sexta-feira, 2 de abril de 2010

SEMANA SANTA

Entenda o significado da Semana Santa

A Semana Santa é uma das principais e mais importantes festas da tradição religiosa do Cristianismo. Nela são celebradas a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo.


Começa com o Domingo de Ramos onde é relembrada a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém. Naquela época, há mais de dois mil anos, Jesus é acolhido em Jerusalém como um rei. Ele entra na cidade montado num jumentinho e por onde passa as pessoas colocam ramos de palmeiras no seu caminho. Daí surgiu a tradição, na igreja Católica, da Missa do Domingo de Ramos. Nessa ocasião, os fiéis levam ramos de plantas para serem abençoados pelo celebrante da missa.

O povo recebeu Cristo com festa, mas essas mesmas pessoas o condenariam posteriormente à morte na cruz...

A Segunda-Feira Santa é o segundo dia da Semana Santa. Nesse dia Nosso Senhor dos Passos inicia a caminhada e pregações que o levariam rumo ao calvário.

Na Terça-Feira Santa são celebradas as sete dores de Maria:

  • As profecias de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35);
  • A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
  • O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
  • O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
  • Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
  • Maria recebendo o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61); e,
  • Maria observando o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).
Na Quarta-Feira Santa (quarto dia d'A Semana Santa) encerra-se o período quaresmal, iniciado na Quarta-Feira de Cinzas. Em Algumas igrejas celebra-se a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Outras igrejas, ainda, celebram neste dia o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Na Quinta-Feira da Ceia é relembrada a Última Ceia. Nesse dia, Jesus ceiou com os Doze Apóstolos e instituiu a Eucaristia. Nas catedrais diocesanas é celebrada a Missa de Crisma, onde o Bispo diocesano santifica o óleo dos Catecúmenos e dos Enfermos e consagra o óleo de Crisma que será usado por todas as paróquias de sua diocese durante um ano até a próxima Quinta-feira Santa.

À Tarde, após o pôr-do-sol, é celebrada a Missa de Lava-pés, onde se relembra o gesto de humildade que Jesus realizou lavando os pés dos seus Doze Discípulos e comendo com eles a ceia derradeira. É neste momento que Judas Iscariotes sai correndo e vai entregar Jesus por trinta moedas de prata. Nesta mesma noite Jesus é preso, interrogado e no amanhecer da Sexta-feira, açoitado e condenado.

A igreja fica em vígila relembrando as dores e sofrimentos começados por Jesus nesta noite, em expiação aos nossos pecados e do mundo inteiro. As igrejas se revestem de luto. São retirados todos os enfeites, flores e velas e os altares são desnudados. Tudo isso para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer.

A Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão é o momento onde a Igreja recorda a Morte do Salvador. É o único dia do ano-litúrgico que não se celebra a Missa. Em vez disso, é celebrada a Solene Ação Litúrgica, Paixão e Adoração da Cruz, que inicia-se com a equipe de celebração entrando em silêncio, e o celebrante, se prostrando no altar em sinal de humildade e de tristeza. Não há consagração das hóstias, essas, são consagradas na quinta-feira.

É realizada a narrativa da paixão, que descreve os acontecimentos desde quando Jesus foi interrogado até sua crucificação. À noite, tradicionalmente, é realizada a Procissão do Enterro.

Algumas igrejas, também, relembram as Sete Dores de Maria e encenam a descida da Cruz.

O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o sétimo dia d'A Semana Santa. Ele antecede o Domingo de Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo.

Nas Filipinas esse dia também é chamado de Sábado Negro. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa. Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados e as únicas celebrações permitidas são as que fazem parte da Liturgia das Horas.

Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro tipo de sacramento, excepto o da Confissão. Em alguns lugares, a manhã do Sábado de Aleluia é dedicada à "Celebração das Dores de Maria", onde se recorda a "hora da Mãe", sem missa. Nesse dia se realiza a tradicional Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.

No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa.

O Domingo de Páscoa é um dia de vitória. Vitória da vida sobre a morte, do perdão sobre o pecado, do amor sobre o ódio, do bem sobre o mal. É o dia da ressurreição de Jesus Cristo. Ressurreição essa que veio nos libertar daquilo que nos faz escravos da morte: o pecado.

Em suma, a Semana Santa é a representação mais fiel do amor de Deus pela humanidade, que em nome desse amor entregou seu próprio filho à morte, e morte de cruz, para salvar todo aquele que acredite n'Ele.

Que possamos, nessa semana, refletir sobre nossas atitudes como seres humanos e mudarmos o que vínhamos fazendo de errado. Pois só assim estaremos demostrando a Deus que a morte do seu filho, que se imolou por nós, não foi em vão.


(A foto acima faz parte do filme Paixão de Cristo, de Mel Gibson, e foi copiada do link Jackbotelhopinto.)

DIA DA MENTIRA

O 1º de abril é reconhecido mundialmente como Dia da Mentira. A data, que já faz parte do folclore de muitos países, tem várias teorias sobre sua origem.

Uma delas diz que o Dia da Mentira, ou Dia dos Bobos, surgiu como uma brincadeira na França. Antigamente - começo do século XVI - o Ano Novo era festejado com a chegada da primavera no dia 25 de Março. As comemorações duravam vários dias e terminavam no dia 1 de abril. Depois da adoção do calendário gregoriano, em 1564, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1º de janeiro. Muitos franceses não gostaram da mudança e continuaram seguindo o calendário antigo, pelo qual o ano novo iniciava em 1 de abril. Zombadores passaram então a ridicularizá-los, pregando peças, enviando presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.

Aqui no Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido no estado de Minas Gerais. Lá, circulou o periódico "A Mentira", lançado em 1º de abril de 1848. O jornal teve uma vida curta, mas entre suas "publicações" teve uma que noticiou a morte do imperador Dom Pedro I, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

Entre as superstições envolvendo o 1º de abril, há uma dizendo que se alguém não consegue aceitar os truques, ou tirar proveito deles dentro do espírito da tolerância e do divertimento, deve sofrer com a má sorte. Também se diz que aquele que for enganado por uma bonita menina será recompensado com o matrimônio, ou pelo menos a amizade dela.

Tomara que venha uma bela moça me pregar peças.