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domingo, 10 de setembro de 2023

SANTO AGOSTINHO - VIDA E OBRA (VII)

Fé e razão: a busca da felicidade


À síntese que realizou, ele mesmo deu a denominação de "filosofia cristã". O núcleo em torno do qual gravitam todas as suas ideias é o conceito de beatitude. O problema da felicidade constitui, para Agostinho, toda a motivação do pensar filosófico. Uma das últimas obras que redigiu, a Cidade de Deus, afirma que "o homem não tem razão para filosofar, exceto para atingir a felicidade"

A tese é defendida valendo-se de um manual de Marcus Terentius Varro (116-27 a.C.), onde se encontram definidas 288 diferentes teorias filosóficas, reais e possíveis, tendo todas em comum a mesma questão: como obter a felicidade? A filosofia é, assim, entendida não como disciplina teórica que coloca problemas à estrutura do universo físico ou à natureza dos deuses, mas como uma indagação sobre a condição humana à procura da beatitude.

A beatitude, no entanto, não foi encontrada por Agostinho nos filósofos que conhecera na juventude, mas nas Sagradas Escrituras, quando iluminado pelas palavras de Paulo de Tarso. Não foi fruto de procedimento intelectual, mas ato de intuição e de fé.

Impunha-se, portanto, conciliar as duas ordens de coisas e com isso Agostinho retorna à questão principal da Patrística, ou seja, ao problema das relações entre a razão e a fé, entre o que se sabe pela convicção interior e o que se demonstra racionalmente, entre a verdade revelada e a verdade lógica, entre a religiosidade cristã e a filosofia pagã.

Desde a conversão, Agostinho se propôs a atingir, pela fé nas Escrituras, o entendimento daquilo que elas ensinam, colocando a fé como a via de acesso à verdade eterna. Mas, por outro lado, sustentou que a fé é precedida de certo trabalho da razão. Ainda que as verdades da fé não sejam demonstráveis, isto é, passíveis de prova, é possível demonstrar o acerto de se crer nelas, e essa tarefa cabe à razão.

A razão relaciona-se, portanto, duplamente com a fé: precede-a e é sua consequência. É necessário compreender para crer e crer para compreender ("Intellige ut credas, crede ut inteligas").

Mesmo que essa tese não tenha maior rigor filosófico e soe mais como fórmula retórica do que como argumentação lógica, teve grande força, pois era um claro resultado da história pessoal de Agostinho. Antes da conversão ele andara inquieto pelos caminhos das elaborações racionais dos maniqueus, do ecletismo ciceroniano e do neoplatonismo de Plotino. Todos, especialmente o último, prepararam a explosão mística de iluminação pela fé. Depois desta, utilizou tudo o que sua cultura filosófica lhe fornecia, no sentido de racionalizar os dogmas cristãos.

A filosofia é, para Agostinho, apenas um instrumental auxiliar destinado a um fim que transcende seus próprios limites. Por isso muitos veem nele um teólogo e um místico e não propriamente um filósofo. Todavia, seu pensamento manifesta frequentemente grande penetração filosófica na análise de alguns problemas particulares e a verdade é que Agostinho conseguiu sistematizar uma grandiosa concepção do mundo, do homem e de DEUS, que se tornou, por muito tempo, a doutrina fundamental da Igreja Católica.

Fonte: Santo Agostinho. Coleção Os Pensadores. 4 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

(A imagem acima foi copiada do link Minha Biblioteca Católica.) 

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

SANTO AGOSTINHO - VIDA E OBRA (IV)

Bispo ativo e pensador polêmico (I)


A nova estrada era estreita, mas segura e luminosa. Para nela entrar Agostinho concluiu que precisava desviar-se inteiramente daquela outra, de comodidades mundanas e sensualidade pecaminosa. Em primeiro lugar, deveria desfazer-se do cargo de professor municipal. Felizmente faltavam poucos dias para as férias das vindimas e a demissão foi facilitada. 

Partiu, então, para a propriedade rural do amigo Verecundo, em Cassicíaco, onde descansaria "das angústias do século" juntamente com a mãe, o filho e alguns amigos, entre os quais Nebrídio e o fiel Alípio, companheiro em toda a sua vida.

O passo seguinte seria o batismo na Páscoa, como era costume na Igreja dos primeiros tempos. Alípio e Adeodato também receberam o primeiro sacramento, essencial, segundo o cristianismo, para a santificação da alma.

Mônica, a mãe, tinha atingido o objetivo pelo qual lutara a vida toda e poderia esperar tranquila a morte, que realmente ocorreu alguns meses depois, no outono de 387, na cidade de Óstia. 

Agostinho estava desolado por ter perdido a mãe, mas por outro lado tinha diante de si um futuro de verdadeira alegria e esperança. Voltou a Tagaste, vendeu as propriedades paternas e, congregando em torno de si os amigos mais fieis, organizou uma espécie de comunidade monástica. Ali pretendia passar o resto da vida em recolhimento, aprofundando a vocação religiosa e fundamentando racionalmente a fé que abraçara. 

No entanto, nem tudo ocorreu como queria e os cuidados que Agostinho tomou para não ir a cidade alguma, cuja sede vacante pudesse ser-lhe proposta, surtiram efeito por apenas três anos. Num dia de 391, penetrando na igreja de Hipona (hoje Annaba ou Bone, na Argélia), ouviu o bispo Valério propor à assembleia de fieis a escolha de um coadjutor das funções sacerdotais, especialmente para o ministério da pregação. O povo não teve dúvidas e uma só voz ecoou pelo templo: "Agostinho, presbítero!"

Ele não gostou, mas atendeu ao que considerou um chamado divino. Desde então foi obrigado a deixar de lado as pretensões de se limitar à meditação teológica e não mais pôde gozar o "otium intelectuale", como tanto desejara. As exigências do ministério, e principalmente as funções pastorais, revelaram-se exaustivas e pouco tempo sobrava para o trabalho de pensamento.

Vigário aos 36 anos, bispo coadjutor de Valério aos 41 e sucessor deste, logo depois, Agostinho permaneceria por mais de quarenta anos ligado à igreja de Hipona, dividindo-se entre tarefas administrativas e reflexão filosófica. Mas isso não deixou de ter aspectos positivos, na medida em que o resguardou de um recolhimento muito severo e o fez conhecer aspectos da fé popular, tais como o culto das relíquias e dos mártires. 

Fonte: Santo Agostinho. Coleção Os Pensadores. 4 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

(A imagem acima foi copiada do link Getty Images.) 

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

SANTO AGOSTINHO - VIDA E OBRA (III)

O caminho da salvação 


A viagem para Roma foi movida pela esperança de encontrar alunos mais tranquilos. Os amigos afirmavam também que lá Agostinho teria maiores lucros e consideração. A mãe temia por seu futuro e tudo fez para impedir a viagem, a ponto de obrigar Agostinho a enganá-la na hora da partida.

Em Roma não ficou muito tempo. Logo dirigiu-se a Milão, residência imperial, onde ocupou um cargo de professor de retórica. De manhã dedicava-se aos cursos e à tarde percorria as antecâmaras ministeriais, pois essa era a maneira correta de "subir na vida", dentro do decadente império.

As diligências nesse sentido foram feitas sem muito empenho, pois Agostinho vivia imerso em graves questões intelectuais e existenciais. Quanto às primeiras, já tinha abandonado o maniqueísmo e frequentava a Academia platônica, então muito distante da linha de pensamento de seu criador e voltada para um ceticismo e um ecletismo não muito consistentes.

Quem esperava, como Agostinho, respostas definitivas para todos os problemas da existência, não poderia contentar-se com isso. Conheceu logo depois os discípulos de Plotino (205-270), também adeptos do platonismo, mas na sua versão mística. O neoplatonismo viria a ser a ponte que permitiria a Agostinho dar o grande passo de sua vida, pois constituía, para os católicos milaneses, a filosofia por excelência, a melhor formulação da verdade racionalmente estabelecida.

O neoplatonismo era visto como uma doutrina que, com ligeiros retoques, parecia capaz de auxiliar a fé cristã a tomar consciência da própria estrutura interna e defender-se com argumentos racionais, elaborando-se como teologia. Com a maior tranquilidade passava-se, entre os católicos de Milão, das Enéadas de Plotino para o prólogo do Evangelho de São João ou para as epístolas de São Paulo. 

As preocupações existenciais de Agostinho diziam respeito à mulher amada, com a qual não poderia ligar-se de uma vez por todas, pois estava impedido legalmente de fazê-lo. Juridicamente ele era um "honestiore", isto é, de categoria superior, proibido de contrariar matrimônio com pessoas dos baixos estratos.

A mãe insistiu para que ele a abandonasse e procurasse outra mulher para casar, segundo as leis do mundo e os preceitos cristãos. A amada foi mandada de volta para a África e fez voto de jamais conhecer outro homem. Adeodato ficou com o pai. Agostinho deveria esperar legalmente dois anos para casar-se com a mulher que escolhera. Era tempo demasiado longo para quem sentia tão fortemente o apelo da sensualidade. Ligou-se, então, a uma concubina.

A solução para todos os problemas viria logo depois de frequentar Santo Ambrósio (340?-397), bispo de Milão, e debater-se até aquele dia de agosto de 386, quando a palavra do apóstolo Paulo lhe foi revelada pelo canto infantil repetido diversas vezes no jardim de sua residência: "Tolle, lege, tolle, lege".

Já não mais procuraria esposa nem abrigaria qualquer esperança do mundo: penetraria naquela regra de fé, por onde, há muito, a mãe caminhava.

Fonte: Santo Agostinho. Coleção Os Pensadores. 4 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

(A imagem acima foi copiada do link Canção Nova.) 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

IV. AS BASES DE UMA NOVA SOCIEDADE (XXX)

5. Leis para o santuário


27 O azeite para o candelabro - 20 Mande que os filhos de Israel tragam azeite de oliva puro e refinado, para alimentar continuamente a lâmpada.

21 Aarão e seus filhos colocarão essa lâmpada na tenda da reunião, fora do véu que está na frente do documento da aliança, para que ela fique ardendo diante de Javé´, desde a tarde até o amanhecer.

É uma lei perpétua para todas as gerações dos filhos de Israel.

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Êxodo, capítulo 27, versículo 20 a 21 (Ex. 27, 20 - 21).

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

sábado, 12 de fevereiro de 2022

EXPLICANDO GÊNESIS 45, 01 - 28


Até agora o tratamento entre José e os irmãos era de um senhor para com os servos. Ao ver que os irmãos se transformaram, José se declara: "Eu sou José, irmão de vocês". E o clima se torna fraterno.

As palavras de José (vv. 3-8) mostram o ponto de vista da fé sobre os acontecimentos: DEUS age através dos homens e das situações para realizar seu projeto de vida.

Muitas vezes não compreendemos os acontecimentos e situações porque não somos capazes de descobrir o que DEUS quer com eles.

Caminhamos no escuro e precisamos acreditar que DEUS vai realizando o seu projeto através da nossa própria incompreensão.

Só no fim compreenderemos que DEUS estava junto conosco durante todo o tempo, encaminhando nossa história para a liberdade e a vida.

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral. 25ª impressão: maio de 1998; ed Paulus, p. 61.

(A imagem acima foi copiada do link Google Images.) 

sábado, 3 de julho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XXVII)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


25 Filhos de Ismael - 12 São estes os descendentes de Ismael, filho de Abraão e Agar, a escrava egípcia de Sara.

13 Nomes dos filhos de Ismael por ordem de nascimento: o primogênito Nabaiot, depois Cedar, Adbeel, Mabsam, 14 Masma, Duma, Massa, 15 Hadad, Tema, Jetur, Nafis e Cedma.

16 São esses os filhos de Ismael e seus nomes por cercados e acampamentos: doze chefes de tribos.

17 Ismael viveu cento e trinta e sete anos. Depois expirou, morreu e se reuniu com seus parentes.

18 Habitou desde Hévila até Sur, que está a leste do Egito, na direção da Assíria.

Ele se estabeleceu na frente de todos os seus irmãos. 

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 25, versículos 12 a 18 (Gn 25, 12 - 18).

Explicando Gênesis 25, 12 a 18:

Antes de iniciar a história dos filhos da promessa (Isaac e Jacó), o autor bíblico fala de Ismael, filho de Agar, que também formou um grande povo: os ismaelitas, dos quais descendem os árabes.

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 38.

(A imagem acima foi copiada do link Images Google.) 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XXVI)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


25 Morte de Abraão - 7 Abraão viveu cento e setenta e cinco anos.

8 Depois Abraão expirou e morreu numa velhice feliz, idoso e se reuniu com seus parentes.

9 Isaac e Ismael, seus filhos, o enterraram na gruta de Macpela, no campo de Efron, filho de Seor, o heteu, campo que está diante de Mambré.

10 É o campo que Abraão tinha comprado dos filhos de Het; nele foram enterrados Abraão e sua mulher Sara.

11 Depois da morte de Abraão, DEUS abençoou seu filho Isaac. E Isaac morou junto ao poço de Laai-Roí.

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 25, versículos 07 a 11 (Gn 25, 07 - 11).


Explicando Gênesis 25, 07 a 11:

A notícia da morte de Abraão encerra a história desse patriarca com novo toque de vida: morrer idoso é sinal de uma vida plena e de cumprimento da bênção de DEUS.

Jamais querida por DEUS, a morte precoce é fruto da ação perversa dos homens.

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 38.

(A imagem acima foi copiada do link JW.) 

sábado, 26 de junho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XXIV)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


24 Casamento de Isaac (IV) - 50 Labão e Batuel disseram: "Isso vem de Javé, e nós não podemos dizer nem sim, nem não. 51 Aí está Rebeca, tome-a e vá, e que ela seja a esposa do filho do seu senhor, conforme disse Javé".

52 Quando o servo de Abraão ouviu isso, prostrou-se por terra diante de Javé. 53 Depois pegou joias de prata e ouro, e vestidos, e os deu a Rebeca.

Também deu ricos presentes ao irmão e à mãe dela. 54 Então comeram e beberam, ele e seus companheiros, e passaram a noite. 

De manhã, quando se levantaram, o servo disse: "Deixe-me voltar para o meu senhor". 

55 Então o irmão e a mãe de Rebeca disseram: "Deixe que a jovem fique aqui ainda dez dias conosco. Depois ela irá".

56 Mas o servo replicou: "Não me detenham, pois Javé deu êxito à minha viagem. Deixem-me voltar ao meu senhor".

57 Então eles disseram: "Vamos chamar a jovem e perguntar-lhe sua opinião".

58 Chamaram Rebeca e lhe perguntaram: "Você quer partir com esse homem?"

Ela respondeu: "Quero".

59 Então eles deixaram partir sua irmã Rebeca com sua ama, o servo de Abraão e seus homens.

60 Eles abençoaram Rebeca, dizendo: "Você é nossa irmã: torne-se milhares de milhares, e que sua descendência conquiste as cidades inimigas".

61 Rebeca e suas servas se levantaram, montaram nos camelos e acompanharam o homem. E foi assim que o servo de Abraão levou Rebeca.

62 Isaac tinha voltado do poço de Laai-Roí e morava na terra do Negueb.

63 Ao pôr-do-sol, Isaac saiu para passear no campo e, erguendo os olhos, viu que chegavam camelos.

64 Rebeca, erguendo os olhos, viu Isaac. Ela apeou do camelo, 65 e disse ao servo: "Quem é aquele homem lá no campo, que vem ao nosso encontro?"

O servo respondeu: "É o meu senhor". Então ela pegou o véu e se cobriu.

66 O servo contou a Isaac tudo o que havia feito. 67 Então Isaac introduziu Rebeca em sua tenda e a recebeu por esposa. Isaac amou-a, consolando-se assim da morte de sua mãe.  

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 24, versículos 50 a 66 (Gn 24, 50 - 66).

(A imagem acima foi copiada do link Fontes da Rocha.) 

terça-feira, 22 de junho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XXIII)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


24 Casamento de Isaac (III) - 22 Quando os camelos acabaram de beber, o servo pegou um anel de ouro que pesava cinco gramas e o colocou nas narinas dela. Depois colocou nos braços dela dois braceletes de ouro, que pesavam dez gramas.

23 E disse: "Você é filha de quem? Diga para mim: será que na casa de seu pai há lugar para eu passar a noite?"

24 Ela respondeu: "Eu sou filha de Batuel, o filho que Melca gerou para Nacor".

25 E continuou: "Em nossa casa há muita palha e forragem, e também lugar para passar a noite".

26 Então o servo se prostrou e adorou a Javé, 27 dizendo: "Bendito seja Javé, o DEUS do meu senhor Abraão! Ele não esqueceu o seu amor e fidelidade para com o meu senhor. Javé guiou meus passos à casa do irmão do meu senhor".

28 A jovem foi correndo para casa, a fim de contar à sua mãe o que lhe havia acontecido. 29 Ora, Rebeca tinha um irmão chamado Labão, que correu para a fonte ao encontro do homem.

30 De fato, quando Labão viu o anel e os braceletes que estavam com sua irmã, e quando ouviu o que ela contava, foi ao encontro do homem e o achou ainda de pé junto aos camelos, perto da fonte.

31 Então disse para ele: "Venha, bendito de Javé. Por que você está aí fora, quando já preparei alojamento e lugar para os camelos?"

32 O homem entrou na casa, e Labão descarregou os camelos, deu palha e forragem para os camelos, e levou água para que o servo e seus acompanhantes lavassem os pés.

33 Quando ofereceram comida, o servo disse: "Não vou comer enquanto não tratar do meu assunto".

Labão respondeu: "Pois fale". 34 O sevo disse: "Eu sou servo de Abraão. 35 Javé abençoou imensamente meu senhor e o tornou rico: deu-lhe ovelhas e vacas, prata e ouro, escravos e escravas, camelos e jumentos. Sara, a mulher do meu senhor, já velha, deu a ele um filho, que é o herdeiro de tudo.

37 Meu senhor me fez prestar um juramento: 'Você não tomará para meu filho uma esposa entre as filhas dos cananeus, em cuja terra estou morando. 38 Você irá à casa de meu pai e de meus parentes, e aí escolherá uma esposa para meu filho'. 39 Então eu disse ao meu senhor: 'E se a mulher não quiser vir comigo?' 

40 Ele me respondeu: 'Javé, a quem meu comportamento agrada, vai enviar seu anjo com você; ele dará êxito à sua missão, e você encontrará uma esposa para o meu filho na casa de meus pais e parentes. 41 Você ficará livre do juramento quando for à casa de meus parentes; sim, você ficará livre do juramento se eles negarem a mulher'. 

42 Hoje eu cheguei à fonte e disse: 'Javé, DEUS de meu senhor Abraão, mostra, eu te peço, se estás disposto a levar a bom termo a viagem que empreendi. 43 Aqui estou junto à fonte, e vou dizer para a jovem que vier buscar água: 'Dê-me de beber um pouco da água de seu balde.

44 Se ela me disser: 'Beba, que também vou tirar água para os seus camelos, então será essa a esposa que Javé destinou ao filho do meu senhor'. 45 Eu não tinha acabado de falar comigo mesmo, quando chegou Rebeca com o balde no ombro. Ela desceu à fonte e tirou água. Eu pedi a ela: 'Por favor, dê-me de beber'.

46 Ela abaixou logo o balde e disse: 'Beba, que também vou dar de beber a seus camelos'. Eu bebi, e ela deu de beber também aos meus camelos. 47 Então eu perguntei a ela: 'Você e filha de quem?' Ela respondeu: 'Sou filha de Batuel, o filho que Melca deu a Nacor'. Então eu lhe pus este anel nas narinas e estes braceletes nos braços.

48 Prostrei-me, adorei Javé, bendisse a Javé, DEUS do meu senhor Abraão, que me guiou pelo caminho certo, para levar ao filho do meu senhor a filha do irmão dele. 49 Portanto, digam-me se querem ou não mostrar amor e fidelidade ao meu senhor, para que eu possa agir de acordo".

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 24, versículos 22 a 49 (Gn 24, 22 - 49).

(A imagem acima foi copiada do link Images Google.) 

sábado, 19 de junho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XXI)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


24 Casamento de Isaac (I) - 1 Abraão era velho, de idade avançada, e Javé o havia abençoado em tudo.

2 Abraão disse ao servo mais velho de sua casa, que administrava todas as suas propriedades: "Ponha a sua mão debaixo da minha coxa, 3 e jure por Javé, DEUS do céu e da terra, que quando você buscar esposa para o meu filho, não escolherá entre as filhas dos cananeus, no meio dos quais estou morando.

4 Mas irá à minha terra natal e aí escolherá uma esposa para o meu filho Isaac".

5 O servo perguntou: "E se a mulher não quiser vir comigo para esta terra, deverei levar seu filho para o lugar de onde o senhor saiu?"

6 Abraão lhe respondeu: "De jeito nenhum, não leve meu filho para lá. 7 Javé, o DEUS do céu e da terra, que me tirou da casa paterna e da minha terra natal, e que jurou dar esta terra à minha descendência, ele enviará o seu anjo diante de você, e você poderá trazer uma esposa para meu filho.

8 Se a mulher não quiser vir com você, então você ficará livre do juramento. Em todo caso, não leve meu filho para lá".

9 O servo colocou a mão sob a coxa de Abraão, seu patrão, e jurou que assim faria.  

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 24, versículos 1 a 9 (Gn 24, 1-9).


Explicando Gn. 24, 1 - 67:
DEUS continua a providenciar a realização da promessa. Passo importante é o casamento de Isaac, do qual nascerão os futuros descendentes. Note-se que a esposa adequada será reconhecida pela generosidade.
Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 35.

(A imagem acima foi copiada do link Personagem Bíblico.) 

sábado, 12 de junho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XIX)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


22 Parentes de Abraão - 20 Depois desses acontecimentos, comunicaram a Abraão que também Melca dera filhos a seu irmão Nacor: 21 seu primogênito Hus; Buz, irmão deste; Camuel, pai de Aram; 22 Cased, Azau, Feldas, Jedlad, Batuel. 23 E Batuel gerou Rebeca.

São os oito filhos que Melca deu a Nacor, irmão de Abraão.

24 Nacor tinha uma concubina, chamada Roma, que também teve filhos: Tabé, Gaam, Taás e Maaca. 

  

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 22, versículos 20 a 24 (Gn 22, 20 - 24).


Explicando Gn 22, 20 - 24:

Esta lista genealógica começa a preparar a história de Isaac e Jacó, e introduz as histórias do casamento dos dois (cf. Gn 24; 28 - 29). Era costume dos antigos que os matrimônios fossem realizados entre jovens de clãs aparentados (cf. 24, 3 - 4).

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 34.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

quarta-feira, 9 de junho de 2021

EXPLICANDO GÊNESIS 22, 1 - 19

Ler também: Gênesis - Origem do Povo de DEUS (XVIII).


DEUS tira todas as seguranças de Abraão, para lhe fazer sua promessa e entregar-lhe seu dom (cf. Gn 12,1-9 e nota).

Muitos obstáculos parecem tornar impossível a realização desse dom e promessa (velhice, esterilidade).

Quando a promessa começa a cumprir-se com o nascimento de Isaac, Abraão poderia acomodar-se e perder de vista o grande projeto, para o qual DEUS o chamara.

Por isso, DEUS lhe pede um novo ato de fé que confirme sua obediência.

DEUS não promete nova segurança para o homem se acomodar; pelo contrário, desafia o homem a estar sempre alerta, a fim de relacionar-se com DEUS e criar uma nova história. 

Só assim o projeto de DEUS não será fundido com as limitações dos projetos humanos.

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 34.


(A imagem acima foi copiada do link Blog Canção Nova.)  

sábado, 5 de junho de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XVIII)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


22 A grande prova - 1 Depois desses acontecimentos, DEUS pôs Abraão à prova, e lhe disse: "Abraão, Abraão!" Ele respondeu: "Estou aqui".

2 DEUS disse: "Tome seu filho, o seu único filho Isaac, a quem você ama, vá à terra de Moriá e ofereça-o aí em holocausto, sobre uma montanha que eu vou lhe mostrar".

3 Abraão se levantou cedo, preparou o jumento, e levou consigo dois servos e seu filho Isaac. Rachou a lenha do holocausto, e foi para o lugar que DEUS lhe havia indicado.

4 No terceiro dia, Abraão levantou os olhos e viu de longe o lugar.

5 Então disse aos servos: "Fiquem aqui com o jumento; eu e o menino vamos até lá, adoraremos a DEUS e depois voltaremos até vocês".

6 Abraão pegou a lenha do holocausto e a colocou nas costas do seu filho Isaac, tendo ele próprio tomado nas mãos o fogo e a faca. E foram os dois juntos.

7 Isaac falou a seu pai: "Pai". Abraão respondeu: "Sim, meu filho!" Isaac continuou: "Aqui estão o fogo e a lenha. Mas onde está o cordeiro para o holocausto?"

8 Abraão respondeu: "DEUS providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho!"

9 Quando chegaram ao lugar que DEUS lhe indicara, Abraão construiu o altar, colocou a lenha, depois amarrou seu filho e o colocou sobre o altar, em cima da lenha.

10 Abraão estendeu a mão e pegou a faca para imolar seu filho.

11 Nesse momento, o anjo de Javé ó chamou lá do céu e disse: "Abraão, Abraão!" Ele respondeu: "Aqui estou!"

12 O anjo continuou: "Não estenda a mão contra o menino! Não lhe faça nenhum mal! Agora sei que você teme a DEUS, pois não me recusou seu filho único".

13 Abraão ergueu os olhos e viu um cordeiro preso pelos chifres num arbusto; pegou o cordeiro e o ofereceu em holocausto no lugar do seu filho.

14 E Abraão deu a esse lugar o nome de "Javé providenciará". Assim, até hoje se costuma dizer: "Sobre a montanha, Javé providenciará".

15 O anjo de Javé chamou lá do céu uma segunda vez a Abraão, 16 dizendo: 

"Juro por mim mesmo, palavra de Javé: porque você me fez isso, porque não me recusou seu filho único, 17 eu o abençoarei, eu multiplicarei seus descendentes como as estrelas do céu e a areia da praia. Seus descendentes conquistarão as cidades dos seus inimigos.

18 Por meio da descendência de você, todas as nações da terra serão abençoadas, porque você me obedeceu".

19 Abraão voltou até seus servos, e juntos foram para Bersabéia. E Abraão ficou morando em Bersabéia. 


Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 22, versículos 01 a 19 (Gn 22, 01 - 19).

(A imagem acima foi copiada do link Wikipédia.) 

quinta-feira, 27 de maio de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (XV)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


21 DEUS realiza o que promete - 1 Javé visitou Sara, como havia anunciado, e cumpriu sua promessa.

2 No tempo que DEUS tinha marcado, Sara concebeu e deu à luz um filho para Abraão, que já era velho.

3 Abraão deu o nome de Isaac ao filho que lhe nasceu, gerado por Sara.

4 Conforme DEUS lhe havia ordenado, Abraão circuncidou seu filho Isaac, quando este completou oito dias.

5 Abraão tinha cem anos quando seu filho Isaac nasceu.

6 E Sara disse: "DEUS me deu motivo de riso, e todos os que souberem disso vão rir de mim".

7 E acrescentou: "Quem diria a Abraão que Sara iria amamentar filhos? Apesar de tudo, na sua velhice eu lhe dei um filho". 

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 21, versículos 01 a 07 (Gn 21, 01 - 07).


Explicando Gn 21 21, 01 - 07: O episódio narra o nascimento de Isaac, "o filho da promessa", cujos pais Abraão e Sara já possuíam idade bastante avançada (Abraão contava com cem anos!).

Tal acontecimento é, sem sombra de dúvidas, um desafio à natureza e à compreensão humana. 

Como um homem, centenário, ainda consegue manter relações sexuais? E como uma mulher, que na época devia ter cerca de 90 anos de idade, ainda consegue menstruar, ovular, conceber e dar à luz um filho saudável? 

A resposta é bem simples aos olhos de quem tem fé: para DEUS, nada é impossível (Gn 18, 14; Lc 1, 37).


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quarta-feira, 12 de maio de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (X)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ

18 Como salvar a cidade injusta? - 16 Os homens se levantaram e olharam em direção a Sodoma; e Abraão foi acompanhá-los para a despedida.

17 Javé dizia: "Será que devo esconder de Abraão o que vou fazer, 18 uma vez que Abraão se tornará uma nação grande e poderosa, e que através dele serão abençoadas todas as nações da terra?

19 Eu o escolhi para que ele instrua seus filhos, sua casa e seus sucessores, a fim de que se mantenham no caminho de Javé, praticando a justiça e o direito; desse modo, Javé realizará tudo o que prometeu a Abraão".

20 Então Javé disse: "O clamor contra Sodoma e Gomorra é muito grande e o pecado deles é muito grave. 21 Vou descer para ver se, de fato, as ações deles correspondem ou não ao clamor que subiu até mim contra eles. Então, ficarei sabendo".

22 Os homens partiram daí e foram para Sodoma, enquanto Javé permanecia com Abraão. 

23 Abraão aproximou-se e perguntou: "Destruirás o justo com o injusto? 24 Talvez haja cinquenta justos na cidade! Destruirás e não perdoarás a cidade pelos cinquenta justos que estão no meio dela?

25 Longe de ti fazeres tal coisa: matar o justo com o injusto, de modo que o justo seja confundido com o injusto! Longe de ti! Será que o juiz de toda a terra não fará justiça?"

26 Javé respondeu: "Se eu encontrar cinquenta justos na cidade de Sodoma, perdoarei a cidade toda por causa deles".

27 Abraão continuou: "Eu me atrevo a falar ao meu Senhor, embora eu seja pó e cinza. 28 Mas talvez faltem cinco para os cinquenta justos; por causa de cinco, destruirás a cidade inteira?"

Javé respondeu: "Não a destruirei, se eu nela encontrar quarenta e cinco justos".

29 Abraão insistiu: "Suponhamos que só existam quarenta!"

Javé respondeu: "Por causa dos quarenta, eu não o farei".

30 Abraão continuou: "Que meu Senhor não fique irritado se eu continuo falando. E se houver trinta?"

Javé respondeu: "Se houver trinta, eu não o farei".

31 Abraão insistiu: "Estou me atrevendo a falar ao meu Senhor. Talvez haja vinte!" 

Javé respondeu: "Por causa dos vinte, eu não a destruirei".

32 Abraão continuou: "Que o meu Senhor não se irrite se eu pergunto pela última vez: E se houver dez?"

Javé respondeu: "Por causa dos dez, eu não a destruirei".

33 Quando terminou de falar com Abraão, Javé foi embora. E Abraão voltou para o seu lugar.

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 18, versículos 16 a 33 (Gn. 18, 16 - 33).

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domingo, 9 de maio de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (IX)

 ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


18 Para DEUS nada é impossível - 1 Javé apareceu a Abraão junto ao Carvalho Mambré, enquanto ele estava sentado à entrada da tenda, pois fazia muito calor.

2 Levantando os olhos, Abraão viu na sua frente três homens de pé. Ao vê-los, correu da entrada da tenda ao encontro deles e se prostrou por terra, 3 dizendo:

" Senhor, se alcancei o seu favor, não passe junto ao seu servo sem fazer uma parada. 4 Vou mandar que tragam água para que vocês lavem os pés e descansem debaixo da árvore. 5 Vou trazer um pedaço de pão e vocês poderão recuperar as forças antes de partir; foi para isso que passaram junto ao servo de vocês".

Eles responderam: "Está bem. Faça o que está dizendo".

6 Abraão entrou correndo na tenda onde estava Sara, e disse a ela: "Depressa! Tome vinte e um litros de flor de farinha, amasse-os e faça um pão grande".

7 Depois Abraão correu até o rebanho, escolheu um vitelo novo e bom, e o entregou ao empregado, que se apressou em prepará-lo. 8 Pegou também coalhada, leite e o vitelo que havia preparado, e colocou tudo diante deles. E os atendia debaixo da árvore enquanto eles comiam.

9 Depois eles perguntaram: "Onde está sua mulher Sara?" Abraão respondeu: "Está na tenda". 

10 O hóspede disse: "No próximo ano eu voltarei a você. Então sua mulher já terá um filho".

Sara estava na entrada da tenda, atrás de Abraão, e ouviu isso. 

11 Ora, Abraão e Sara eram velhos, de idade avançada, e Sara já não tinha regras. 12 Sara riu por dentro, pensando: "Agora que sou velha vou provar o prazer, e com um marido tão velho?"

13 Javé, porém, disse a Abraão: "Por que Sara riu, dizendo: 'Será que vou dar à luz agora que sou velha?' 14 Por acaso, existe alguma coisa impossível para Javé? Neste mesmo tempo, no próximo ano, eu voltarei a você, e Sara já terá um filho".

15 Sara, que estava assustada, negou: "Eu não ri". Mas ele tornou a dizer: "Não negue, você riu".   


Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 18, versículos 1 a 15 (Gn. 18, 1 - 15).


Explicando Gênesis 18, 1 - 15:

As pessoas devem estar abertas a situações corriqueiras, pois é através delas que DEUS se manifesta para fazer o seu dom. O dom que DEUS promete muitas vezes parece impossível e até mesmo sem cabimento para os homens; contudo, é através da impossibilidade dos homens que DEUS torna possível a realização do seu projeto.

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral, pp. 29 - 30. 
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sábado, 8 de maio de 2021

EXPLICANDO GÊNESIS 17, 1 - 27

            Lei também: Gênesis - Origem do Povo de DEUS (VIII).


A mudança de nome indica um compromisso com DEUS para realizar uma missão.

A circuncisão é um rito que indica a pertença ao povo com o qual DEUS faz aliança.

Esse rito, como o batismo, supõe o compromisso de viver conforme DEUS quer (v. 1).

Notemos que tanto os livres como os escravos são circuncidados: o povo de DEUS nasce aberto para todos, e diante de DEUS são todos iguais.

É um convite para que os homens também realizem essa igualdade entre si. 


Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 29.


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domingo, 2 de maio de 2021

EXPLICANDO GÊNESIS 16, 1 - 16

Ler também: Gênesis - Origem do Povo de DEUS (VII).

 


No Antigo Oriente, uma legislação permitia que a esposa estéril cedesse ao marido uma escrava para a procriação; o filho nascido da escrava era reconhecido como legítimo.

Recorrendo a esse artifício legal, Abrão está querendo facilitar a realização da promessa; mas não é isso que DEUS quer.

Ismael, filho da escrava, é abençoado, mas não é através dele que Javé realizará a promessa.

DEUS faz um grande projeto para o homem; contudo, muitas vezes, o homem acha impossível realizá-lo, e recorre a subterfúgios, traindo o desafio contido na promessa e que está dentro da aspiração humana. 

Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), p. 28.


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quarta-feira, 21 de abril de 2021

GÊNESIS - ORIGEM DO POVO DE DEUS (VII)

ABRAÃO, O HOMEM DA FÉ


16 A promessa é um desafio - 1 Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos; mas tinha uma escrava egípcia chamada Agar. 2 Então Sarai disse a Abrão: "Javé não me deixa ter filhos: una-se à minha escrava para ver se ela me dá filhos".

Abrão aceitou a proposta de Sarai.

3 Dez anos depois que Abrão se estabeleceu na terra de Canaã, sua mulher Sarai tomou sua escrava, a egípcia Agar, e a entregou como mulher a seu marido Abrão. 4 Este se uniu a Agar, que ficou grávida.

Vendo que estava grávida, Agar perdeu o respeito para com Sarai. 5 Então Sarai disse a Abrão: "Você é responsável por essa injustiça. Coloquei em seus braços minha escrava, e ela, vendo-se grávida, não me respeita mais. Que Javé seja nosso Juiz".

6 Abrão disse a Sarai: "Muito bem. Sua escrava está em suas mãos. Trate-a como você achar melhor". Sarai maltratou de tal modo Agar que ela fugiu de sua presença.

7 O anjo de Javé encontrou Agar junto a uma fonte no deserto, a fonte que está no caminho de Sur. 8 E lhe disse: "Agar, escrava de Sarai, de onde você vem e para onde vai?"

Agar respondeu: "Estou fugindo de minha patroa Sarai".

9 O anjo de Javé lhe disse: "Volte para sua patroa e seja submissa a ela". 10 E o anjo de Javé acrescentou: "Eu farei a descendência de você tão numerosa que ninguém poderá contar". 

11 E o anjo de Javé concluiu: "Você está grávida e vai dar à luz um filho e lhe dará o nome de Ismael, porque Javé ouviu sua aflição. 12 Ele será potro selvagem: estará contra todos, e todos estarão contra ele; e viverá separado de seus irmãos". 

13 Agar invocou o nome de Javé, que lhe havia falado, e disse: "Tu és o Deus-que-me-vê, pois eu vi Aquele-que-me-vê". 14 Por isso, esse poço chama-se "Poço daquele que vive e me vê", e se encontra entre Cades e Barad.

15 Agar deu à luz um filho para Abrão, e Abrão deu o nome de Ismael ao filho que Agar lhe dera. 16 Abrão tinha oitenta e seis anos quando Agar deu à luz Ismael.

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro do Gênesis, capítulo 16, versículos 1 a 16 (Gn. 16, 1 - 16).


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domingo, 18 de abril de 2021

EXPLICANDO GÊNESIS 15, 1 - 21

 

Ler também: Gênesis - Origem do Povo de DEUS (VI).

DEUS promete e o homem aspira; mas nada ainda acontece. DEUS desafia novamente Abrão com a promessa, e este acredita e confia. 

A justiça do homem consiste numa entrega confiante ao DEUS que garante cumprir o que promete, quando ainda nada pode ser verificado (cf. Hb 11, 1).

Abrão pede um sinal; e como sinal, além da criação e da aliança com Noé, temos aqui a terceira grande aliança.

Ora, a aliança era um acordo em que ambos os contraentes se empenhavam entre si; era concluída com um rito, no qual os contraentes passavam entre animais divididos: quem violasse a aliança teria a mesma sorte que esses animais.

Notemos que somente Javé (fogueira, tocha) passa entre os animais: a aliança com Abrão é um empenho exclusivo de DEUS: só DEUS pode realizar aquilo que prometeu.

O esquema do Êxodo é fortemente representado no texto: DEUS faz Abrão sair de Ur para dar-lhe a terra (v. 7); da mesma forma, os descendentes de Abrão serão escravos no Egito e DEUS os fará sair daí para lhes dar a terra (vv. 13-20). Sair para: é o movimento de libertação que torna possível, tanto para o indivíduo, como para o povo ao qual ele pertence, caminhar para a vida.


Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), pp. 27-28.


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