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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

DIA DE FINADOS

Aprenda e entenda o significado desta importante data.

Santo Odilon de Cluny: criou o que hoje conhecemos como Dia de Finados.


Assim como na maioria dos países ocidentais, aqui no Brasil, o Dia de Finados, Dia de Todas as Almas ou Dia dos Mortos, é celebrado em 02 de novembro. 

Isso ocorre desde a Idade Média, após essa data ter sido sugerida pelo Santo Odilon de Cluny (962 - 1049), "O Arcanjo dos Monges".

A cerimônia de Dia de Finados é um dos mais importantes rituais religiosos da tradição cristã católica. A data tem por objetivo principal relembrar a memória dos mortos, dos entes queridos que já se foram, bem como (para os católicos) rezar pela alma deles.

Desde a época do cristianismo primitivo, o qual se desenvolveu sob as ruínas do Império Romano, que os cristãos rezavam por seus mortos, em especial pelos mártires. Tal prática se dava nas catacumbas subterrâneas da cidade de Roma, onde os mártires eram frequentemente enterrados.

O costume de rezar pelos mortos foi sendo introduzido paulatinamente na liturgia (conjunto de rituais que são executados ao longo do ano) da Igreja Católica. Como vimos, o principal responsável pela instituição de uma data específica dedicada à alma dos mortos foi o monge beneditino Odilon (ou Odilo) de Cluny, hoje venerado como santo.

Em 02 de novembro de 998, o abade Odilon instituiu aos membros de sua abadia e a todos aqueles que seguiam a Ordem Beneditina a obrigatoriedade de se rezar pelos mortos. A partir do século XII, essa data popularizou-se em todo o mundo cristão medieval como o Dia de Finados, e não apenas no meio clerical. 

Apesar do processo de secularização e laicização que o mundo ocidental tem passado desde a entrada da Modernidade, o dia 02 de novembro ainda é identificado como sendo um dia específico para se meditar e rezar pelos mortos. 

Milhões de pessoas, ao redor do mundo, cumprem o ritual de ir até os cemitérios levar flores para depositar nas lápides em memória dos que se foram; outras levam também velas e cumprem os rituais mais tradicionais, como ir à missa, fazer orações, entoar cânticos etc.

Fonte: Brasil Escola e Wikipédia, adaptado.

(A imagem acima foi copiada do link Wikipédia.) 

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

SANTO AGOSTINHO - VIDA E OBRA (XIII)

O homem e a essência do pecado (I)


DEUS é a bondade absoluta e o homem é o réprobo miserável condenado à danação eterna e só recuperável mediante a graça divina. Eis o cerne da antropologia agostiniana. Para o bispo de Hipona, o homem é uma criatura privilegiada na ordem das coisas. Feito à semelhança de DEUS, desdobra-se em correspondência com as três pessoas da Trindade.

As expressões dessa correspondência encontram-se nas três faculdades da alma. A memória, enquanto persistência de imagens produzidas pela percepção sensível, corresponderia à essência (DEUS Pai), aquilo que é e nunca deixa de ser; a inteligência seria o correlato do verbo, razão ou verdade (Filho); finalmente, a vontade constituiria a expressão humana do amor (Espírito Santo), responsável pela criação do mundo.

De todas essas faculdades, a mais importante é a vontade, intervindo em todos os atos do espírito e constituindo o centro da personalidade humana. A vontade seria essencialmente criadora e livre, e nela tem raízes a possibilidade de o homem afastar-se de DEUS. Tal afastamento significa, porém, distanciar-se do ser e caminhar para o não-ser, isto é, aproximar-se do mal. Reside aqui a essência do pecado, que de maneira alguma é necessário e cujo único responsável seria o próprio livre-arbítrio da vontade humana. 

O pecado é, segundo Agostinho, uma transgressão da lei divina, na medida em que a alma foi criada por DEUS para reger o corpo, e o homem, fazendo mau uso do livre-arbítrio, inverte essa relação, subordinando a alma ao corpo e caindo na concupiscência e na ignorância. Voltada para a matéria, a alma acaba por secar-se pelo contato com o sensível, dando a ele o pouco de substância que lhe resta, esvaindo-se no não-ser e considerando-se a si mesma como um corpo.  

No estado de decadência em que se encontra, a alma não pode salvar-se por suas próprias forças. A queda do homem é de inteira responsabilidade do livre-arbítrio humano, mas este não é suficiente para fazê-lo retornar às origens divinas. A salvação não é apenas uma questão de querer, mas de poder. E esse poder é privilégio de DEUS. Chega-se, assim, à doutrina da predestinação e da graça, uma das pedras de toque do agostinismo.

A graça é necessária para que o homem possa lutar eficazmente contra as tentações da concupiscência. Sem ela o livre-arbítrio pode distinguir o certo do errado, mas não pode tornar o bem um fato concreto. A graça precede todos os esforços de salvação e é seu instrumento necessário. Ajunta-se ao livre-arbítrio sem, entretanto, negá-lo; é um fator de correção e não o aniquila. Sem o auxílio da graça, o livre-arbítrio elegeria o mal; com ela, dirige-se para o bem eterno. 

Mas, segundo Agostinho, nem todos os homens recebem a graça das mãos de DEUS; apenas alguns eleitos, que estão, portanto, predestinados à salvação. A propósito da graça, Agostinho polemizou durante anos com o monge Pelágio (c. 360-c. 420) e seus seguidores. Os pelagianistas insistiam no esforço que o homem deve despender para obter a salvação e encareciam a eficácia do livre-arbítrio. Com isso minimizavam a intervenção da graça, quando não chegavam a negá-la totalmente.

A experiência pessoal de Agostinho, no entanto, atestava vigorosamente contra a tese de Pelágio e por causa disso reagiu decidida e, às vezes, violentamente. A controvérsia jamais foi totalmente solucionada e os teólogos posteriores dividiram-se em torno da questão. Calvino (1509-1564), por exemplo, levou as teses agostinianas às últimas consequências: depois do pecado original, o homem está totalmente corrompido pela concupiscência e depende exclusiva e absolutamente da vontade divina a concessão da graça para a salvação. Outros aproximaram-se de Pelágio, tentando restaurar o primado do livre-arbítrio e das ações humanas como fonte de salvação.

Fonte: Santo Agostinho. Coleção Os Pensadores. 4 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, XVIII.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

SANTO AGOSTINHO - VIDA E OBRA (XI)

DEUS, infinitamente bom... (I) 


A experiência mística revelaria ao homem a existência de DEUS e levaria à descoberta dos conhecimentos necessários, eternos e imutáveis existentes na alma. Implica, pois, a concepção de um ser transcendente que daria fundamento à verdade.

DEUS, assim encontrado, é, ao mesmo tempo, uma realidade interna e transcendente ao pensamento. Sua presença seria atestada para todos os juízos formados pelo homem, sejam científicos, estéticos ou morais. Mas, por outro lado, a natureza divina escaparia ao alcance humano. 

DEUS é inefável e mais fácil é dizer o que Ele não é do que defini-lo. A melhor forma de designá-lo, segundo Agostinho, é a encontrada no livro do Êxodo, quando Javé, dirigindo-se a Moisés, afirma: "Eu sou o que sou". DEUS seria a realidade total e plena, a "essentia" no mais alto grau. E, a rigor, tal palavra deveria ser empregada tão-somente para designá-lo. Todas as demais coisas não têm propriamente essência, pois, sendo mutáveis, seriam constituídas pela mistura do ser e do não-ser.

A argumentação centralizada na noção de ser originou-se na filosofia grega. Provinha de Parmênides de Eléia (sec. VI-V a.C.) e Heráclito de Éfeso (séc. VI-V a.C.) e foi sistematizada por Platão, a partir do qual percorreu um longo caminho até chegar a Agostinho, através de Plotino. Parmênides tinha demonstrado que o conceito de ser implica logicamente sua unidade, porquanto a multiplicidade só poderia sustentar-se na medida em que se admitisse o absurdo da existência do não-ser.

Da unidade decorreria necessariamente que o ser é eterno, imóvel, indivisível e imutável. Por outro lado, tornavam-se inconcebíveis, logicamente as ideias de movimento e transformação. Em outras palavras, o mundo revelado pelos sentidos estaria em desacordo com as exigências da razão.

Platão procurou solucionar o problema, formulando a teoria das ideias (ser), causas inteligíveis do mundo das coisas sensíveis (ser-não-ser). As ideias seriam arquétipos incorpóreos, eternos e imutáveis, dos quais os objetos concretos seriam cópias imperfeitas e perecíveis. 

Platão afirmou ainda a existência de uma hierarquia entre os dois mundos e dentro do próprio universo das ideias. Estas se escalonariam em graus de perfeição, sendo principais as ideias de verdade, belo e bem, que, por sua vez, reúnem-se na ideia do uno, conceito fundamental de toda a filosofia de Plotino. Bastava dar mais um passo para  se identificar o uno plotiniano com o DEUS cristão. Agostinho deu esse passo e ligou definitivamente o pensamento cristão à filosofia platônica.

Fonte: Santo Agostinho. Coleção Os Pensadores. 4 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

SANTO AGOSTINHO - VIDA E OBRA (IX)

A ação da alma sobre o corpo


Essa concepção de homem provinha de Platão (428-348 a.C.) e foi conhecida por Agostinho, pouco antes da conversão, através de Plotino. No diálogo Alcibíades, Platão define o homem como uma alma que se serve de um corpo, e Agostinho mantém permanentemente esse conceito com todas as consequências lógicas que ele comporta, dentre as quais a principal é a ideia de transcendência hierárquica da alma sobre o corpo.

Presente em sua morada terrena, a alma teria funções ativas em relação ao corpo: atenta a tudo o que se passa ao redor, nada deixa escapar à sua ação. Os órgãos sensoriais sofreriam as ações dos objetos exteriores, mas com a alma isso não poderia acontecer, pois o inferior não pode agir sobre o superior. Ela, no entanto, não deixaria passar despercebidas as modificações do corpo e, sem nada sofrer, tiraria de sua própria substância uma imagem semelhante ao objeto. Essa imagem, que constituiria a sensação, não é, portanto, paixão sofrida pela alma, mas ação.

Entre as sensações, algumas referem-se às necessidades e estados do corpo, outras dizem respeito a coisas exteriores. O caráter distintivo desses objetos é a instabilidade: aparecem e desaparecem, estão aí e já não estão mais, sem que seja possível apreendê-los de uma vez por todas.

Com isso ficam inteiramente excluídos de qualquer conhecimento verdadeiro, pois este exige necessariamente estabilidade e permanência. O conhecimento não seria, portanto, apreensão de objetos exteriores ao sujeito, tal como são dados à percepção. Seria, antes, a descoberta de regras imutáveis, tais como "2 + 2 = 4", ou então o princípio ético segundo o qual é necessário fazer o bem e evitar o mal.

Tanto num caso como no outro, refere-se a realidades não-sensíveis, cujo caráter fundamental seria a necessidade, pois são o que são e não poderiam ser diferentes. Da necessidade do conhecimento decorreria sua imutabilidade e, desta, a sua eternidade. 

Essa conclusão coloca desde logo um problema, pois revela a existência de dois tipos inteiramente diferentes de conhecimento. O primeiro, limitado aos sentidos e referente aos objetos exteriores ou suas imagens, não é necessário, nem imutável e nem eterno; o segundo, encontrado na matemática e nos princípios fundamentais da sabedoria, constitui a verdade.   

Essa verificação permite que se indague: será o próprio homem a fonte dos conhecimentos perfeitos? Contra a resposta afirmativa depõe o fato de ser o homem tão mutável quanto as coisas dadas à percepção, e justamente por isso ele se inclina reverente diante da verdade que o domina. Assim, só haveria uma resposta possível: a aceitação de que alguma coisa transcende a alma individual e dá fundamento à verdade. Seria DEUS.

Fonte: Santo Agostinho. Coleção Os Pensadores. 4 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

ESCOLA PERIPATÉTICA: DOUTRINAS PRINCIPAIS

Alimente sua curiosidade e aumente seus conhecimentos.


A visão filosófica de Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) tem como característica o esforço em captar a realidade de modo unitário (contra o dualismo de Platão) e, ao mesmo tempo, a tentativa de restituir as causas últimas de tudo aquilo que é mutável e contingente a um princípio único transcendente. 

Com tal propósito, o filósofo postula quatro causas fundamentais: 

a matéria e a forma, para explicar a estrutura intrínseca das realidade corpóreas); 

o agente e a finalidade, para explicar a origem das coisas e seu dinamismo.  

Apoia-se nesses princípios para resolver todos os grande problemas:  

Problema cosmológico: composição hilemórfica de todas as coisas, ou seja, todas elas são constituídas de matéria e forma, as quais se encontram na relação de potência e ato; teologia: o dinamismo das coisas e o seu devir são provocados pelo primeiro Motor Imóvel, o que é seu fim último.  

Problema antropológico: o homem não é apenas alma, como afirmava Platão, mas é o resultado da união substancial de alma e corpo, a primeira concebida como forma e o segundo como matéria; entretanto, a alma compreende um elemento espiritual, divino e imortal.

Fonte: Wikipédia.

(A imagem acima foi copiada do link Audible.) 

segunda-feira, 27 de julho de 2020

URGÊNCIA DE VIVER

Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã. Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo.

Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para por de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.

Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.

Esperamos demais para ser pais de nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora.

Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. Quem sabe quão longe será tarde demais?

Esperamos demais para ler os livros, ouvir as músicas, ver os quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma.

Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja mais necessário amanhã.

Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenhar no palco.

DEUS também está esperando nós pararmos de esperar. Esperando que comecemos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados.

É hora de VIVER!  

Morre Henry Sobel, símbolo dos direitos humanos no Brasil ...

Henry Isaac Sobel (1944 - 2019): rabino norte-americano. Nascido em Portugal, quando os pais fugiam da perseguição nazista, Henry Sobel foi rabino no Brasil por mais de quatro décadas, onde foi presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista. Também integrou o chamado Projeto "Brasil: Nunca Mais", junto com Dom Paulo Evaristo Arns (arcebispo de São Paulo) e Jaime Wright (pastor presbiteriano), que resultou na publicação do livro "Brasil: Nunca Mais". Verdadeiro marco dos direitos humanos no nosso país, o livro expõe as torturas na época da ditadura militar, baseada em farta documentação.

(A imagem acima foi copiada do link Cidade Verde.)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

"O único fim, o único objetivo de toda música é o louvor a DEUS e a recreação da alma. Quando isso se perde de vista, não pode haver mais verdadeira música, restam somente ruídos e gritos infernais".


Johann Sebastian Bach (1685 - 1750): compositor, cravista, Kapellmeister (mestre de capela), organista, professor, regente, violinista e violista, nascido numa região do Sacro Império Romano-Germânico correspondente à atual Alemanha. Gênio da música, praticou quase todos os gêneros musicais de seu tempo, ficando conhecido como o maior virtuoso de sua geração.


(A imagem acima foi copiada do link All Music.)

terça-feira, 12 de novembro de 2019

"O amor é a asa veloz que DEUS deu à alma para que ela voe até o céu".

Resultado de imagem para MICHELANGELO

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, mais conhecido como Michelangelo (1475 - 1564): arquiteto, escultor, pintor e poeta italiano da Renascença. Considerado um dos maiores criadores da história da arte do Ocidente, dentre seus inúmeros trabalhos está a participação nos afrescos da Capela Sistina.


(A imagem acima foi copiada do link Opinião e Notícia.)

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

"A alma só é bela pela inteligência, e as outras coisas, tanto nas ações como nas intenções, só são belas pela alma que lhes dá a forma da beleza".

Plotino (204 d.C. -- 270 d.C.)

Plotino (204/5 - 270): filósofo grego cujos escritos foram fonte de inspiração para metafísicos e místicos das mais variadas origens: cristãos, gnósticos, islâmicos,  judeus e até pagãos.



(A imagem acima foi copiada do link José Tadeu Arantes.)

terça-feira, 31 de julho de 2018

BUSQUE AMOR NOVAS ARTES, NOVO ENGENHO

Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.



Luís Vaz de Camões (1524 - 1580): militar e poeta de Portugal. É considerado um dos maiores ícones da literatura lusófona e um dos maiores poetas da literatura ocidental. 


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

quinta-feira, 14 de junho de 2018

ESPERANÇA DE JUSTIÇA



1 Julga-me, ó DEUS, defende a minha causa
contra uma nação sem piedade!
Liberta-me do homem injusto e traidor!

2 Sim, tu és o meu DEUS forte:
por que me rejeitas?
Por que devo andar pesaroso
sob a opressão do inimigo?

3 Envia tua luz e tua verdade:
elas me guiarão,
e me levarão ao teu monte santo, 
para a tua moradia.

4 Eu irei até o altar de DEUS,
ao DEUS que me alegra.
Vou exultar e celebrar-te com a harpa,
ó DEUS, o meu DEUS!

5 Por que te curvas, ó minha alma,
gemendo dentro de mim?
Espera em DEUS, eu ainda o louvarei:
"Salvação da minha face e meu DEUS!"

Bíblia Sagrada, Antigo Testamento, Livro dos Salmos, Salmo 43 (42).


(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

terça-feira, 11 de novembro de 2014

"Tudo vale a pena se a alma não é pequena".


Fernando Pessoa (1888 - 1935): renomado filósofo, escritor e poeta, tanto da língua portuguesa, quanto da inglesa. Nasceu e morreu em Lisboa, Portugal.

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)

sexta-feira, 26 de março de 2010

O REI E SUAS QUATRO ESPOSAS

Era uma vez um rei que tinha quatro esposas. Ele amamva a quarta mulher e vivia dando presentes, jóias e roupas caras para ela. Dava-lhe tudo do bom e do melhor.

Também amava muito sua terceira esposa e gostava de exibi-la aos reinos vizinhos. Mas tinha medo de que, um dia, ela o deixasse por outro rei.

Amava sua segunda esposa. Ela era sua confidente e sempre o ajudava, com amabilidade e paciência. Quando tinha um problema para enfrentar, confiava nela.

A 1º esposa era uma parceira muito leal e fazia tudo o que estava a seu alcance para manter o rei muito rico e poderoso. Mas, apesar dela o amar profundamente, ele mal a considerava.

Um dia, o rei caiu doente e percebeu que seu fim estava próximo. Lembrou de toda a luxúria da vida e pensou:

“Tenho quatro esposas, mas com quantas poderei contar quando morrer?“

Então, ele disse à quarta esposa:

- Eu te amei tanto, cobri você de roupas e jóias. Agora que estou morrendo, você será capaz de ir comigo, para não me deixar sozinho?

- De jeito nenhum! -respondeu ela e saiu do quarto sem olhar para trás.

A resposta dela cortou o coração do rei como se fosse uma faca afiada. Triste, ele se voltou para a terceira esposa:

- Também te amei a vida inteira. Agora que estou morrendo, você é capaz de ir comigo, para não me deixar sozinho?

- Não! – respondeu ela – A vida é muito boa! Quando morrer, casarei de novo.

O coração do rei sangrou de tanta dor. Então, ele perguntou à segunda esposa:

- Eu sempre recorri a você quando precisei e você sempre esteve ao meu lado. Quando eu morrer, você será capaz de ir comigo, para me fazer companhia?

- Sinto muito, mas desta vez eu não posso atender ao seu pedido – respondeu ela.

- O máximo que posso fazer é enterrá-lo.

Essa resposta veio como um trovão e, mais uma vez, o rei ficou arrasado. Daí, então, uma voz se fez ouvir:

- Eu o seguirei por onde você for.

O rei levantou os olhos e lá estava a sua primeira esposa. Tão magrinha, tão mal nutrida, tão sofrida…. Com o coração partido, ele falou:

- Eu devia ter cuidado muito bem de você enquanto podia!

Na verdade, todo mundo tem quatro esposas na vida. Nossa quarta esposa é o nosso corpo. Apesar de todos os esforços para mantê-lo saudável e bonito, ele nos deixará quando morrermos.

Nossa terceira esposa são as nossas posses, propriedades e riquezas. Quando morrermos, tudo isso vai para os outros.

Nossa segunda esposa é a nossa família e os nossos amigos. Apesar de nos amarem e estarem sempre nos apoiando, o máximo que podem fazer é nos enterrar.

E nossa primeira esposa é a nossa alma, muitas vezes deixada de lado enquanto perseguimos a riqueza, o poder e os prazeres do nosso ego.

Apesar de tudo, nossa alma é a única coisa que sempre irá conosco, não importa onde vamos.

Então, cultive… fortaleça… bendiga… enobreça sua alma agora !!! Ela é o maior presente e a si mesma. Por isso, faça-a brilhar!!!!


Autor: Luiz Antonio Alencastro Gasparetto (São Paulo, 16 de agosto de 1949) é um psicólogo de formação, médium psicopictográfico, escritor e locutor brasileiro.





(A imagem acima é de Luiz Gaspareto e foi copiada do link Wikipedia.)