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segunda-feira, 18 de março de 2019

A 13ª EMENDA (13th) - RESENHA (VIII)

Para quem é inteligente e gosta de documentário


O documentário faz o seguinte questionamento. Ora, os EUA são uma nação que professa a liberdade; paradoxalmente, tem um encarceramento em massa, um hiperencarceramento. Para o senador Cory Booker, este hiperencarceramento está, literalmente, capturando e dilacerando os cidadãos mais vulneráveis. E este sistema carcerário é predominantemente preconceituoso e dirigido às pessoas ‘de cor’.

Como resultado dessa política de encarceramento o número de presos subiu vertiginosamente. No ano 2000, os EUA tinham presas 2.015.300 pessoas. As medidas falharam? O próprio Clinton admitiu, anos depois, que sim, ele disse: “eu assinei uma lei que piorou o problema. Eu admito isso”.

Ok, o próprio ex-presidente que assinou a lei que piorava o encarceramento pediu desculpas e admitiu que a mesma foi um erro. Mas, e as pessoas que tiveram sua liberdade tolhida? E aqueles inocentes que, sentenciados a uma pena injusta e, humilhados e envergonhados, cometeram suicídio? E as famílias despedaçadas? E as crianças órfãs? O documentário levanta alguns questionamentos que até hoje não foram respondidos...

O documentário A 13ª Emenda fala também dos ícones na luta pelos direitos dos afro americanos. Líderes ativistas como Luther King (1929 - 1968) e Malcolm X (1925 - 1965) também sofreram em suas épocas, defendendo um ideal de liberdade para os negros. Ambos foram mortos, e até hoje a situação dos afrodescendentes não parece ter melhorado muito.

Outro grande líder afro, Fred Hampton (1948 - 1969), com apenas 21 anos de idade conseguiu reunir negros, latinos, indígenas em defesa de seus direitos. Ele era integrante dos Panteras Negras e foi brutalmente assassinado pela polícia de Chicago. Tamanho era o medo de um líder que podia unir as pessoas, que a polícia, no caso de Hampton não lhe deu, sequer, alguma chance de defesa. Já entrou atirando na casa onde ele se encontrava com a mulher grávida, às 4h:50min da manhã.

Essas foram apenas algumas histórias de pessoas valorosos que ousaram desafiar o ‘sistema’. Como represália, o ‘sistema’ as matou, as exilou, excluiu, encontrou maneiras de desacreditá-las.

Outra grande líder negra lembrada no documentário é Assata Shakur. Pertencente ao Exército de Libertação Negra, ela foi perseguida e presa. Seus aliados, inclusive brancos, conseguiram tirá-la da cadeia e mandá-la para Cuba, onde está até hoje. Outra militante negra também perseguida e presa foi Angela Davis, que inclusive foi colocada na lista dos dez fugitivos mais procurados pelo Federal Bureau of Investigation (FBI). Ambas foram desacreditadas pela imprensa e retratadas como assassinas, violentas, armadas e perigosas. Seus crimes? Ousaram pensar, lutaram por seus direitos e pelos direitos de seus irmãos. Desafiaram, pois, o ‘sistema’, e o ‘sistema’ quando não consegue te destruir fisicamente, destrói a sua imagem. 

No caso de Angela Davis, todo o aparato policial e judicial estava contra ela. Mas ela entrou no tribunal e, jogando na mesma regra deles, conseguiu desacreditá-los e saiu livre, vencedora. No seu depoimento emocionado, feito para o documentário, ela diz que as pessoas sempre falam da violência dos negros, mas ninguém sabe o que os negros passam. Não apenas hoje, mas desde que o primeiro negro chegou á América, vindo sequestrado das praias da África.


(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)

domingo, 26 de junho de 2016

NOVA YORK SITIADA

Filmaço de ação, drama e aventura

Bruce Willis e Denzel Washington: atuações impecáveis e filme eletrizante.
Nova York Sitiada é um filme norte-americano dirigido por Edward Zwick e lançado em 1998, traz nomes de peso no seu elenco como Denzel Washington, Bruce Willis e Tony Shalhoub. 

O filme mostra Nova York sofrendo ataques orquestrados por várias células terroristas, como represália após o sequestro de um líder religioso islâmico. Anthony Hubbard (Denzel Washington), um agente do FBI, o general do Exército William Devereaux (Bruce Willis) e a oficial da CIA Elise Kraft (Annette Bening) unem forças para investigar o caso. Contudo, no desenrolar da história, percebe-se que os métodos utilizados pelo governo americano para investigar quem é suspeito ou não, demonstram-se preconceituosos.   

Como termina essa história? Só assistindo... Um filme eletrizante. Recomendo!!! 


Algumas frases de Nova York Sitiada:

O trabalho do FBI é responder, o do Exército é defender.

Não se pode entrar numa guerra contra um inimigo que não se pode ver.

O Exército (norte-americano) é uma espada, não um bisturi.

Caçaremos o inimigo, encontraremos o inimigo e mataremos o inimigo.

As pessoas precisam saber que a palavra árabe não é sinônimo de terrorismo. O Islã é uma religião que prega a paz.

Esta (Estados Unidos) é a terra das oportunidades.

Não há nada mais corrosivo para a sociedade do que policiar seus cidadãos.

Eu tenho medo de ir para o inferno.

Se a coisa apertar lembre-se que os mais dedicados vencem.


(A imagem acima foi copiada do link Cinema 10.)

sábado, 17 de julho de 2010

TAPARAM O BURACO?

Depois de mais de 80 dias de vazamento, finalmente a British Petroleum parece ter conseguido tapar o buraco num campo de exploração de petróleo no Golfo do México.

A notícia foi dada ontem na imprensa internacional, mas o presidente norte-americano, Barack Obama, em entrevista coletiva na Casa Branca, disse que ainda era cedo para achar que o problema estivesse resolvido.

O vazamento causou o derramamento de milhões de litros de óleo na costa dos Estados Unidos, matando peixes e outros animais da região. A catástrofe ecológica foi apelidada por Obama como um “11 de setembro” ambiental, e está entre as maiores da história estadunidense.

A possível contenção do derramamento de petróleo foi a melhor notícia para os norte-americanos nesse mês de julho, mês em que eles comemoraram o aniversário da independência – 04 de julho.

Mas o “presente” vem acompanhado de outras notícias ruins: o crescimento econômico pós crise está abaixo das expectativas; o número de soldados americanos mortos nas guerras do Iraque e do Afeganistão aumenta a cada dia; e o serviço secreto (CIA e FBI) há mais de dois anos não tem notícias de Osama Bin Laden – inimigo público número um dos EUA.


(A imagem acima foi copiada do link Uol Notícias.)

sábado, 12 de setembro de 2009

11 DE SETEMBRO


O dia que os EUA descobriam ser uma nação vulnerável

Na manhã do dia 11 de setembro de 2001 quatro aviões de passageiros foram sequestrados nos Estados Unidos. Pertenciam às empresas norte-americanas American Airlines e United Airlines e acabaram sendo utilizados numa modalidade de crime até então desconhecida.

As aeronaves foram tomadas por terroristas suicidas, que as empregaram em alvos civis como armas de ataque. Os alvos: as Torres Gêmeas do complexo de edifícios do World Trade Center, em Manhattan, Nova York, e o Pentágono, no Condado de Arlington, Virgínia. Um quarto avião, que supostamente atingiria o Capitólio (Congresso Norte-Americano), caiu em campo aberto próximo de Shanksville, Pensilvânia.

Os ataques, coordenados pela organização terrorista Al-Qaeda, liderada por Osama Bin Laden, provocaram a morte de 3234 pessoas e entraram para a história como o maior atentado terrorista em número de vítimas fatais. Algo ainda sem precedentes em toda a história da humanidade.

Contudo, o maior estrago desse incidente não foi apenas o grande número de vítimas, e sim o impacto psicológico nas pessoas. Pela primeira vez o povo estadunidense se tomou conta de que seus sofisticados sistemas de defesa eram ineficazes. 

Nem as respeitadas agências de serviço secreto, FBI e CIA, conseguiram evitar o ataque, que foi orquestrado, em grande parte, dentro das fronteiras do país. A grande nação do norte, detentora do maior poderio bélico e econômico do mundo, percebeu que era vulnerável. Estava desprotegida. E teve justamente os ícones do seu poder atingidos: o World Trade Center, símbolo do capitalismo norte-americano; e o Pentágono, ícone da tradição beligerante da terra do Tio San.

Os terroristas do Taleban - grupo que assumiu a autoria do atentado - conseguiram seu intento: levar medo e pavor aos cidadãos norte-americanos, que até hoje se sentem inseguros por causa dos eventos ocorridos naquela fatídica manhã de 11 de setembro.

Já o governo daquela nação (na época presidida por George W. Bush), teve seu orgulho profundamente ferido e percebeu, tardiamente, que nem a tecnologia mais avançada do mundo pode deixá-los cem porcento seguros.


(A imagem que ilustra esse texto foi copiada do link Revista na Web.)