As interações feitas pelo homem através dos diversos meios de comunicação foram classificadas por John B. Thompson em três tipos: “interação face a face”, “interação mediada” e “quase-interação mediada”.
Na interação face a face os indivíduos estão presentes e partilham um mesmo sistema referencial de espaço e de tempo, acontecendo num contexto de co-presença. Não há o emprego de um meio técnico. Elas têm um caráter dialógico, implicando num fluxo de ida e volta no sentido das informações. Os participantes podem fazer uso de expressões denotativas como “aqui”, “agora”, “este”, etc., e presumir que estão sendo entendidos. Outra característica da interação face a face é a multiplicidade de deixas simbólicas utilizadas pelos interlocutores: sorrisos, mudanças no timbre de voz, franzimento da testa, dentre outras.
As interações mediadas são dialógicas e acontecem entre interlocutores distantes entre si no espaço, no tempo, ou nos dois. São realizadas através de conversas telefônicas, troca de e-mails, cartas, etc. Diferentemente da interação face a face, a interação mediada utiliza um meio técnico para ser efetivada (fios elétricos, tela do computador, papel) e, por não acontecer num contexto de co-presença, há uma redução nas deixas simbólicas utilizadas pelos participantes.
Já a quase-interação mediada é aquela onde as relações sociais são estabelecidas pelos meios de comunicação de massa: livros, revistas, jornais, televisão, rádio, etc. Esse tipo de interação diferencia-se das anteriores em três características principais:
· há uma extensa disponibilidade de informação e conteúdo simbólico no espaço tempo;
· a interação é monológica, ou seja, o fluxo da comunicação é em sentido único;
as formas simbólicas são produzidas para um número indefinido de receptores.
Quem desejar se aprofundar no assunto, uma boa dica é ler o livro A Mídia e a Modernidade, de John B. Thompson.
(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)
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