sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA (V)

Trecho da carta escrita por Pero Vaz de Caminha (1450 - 1500), integrante da frota de Pedro Álvares Cabral (1467-68 - 1520), encaminhada ao rei de Portugal D. Manuel I, O Venturoso (1469 - 1521), dando conta do 'achamento' de novas terras.


Jornal Extra SC História da Primeira Missa no Brasil
Primeira Missa no Brasil: celebrada por frei Henrique de Coimbra.
À tarde saiu o Capitão-mor em seu batel com todos nós outros e com os outros capitães das naus em seus batéis a folgar pela baía, em frente da praia. Mas ninguém saiu em terra, porque o Capitão o não quis, sem embargo de ninguém nela estar. Somente saiu - ele com todos nós - em um ilhéu grande, que na baía está e que na baixa-mar fica mui vazio. Porém é por toda a parte cercado de água, de sorte que ninguém lá pode ir, a não ser de barco ou a nado. Ali folgou ele e todos nós outros, bem uma hora e meia. E alguns marinheiros, que ali andavam com um chinchorro, pescaram peixe miúdo, não muito. Então volvemo-nos às naus, já bem de noite.

Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou o Capitão de ir ouvir missa e pregação naquele ilhéu. Mandou a todos os capitães que se apresentassem nos batéis e fossem com ele. E assim foi feito. Mandou naquele ilhéu armar um esperavel, e dentro dele um altar mui bem corregido. E ali com todos nós outros fez dizer missa, a qual foi dita pelo padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes, que todos eram ali. A qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devoção.

Ali era com o Capitão a bandeira de Cristo, com que saiu de Belém, a qual esteve sempre levantada, da parte do Evangelho.

Acabada a missa, desvestiu-se o padre e subiu a uma cadeira alta; e nós todos lançados por essa areia. E pregou uma solene e proveitosa pregação da história do Evangelho, ao fim da qual tratou da nossa vida e do achamento desta terra, conformando-se com o sinal da Cruz, sob cuja obediência viemos, o que foi muito a propósito e fez muita devoção.

Enquanto estivemos à missa e à pregação, seria na praia outra tanta gente, pouco mais ou menos como a de ontem, com seus arcos e setas, a qual andava folgando. E olhando-nos, sentaram-se. E, depois de acabada a missa, assentados nós à pregação, levantaram-se muitos deles, tangeram corno ou buzina, e começaram a saltar e dançar um pedaço. E alguns deles se metiam em almadias - duas ou três que aí tinham - as quais não são feitas como as que eu já vi; somente são três traves, atadas entre si. E ali se metiam quatro ou cinco, ou esses que queriam não se afastando quase nada da terra, senão enquanto podiam tomar pé.  

Acabada a pregação, voltou o Capitão, com todos nós, para os batéis, com nossa bandeira alta. Embarcamos e fomos todos em direção à terra para passarmos ao longo por onde eles estavam, indo, na dianteira, por ordem do Capitão, Bartolomeu Dias em seu esquife, com um pau de uma almadia que lhes o mar levara, para lho dar; e nós todos, obra de tiro de pedra, atrás dele.

Como viram o esquife de Bartolomeu Dias, chegaram-se logo todos à água, metendo-se nela até onde mais podiam. Acenaram-lhes que pousassem os arcos; e muitos deles os iam logo pôr em terra; e outros não.

Andava aí um que falava muito aos outros que se afastassem, mas não que a mim me parecesse que lhe tinham acatamento ou medo. Este que os assim andava afastando trazia seu arco seu arco e setas, e andava tinto de tintura vermelha pelos peitos, espáduas, quadris, coxas e pernas até baixo, mas os vazios com a barriga e estômago eram de sua própria cor. E a tintura era assim vermelha que a água a não comia nem desfazia, antes, quando saía da água, parecia mais vermelha.

Saiu um homem do esquife de Bartolomeu Dias e andava entre eles, sem implicarem nada com ele para fazer-lhe mal. Antes lhe davam cabaças de água, e acenavam aos do esquife que saíssem em terra.

Com isto se volveu Bartolomeu Dias ao Capitão; e viemo-nos às naus, a comer, tangendo gaitas e trombetas, sem lhes dar mais opressão. E eles tornaram-se a assentar na praia e assim por então ficaram.   

Fonte: Acervo Digital.
(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)

CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA (IV)

Trecho da carta escrita por Pero Vaz de Caminha (1450 - 1500), integrante da frota de Pedro Álvares Cabral (1467-68 - 1520), encaminhada ao rei de Portugal D. Manuel I, O Venturoso (1469 - 1521), dando conta do 'achamento' de novas terras.

Descobrimento do Brasil, a história por trás do dia 22 de abril de ...

Ao sábado pela manhã mandou o Capitão fazer vela, e fomos demandar a entrada, a qual era mui larga e alta de seis a sete braças. Entraram todas as naus dentro; e ancoraram em cinco ou seis braças - ancoragem dentro tão grande, tão formosa e tão segura, que podem abrigar-se nela mais de duzentos navios e naus. E tanto que as naus quedaram ancoradas, todos os capitães vieram a esta nau do Capitão-mor. E daqui mandou o Capitão a Nicolau Coelho e Bartolomeu Dias que fossem em terra e levassem aqueles dois homens e os deixassem ir com seu arco e setas, e isto depois que fez dar a cada um uma camisa nova, sua carapuça vermelha e um rosário de contas brancas de osso, que eles levaram nos braços, seus cascavéis e suas campainhas. E mandou com eles, para lá ficar, um mancebo degredado, criado de D. João Telo, a quem chamam Afonso Ribeiro, para lá andar com eles e saber de seu viver e maneiras. E a mim mandou que fosse com Nicolau Coelho. 

Fomos assim de frecha direitos à praia. Ali acudiram logo obra de duzentos homens, todos nus, e com arcos e setas nas mãos. Aqueles que nós levávamos acenaram-lhes que se afastassem e pousassem os arcos; e eles os pousaram, mas não se afastaram muito. E mal pousaram os arcos, logo saíram os que nós levávamos, e o mancebo degredado com eles. E saídos não pararam mais; nem esperavam um pelo outro, mas antes corriam a quem mais corria. E passaram um rio que por ali corre, de água doce, de muita água que lhes dava pela braga; e outros muitos com eles. E foram assim correndo, além do rio, entre umas moitas de palmas onde estavam outros. Ali pararam. Entretanto foi-se o degredado com um homem que, logo ao sair do batel, o agasalhou e o levou até lá. Mas logo tornaram a nós; e com eles vieram os outros que nós levávamos, os quais vinham já nus e sem carapuças.

Então se começaram de chegar muitos. Entravam pela beira do mar para os batéis, até que mais não podiam; traziam cabaços de água, e tomavam alguns barris que nós levávamos: enchiam-nos de água e traziam-nos aos batéis. Não que eles de todos chegassem à borda do batel. Mas junto a ele, lançavam os barris que nós tomávamos; e pediam que lhes dessem alguma coisa. Levava Nicolau Coelho cascavéis e manilhas. E a uns dava um cascavel, a outros uma manilha, de maneira que com aquele engodo quase nos queriam dar a mão. Davam-nos daqueles arcos e setas por sombreiros e carapuças de linho ou por qualquer coisa que homem lhes queria dar.

Dali se partiram os outros dois mancebos, que os não vimos mais.

Muitos deles ou quase a maior parte dos que andavam ali traziam aqueles bicos de osso nos beiços. E alguns, que andavam sem eles, tinham os beiços furados e nos buracos uns espelhos de pau, que pareciam espelhos de borracha; outros traziam três daqueles bicos, a saber, um no meio e os dois nos cabos. Aí andavam outros, quartejados de cores, a saber, metade deles da sua própria cor, e metade de tintura preta, a modos de azulada; e outros quartejados de escaques. Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos, compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha. 

Ali por então não houve mais fala ou entendimento com eles, por a barbaria deles ser tamanha, que se não entendia nem ouvia ninguém.

Acenamos-lhes que se fossem; assim o fizeram e passaram-se além do rio. Saíram três ou quatro homens nossos dos batéis, e encheram não sei quantos barris de águas que nós levávamos e tornamo-nos às naus. Mas quando assim vínhamos, acenaram-nos que tornássemos. Tornamos e eles mandaram o degredado e não quiseram que ficasse lá com eles. Este levava uma bacia pequena e duas ou três carapuças vermelhas para lá as dar ao senhor, se o lá houvesse. Não cuidaram de lhe tomar nada, antes o mandaram com tudo. Mas então Bartolomeu Dias o fez outra vez tomar, ordenando que lhes desse aquilo. E ele tornou e o deu, à vista de nós, àquele que da primeira vez agasalhara. Logo voltou e nós trouxemo-lo.

Esse que o agasalhou já era de idade, e andava por louçainha todo cheio de penas, pegadas pelo corpo, que parecia asseteado como S. Sebastião. Outros traziam carapuças de penas amarelas; outros, de vermelhas; e outros de verdes. E uma daquelas moças era toda tingida, de baixo a cima daquela tintura; e certo era tão bem-feita e tão redonda, e sua vergonha (que ela não tinha) tão graciosa, que a muitas mulheres da nossa terra, vendo-lhe tais feições, fizera vergonha, por não terem a sua como ela. Nenhum deles era fanado, mas, todos assim como nós. E com isto nos tornamos e eles foram-se. 

    

(A imagem acima foi copiada do link Images Google.)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MENTIRINHA BESTA

Um sujeito se dirigiu à atendente da casa lotérica:
- Moça, não tenho a menor idéia sobre quais números escolher para comprar um bilhete da Loteria Federal. Você poderia me ajudar?
- Claro, respondeu ela, vamos lá. Durante quantos anos você freqüentou a escola?
- 8.
- Perfeito, temos um 8.
- Quantos filhos o senhor tem?
- 3.
- Ótimo, já temos um 8 e um 3. Quantos livros você já leu esse ano?
- Deixa eu ver... Cinco, sete... Nove!!!
- Certo, temos um 8, um 3 e um 9. Quantas vezes por mês você faz amor com sua mulher?
- Caramba, isso é uma coisa muito pessoal.
- Mas você não quer ganhar na loteria?
- Está bem, 2 vezes.
- Só???
- Bom, deixa pra lá, comenta cabisbaixo o apostador.
- Agora que já temos confiança um com o outro, me diga: quantas vezes você já deu a bunda?
- Qual é a sua? - diz o homem indignado - Sou espada!
- Não fique chateado, reitera a moça da lotérica, vamos considerar então zero vez. Com isso já temos todos os números: 83920.
O sujeito comprou o bilhete que correspondia ao número escolhido.
No dia seguinte foi conferir o resultado e o bilhete premiado foi o de Nº 83921.
Cheio de raiva, ele rasgou o papel da aposta e lamentou:
- Puta que pariu! Por causa de uma MENTIRINHA BESTA eu não fiquei milionário!


(Esse texto é de autor desconhecido. Se você é o autor ou conhece quem seja, entre em contato para receber os créditos. A imagem que ilustra o texto foi copiada do link a3.com.)

A IDADE DO PIU-PIU

Esse ano, Piu-piu completou 69 anos de idade


Piu-piu (Tweety), é um passarinho amarelo, personagem do desenho animado Piu-piu e Frajola. Foi criado por Robert Emerson "Bob" Clampett (1913 - 1984) em 1940 e faz parte da série Looney Tunes, produzida pela Warner Bros.

Nos episódios da série, Piu-piu é perseguido pelo gato Frajola (Silvester), mas sempre consegue se dar bem. Ambos são criados por uma doce e simpática velhinha conhecida apenas como Vovó, que também cuida de um buldogue chamado Hector.

Isso, todo mundo já sabe. Mas, e se o Piu-piu aparentasse a idade que tem, como ele seria? Seria mais ou menos assim:


É minha gente, o tempo não para. Nem para os desenhos animados...



(A imagem do topo desse texto foi copiada do link Google.com. A segunda imagem é de autor desconhecido. Se você é o responsável por ela entre em contato para receber os créditos.)

A IMPORTÂNCIA DE SE ESTAR BEM INFORMADO

Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair e está se enxugando. A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender à porta, a mulher desiste. Se enrola, então, na toalha e desce as escadas.

Quando ela abre a porta, vê o vizinho Nestor em pé na soleira. Antes que a mulher possa dizer qualquer coisa, Nestor argumenta:

- Eu lhe dou 3.000 reais se você deixar cair esta toalha!!!

Depois de pensar por alguns instantes, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Nestor então entrega a ela os 3.000 reais prometidos e vai embora, feliz da vida. Confusa, mas excitada com sua tremenda sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto...

Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro:

- Quem era, meu amor?

- Era o Nestor, o vizinho da casa ao lado, diz ela.

- Ótimo!!! Ele lhe deu os 3.000 reais que estava me devendo?


Conclusão:
*Se você compartilha informações a tempo, pode prevenir exposições desnecessárias *.


(Autor desconhecido. A imagem que ilustra esse texto foi copiada do link Images Google.)

domingo, 29 de novembro de 2009

O QUE É SUCESSO?


Aos 02 anos, sucesso é ... conseguir andar.
Aos 04 anos, sucesso é ... não mijar nas calças.
Aos 12 anos, sucesso é ... ter amigos.
Aos 18 anos, sucesso é ... ter carteira de motorista.
Aos 20 anos, sucesso é ... fazer sexo.
Aos 35 anos, sucesso é ... ter dinheiro.
Aos 50 anos, sucesso é ... ter dinheiro.
Aos 60 anos, sucesso é ... fazer sexo.
Aos 70 anos, sucesso é ... ter carteira de motorista.
Aos 75 anos, sucesso é ... ter amigos.
Aos 80 anos, sucesso é ... não mijar nas calças.
Aos 90 anos, sucesso é ... conseguir andar.

ESSA É A VIDA...

(Texto de autor desconecido. A imagem que ilustra esse texto foi copiada do link Images Google.)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

POR QUE NINGUÉM DIVULGA ISSO?

Imagine um lugar onde você tivesse acesso, a qualquer hora do dia ou da noite, aos grandes nomes da pintura e da literatura universais.

Imagine um ambiente onde você conseguisse ver as pinturas de Leonardo Da Vinci; ler a obra completa de Machado de Assis; ter acesso às melhores historinhas infantis; escutar músicas em MP3 de alta qualidade, dentre outras coisas. E o melhor: TOTALMENTE DE GRAÇA.
Pois é. Um lugar assim existe, mas está perto de ser desativado por falta de visitas.
Trata-se de uma biblioteca digital, desenvolvida em software livre, pelo Ministério da Educação.
A biblioteca virtual está no endereço: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp

Pouca gente sabe de sua existência pois nem sequer foi divulgada nos principais veículos de comunicação.

Nós, brasileiros, somos um povo que ainda carece bastante de educação e, principalmente, cultura. Uma iniciativa como essas, que dissemina e democratiza o saber, deveria ter sido melhor divulgada, tanto pelo governo, quanto pela mídia nacional.

Um povo sem cultura, que não conhece sua própria história, não se valoriza. Não tem auto-estima e é mais facilmente manipulado. Deve ser por isso que não há interesse em divulgar iniciativas que venham educar a população.

Eu estou fazendo a minha parte. Visitei a biblioteca digital e recomendando-a para quem quiser se libertar da ignorância e ser agente protagosnista de uma revolução chamada educação.


(A imagem de Mona Lisa foi copiada do link Images Google 1. A imagem de Machado de Assis foi copiada do link Images Google 2.)

“Somente quem chega ao topo dá valor às pedras do caminho.”

(Autor desconhecido)

(A imagem que ilustra essa postagem foi copiada do link Images Google.)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

OPORTUNIDADE DE EMPREGO

Começam hoje as inscrições para o concurso do Banco Central do Brasil (Bacen). O órgão oferece 500 vagas para os cargos de técnico e analista.

O salário inicial é de R$ 4.896,25 para nível médio e de R$ 12.413,65 para profissionais graduados em qualquer área. A Fundação Cesgranrio é a responsável pelo concurso.

As inscrições estão sendo feitas no site da Cesgranrio e vão até o dia 16 de dezembro. O valor da inscrição é de R$ 50 para nível médio e R$ 110 para nível superior.

As provas objetivas e discursivas serão realizadas nas cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP), no dia 31 de janeiro de 2010. Terão duração de quatro horas e serão realizadas no período matutino.

Para quem está cansado de se matar trabalhando para ganhar uma merreca, essa é uma oportunidade de ouro. Aproveitem!!!

“Não existe pessoa mais vazia do que aquela cheia de si.”

(Autor desconhecido)