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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

RELAÇÕES DE TRABALHO AO LONGO DA HISTÓRIA (I)

Desde os primórdios da raça humana as pessoas procuraram se organizar em grupos objetivando, dentre outras coisas, se proteger das feras selvagens, buscar alimentos e abrigo, ou para se defender de outros grupos humanos.

Nessa época da humanidade, os seres humanos ainda não produziam seu próprio alimento. Viviam como nômades, caçando, pescando e coletando vegetais e raízes. Eram conhecidos, portanto, como caçadores-coletores e nômades, pois ainda não dominavam a agricultura e a pecuária, e ainda não haviam se estabelecido em assentamentos, comunidades ou tribos (sedentarismo).

Para garantir a sobrevivência do grupo começaram a ser estabelecidas formas de cooperações e divisões de tarefas entre os membros. Nascia, então, uma incipiente divisão do trabalho, baseada no gênero: os homens caçavam, pescavam e cuidavam da segurança do grupo; as mulheres coletavam vegetais, preparavam os alimentos e cuidavam das crianças.

À medida que estes grupos humanos foram se fixando em determinadas regiões, a vida sedentária foi sendo adotada aos poucos, consolidando não apenas a agricultura e a pecuária, mas também a cerâmica e a metalurgia. O alimento, a terra e o rebanho eram propriedades coletivas da comunidade mas, como novas técnicas de produção foram desenvolvidas, começou a existir um excedente de produção.

Este excedente criou um acúmulo desigual de bens materiais entre os indivíduos, originando a propriedade privada. Em consequência, a cooperação que imperava no grupo, baseada nos laços de parentesco, cedeu espaço à competição social. O acúmulo desigual de bens materiais (terras, grãos, rebanhos) passou a diferenciar as pessoas, surgindo a dicotomia entre ricos e pobres que perdura até os dias atuais.

Com o surgimento das grandes civilizações egípcia e mesopotâmica, criou-se o Estado governado por uma minoria (elite), a qual detinha os poderes econômico (riqueza), político (força) e ideológico (saber). Ao longo da evolução da humanidade,  essa minoria também passou a ser detentora dos chamados meios de produção, enquanto que a grande massa da população vendia sua força de trabalho para manter a própria subsistência e de suas respectivas famílias.

Como não era desempenhado pelos membros da elite dominante, o trabalho passou a ser considerado, em determinada fase da História (Antiguidade Clássica), como uma ocupação abjeta, relegada a um plano inferior e, por causa disso, destinada a indivíduos excluídos das “classes privilegiadas”.

É atribuída, inclusive, ao filósofo grego Aristóteles (384 a.C. - 322 a. C.) a ideia de que, para se adquirir cultura era necessário o ócio, razão pela qual deveria existir o escravo, para que o dono deste ficasse com tempo livre para “pensar”. Em virtude disso, muitos estudiosos argumentam que se origina da época clássica a etimologia do vocábulo ‘trabalho’, derivado do latim ‘tripalium’. Tripalium significa castigo e durante a Idade Média (476 – 1453) era o nome dado a uma estaca que, fincada ao solo, servia de tronco onde os escravos recebiam castigos físicos.

Fonte: COTRIM, Delgado: História Global – Brasil e Geral – volume único – 8. ed., São Paulo: Saraiva. 2005;

DIREITO PREVIDENCIÁRIO – O Estado e a Proteção Social ao Trabalhador (I). Disponível em: <http://oficinadeideias54.blogspot.com/2020/07/blog-post_22.html>.

(A imagem acima foi copiada do link Pagina Cinco.) 

sábado, 25 de junho de 2011

UM POUCO DE HISTÓRIA POTIGUAR


Entenda a importância da pecuária para o Rio Grande do Norte

A pecuária, como atividade econômica, sempre exerceu um papel muito importante na ocupação e povoamento do sertão e agreste norte-riograndenses. O gado já tinha seu valor na época da colonização.

Nas capitanias hereditárias ele exerceu, inicialmente, o papel de economia subsidiária à cana de açúcar. Entretanto, devido ao rápido desenvolvimento da pecuária, essa passou a competir com os engenhos. Não podendo mais dividir o mesmo espaço com aqueles, as fazendas de gado passaram a se deslocar para o interior das capitanias. Dava-se início ao processo de ocupação do sertão norte-riograndense.

A interiorização das fazendas invadiu os territórios ocupados por povos indígenas. Essa ocupação gerou disputas entre fazendeiros e índios, que culminou com a chamada Guerra dos Bárbaros.

Somente após esse conflito – e consequente derrota indígena – é que se deu a consolidação da ocupação das chamadas “ribeiras”, que originaram algumas cidades interioranas: Pau dos Ferros, Caicó, Currais Novos, entre outras.

Até o final do século XIX a pecuária era a atividade econômica mais importante do agreste e do sertão potiguares. Através de suas oficinas de carne seca e fazendas leiteiras, a pecuária gerou empregos e trouxe lucros para a economia do estado.

Entretanto, com a ocorrência de secas periódicas, que dizimaram os rebanhos, e a transferência das oficinas de carne seca para a região sul do país, a atividade pecuária entrou em decadência no Rio Grande do Norte.

Com o declínio da pecuária, outras novas atividades econômicas começaram a ser exploradas. Mas esta, caros leitores, já é outra história…

(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)