Entenda porque os profissionais da comunicação vivem tão estressados 
O
 stress pode ser definido genericamente como uma situação de tensão 
aguda e crônica que produz no portador uma mudança comportamental física
 ou no estado cognitivo – emocional. 
Na rotina da vida 
moderna todos nós estamos expostos a este mal que é considerado por 
muitos especialistas na área de saúde -  física e mental – como a doença
 da modernidade. Diversos profissionais sofrem em seus respectivos 
empregos a tensão para que sejam cumpridos os prazos, atingidas as metas
 ou superadas as expectativas. Entretanto, nenhum trabalhador está mais 
propenso a desenvolver o stress do que os profissionais que atuam na 
área da comunicação. 
É própria dessas ocupações a 
cobrança por resultados. O profissional dessa área é acometido de uma 
verdadeira  avalanche de assuntos, matérias, pautas e coisas mil para 
serem investigadas. O repórter, por exemplo, sempre trabalha no limite 
da sua capacidade, tendo que se adiantar em relação aos outros 
(concorrentes) para não perder um furo de reportagem, ficar para trás e,
 consequentemente, correr o risco de sair do emprego. 
Mas
 essa cobrança tem um preço. Muitos comunicadores sofrem de problemas de
 saúde relacionados diretamente ao stress: insônia, dificuldade para se 
concentrar em determinada tarefa, indigestão, manchas na pele, dores de 
cabeça, perda do apetite (alimentar e sexual), dentre outros. 
Para
 o repórter, escritor e professor da Universidade Federal do Rio Grande 
do Norte, Bira Nascimento, há uma relação desproporcional entre número 
de matérias, estrutura física oferecida ao profissional pelos meios de 
comunicação, e tempo para entregar reportagens. E quem sai em 
desvantagem e sofre com isso é o repórter. Segundo ele, se as redações 
fossem melhor estruturadas os jornais fariam uma cobertura mais 
detalhada dos fatos, as matérias ganhariam em conteúdo e os leitores 
seriam mais bem informados. 
Infelizmente, não é isso 
que acontece. A cobrança por parte dos editores acaba prejudicando o bom
 desempenho do jornalista, muitas matérias ficam incompletas e sem 
sentido, e o assédio moral nas redações é constante. 
“Jornalismo
 pode ser feito sem pressão ou gritaria. Estas são duas características 
que já estão arraigadas ao profissional da comunicação, mas se 
tivéssemos os meio necessários para desempenhar um bom trabalho essa 
imagem de estressado que o jornalista tem, cairia por terra. Uma 
reportagem boa é aquela que você pode sentar para planejar a apuração e 
escutar todos os envolvidos para evitar a parcialidade. Sempre cito como
 exemplo o caso do repórter Zuenir Ventura que teve tempo para fazer uma
 reportagem numa favela e, com o material recolhido acabou publicando um
 livro (Cidade Partida) de grande sucesso”, argumenta Bira. 
Mas
 até que os chefões midiáticos se importem com a saúde dos nossos 
intrépidos comunicadores, ainda teremos muitos casos de jornalistas 
perdendo noites de sono para entregar a matéria a tempo... 
(A imagem acima foi copiada do link Vila Boa de Goiás.)

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