sábado, 2 de setembro de 2023

I. O POVO DE DEUS SE ORGANIZA (XV)


4 Sinal de liberdade e vida (VIII) - 34 Moisés e Aarão, junto com os chefes da comunidade, fizeram o recenseamento dos caatitas, conforme seus clãs e famílias: 35 todos os que tinham de trinta a cinquenta anos, aptos para o serviço militar, a fim de trabalharem na tenda da reunião.

36 Foram contados, por clãs, dois mil, setecentos e cinquenta homens. 37 Esse foi o total dos recenseados dos clãs caatitas, de todos os que deviam servir na tenda da reunião e que foram recenseados por Moisés e Aarão, conforme Javé havia ordenado.

38 Foi feito também o recenseamento dos filhos de Gérson, conforme seus clãs e famílias: 39 foram recenseados todos os homens de trinta a cinquenta anos, aptos para o serviço militar, a fim de trabalharem na tenda da reunião.

40 Foram contados dois mil, seiscentos e trinta, conforme os clãs e famílias. 41 Esse foi o total dos recenseados dos clãs dos gersonitas, que deviam trabalhar na tenda da reunião e que foram recenseados por Moisés e Aarão, conforme Javé havia ordenado.

42 Foi feito também o recenseamento dos filhos de Merari, conforme seus clãs e famílias: 43 foram recenseados todos os homens de trinta a cinquenta anos, aptos para o serviço militar, a fim de trabalharem na tenda da reunião. 44 Foram contados, conforme os clãs, três mil e duzentos homens. 45 Esse foi o total dos clãs meraritas recenseados por Moisés e Aarão, conforme javé havia ordenado.

46 O número total dos levitas contados no recenseamento, que Moisés, Aarão e os chefes de Israel fizeram, por clãs e famílias, 47 dos homens de trinta a cinquenta anos, aptos para o serviço militar e para o serviço e o transporte da tenda da reunião, 48 chegou a oito mil, quinhentos e oitenta homens.

49 Moisés fez o recenseamento por ordem de Javé, indicando o serviço para cada um e a carga que deveria transportar. Assim foi feito o recenseamento, conforme Javé havia ordenado a Moisés.  

Bíblia Sagrada - Edição Pastoral (Paulus, 1998), Antigo Testamento, Livro dos Números, capítulo 04, versículo 34 a 49 (Nm. 04, 34 - 49).

(A imagem acima foi copiada do link Oficina de Ideias 54.) 

EXUBERÂNCIA IRRACIONAL - PREFÁCIO (II)


"Na geração passado, o ramo da teoria financeira derivado da suposição de que todas as pessoas são absolutamente racionais e  calculistas tornou-se o dispositivo analítico mais influente para informar nosso domínio do mercado.

Aqueles teóricos financeiros que consideram o preço de mercado um processador extremamente eficiente de informações financeiras tiveram um efeito profundo no gerenciamento sistemático da riqueza do mundo, desde o corretor de ações da esquina até o Federal Reserve.

Mas os acadêmicos da área financeira e econômica, em sua maioria, evitam dar declarações públicas sobre o nível do mercado de ações (embora eles muitas vezes não meçam palavras para expressar suas opiniões durante almoços e depois de algumas cervejas) porque não querem ser pegos dizendo em público coisas que não possam comprovar. Sem o amparo científico, esses economistas financeiros tendem a recair no modelo simples, mas elegante, da eficiência de mercado para justificar sua posição profissional.

Entretanto, há sérios riscos inerentes quando se confia demais nos modelos consagrados como base para discussão política, pois estes só lidam com problemas que possam ser respondidos com precisão científica. Quando se tenta ser preciso, corre-se o risco de ser muito limitado, a ponto de se tornar irrelevante. As evidências que apresento nos capítulos a seguir sugerem que a realidade do mercado acionário de hoje é tudo, menos um laboratório de ensaios.

Para que a teoria das finanças se torne mais aplicável, todos os economistas terão de lidar com esses aspectos mais confusos da realidade de mercado. Enquanto isso, os participantes de debates públicos e da formação da política econômica devem selecionar esse emaranhado de fatores de mercado agora, antes que seja tarde.

Uma das consequências não prevista da atual cultura de investimento é que muitas dezenas de milhões de adultos investiram agora no mercado de ações como se o nível de preços fosse simplesmente continuar a subir à taxa corrente. Embora o mercado de ações pareça estar, de acordo com algumas medidas, mais alto que nunca, os investidores se comportam como se este não pudesse estar alto demais, e como se não pudesse baixar durante muito tempo.

Por que eles se comportam dessa forma?

A lógica deles é aparentemente consistente com o argumento do free-rider. Ou seja, se milhões de pesquisadores e investidores estão estudando os preços das ações e confirmando seu valor evidente, por que gastar tempo tentando adivinhar preços razoáveis? Há os que tomam a free-ride à custa desses outros investidores diligentes que investigaram os preços das ações e fazem o que estão fazendo - compram ações!

Mas o que muitos investidores desconhecem é a falta preocupante de credibilidade na qualidade das pesquisas feitas no mercado de ações, sem mencionar a clareza e exatidão com as quais ela é divulgada ao público. Algumas dessas ditas pesquisas muitas vezes não parecem mais rigorosas que uma adivinhação

Os argumentos que a Dow está caindo para 36.000 ou 40.000 ou 100.000 dificilmente inspiram confiança. Certamente, alguns pesquisadores estão pensando de uma forma mais realista sobre as perspectivas de mercado e alcançando posições mais bem informadas sobre seu futuro, mas estes não são os nomes que aparecem nas manchetes, influenciando, assim, as atitudes públicas.

Em vez disso, as manchetes refletem a constante atenção da mídia para fatos triviais e para a opinião de "autoridades" sobre o nível de preços do mercado. Levada como é pela competição pelos leitores, ouvintes e espectadores, a mídia tende a veicular notícias superficiais, incentivando, assim, concepções básicas equivocadas sobre o mercado.

Uma noção questionável, de aceitação geral, ressaltando a aparentemente eterna durabilidade das ações, emergiu dessas notícias divulgadas pela mídia. O público aprendeu a aceitar essa ideia.

Para ser justo com os profissionais de Wall Street cujas opiniões são divulgadas na mídia, é difícil para eles esclarecer essas noções equivocadas porque são limitados pelo espaço e tempo a eles concedidos. Seria necessário escrever livros para que essas noções errôneas fossem abandonadas".

Fonte: SHILLER, Robert J. Exuberância Irracional. Tradução: Maria Lucia G. L. Rosa. Título original: Irrational Exuberance. São Paulo: MAKRON Books, 2000. prefácio.

(A imagem acima foi copiada do link Yale School of Management.)