Caixa Econômica Federal completa hoje 155 anos de fundação. Conheça um pouco mais sobre essa grande empresa, presente na vida de todos os brasileiros
Assinando contrato com a CAIXA: tenho orgulho de trabalhar nesta empresa e fazer parte da sua história. |
A Caixa Econômica Federal é uma instituição financeira, constituída sob a forma de empresa pública e que tem o governo federal brasileiro (União) como único acionista e proprietário.
Com sede em Brasília/DF, a CAIXA foi
fundada no dia 12 de janeiro de 1861, pelo então imperador Dom Pedro II,
através do Decreto n. 2.723. Recebeu o primeiro nome de Caixa Econômica e Monte de Socorro e tinha como objetivo receber
depósitos populares (poupança) e fazer empréstimos sob penhor[1], com a garantia do
Governo.
Essas características diferenciaram a
CEF das outras instituições financeiras atuantes no mercado, que além de não
oferecerem qualquer garantia sólida para os clientes, ainda praticavam juros
exorbitantes. Por causa disso a CAIXA passou a ser procurada pelas camadas
sociais mais pobres e começou a construir a fama de banco popular.
Apesar de ser uma organização
financeira, que na essência do capitalismo deve dar lucro, a CAIXA atua como
prestadora de serviços de cunho social e como principal executora das políticas
públicas do governo brasileiro.
Essas características fazem parte,
inclusive, da missão da empresa, que segundo o Código de Ética da Caixa é a de “Atuar na promoção da cidadania e
do desenvolvimento sustentável do país, como instituição financeira, agente de
políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro”.
Além da missão, o Código de Ética da Caixa traz também os valores pelos quais
dirigentes, funcionários, parceiros comerciais e fornecedores devem se guiar,
não apenas nos negócios, mas também no dia a dia. São eles: Sustentabilidade
econômica, financeira e socioambiental; Valorização do ser humano; Respeito à
diversidade; Transparência e ética com o cliente; Reconhecimento e valorização
das pessoas que fazem a CAIXA; e, Eficiência e inovação nos serviços, produtos
e processos.
Atuante em 100% do território nacional e
ainda com mais três agências no exterior (Estados Unidos, Portugal e Japão), a
CAIXA tem o maior banco de dados de cunho social do mundo e o segundo maior
banco de dados com informações pessoais do planeta, ficando atrás apenas da
CIA, a Central de Inteligência Norte-Americana.
É o terceiro maior banco comercial do
Brasil e o maior banco social da América Latina, possuindo uma carteira de
clientes que oscila entre 48 e 51 milhões de pessoas. Contudo, se levarmos em
consideração todos os atendidos pelos projetos sociais, saneamento básico e
habitação – três das muitas áreas de atuação da Caixa Econômica – essa cifra
aumenta mais ainda.
Para se ter uma ideia, só com pagamentos
de benefícios sociais do governo federal, a instituição atende mensalmente
cerca 50 milhões de clientes! Mas esse ‘gigante’ que a CEF se tornou hoje foi
construído através de um processo iniciado há 155 anos e que permanece em
contínua evolução.
A primeira expansão aconteceu em 1874,
com a criação de outras ‘caixas econômicas’ nas capitais das províncias. Os
empréstimos consignados[2] e a primeira hipoteca para
aquisição de imóveis, iniciaram em 1931. Em 1934 a empresa ganhou o monopólio
sobre as operações de penhor, e em 1961 foi a vez do monopólio sobre as
loterias federais.
No dia 12 de agosto de 1969 o formato da
CEF tal qual conhecemos hoje começou a ser desenhado, através do Decreto n. 759
que unificou todas as vinte e três ‘caixas’ estaduais do país. A partir desse
decreto, a Caixa Econômica Federal ficou vinculada ao Ministério da Fazenda,
consolidando seu formato de instituição financeira – sob a forma de empresa
pública – e passando a dispor de personalidade jurídica de direito privado, com
autonomia administrativa e patrimônio próprio.
Em 1986 incorporou o Banco Nacional da
Habitação (BNH), passando a ser o principal financiador do crédito habitacional
do país, e começou a trabalhar com o FGTS[3]. Em 1989 centralizou os
recolhimentos do FGTS e passou a ser a única instituição financeira a gerir o
fundo.
Dentre a gama de produtos e serviços
oferecidos pela CEF hoje, estão: Minha Casa Minha Vida, CONSTRUCARD (empréstimo
para reforma de imóvel residencial urbano), conta corrente (pessoa física e
jurídica), empréstimo consignado, CDC (Crédito Direto Caixa), cartão de
crédito, desconto de títulos, FIES (programa de financiamento estudantil do
ensino superior), conta poupança (pessoa física e jurídica), seguros,
capitalização, previdência.
A forma de ingresso
se dá a partir de concurso público onde os candidatos participam de exame
intelectual, psicológico, médico e verificação de documentos. Após aprovado em
todas as etapas, o candidato ingressa na CAIXA como empregado e passa a ser regido pelo regime jurídico da CLT –
Consolidação das Leis do Trabalho.
[1] Entrega de coisa móvel ou imóvel como
garantia da dívida assumida. As primeiras casas de penhor no Brasil foram
administradas por particulares, que recebiam os objetos em garantia e os guardavam
pendurando-os em pregos. A partir daí surgiu a expressão ‘deixar no prego’,
referindo-se a coisas penhoradas.
[2] Empréstimo que já vem descontado no
salário do cliente – desconto em folha.
[3] Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
Fonte: Desafios da Comunicação Interna no Âmbito de uma Agência Bancária, p.p 60 - 63. Monografia apresentada ao Departamento de Comunicação
Social, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito
obrigatório para obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social, pelo aluno Carlos André Paulino Pereira. Orientador: professor
Dr. José Zilmar Alves da Costa. Natal/RN 2011
(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)
(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.)
Ótimo texto e bom resgate histórico da Caixa!
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