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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

DEMITIDA POR SER MÃE

Estudo da FGV mostra que metade das mulheres é demitida quando volta da licença maternidade.


Um estudo da Fundação Getúlio Vargas - FGV, aponta que pelo menos metade das mães que trabalhavam são demitidas até dois anos depois que termina a licença maternidade.

O fato por si só já é um absurdo, e demonstra a total falta de zelo, cuidado, paciência, respeito e dignidade pela profissional em seu ambiente de trabalho. Demonstra, ainda, uma visão autoritária, cada vez mais comum, na relação trabalhista, onde os direitos tem sido vistos como privilégios...

E infelizmente, a situação acima descrita não representa um caso isolado. A cada dia que passa os direitos - seus, meus, de todos - estão sendo tolhidos. As reformas previdenciária e trabalhista mostram isso. Estamos nos encaminhando para uma situação que a meu ver, e desculpem se estou parecendo alarmista, vai desconstruir e acabar com conquistas históricas, a duras penas conseguidas.

Demitir uma mulher que concebeu, deu à luz e trouxe uma vida ao mundo é covarde, é estúpido, é patético. Demitir uma mulher que optou pela maternidade é asqueroso, baixo, vil e desumano. Reflete uma mentalidade retrógrada, preconceituosa e machista que ainda impera na nossa sociedade. 

E não deixa de ser uma forma de violência contra a mulher...

E mais:

a) fere a dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República e constitucionalmente assegurado (CF, art. 1º, III);

b) contradiz o preceito de que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, que é direito e garantia fundamental tutelado na nossa Constituição (CF, art. 5º, I);

c) desrespeita o art. 226 da nossa Carta Magna, que diz: "A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado"; (Cadê a proteção estatal para estas mães que foram demitidas, minha gente?!)

d) não está em consonância com os arts. 372 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Tais artigos estão no Capítulo III, que dispõe da proteção do trabalho da mulher e veda a discriminação;

e) vai de encontro à Lei nº 9.029/1995, a qual proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica de trabalho; e,

f) viola a Convenção Sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher, um tratado internacional aprovado em 1979 pela Assembleia Geral das Nações Unidas e que passou a integrar nosso ordenamento jurídico com a promulgação do Decreto nº 4.377/2002. 

Só para citar alguns exemplos.   

E que fique bem claro: Discriminar a mulher por qualquer característica, situação ou estado que diz respeito ao seu gênero é injusto, ilegal, imoral, desumano, covarde, estúpido e autoritário. Não devemos nos calar. Faça sua parte. Exerça seus direitos. Pratique cidadania. Denuncie.  


(A imagem acima foi copiada do link Barroso Advocacia.)

sábado, 13 de dezembro de 2014

CRIANÇA DIZ CADA UMA... (III)


Um dia, uma menina estava sentada observando sua mãe se arrumar. De repente, percebeu que ela tinha vários cabelos brancos que sobressaíam entre a sua cabeleira dourado-escura. Curiosa, a menina perguntou: 

- Por que a senhora tem tantos cabelos brancos, mamãe?

A mãe respondeu:

- Bom, cada vez que você faz algo de ruim que me entristece ou me decepciona, um de meus cabelos fica branco.

A menina ficou pensativa por alguns instantes e logo interpelou a mãe mais uma vez:

- Mãe, por que TODOS os cabelos da vovó estão brancos?

Autor: desconhecido, com adaptações.

(A imagem acima foi copiada do link Roteiro Baby.)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Ensinamentos da MÃE DE ANTIGAMENTE


Coisas que nossas mães diziam e faziam... Uma educação que hoje é condenada por "especialistas" - mas que dava certo.

Minha mãe ensinou a VALORIZAR O SORRISO... 
'ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!' 

Minha mãe me ensinou RELIGIÃO... 
'MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!'

Minha mãe me ensinou a RETIDÃO. 
'EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!' 

Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS... 
'SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!' 

Minha mãe me ensinou HIERARQUIA...
'PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?' 

Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS..
'SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!...'

Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...
'VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!'

Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO... 
'CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VOCÊ CHORAR!' 

Minha mãe me ensinou sobre O VALOR DA ESPERA... 
'ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!' 

Minha mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA... 
'CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ...' 

Minha mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS... 
'OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!' 

Minha mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO... 
'SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!' 

Minha mãe me ensinou MEDICINA... 
'PARA DE FICAR VESGO MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI FICAR ASSIM PARA SEMPRE.'

Minha mãe me ensinou sobre GENÉTICA...
'VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!'

Minha mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES... 
'TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?' 

Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...
'SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!' 

Minha mãe me ensinou HIGIENE PESSOAL...
'OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!' 

Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO...
'VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!' 

Minha mãe me ensinou a ESCUTAR ...
'SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO NA SUA CABEÇA!'

As mães de hoje não agem mais assim... Por isso que os filhos estão tão rebeldes, sem limites, desobedientes... Brigadão Mãe!!! HOJE SOU UMA PESSOA BEM MELHOR, MAIS EDUCADA E HUMANA E DEVO TUDINHO À BOA EDUCAÇÃO QUE A SENHORA ME DEU.


Autor desconhecido, com adaptações.


(A imagem acima foi copiada do link Simples Assim.)

domingo, 9 de maio de 2010

DIA DAS MÃES...


“Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando eu vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem
Já que você
Não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim…”

(Trecho da música Vento no Litoral da banda Legião Urbana.)

sábado, 30 de maio de 2009

MÃE É MÃE


Minha mãe faleceu no dia 06 de outubro de 2008. Chamava-se Maria Paulino Pereira e tinha 69 anos de idade. Se estivesse viva, hoje - 30 de maio de 2009 - completaria 70 anos de idade. Essa é a primeira vez que escrevo algo sobre ela - excetuando-se as homenagens que fiz para a missa de sétimo dia.

Minha mãe foi sempre alegre e cheia de vida, não me lembro de tê-la visto triste. Com raiva, séria, preocupada, sorridente ou reclamando de algo, muitas vezes, mas triste, nunca a vi. Ela sempre dizia que mãe é mãe, e eu, na minha ignorância de filho caçula, jamais entendi direito o que aquelas palavras simples queriam dizer.

Já fui ao Ceará algumas vezes depois do fatídico 06 de outubro. Visitei meu pai e revi o restante da família. Na casa onde cresci tudo estava mudado: os móveis pareciam fora do lugar; as plantas do jardim e do pomar apresentavam-se mal-tratadas; as galinhas aparentavam sentir a falta daquela que por anos e anos serviu-lhes o milho religiosamente no horário certo; o quintal, o terreiro e o oitão precisavam de uma faxina minuciosa.

Procurei um copo para beber água e, não encontrando, quase perguntei por impulso: mãe, cadê os copos?, mas lembrei que a dona da casa não estava. Mais tarde, quis uma toalha limpa para me enxugar após o banho. Revirei o guarda-roupa, a estante e a cômoda. Nada.

Perguntei a uma de minhas irmãs que lá estavam onde eu acharia toalhas limpas. Esta respondeu-me com ar triste que quem sabia onde estavam todas as toalhas, lençóis, redes, travesseiros, era nossa mãe.

Certa vez, lá pelas dez e meia da noite senti a barriga roncando. Tinha esquecido de jantar. Até nisso a dona Maria se preocupava, sempre me indagando se eu estava com fome ou se já tinha comido.

Esses fatos todos aconteceram entre os meses de outubro de 2008 e fevereiro de 2009. Estamos no finalzinho de maio e há três meses não vou ao Ceará.

Longe de casa, da família e dos amigos de infância começo a compreender o que minha mãe queria dizer com aquelas palavras.

Mãe não é apenas aquela que te traz ao mundo, mas quem te dá amor, carinho, proteção e segurança; é aquela que cuida da casa e da família de um jeito todo especial que ninguém mais - mesmo se esforçando muito - consegue imitar; mãe sempre pergunta se você já se alimentou, mesmo que a refeição tenha acabado de ser consumida; sempre sabe do que o filho precisa, antes mesmo que ele peça; mãe é aquela que te recomenda para não chegares tarde em casa, mas só dorme sossegada depois que você regressa; mãe é aquela que conhece detalhadamente cada filho, o que ele gosta, o que sente, quando precisa de atenção, a comida preferida; mãe é a única que reza terço, faz novena, manda celebrar missa e solta fogos comemorando a aprovação do filho no vestibular; mãe torce, se emociona, briga pela família, mas também repreende quando necessário.

Mãe é isso e muito mais. Na minha ignorância de filho mais novo talvez nunca chegue a entender completamente o que a sábia frase da dona Maria Paulino queria dizer. Talvez nem ela mesma conseguisse definir com palavras o que é ser mãe. Mas através das atitudes do dia-a-dia para com os doze filhos, marido, netos, bisneto, primos, irmãos, sobrinhos, amigos, compadres, comadres e afilhados, mostrou na prática o que é, verdadeiramente, ser mãe.