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sábado, 11 de dezembro de 2010

QUEM DE DIREITO

Como se resolvem 'as coisas' em Natal

Quando eu era Fuzileiro Naval, da Marinha do Brasil, aprendi que quando você está com um problema que foge à sua competência - ou seja, outra pessoa é o responsável por ele -, você tem que procurar a 'quem de direito' para resolver a bronca. Simples assim. Pois bem, mas na prática isso nem sempre acontece.

Veja, por exemplo, os casos seguintes que eu pude presenciar na cidade do Natal. As autoridades (in)competentes têm uma forma estranha de resolverem os problemas de sua responsabilidade:
  • Os alunos do Setor II da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN, reclamaram 'a quem de direito' que a cantina daquele setor estava com um sério problema: as enormes filas na hora do lanche. Em algumas ocasiões, os discentes tinham que esperar meia hora! O que 'quem de direito' fez? Mandou fechar a cantina... Resolveu o problema da fila, mas criou outro ainda maior.

  • A população da Zona Norte da cidade reclamou junto 'a quem de direito' que os postos de saúde daquela região estavam sem condições de funcionamento: o atendimento era precário, faltavam médicos, não tinha material de primeiros socorros, as filas para consultas eram imensas. O chefe do executivo municipal acabou com os problemas dos postos de saúde da ZN. Mandou fechar os mesmos...

Recentemente, na rua onde moro, no bairro do Alecrim, um cano de água estourou e o vazamento já dura uma semana. Estou com medo de reclamar 'a quem de direito' para acabar com o vazamento. Vai que para resolver o problema, mandam cortar a água do bairro inteiro?

É assim que se resolvem 'as coisas' por aqui. Soluciona-se um problema criando-se uma dúzia de novos...

sexta-feira, 27 de março de 2009

É A CRISE...

Nas minhas andanças pelas ruas do Alecrim, bairro de Natal onde moro atualmente, sempre me deparo com situações e personagens dos mais variados tipos. Mas segunda-feira (23-03-09) ocorreu-me uma coisa diferente, digna de ser registrada.

Estava eu cruzando a Praça Gentil Ferreira, também conhecida como Praça do Relógio. Voltava do Restaurante Popular e me dirigia a um supermercado próximo dali que estava com vários produtos em promoção - adoro promoção! Foi quando, de repente, alguém puxa meu braço e pergunta:"Tá a fim, boy?"

Era uma das muitas garotas de programa que se aproveitam do intenso movimento de pedestres e veículos em torna da praça para venderem suas "mercadorias".

Não gosto de mulher oferecida - principalmente quando tenho que pagar!, mas antes de eu recusar a proposta, a dona já foi acertando o preço: "É cinquenta real".

Eu não fiz o programa. Cinquenta real, quer dizer, cinquenta reais por uma hora? Com esse dinheiro dava para fazer a feira do mês...

Entretanto, aproveitei a oportunidade para pechinchar: "Moça, cinquenta reais tá caro. Tem como fazer mais barato?" Ao que ela respondeu instantaneamente:

"Não posso, bebê, por causa da crise tudo aumentou de preço".