Atribuída a [são] Paulo, a Carta aos Hebreus, 16o livro do Novo Testamento, pode não ter sido escrito pelo Apóstolo
A assim chamada carta aos Hebreus é comumente atribuída a [são] Paulo. Entretanto, seu estilo não tem nada parecido com o de Paulo, e até o séc. IV a Igreja do Ocidente recusou-se a atribuí-la ao Apóstolo.
Seu autor é desconhecido, da segunda geração cristã, e escreveu-a por volta do ano 80. Nada indica também que o texto seja uma carta: faltam endereço e saudação, e o estilo é impessoal, sem nenhuma referência a destinatários.
O gênero literário é mais o de sermão ou homilia.
[...]
Os destinatários são um grupo de leitores que se acham em grande perigo de rejeitar a fé em Jesus como revelador e portador da salvação. Eles sentem dificuldade em aceitar, tanto a forma humilhante e dolorosa da aparição terrestre de Jesus, como os próprios sofrimentos que estão tendo que suportar por serem cristãos e ainda a desilusão de não verem realizada a salvação final.
[...]
O escrito é de grande importância no quadro geral do Novo Testamento, pelo fato de apresentar Jesus como aquele que supera a instituição cultural do Antigo Testamento.
[...] o autor de Hebreus mostra que [...] o único ato salvador a obter de uma vez por todas o perdão é o sacrifício de Jesus, que derramou seu sangue e entregou sua vida por nós.
[...]
Jesus é, portanto, o único mediador entre Deus e os homens. Doravante, é ele o único santuário e sacerdote, e o sacrifício por ele realizado é, daqui por diante, o único agradável a Deus (Hb 9, 11 – 14).
Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, PAULUS Gráfica, 1998, p.1545 (com adaptações)
(A imagem acima foi copiada do link Biblioteca Bíblica.)
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