a Joatinga
Breve é a fé do pescador, querida
E a longa espera do caçador, perdida

O dia passa e eu nessa lida
Longa é a arte
Tão breve a vida
Louco é o desejo do amador, querida
Querida

Longo é o beijo do amador, bandida
Belo é um jovem mergulhador na ida
Vasto é o mar, espelho do céu, querida...
Querida

Tom Jobim
Esta música foi tema de abertura da novela O Dono do Mundo (1991), exibida pela Rede Globo. 
Curta a música no link YouTube.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

domingo, 16 de fevereiro de 2020

"Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém".

Resultado de imagem para vinicius de moraes

Vinicius de Moraes (1913 - 1980), jornalista, diplomata, dramaturgo, poeta e compositor, um dos mais famosos - e dos melhores - ícones da cultura brasileira. Teve como principais parceiros na música Tom Jobim, Chico Buarque e Toquinho.


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)

sábado, 8 de fevereiro de 2020

"Quem já passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu..."


Vinicius de Moraes (1913 - 1980), jornalista, diplomata, dramaturgo, poeta e compositor, um dos mais famosos - e dos melhores - ícones da cultura brasileira. Teve como principais parceiros na música Tom Jobim, Chico Buarque e Toquinho. Conhecido como um boêmio inveterado (amante do cigarro e do uísque) e um grande conquistador, Vinícius de Moraes casou-se nove vezes. Um gênio - e pegador!!!    


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

quinta-feira, 10 de março de 2016

ÁGUAS DE MARÇO


É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho
É um caco de vidro
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É o laço, é o anzol
É peroba do campo
Nó da madeira
Caingá, candeia
É o matita-perê
É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É o mistério profundo
É o queira não queira
É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga, é o vão
Festa da cumeeira
É a chuva chovendo
É conversa, é ribeira das águas de março
É o fim da canseira,
É o pé, é o chão
É a mancha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira
Uma ave no céu
Uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão
É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto, o desgosto
É um pouco sozinho
É o estrepe, é emprego
É uma ponta é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando
É alinha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaços na estrada
É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida do teu coração
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinha
É uma cobra, é um pau
É João, é José
É o espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco

É um pouco sozinho


Tom Jobim



(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)