domingo, 2 de novembro de 2014

A LENDA DO ZORRO

Um ótimo filme para assistir com toda a família

Catherine Zeta-Jones e Antonio Banderas em A Lenda do Zorro: vilões, conspiração e um pedido de divórcio...

A Lenda do Zorro (The Legend of Zorro) é um filme norte-americano de ação e aventura - com umas pitadas de humor - dirigido por Martin Campbell. Lançado em 2005, é a sequência do filme A Máscara do Zorro. Traz no seu elenco, dentre outros, Antonio Banderas, Catherine Zeta-Jones, Adrián Alonso, Rufus Sewell, Pedro Armendáriz Jr., Julio Oscar Mechoso e Tony Amendola.

A história do filme se passa em 1850, época em que o povo da Califórnia vota para decidir se aceita se juntar aos Estados Unidos da América, tornado-se o 31º estado daquele país. Durante o pleito, alguns vilões atacam um povoado para tentar roubar as urnas com os votos, mas são impedidos por Zorro. No duelo, o herói deixa cair sua máscara, deixando revelar sua verdadeira identidade (Don Alejandro de la Vega).

Ao saber que o marido voltou a atuar como Zorro, Elena, esposa de Don Alejandro fica furiosa e, antes que o herói mascarado peça desculpas, sua amada pede divórcio. Para piorar ainda mais a situação, surge na história um tal conde francês chamado Armand, que Elena conhecera na Europa e por quem parece estar apaixonada. 

Será que a Califórnia vai se juntar aos Estados Unidos? Será que o Zorro vai vencer os vilões? E Don Alejandro, vai reconquistar sua amada? Para responder estas questões só assistindo A Lenda do Zorro. Um excelente filme. Recomendo.  
 
 
Algumas frases d'A Lenda do Zorro

O mundo é muito mais complicado do que você imagina. 

A prisão muda um homem. 

Minha família é minha vida. 

Ele morreu com o nome de Deus nos lábios e uma bala no peito. 

Muito bom. Gostei de ver. Assim o diabo saberá quem mandou você. 

O amor resiste dia após dia, hora após hora, minuto após minuto. 


(As imagens acima foram copiadas do link Cine Pop.)
 

sábado, 1 de novembro de 2014

O FAXINEIRO DA MICROSOFT

Dedicado a Sara, do cursinho. 

Um homem que estava desempregado já há algum tempo entra num concurso da Microsoft para ser faxineiro. O Gerente de Recursos Humanos o entrevista, faz um teste (que consistia em varrer o chão) e lhe diz: 

- O serviço é seu. Preciso que me dê seu e-mail e eu lhe enviarei um formulário para o senhor preencher com seus dados pessoais,  bem como informações como a data, a hora e o local em que deverá se apresentar para o serviço.

O homem, meio envergonhado, responde: 

- Não tenho computador, e muito menos, e-mail. 

O Gerente de RH diz:

- Lamento, mas se o senhor não tiver e-mail, quer dizer que virtualmente não existe. E, como não existe, não pode ter o trabalho. 

O homem sai dali desesperado, sem saber o que fazer. Tem somente US$ 10 (dez dólares) no bolso. Então decide ir ao supermercado e compra uma caixa de 10 quilos de tomates. 

Depois sai batendo de porta em porta, vendendo os tomates a quilo, e, em menos de duas horas, tinha conseguido duplicar o capital. Repete a operação mais três vezes e volta para casa com US$ 60 (sessenta dólares). 

Pensativo e empreendedor, o homem verifica que pode sobreviver dessa maneira.  Sai, então, de casa cada dia mais cedo e volta um pouco mais tarde, e assim triplica ou quadruplica o dinheiro a cada dia. O tempo passa e ele compra uma Kombi. Depois troca por um caminhão e pouco tempo depois chega a ter uma pequena frota de veículos para distribuição. 

Passados cerca de cinco anos, o homem é dono de uma das maiores distribuidoras de alimentos dos Estados Unidos. Está milionário!!! Pensando no futuro da sua família, decide fazer um seguro de vida. Chama um corretor, acerta um plano e quando a conversa acaba, o corretor lhe pede o e-mail para enviar a proposta. O homem disse que não tem e-mail. Curioso, o corretor lhe diz: 

- Você não tem e-mail e chegou a construir este império, imagine o que o senhor seria se tivesse e-mail! 

O homem pensa alguns segundos e responde enfaticamente: 

- Seria faxineiro da Microsoft! 


Moral: 
1: A Internet ajuda bastante, mas não soluciona sua vida! 

2: Se você quer ser faxineiro da Microsoft, procure ter um e-mail. 

3: Se você não tem e-mail, mas trabalha muito, pode ser milionário. 

4: Se você recebeu isto por e-mail - ou por alguma rede social - está mais perto de ser faxineiro do que de ser milionário.

5: Não julgue alguém só porque essa pessoa não possui e-mail - ou rede social!!!

Autor desconhecido, com adaptações.


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

VERSÃO JAPONESA DO JOÃOZINHO

No primeiro dia de aulas numa escola primária dos EUA a professora apresentou aos alunos um novo colega, Sakiro Suzuki, do Japão...

A aula começa e a professora dialoga com a turma:

- Vamos ver quem conhece a história americana. Quem disse: 'Dê-me a liberdade ou a morte'?

Silêncio total na sala. Apenas Suzuki levanta a mão e diz:

- Patrick Henry, em 1775, na Filadélfia.

- Muito bem, Suzuki - comenta a professora. E quem disse: 'O estado é o povo, e o povo não pode afundar-se'?

- Abraham Lincoln, em 1863, em Washington.

A professora olha os alunos e diz:

- Vocês não têm vergonha? Suzuki é japonês e sabe mais sobre a história americana que vocês!

Então, ouve-se uma voz baixinha, lá ao fundo:

- Vai tomar no c(*), japonês filho da puta!

- Quem foi? grita a professora.

Suzuki levanta a mão e sem esperar responde:

- General McArthur, em 7 de dezembro de 1941, em Pearl Harbour; e Lee Iacocca, em 1982, na Assembleia Geral da Chrysler.

A turma fica super silenciosa, apenas ouve-se do fundo da sala:

- Acho que vou vomitar.

A professora grita:

- Quem foi?

E Suzuki:

- George Bush (pai) ao Primeiro-Ministro Tanaka, durante um almoço em Tóquio, em 1991.

Um dos alunos grita:

- Chupa o meu p(*)!

E a professora, irritada:

- Acabou-se! Quem foi agora?

E Suzuki, sem hesitações:

- Bill Clinton à Mônica Lewinsky, na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, em 1997.

E outro aluno se levanta e grita:

- Suzuki é uma merda!

E Suzuki responde:

- Valentino Rossi, no Grande Prêmio de Moto no Rio de Janeiro, em 2002. A turma fica histérica, a professora desmaia, a porta se abre e entra o diretor, que diz:

- Que merda é essa, nunca vi uma confusão destas!

Suzuki:

- Lula para o ministro da Aeronáutica, a respeito do caos aéreo em dezembro de 2006,  em Brasília.

E outro aluno, num sussurro que ecoou:

- Ihhh... agora fodeu de vez!

Suzuki:

- Lula de novo, após a queda do avião da TAM.

O diretor fica estarrecido com a petulância do japonês e da euforia da turma e diz:

- Cambada de viadinhos filhos da puta, vocês têm que virar homens de verdade!

Suzuki:

- Muricy Ramalho para o time do São Paulo na Copa Libertadores de 2009 (antes de ser demitido) ...

Autor desconhecido.


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

AULA DE RELIGIÃO

Uma professora ministrava aula de religião e falava sobre os Dez Mandamentos para seus alunos - todos crianças com idades de 5 e 6 anos.

Depois de explicar o mandamento de 'honrar pai e mãe', perguntou à turma:

- Queridos, tem algum mandamento que nos ensine como devemos tratar nossos irmãos.

Joãozinho levanta a mão e responde prontamente:

- Não matarás!!!


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

VERBO SER



Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.

Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987), poeta, cronista e contista brasileiro. 




(A imagem acima foi copiada do link Alergo House.)

"Um povo sem o conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes".


Marcus Garvey (1887 - 1940): comunicador e empresário. Nascido na Jamaica, é considerado um dos maiores ativistas do Movimento Nacionalista Negro de todos os tempos.


(A imagem acima foi copiada do link Vida Rasta.)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A CULPA É DOS NORDESTINOS?

De início já respondo: óbvio que não.  
Não ia me pronunciar sobre o resultado das eleições, respeito a vontade da maioria. No entanto, não posso me conter diante de alguns comentários preconceituosos que vi nas redes sociais, com seguinte teor: "parabéns aos eleitores do nordeste que votam no PT e depois vão para SP governado pelo PSDB atrás de uma vida melhor".  
Sou Mineiro e há dois anos moro no nordeste (Teresina/PI), terra que adoto como minha, de povo receptivo e caloroso. Mas o que existe aqui (Nordeste)? Oito milhões de famílias dependes dos benefícios do bolsa família
Os beneficiários do bolsa família são vítimas. São vítimas da administração da pobreza e não do combate à pobreza. Por que ao invés de diminuir o número de dependentes do benefício do bolsa família esse número só cresce? Porque a pobreza está aumentando e não diminuindo. É uma matemática simples e a conclusão só pode ser uma: não há combate à pobreza, há administração da mesma, repito (o pior é que o PSDB sequer administrava a pobreza, olhou para o povo bem menos)
Nesse sentido, gostaria de citar uma frase do ex-ministro Joaquim Barbosa: "Hoje estamos assistindo a formação de uma sociedade de viciados pela esmola do Estado, sem o menor estímulo de evoluir para o mercado de trabalho. Se contentando a viver à margem da dignidade humana". E mais uma: "A pior ditadura não é a que aprisiona o homem pela força, mas sim pela fraqueza, fazendo-o refém das próprias necessidades" (autoria desconhecida). 
Soma-se a isso a corrupção desenfreada e escancarada que corrói as estruturas da república. Não quero com isso dizer que a direita desse país é santa. O problema é que a esquerda tornou a corrupção algo comum.
Não quero me alongar e volto à pergunta inicial: de quem é a culpa? Certamente não é dos que recebem o bolsa família. São vítimas, repito. A culpa é do intelectual, do letrado, do graduado, do pós-graduado que, mesmo CIENTE de tudo ainda votou no PT, preferiu a perpetuação do poder à alternância (essencial à democracia). 
A culpa é sim de quem lê o jornal e cala-se diante de tamanhas falcatruas que a todo momento estampam a capa dos jornais. E mais, a culpa é dos que ocupam cargos em comissão e vendem sua dignidade por mais alguns anos no governo. Lembrem-se meus amigos, o poder é passageiro (quero crer).
Por que o PSDB perdeu? Porque o PT cuidou mais dos menos favorecidos. Mas, infelizmente, exagerou demais na corrupção, não merecia ter ficado. Me disseram que eleitor do PT é igual mulher que apanha do marido: fica com ele porque ele põe comida em casa. Com o PSDB era pior, ele batia na mulher e não colocava comida em casa. Apesar de tudo, a alternância era essencial num momento como esse. Era preciso mudança, alternância, a corrupção vai virar cláusula pétrea se assim continuarmos.
Para arrematar: "triste é a nação que perde a capacidade de se indignar com a corrupção" (autoria desconhecida).
Autor: Raphael Miziara 
Fonte: JusBrasil.


Nota: nós que fazemos o blog Oficina de Ideias 54 não temos vinculação com nenhum partido político. O texto acima é meramente informativo. Somos a favor da liberdade de pensamento e opinião e, por causa disso, repudiamos qualquer forma de ofensa ou preconceito em virtude de opção política ou posicionamento ideológico.


 (A imagem acima foi copiada do link Pragmatismo Político.) 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ISSO É DEMOCRACIA, PORRA!!!

Em disputa acirrada, petista vence candidato 'tucano' e se reelege presidenta

Dilma Rousseff reeleita presidenta: quer queiram, quer não, ela vai governar para todos.

Não se via uma disputa tão 'apertada' assim desde a redemocratização, ocorrida no final da década de 1980. O candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Aécio Neves, chegou a estar na frente da candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff. A 'virada' da petista começou já no finalzinho, com mais de 90% das urnas apuradas.

Com 54.501.118 votos (51,64% dos votos válidos) Dilma venceu Aécio, que obteve 51.041.155 votos (48,36% dos votos válidos). Com o resultado, a candidata, que já fizera história quando foi eleita a primeira presidenta - como ela mesma gosta de ser chamada - do Brasil, agora confirma seu legado como a primeira mulher a ser reeleita para o cargo máximo do Poder Executivo Nacional.

O caminho até a reeleição foi árduo. Dilma Rousseff sofreu críticas, ataques e acusações de todos os lados - mas também criticou, atacou e acusou... As três maiores revistas semanais do país estamparam em suas respectivas capas, de forma descarada, diga-se de passagem, críticas e insinuações contra a candidata petista. 

A maior emissora de televisão também não ficou atrás nas críticas. Mostrando um cunho nitidamente tendencioso, os repórteres dessa emissora fizeram perguntas contundentes à Dilma, numa tentativa clara de pôr em xeque a credibilidade das propostas da candidata. Até Marina Silva, candidata do PSB derrotada no primeiro turno, de quem se esperava pelo menos uma posição de neutralidade, se aliou a Aécio...

Muitos ficaram descontentes com a vitória da Dilma. Estão, inclusive, alardeando na internet, emissoras de rádio, jornais, revista e televisão que a reeleição se deu em virtude dos programas sociais que o governo federal vem mantendo. Pura celeuma. Muitas críticas e insinuações ainda virão nos próximos dias. Mas em toda eleição é assim. Os derrotados sempre procuram encontrar explicações para seu fracasso. Quando não encontram, inventam, acusam, criticam.

Os anseios da maioria foram atendidos: acadêmicos, analfabetos, empregados, patrões, desempregados, ricos, pobres, classe média, índios, negros, brancos, mestiços, católicos, ateus, protestantes, judeus, espíritas, umbandistas, jovens, idosos, mulheres, homens, gays, lésbicas, transexuais... Dilma ganhou votos de todos e, quer queiram, quer não, ela vai governar para todos.

ISSO É DEMOCRACIA, PORRA!!! 


Nota: nós que fazemos o blog Oficina de Ideias 54 não temos vinculação com nenhum partido político. O texto acima é meramente informativo. Somos a favor da liberdade de pensamento e opinião e, por causa disso, repudiamos qualquer forma de ofensa ou preconceito em virtude de opção política ou posicionamento ideológico.


(A imagem acima foi copiada do link Adelson Meira.) 

domingo, 26 de outubro de 2014

PRESENTE DE FORMATURA

Certo jovem queria muito um carro esportivo. Como estava prestes a se formar na faculdade, pediu ao seu pai que lhe desse o tão sonhado carro como presente de formatura. 

Mas no dia da formatura seu pai chegou com uma caixa de madeira e a entregou ao jovem. Dentro havia uma Bíblia com capa de couro e com o nome do jovem gravado em letras de ouro. 

Então o rapaz recusou o presente e disse com ira ao pai: "Com todo o seu dinheiro você me dá uma Bíblia".

Passado o tempo o jovem se tornou um homem de sucesso. Tinha uma bela casa, um bom emprego e uma bela família. Seu pai já muito velho e doente resolveu visitá-lo, mas antes de sair de casa passou mal e veio a falecer.

O filho foi até a casa de seu pai onde começou a vasculhar os pertences, que traziam à tona lembranças de bons momentos vividos com seu pai. Então encontrou aquela caixa da mesma forma que a deixara, abriu-a e começou a folhear a Bíblia. Foi quando caiu algo de entre as folhas. Era uma chave de carro, da mesma marca que ele havia pedido. A página de onde a chave havia caído continha um recibo da loja que vendera o carro, com a data da formatura do jovem.

Nesta página estava a escritura do Evangelho de (São) Mateus 7, 7-8:

"Peçam e receberão. Procurem e encontrarão. Batam e abrirão a porta para vocês. Porque aquele que pede recebe, e o que busca encontra, e ao que bate se abre." 

Arrependido, o homem chorou. Havia aprendido uma lição.

Muitas vezes, levados pela ganância, desejamos acumular riquezas. Nos esquecemos, porém, de outras coisas mais importantes, as quais dinheiro nenhum no mundo pode comprar: amor, saúde, paz.

DEUS está pronto para nos conceder isso e muito mais - se merecermos, evidentemente. O problema é que temos a mania de pedirmos apenas bens materiais...

Autor desconhecido, com adaptações.

(A imagem acima foi copiada do link Top Speed.)

sábado, 25 de outubro de 2014

"A CULPA POR SER POBRE E NÃO TER ESTUDADO É TOTALMENTE SUA"

Uma frase que raramente traduz a verdade, mas é o que muita gente quer que você acredite

(O texto é longo, mas vale a pena ser lido. Garanto!!!)

Educação: direito social que vem sendo vergonhosamente deixado de lado no Brasil
Aí a gente liga a TV de manhã para acompanhar os telejornais por conta do ofício e já se depara com histórias inspiradoras de pessoas que não ficaram esperando o Maná cair do céu e foram à luta. Pois a educação é a saída, o que concordo. E está ao alcance de todos – o que é uma besteira. E as cotas por cor de pele, que foram fundamentais para o personagem retratado na reportagem alcançar seu espaço e mudar sua história, nem bem são citadas. 

Pra quê? No Brasil, não temos racismo, não é mesmo? Até porque o negro não existe. É uma construção social… 

Quando resgato a história do Joãozinho, os meus leitores doutrinados para acreditar em tudo o que veem na TV ficam loucos. Joãozinho, aquele self-made man, que é o exemplo de que professores e alunos podem vencer e, com esforço individual, apesar de toda adversidade, “ser alguém na vida”. 

(Sobe música triste ao fundo ao som de violinos.) 

Joãozinho comia biscoitos de lama com insetos, tomava banho em rios fétidos e vendia ossos de zebu para sobreviver. Quando pequeno, brincava de esconde-esconde nas carcaças de zebus mortos por falta de brinquedos. Mas não ficou esperando o Estado, nem seus professores lhe ajudarem e, por conta, própria, lutou, lutou, lutou (contando com a ajuda de um mecenas da iniciativa privada, que lhe ensinou a fazer lápis a partir de carvão das árvores queimadas da Amazônia), andando 73,5 quilômetros todos os dias para pegar o ônibus da escola e usando folhas de bananeira como caderno. Hoje é presidente de uma multinacional. 

(Violinos são substituídos por orquestra em êxtase.) 

Ao ouvir um caso assim, não dá vontade de cantar: Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amoooooooor? 

Já participei de comissões julgadoras de prêmios de jornalismo e posso dizer que esse tipo de história faz a alegria de muitos jurados. Afinal, esse é o brasileiro que muitos querem. Ou, melhor: é como muitos querem que seja o brasileiro. 

Enfim, a moral da história é: 

“Se não consegue ser como Joãozinho e vencer por conta própria sem depender de uma escola de qualidade, com professores bem capacitados, remunerados e respeitados, e de um contexto social e econômico que te dê tranquilidade para estudar, você é um verme nojento que merece nosso desprezo. A propósito, morra!” 

Uma vez, recebi reclamações da turma ligada a ações como “Amigos do Joãozinho”. Sabe, o pessoal cheio de boa vontade genuína e sincera, mas que acredita que o problema da escola é que falta gente para pintar as paredes. Um deles me disse que acreditava na “força interior” de cada um para superar as suas adversidades. E que histórias de superação são exemplos a serem seguidos. 

Críticas anotadas e encaminhadas ao bispo, que me lembrou de que eu iria para o inferno – se o inferno existisse, é claro. 

O Brasil está conseguindo universalizar o seu ensino fundamental, mas isso não está vindo acompanhado de um aumento rápido na qualidade da educação. Mesmo que os dados para a evolução dos primeiros anos de estudo estejam além do que o governo esperava no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), grande parte dos jovens de escolas públicas têm entrado no ensino médio sabendo apenas ordenar e reconhecer letras, mas não redigir e interpretar textos. 

Enquanto isso, o magistério no Brasil continua sendo tratado como profissão de segunda categoria. Todo mundo adora arrotar que professor precisa ser reconhecido, mas adora chamar de vagabundo quando eles entram em greve para garantir esse direito. 

Ai, como eu detesto aquele papinho-aranha de que é possível uma boa educação com poucos recursos, usando apenas a imaginação. Aulas tipo MacGyver, sabe? “Agora eu pego essa ripa de madeira de demolição, junto com esses potinhos de Yakult usados, coloco esses dois pregadores de roupa, mais essa corda de sisal… Pronto! Eis um laboratório para o ensino de química para o ensino médio!” 

É possível ter boas aula sem estrutura? Claro. Há professores que viajam o mundo com seus alunos embaixo da copa de uma mangueira, com uma lousa e pouco giz. Por vezes, isso faz parte do processo pedagógico. Em outras, contudo, é o que foi possível. Nesse caso, transformar o jeitinho provisório em padrão consolidado é o ó do borogodó. 

Pois, como sempre é bom lembrar, quem gosta da estética da miséria é intelectual, porque são preferíveis escolas que contem com um mínimo de estrutura. Para conectar o aluno ao conhecimento. Para guiá-lo além dos limites de sua comunidade. 

“Ah, mas Sakamoto, seu chato! Eu achei linda a história da Ritinha, do Povoado To Decastigo, que passa a madrugada encadernando sacos de papel de pão e apontando lascas de carvão, que servirão de lápis, para seus alunos da manhã seguinte. Ela sozinha dá aula para 176 pessoas de uma vez só, do primeiro ao nono ano, e perdeu peso porque passa seu almoço para o Joãozinho, um dos alunos mais necessitados. Ritinha, deu um depoimento emocionante ao Globo Repórter, dia desses, dizendo que, apesar da parca luz de candeeiro de óleo de rato estar acabando com sua visão, ela romperá quantas madrugadas for necessário porque acredita que cada um deve fazer sua parte.” 

Ritinha simboliza a construção de um discurso que joga nas costas do professor a responsabilidade pelo sucesso ou o fracasso das políticas públicas de educação. Esqueçam o desvio do orçamento da educação para pagamento de juros da dívida, esqueçam a incapacidade administrativa e gerencial, o sucateamento e a falta de formação dos profissionais, os salários vergonhosamente pequenos e planos de carreira risíveis, a ausência de infraestrutura, de material didático, de merenda decente, de segurança para se trabalhar. 

Joãozinho e Ritinha são alfa e ômega, a responsável por tudo. Pois, como todos sabemos, o Estado não deveria ter responsabilidade na vida dos cidadãos. 

Vocês acham sinceramente que “a pessoa é pobre porque não estudou ou trabalhou”? 

Acham que basta trabalhar e estudar para ter uma boa vida e que um emprego decente e uma educação de qualidade é alcançável a todos e todas desde o berço? 

E que todas as pessoas ricas e de posses conquistaram o que têm de forma honesta? 

Acham que todas as leis foram criadas para garantir Justiça e que só temos um problema de aplicação? 

Não se perguntam quem fez as leis, o porquê de terem sido feitas ou questiona quem as aplica? 

Como já disse aqui, uma das principais funções da escola deveria ser produzir pessoas pensantes e contestadoras que podem colocar em risco a própria estrutura política e econômica montada para que tudo funcione do jeito em que está. Educar pode significar libertar ou enquadrar – inclusive libertar para subverter. 

Que tipo de educação estamos oferecendo? 

Que tipo de educação precisamos ter? 

Uma educação de baixa qualidade, insuficiente às características de cada lugar, que passa longe das demandas profissionalizantes e com professores mal tratados pode mudar a vida de um povo? 

O Joãozinho e a Ritinha acham que sim. Mas eu duvido.

Fonte: Pragmatismo Político.

(A imagem acima foi copiada do link Oficia de Ideias 54.)