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sábado, 16 de março de 2019

A 13ª EMENDA (13th) - RESENHA (V)

Para quem gosta de cinema e de História... 


Para Henry Louis Gates Jr., professor de História da Harvard University, uma das grandes conquistas dos ativistas foi a mudança de paradigma no que concerne à desobediência das leis segregacionistas. Ser preso, defendendo a causa dos negros, passou a ser algo nobre; eles estavam dispostos a apanhar pela democracia. Foi uma virada pacífica fenomenal contra o opressor.

Mas nem tudo eram flores. Os afro descendentes continuaram sofrendo perseguições e, nas manifestações públicas pacíficas eram confrontados pela polícia, que os atacava com cães, bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e fortes jatos de água de mangueiras de incêndio. O aparelho opressor do Estado pouco se importava se nessas marchas pacíficas se encontravam crianças, mulheres e idosos. Todos apanhavam.

Infelizmente, à medida que o movimento dos direitos civis foi ganhando força, as taxas de criminalidade começaram a disparar em todo o país. Para Michelle Alexander, educadora e autora (The New Jim Crow) foi muito cômodo para a classe política afirmar que o movimento dos direitos civis contribuía para a escalada da criminalidade. Ela critica esses pseudo representantes da democracia, pois diziam que o preço a se pagar, como nação, pelas liberdades civis dos negros seria o crime.

Ora, a população carcerária dos Estados Unidos se manteve praticamente estável durante a maior parte do século XX. Mas isso mudou nos anos de 1970...

Nessa época, começou uma era para a qual os estudiosos do assunto cunharam a expressão encarceramento em massa. Sob a falácia do discurso da “Law and order” (lei e ordem), propagado pelo então presidente Richard Nixon (1913 - 1994), os cidadãos americanos ‘de cor’ superlotaram o sistema penitenciário. Não é por acaso, como foi dito, que justamente na década de 1970, o índice de encarceramento, que tinha se mantido praticamente estável por mais de cem anos, começou a subir vertiginosamente.

Os números não mentem, e os produtores do documentário A 13ª Emenda fazem questão de mostrar: em 1970, a população carcerária dos EUA era de 357.292 internos. Como esclarece Angela Davis, professora emérita da UC Santa Cruz, durante a era Nixon, no chamado período “Law and order” o crime começou a ocupar o lugar da raça.

Para James Kilgore, autor que já foi severamente encarcerado e que, portanto, entende bem o encarceramento, o discurso de Nixon de guerra ao crime é falacioso. Para o autor, o discurso disfarçava um modus operandi, a ser perpetrado não contra os criminosos em si, mas contra determinados grupos previamente selecionados. Esses grupos eram de movimentos políticos negros da época, dentre eles: Black Power, Panteras Negras, o movimento antiguerra, movimentos pacifistas, movimentos de liberação feminina e gay. 

Outro momento que representou uma grande etapa do encarceramento em massa foi a política de “guerra contra as drogas”, também do governo Nixon. A ênfase da administração federal em combater a dependência química e o vício em drogas ilícitas, não como um problema de saúde pública, mas como uma questão de segurança pública, deu ensejo a outro grande ciclo de encarceramento em massa. Milhares de pessoas, a maioria negros ou de baixa renda, foram parar atrás das grades, por simples posse de maconha (mesmo que em pequena quantidade) ou delitos leves.

Segundo Khalil G. Muhammad, professor de História, Raça e Políticas Públicas, da Harvard University, o Governo conseguiu incutir na cabeça das pessoas a associarem o caos nos centros urbanos aos movimentos pelos direitos civis. Isso, por si só, representou um retrocesso histórico nos movimentos de direitos civis.

E não para por aí. Um alto membro do governo Nixon chegou a admitir que o foco da chamada “guerra às drogas” era prender negros. Como estratégia de campanha eleitoral, eles venderam para os eleitores a ideia de associarem os hippies à maconha e os negros à heroína. Assim, o Estado, através do seu aparato opressor (a polícia), poderia intervir nessas comunidades sem sofrerem censura por parte da opinião pública. 

O primeiro resultado prático disso veio com os números, e como sabemos, os números não mentem. A população carcerária em 1980 era de 513.900 encarcerados.


(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)

domingo, 23 de dezembro de 2018

FORREST GUMP - O CONTADOR DE HISTÓRIAS

Conheça e emocione-se com esse brilhante filme


O intrépido Forrest Gump: contando suas histórias de vida fantásticas, mesmo para aqueles que não querem ouvir...
Mesmo tendo um raciocínio lento em relação aos outros garotos, Forrest Gump (Ton Hanks) sempre teve o incentivo e o apoio da mãe. Sua história de vida se confunde com os principais acontecimentos dos Estados Unidos num período de 40 anos. Acontecimentos estes que são, dentre outros: a Guerra do Vietnã, a luta pelos direitos civis dos negros, Elvis Presley, o assassinato do presidente Kennedy, chegada do homem à Lua, o impeachment do presidente Nixon. Tudo isso narrado pelo ingênuo Forrest, num banco de parada de ônibus, a todos os que se sentam por ali.

Um filme cativante, emocionante, comovente, uma verdadeira lição de vida e uma linda lição de amor (Forrest passa o filme inteiro tentando ficar com Jenny, sua amiga de infância). Vale a pena tê-lo em casa e assisti-lo toda vez que der vontade. Eu mesmo já vi inúmeras vezes - e me emociono em todas elas...

Forrest Gump - O Contador de Histórias, foi indicado para 13 Oscars e levou 6 (melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor edição, melhor roteiro adaptado, melhores efeitos visuais). Um filmaço. Recomendadíssimo!!!


(A imagem acima foi copiada do link 50 Anos de Filmes.)

domingo, 11 de novembro de 2018

"Um homem não está acabado quando enfrenta a derrota. Ele está acabado quando desiste".


Richard Nixon (1913 - 1994): advogado, político e militar norte-americano. Lutou durante a Segunda Guerra Mundial e foi o 37º presidente dos Estados Unidos (1969 a 1974), tendo de renunciar a este cargo devido ao escândalo do caso Watergate. 


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

“A ÁGUIA POUSOU”.

Este mês, comemora-se a primeira caminhada do homem na Lua, realizada em 1969.


No dia 16 de julho de 1969 os astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins partiram na ponta do foguete Saturno V, de Cabo Canaveral na Flórida, Estados Unidos, em direção àquela que seria a aventura mais ousada de todos os tempos: a exploração da Lua.

Os astronautas tripulavam a nave Apollo 11 composta pelo Módulo de Comando Columbia e pelo Módulo Lunar Eagle, e enfrentariam uma viagem de mais de 300 mil quilômetros de distância.

Após quatro dias de expedição a Missão Apollo 11 - a quinta missão tripulada do Programa Apollo da NASA (Agência Espacial Norte Americana) - atingiu seu intento: pousou em solo lunar em 20 de julho de 1969. A alunissagem, nome dado aos pousos na Lua, foi feita pelo Módulo Lunar Eagle onde estavam a bordo Armstrong e Aldrin - Collins ficou no Módulo de Comando na órbita do satélite.

O Eagle tocou a superfície lunar num local chamado Mar da Tranquilidade, uma grande área plana, formada de lava basáltica solidificada. Neil Armstrong - comandante da missão - falou no rádio a célebre frase: "Houston, aqui Base da Tranquilidade. A Águia pousou". Milhões de telespectadores acompanharam ao vivo aquele dia histórico, e os russos, que lançaram o primeiro satélite e colocaram o primeiro ser humano em órbita, perdiam a Corrida Espacial.


Instantes depois, Armstrong recebeu a permissão do Centro Espacial Johnson, em Houston, para iniciar a exploração. Ele abriu a portinhola do ML Eagle e desceu pela escada. Antes de pisar em solo lunar proferiu a frase imortal: Este é um pequeno passo para o homem, mas um enorme salto para a humanidade.

Aldrin o seguiu no passeio. Ambos permaneceram em solo lunar aproximadamente duas horas. Lá, recolheram amostras do solo, tiraram fotografias, fincaram uma bandeira dos Estados Unidos e deixaram uma placa assinada por eles, os três astronautas, e por Richard Nixon, presidente norte-americano na época.

Na placa estavam escritos os dizeres: "Aqui os homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua. Julho de 1969. Viemos em paz, em nome de toda a humanidade".

Outras missões tripuladas do Programa Apollo pousaram na Lua: Apollo 12 (novembro de 1969); Apollo 14 (fevereiro de 1971); Apollo 15 (julho de 1971); Apollo 16 (abril de 1972); e Apollo 17 (dezembro de 1972) - último voo do programa para a Lua.

Já se passaram décadas dessa conquista. Entretanto, mais que uma disputa entre dois países (EUA e ex-URSS) a exploração da Lua serviu para impulsionar a curiosidade do ser humano em se lançar ao desconhecido e fazer novas descobertas.

Tem gente que até hoje ainda não acredita que o homem chegou à Lua, mas isso já é outra história…


(As imagens presentes nesse texto foram retiradas do link Wikipédia.)