Mostrando postagens com marcador Paul's travels. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Paul's travels. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

QUEM FOI (SÃO) PAULO?

De caçador de cristãos a evangelizador de pagãos  

São Paulo: de perseguidor a evangelizador.

Paulo é uma das figuras mais importantes do Novo Testamento. Filho de judeus, da tribo de Benjamim, seu nome original era Saulo. Nasceu por volta do ano 05 da nossa era, na cidade de Tarso da Cilícia (At 9,11) – daí vem o costume de chamá-lo Saulo/Paulo de Tarso –, crescendo à sombra da mais perfeita tradição judaica. Morreu por volta do ano 67, em Roma, e é venerado como santo pela Igreja Católica Apostólica Romana. 

Ainda jovem foi para Jerusalém, onde se aprofundou no conhecimento da sua religião: tornou-se mestre e especialista rigoroso no cumprimento de toda a Lei judaica e seus pormenores (At 22,3). Cheio de zelo pela religião judaica começou a perseguir os cristãos (Fl 3,6), tornando-se um exímio e temido caçador dos seguidores de Cristo, até ter um encontro com o Senhor Jesus na estrada de Damasco (At 9,1-19). Esse fato mudou radicalmente a vida de Paulo. 

De perseguidor ele passou a evangelizador, levando a mensagem de Cristo para muito além das fronteiras da Palestina. Fez quatro viagens missionárias (At 13-14; At 15,39-18,22; At 18,22-21,16 e At 21,17-28,16), quando visitou diversas cidades em dois continentes (Ásia e Europa) e fundou inúmeras comunidades (igrejas). Por seu trabalho missionário, sofreu perseguição dos seus antigos companheiros judeus, sendo preso diversas vezes. 

Homem culto e bem preparado, Paulo conhecia a fundo a religião de seus pais, escrevia e falava em grego e possuía boas noções das filosofias e religiões gregas do seu tempo. Era cidadão romano (At 16,37) e soube tirar partido desse título, bem como de toda bagagem cultural que adquiriu, para conduzir todos a Jesus (1Cor 9,19-22). 


Conversão de Saulo: na estrada de Damasco o encontro com Jesus.

Começou a evangelizar para os próprios judeus, mas como esses não lhes deram ouvidos e o perseguiram, Paulo voltou sua pregação aos pagãos (At 13,44-49). Para isso, ele teve de adaptar a mentalidade dos Evangelhos, conservando o que era essencial (seguimento de Cristo) e deixando de lado o que não era importante (circuncisão). 

Paulo considerava muito perigoso unir pregação do Evangelho com dinheiro, por isso, preferia ganhar seu sustento com o próprio trabalho (Fl 4,15-17). Bem que alguns ‘missionários’, ‘pastores’ e ‘apóstolos’ de hoje poderiam aprender isso com ele... Apesar de Jesus ter ensinado que o operário (pregador) é digno do seu sustento (Mt 10,10), Paulo anunciava a Boa Nova gratuitamente. 

Foi ele quem criou a comunicação escrita para o Novo Testamento e foi também aquele que mais escreveu. Seus textos, conhecidos como as Cartas De Paulo, são anteriores aos escritos dos Evangelhos. São atribuídas a ele quatorze cartas, apresentadas na Bíblia Sagrada em ordem de tamanho, da maior para a menor:

Romanos;
I Coríntios;
II Coríntios;
Gálatas;
Efésios, escrita quando estava preso;
Filipenses, idem;
Colossenses, idem;
I Tessalonicenses;
II Tessalonicenses;
I Timóteo;
II Timóteo;
Tito;
Filemon, escrita quando estava no cativeiro. É o mais breve livro da Bíblia; e
Hebreus, essa carta é atribuída a Paulo, embora seu estilo não se pareça com o do missionário. 

Segundo estudiosos, Paulo escreveu suas Cartas procurando iluminar com os Evangelhos os problemas enfrentados pelas comunidades cristãs. Ele não cria teorias, mas tenta, a partir das dificuldades, o que significa ser um seguidor de Jesus. As Cartas são dirigidas para cada comunidade em particular e abordam uma problemática vivida naquele momento, naquele lugar. Mesmo assim, as Cartas de Paulo continuam atuais, dinâmicas, como se acabassem de ter sido escritas para cada um de nós. 

Paulo viveu há mais de dois mil anos. Não andou com Jesus como fizeram os apóstolos, mas conheceu e aceitou as palavras do Filho de Deus e tentou (tenta) transmiti-las para todos. Cabe a cada um de nós abrir o coração e deixar que essa mensagem de paz e amor transforme radicalmente nosso viver.

Fonte: Cartas de São Paulo - Introdução Geral (com adaptações), Bíblia Sagrada - Edição Pastoral, pp 1437 - 1439, 25ª edição, Ed. Paulus.  


(As imagens acima foram copiadas do link Images Google.)