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terça-feira, 16 de setembro de 2014

SONETO DE FIDELIDADE

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



Vinicius de Moraes (1913 - 1980), jornalista, diplomata, dramaturgo, poeta e compositor, um dos mais famosos - e dos melhores - ícones da cultura brasileira. Nasceu e morreu no Rio de Janeiro, a "Cidade Maravilhosa", grande inspiração de suas obras. Teve como principais parceiros na música Tom Jobim, Chico Buarque e Toquinho. Conhecido como um boêmio inveterado (amante do cigarro e do uísque) e um grande conquistador, Vinícius de Moraes casou-se nove vezes. Um gênio - e pegador!!!    


(A imagem acima foi copiada do link Escritores do Brasil.) 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

HISTÓRIA DA MÚSICA FLOR DE LIZ

Como um artista transforma dor em arte

Comenta-se que o compositor, intérprete, músico e cantor Djavan tinha uma mulher chamada Maria. Ela estava grávida e o casal colocou o nome da criança, que seria uma menina, de Margarida.

Mas na hora do parto Maria teve complicações de saúde e tanto ela, quanto a nenê, poderiam morrer.

Sem poder salvar a ambas o médico deixou para Djavan um duro dilema: o artista teria que optar entre a vida da esposa ou da filha...

Desesperado, o cantor implorou ao médico que fizesse o possível e o impossível para salvar as duas. Mas o destino foi cruel com Djavan, a mulher e a filha faleceram durante o parto.

Como forma de externar toda sua dor e homenagear filha e esposa, o músico transformou sua tristeza em arte e poesia e fez a música FLOR DE LIZ:

Valei-me, Deus! É o fim do nosso amor.
Perdoa, por favor, eu sei que o erro aconteceu.
Mas não sei o que fez, tudo mudar de vez.
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei.

Será talvez que minha ilusão, foi dar meu coração,
com toda força, pra essa moça me fazer feliz,
e o destino não quis, me ver como raiz de uma flor de Liz.
E foi assim que eu vi nosso amor na poeira, poeira.
Morto na beleza fria de Maria.

E o meu jardim da vida ressecou, morreu.
Do pé que brotou Maria, nem Margarida nasceu.
E o meu jardim da vida ressecou, morreu.
Do pé que brotou Maria, nem Margarida nasceu...


E em pensar que às vezes escutamos uma música e nem prestamos atenção na sua letra, na sua melodia...

Flor de Liz. Que história triste. Que música bela!


(A imagem acima foi copiada do link Google Images.)